29/12/2006

Clone de Allende

Hugo Chávez, ditador de meia tigela, prossegue, em postura labrega, rumo à meta de futuro Allende da Venezuela.

[via Reuters]
El presidente Hugo Chávez, que ha prometido profundizar su revolución socialista, advirtió en la víspera a los accionistas de la empresa que "prepararan sus maletas," porque no se renovaría la concesión por considerar que RCTV "favorece al golpismo y actúa contra el pueblo."

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Granier declaró el jueves a medios locales que la concesión de su canal, que según la ley debe extenderse por 20 años, fue renovada en el 2001. Sin embargo, Lara afirmó que en esa fecha sólo se levantó un registro de operadores y no una renovación.
Pelo andar da carruagem só um golpe limpará o poder da cancerígena presença de Chavez, mas anos terão que decorrer até que o país volta à estaca de onde se tem vindo a afundar.

Quando finalmente (e a que preço?), a Venezuela de lá conseguir sair, a culpa recairá exclusivamente no ditador que se lhe seguir, simplesmente porque este sabujo tem 'pinta' de ser de esquerda (é pela generalidade dela como tal reconhecido).

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26/12/2006

Nova fixação

Esta fixação da comunicação social na história de Rui Rio não ter dado tolerância de ponto é inqualificável.

22/12/2006

Causa

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Liberdade de opinião

No passado dia 12, Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irão, foi apupado por alunos da Universidade de Amir Kabir, em Teerão.

Aqui está o resultado.

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21/12/2006

Arauto



Carta de Donald Knuth ao Departamento de Patentes dos EUA.

Via Lasers in the Jungle.

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20/12/2006

Cuba: amanhã cantante

Via Kontratempos:

No Pública:
«"Em Cuba vive-se mal e é preciso estar sempre a inventar para no final do dia ter o que comer", diz Luís, 46 anos, vendedor de frutas no Mercado de Quatro Caminhos em Havana. "Não sei o que vai acontecer aqui, ninguém sabe, mas tenho um filho com 20 anos e só queria que ele fosse para outro país, onde tivesse mais possibilidades." (...)»

«"Os que mais se devem preocupar são os altos dirigentes que vivem nas mansões mais luxuosas de Cuba arrebatadas às classes altas. Só Fidel Castro tem 57 residências espalhadas por todo o país. Fizeram de tudo nestes anos. Repartiram entre si o pouco que ia restando com entusiasmo de piratas." É no Vedado, parte nobre de Havana, que vivem os altos funcionários do Estado e se situam as embaixadas. Uma zona que contrasta com os edifícios velhos e degradados do resto da cidade, onde numa só casa chegam a viver quatro gerações de uma família. "Não penso que os cubanos do exílio estejam dispostos a entrar em conflito com os seus compatriotas por uns metros de barracas. Muita gente sabe já que as casas são tumbas provisórias." (...)»

«Com um ordenado mínimo que não chega aos dez euros, a "luta é grande", assegura Pedro, 53 anos, distribuidor dos correios. "Entre a compra de alguns alimentos e o pagamento da luz, pouco resta ao final de uma semana." As mercearias estão sempre cheias. De caderneta de racionamento na mão, os cubanos enfileiram-se à espera de adquirir os produtos subsidiados pelo Estado: arroz, feijão, açúcar, sal, ovos, azeite, café, carne e peixe. "Isto é uma ajuda, mas não chega. A verdade é que os salários são baixos e os produtos caros." Pedro vive com a mulher, educadora de infância, e as duas filhas numa casa muito degradada. As paredes têm rachas profundas e o tecto ameaça cair. Depois de sair do trabalho, Pedro arranja frigoríficos para "tentar ganhar mais algum" e "não passar fome". Uma actividade que "é ilegal", diz com um sorriso irónico. (...)»

«(...) Devido às restrições impostas pelas autoridades, hoje são poucos os que trabalham - de forma legal - por conta própria. À margem da lei, a realidade é outra. "Não há um cubano que não tenha o seu negócio. O Governo quer o quê? É a única maneira de sobreviver." A opinião de Pedro é partilhada por Raúl Rivero, para quem a solução é "liberalizar a economia". Ou seja: "Abandonar os mecanismos de controlo do Estado e retirar as mãos sujas das pandilhas de lerdos com cartão do partido que tudo dirigem com uma ineficácia que conseguiu manter a caderneta de racionamento desde 1964 até aos dias de hoje. Uma gestão de energúmenos que, em meio século, não conseguiu fazer com que o povo almoce com decência."»

