29/12/2006

Clone de Allende

Hugo Chávez, ditador de meia tigela, prossegue, em postura labrega, rumo à meta de futuro Allende da Venezuela.

[via Reuters]
El presidente Hugo Chávez, que ha prometido profundizar su revolución socialista, advirtió en la víspera a los accionistas de la empresa que "prepararan sus maletas," porque no se renovaría la concesión por considerar que RCTV "favorece al golpismo y actúa contra el pueblo."

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Granier declaró el jueves a medios locales que la concesión de su canal, que según la ley debe extenderse por 20 años, fue renovada en el 2001. Sin embargo, Lara afirmó que en esa fecha sólo se levantó un registro de operadores y no una renovación.
Pelo andar da carruagem só um golpe limpará o poder da cancerígena presença de Chavez, mas anos terão que decorrer até que o país volta à estaca de onde se tem vindo a afundar.

Quando finalmente (e a que preço?), a Venezuela de lá conseguir sair, a culpa recairá exclusivamente no ditador que se lhe seguir, simplesmente porque este sabujo tem 'pinta' de ser de esquerda (é pela generalidade dela como tal reconhecido).

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26/12/2006

Nova fixação

Esta fixação da comunicação social na história de Rui Rio não ter dado tolerância de ponto é inqualificável.

22/12/2006

Causa

Combata o spam! Carregue aqui!

Liberdade de opinião

No passado dia 12, Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irão, foi apupado por alunos da Universidade de Amir Kabir, em Teerão.

Aqui está o resultado.

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21/12/2006

Arauto



Carta de Donald Knuth ao Departamento de Patentes dos EUA.

Via Lasers in the Jungle.

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20/12/2006

Cuba: amanhã cantante

Via Kontratempos:

No Pública:
«"Em Cuba vive-se mal e é preciso estar sempre a inventar para no final do dia ter o que comer", diz Luís, 46 anos, vendedor de frutas no Mercado de Quatro Caminhos em Havana. "Não sei o que vai acontecer aqui, ninguém sabe, mas tenho um filho com 20 anos e só queria que ele fosse para outro país, onde tivesse mais possibilidades." (...)»

«"Os que mais se devem preocupar são os altos dirigentes que vivem nas mansões mais luxuosas de Cuba arrebatadas às classes altas. Só Fidel Castro tem 57 residências espalhadas por todo o país. Fizeram de tudo nestes anos. Repartiram entre si o pouco que ia restando com entusiasmo de piratas." É no Vedado, parte nobre de Havana, que vivem os altos funcionários do Estado e se situam as embaixadas. Uma zona que contrasta com os edifícios velhos e degradados do resto da cidade, onde numa só casa chegam a viver quatro gerações de uma família. "Não penso que os cubanos do exílio estejam dispostos a entrar em conflito com os seus compatriotas por uns metros de barracas. Muita gente sabe já que as casas são tumbas provisórias." (...)»

«Com um ordenado mínimo que não chega aos dez euros, a "luta é grande", assegura Pedro, 53 anos, distribuidor dos correios. "Entre a compra de alguns alimentos e o pagamento da luz, pouco resta ao final de uma semana." As mercearias estão sempre cheias. De caderneta de racionamento na mão, os cubanos enfileiram-se à espera de adquirir os produtos subsidiados pelo Estado: arroz, feijão, açúcar, sal, ovos, azeite, café, carne e peixe. "Isto é uma ajuda, mas não chega. A verdade é que os salários são baixos e os produtos caros." Pedro vive com a mulher, educadora de infância, e as duas filhas numa casa muito degradada. As paredes têm rachas profundas e o tecto ameaça cair. Depois de sair do trabalho, Pedro arranja frigoríficos para "tentar ganhar mais algum" e "não passar fome". Uma actividade que "é ilegal", diz com um sorriso irónico. (...)»

«(...) Devido às restrições impostas pelas autoridades, hoje são poucos os que trabalham - de forma legal - por conta própria. À margem da lei, a realidade é outra. "Não há um cubano que não tenha o seu negócio. O Governo quer o quê? É a única maneira de sobreviver." A opinião de Pedro é partilhada por Raúl Rivero, para quem a solução é "liberalizar a economia". Ou seja: "Abandonar os mecanismos de controlo do Estado e retirar as mãos sujas das pandilhas de lerdos com cartão do partido que tudo dirigem com uma ineficácia que conseguiu manter a caderneta de racionamento desde 1964 até aos dias de hoje. Uma gestão de energúmenos que, em meio século, não conseguiu fazer com que o povo almoce com decência."»

«Com um apertado sistema de vigilância, o Governo de Fidel tenta evitar o contacto entre cubanos e estrangeiros. (...) Apesar do controlo, não raras vezes, há quem peça "uma ajuda". Qualquer coisa serve: sabonetes, pasta de dentes, roupa, comida ou um dólar "para comprar leite para os filhos". (...)»

«"O Governo de Fidel não quer admitir, mas o problema é que hoje há tanta ou mais prostituição e corrupção do que durante a ditadura de Batista", assegura Pedro. É ao final do dia, junto ao Malecón, que jovens de mini-saia e pronunciados decotes metem conversa com os estrangeiros. Convidam-nos para dançar e algumas, mais atrevidas, perguntam se não têm curiosidade em saber "como é que uma cubana faz amor