«Com um apertado sistema de vigilância, o Governo de Fidel tenta evitar o contacto entre cubanos e estrangeiros. (...) Apesar do controlo, não raras vezes, há quem peça "uma ajuda". Qualquer coisa serve: sabonetes, pasta de dentes, roupa, comida ou um dólar "para comprar leite para os filhos". (...)»

«"O Governo de Fidel não quer admitir, mas o problema é que hoje há tanta ou mais prostituição e corrupção do que durante a ditadura de Batista", assegura Pedro. É ao final do dia, junto ao Malecón, que jovens de mini-saia e pronunciados decotes metem conversa com os estrangeiros. Convidam-nos para dançar e algumas, mais atrevidas, perguntam se não têm curiosidade em saber "como é que uma cubana faz amor". "No final", garante Pedro, "querem sempre o mesmo: dinheiro ou um convite para sair do país". Por ter a pele muito clara e o cabelo todo branco, Pedro já foi confundido com um europeu: "Se soubesse falar duas ou três palavras de inglês, até com uma menina de 12 anos ia para a cama." (...)»

«O carácter gratuito do sistema de saúde e educação tem sido uma das conquistas mais emblemáticas da revolução. O exemplo dos EUA - onde a medicina tem um preço elevado - é, aliás, sempre mencionado pelo regime. "O Estado diz-nos que somos os únicos no mundo a ter estes privilégios, mas esquece-se que sabemos pelos turistas que, em muitos países da Europa, a medicina e a educação também não são assim tão caras", afirma Rafael.»

«(...) "Se não há acesso nem a informação, nem a novas tecnologias, como podemos dizer que temos um dos melhores sistemas de saúde e educação do mundo?", questiona Carlos, 69 anos, antigo médico veterinário.»

«(...) Quase todos os cubanos participam em actividades de carácter político, como os Comités de Defesa da Revolução (CDR), as associações ou marchas. "Pode parecer que somos a favor do sistema, mas não temos outra alternativa", diz Carlos. "Por exemplo, se não se aparece para votar, no dia a seguir vêm perguntar-te por que não foste. As eleições são de mentira. Em nenhum lugar do mundo vota 98 por cento da população. Aqui não há liberdade."

O "Granma" e o "Juventud Rebelde" são alguns dos poucos jornais que circulam em Cuba. Cada um não tem mais de oito páginas e as manchetes exaltam os feitos do regime: a saúde, a educação, o desporto e a cultura. Os EUA são o alvo das críticas. Na televisão, há quatro canais oficiais, todos do Governo. A Internet só existe nos hotéis e está proibida aos cubanos. O acesso a livros também é limitado. O falecido Guillermo Cabrera Infante, escritor cubano exilado e Prémio Cervantes 1997, é praticamente desconhecido. Ou, então, lido às escondidas, como tantos outros.

Do mundo, na verdade, pouco se escreve ou fala. O que os cubanos conhecem é através do que lhes contam os turistas ou os emigrados quando visitam o país. "É difícil ter acesso a informação", confirma Rafael. "Há coisas que precisamos saber não só como cubanos, mas também como seres humanos. Os noticiários aqui só passam o que de pior acontece no mundo... É o que eles [os dirigentes do regime] querem que nós vejamos, o que lhes convém." "É um Estado que generaliza o temor e a desconfiança", explica Rivero. "Tem, além disso, a cumplicidade da maioria dos governos do continente que, para manterem calmas as suas esquerdas, tornam-se cúmplices de um ditador."

Durante cerca de duas décadas o jornalista exerceu a sua profissão em Cuba. Descreve assim a experiência: "É quase não viver. É sobreviver. Os jornais diários, a rádio e a televisão reproduzem máximas políticas desacreditadas. Alguns artistas, escritores oficiais e científicos têm correio electrónico através de um servidor do Governo vigiado pela polícia. Há carros russos ou chineses que patrulham as ruas com antenas para detectar sinais de televisão estrangeiros. Só os que servem o Governo é que têm acesso (também limitado) à Internet." (...)»

«Rafael e Javier, ambos músicos, são amigos. Fazem parte dos cerca de 70 por cento de cubanos que nasceram já depois de Fidel estar no Governo. Para eles, a revolução é "algo distante". Querem poder ter um telemóvel, aceder à Internet, comprar um carro ou viajar. E não entendem por que não podem visitar os "cayos" em Cuba (ilhas paradisíacas reservadas aos turistas) ou por que necessitam de uma "carta de invitación" de um estrangeiro (que tem de ser autorizada pelo Governo cubano) para conhecer o mundo. "Há coisas que nunca vamos aceitar", garante Rafael. "Aqui tentam pôr-te palas nos olhos como fazem com os cavalos", acrescenta Javier. "Conformados? Não. Estamos habituados, mas não conformados. Ainda temos esperança."»

Debatamos

15/12/2006

Nem um único soviético

Um interessante pedaço de prosa que encontrei no Da Rússia, de Jozé Milhazes, retirada do livro "Tropas especiais russas em África", do veterano de guerra Serguei Kolomnin.
Quando, em Fevereiro de 1990, as tropas governamentais angolanas, com a participação dos nossos conselheiros, realizaram uma operação para derrotar o agrupamento da UNITA e tomar a sua praça força: Mavinga, a Luanda chegou uma comissão da ONU para realizar uma inspecção. Na véspera, todos os nossos conselheiros e tradutores militares [da União Soviética] que se encontravam em Quito-Quanavale foram urgentemente evacuados, no avião do general P. Gussev, conselheiro militar principal em Angola, para Menong e a nossa missão militar foi encerrada. Quando o comissão terminou o seu trabalho, convencida de que não havia um soviético na região dos combates, todos os militares soviéticos, por ordem do conselheiro militar principal, voltaram para lá... para o lugar onde eles oficialmente não deviam encontrar-se".
Já nessa altura a ONU estava à altura dos acontecimentos.

14/12/2006

A caução

Não resisti a comentar, nestes moldes, este post do Arrastão:

A lógica deste post é surrealista. Então, ir-se a um local para contradizer a teoria reinante, é um acto de dar caução?

E evitar lá ir para a contradizer, não é dar caução por omissão?

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Nota: onde se lê 'dar caução' lia-se 'caucionamento'. Soava tão mal que substituí.

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Leitura recomendada



Artigo de Cândido Mendes Prudes sobre o falecimento do General Pinochet

Cómo Allende destruyó la democracia en Chile


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Contribuinte duplo pagador

A Comunidade Europeia anuncia uma resolução no sentido de passarem a ser as empresas a demonstrar que as substancias químicas por elas utilizadas não terão impacto à saúde humana. Até agora essa verificação seria feita por organismos estatais.

Não fica claro se as despesas geradas pelos organismos estatais que supervisionavam essas substancias eram pagas pelo erário público dos respectivos países (incluindo Portugal?) ou pelas empresas que recorriam a esses serviços (ou por ambos e em que medida).

Se se tratava do primeiro caso, é de esperar subidas de preço dos produtos gerados pelas empresas fazendo repercutir neles os custos de investigação que ora terão que realizar.

Nesse sentido, e no caso presente, o estado deixaria de ter gastos com essa investigação mas o consumidor final (pagante de impostos) continuará a pagar indirectamente esses custos por via do seu encarecimento.

Mas a directiva não parece esclarecer se convida também os estados a fazerem repercutir em baixa de impostos a despesa que a partir de agora deixarão de realizar ou se se tratará apenas de mais uma manobra de subida de impostos.

Se for o caso, o estado evitará uma despesa cuja verba será proveniente de impostos enquanto o pagador dos mesmos passará a pagar os mesmos serviços também por via do aumento de custo das substancias químicas.

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11/12/2006

"Clamam por vingança, por revanche."

Cláudio Téllez, sobre Allende e Pinochet:
Deve ser dito ainda que, dos aproximadamente 3.000 mortos deixados pelos militares, muitos não eram inocentes. Muitos morreram em confronto direto com as Forças Armadas, outros tantos estavam envolvidos em atividades paramilitares e de terrorismo. Os militares realizaram prisões arbitrárias, o que devemos lamentar. Houve torturas, o que também deve ser lamentado. Houve violações aos direitos humanos, sem dúvida. Porém, durante o governo de Allende, conforme está devidamente evidenciado inclusive em documentos oficiais, também houve prisões arbitrárias, torturas, assassinatos políticos e violações aos direitos humanos. As vozes que, hoje, levantam-se contra Pinochet, não clamam por justiça. Clamam por vingança, por revanche. Se a motivação fosse o desejo de justiça, essas pessoas não se esqueceriam deliberadamente dos inúmeros abusos e das hediondas violações aos direitos humanos perpetradas durante o governo de Allende e sob responsabilidade direta do Poder Executivo, que se encontrava tomado pela Unidade Popular.
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08/12/2006

Três 'herois'



Olhem que três mânfios.

Imagem (foto) tirada dentro de uma das tendas pertencente aos sitiantes (Hezbollah) ao parlamento libanês.

Tom G. Palmer opina (nos comentários):
I seriously doubt that Chavez is involved. (The other person, Nasser, is dead, so he's not involved, either.) Charles is right, that Chavez is taken as a symbol of standing up to the U.S., the West, Israel, etc. He's also been quite cozy with Iran (weapons sales, public embraces, etc.), which funds Hezbollah. In the case of the Communist flag, however, there is a Lebanese Communist Party and they are actively supporting Hezbollah's bid for power. Speakers at the rallies have, I am told, regularly mentioned them, as well as Michel Aoun's party and various odd fascist-oriented splinter parties. Lebanese politics is remarkably complicated.
Suponho que o que escreve faz sentido.

Via Tom Palmer.

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07/12/2006

Coisas alternativas

Queixa-se, Daniel Oliveira, de ter tido, no seu blog, comentários insultuosos em seu nome.

Como medida para tentar controlar a coisa, Daniel Oliveira optou por moderar, temporariamente, os comentários. Eu faria o mesmo.

A questão que se levanta é a de que Daniel Oliveira optou pela "repressão", pela "censura", para atacar a anomalia.

Seria de esperar que atacasse as causas, que tentasse compreender a visão alheia do mundo. Tratar-se-á, eventualmente, de alguém cuja educação (dever-se-á chamar cultura?) lhe permita optar por uma forma alternativa de comentar. Pós moderna? Radical?

Talvez seja proveniente de algum bairro degradado. Porquê fechar-lhe a porta? Há que integrar (?) para que se possa compreender a diferença.

... quando nos toca a nós ... ou ... para tudo há limites: o problema é saber em que ponto devem ser colocados.

Nota: tentei comentar o artigo, mas, o servidor deu erros consecutivos. Vou tentar mais tarde.


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06/12/2006

TLEBS, 6 de Dezembro

Vasco Graça Moura, novamente, acerca da TLEBS.

Via A Blasfémia.

Word Zero-Day, So Sayeth Microsoft (NEW)

Word Zero-Day, So Sayeth Microsoft (NEW)

Published: 2006-12-05,
Last Updated: 2006-12-05 23:05:27 UTC by Ed Skoudis (Version: 1)

Microsoft released an announcement of a zero-day vulnerability in Microsoft Word. Read about it here.

Of particular interest, they say:

"Microsoft is investigating new public reports of limited 'zero-day' attacks using a vulnerability in Microsoft Word 2000, Microsoft Word 2002, Microsoft Office Word 2003, Microsoft Word Viewer 2003, Microsoft Word 2004 for Mac, and Microsoft Word 2004 v. X for Mac, as well as Microsoft Works 2004, 2005, and 2006. In order for this attack to be carried out, a user must first open a malicious Word file attached to an e-mail or otherwise provided to them by an attacker."

Microsoft's advice? They say, "Do not open or save Word files that you receive from un-trusted sources or that you receive unexpectedly from trusted sources. This vulnerability could be exploited when a user opens a specially crafted Word file."

Ok... sure. Thanks.

--Ed Skoudis
Intelguardians.

03/12/2006

Foram-se os Anéis

Chapelada a Foram-se os Anéis.

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Prós e Contras



No Kontratempos, Prós e Contras.

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Líbano



A ler, no Kontratempos, Líbano.

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Absurdo jornalístico à volta do Polónio



Na revista Domingo, do Correio da manhã de hoje, no artigo sobre o Polónio da página 31 "Secretas Ruassa não Brincam em Serviço", pode ler-se a seguinte absurda e enigmática frase:
"Muito difícil de manejar, é empregue em quantidades reduzidas em cigarros e técnicas de fotografia."
Na Wikipedia, encontra-se esta outra:
"Polonium has been found in tobacco smoke from tobacco leaves grown with phosphate fertilizers."
Ter-se há dado o caso de alguém ter confundido "é empregue" por "foi encontrado", e "fotografia" por "fosfato"?

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02/12/2006

Zereguiduns

Desculpem lá alguns hieróglifos, aqui e ali, mas estou a transplantar a coisa para o Blogger Beta.

Logo que tenha tempo, procurarei resolver o imbróglio.

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Boa lata

Coisas do mundo paralelo.

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Venezuela e corrupção

Corruption, Mismanagement, and Abuse of Power in Hugo Chávez’s Venezuela, por Gustavo Coronel.

Via O Insurgente.

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Polónio

Imagine-se o banzé que se teria levantado se o caso tivesse ocorrido em relação aos Estados Unidos.

Duvidam? Lembrem-se das cuecas da Mónica.

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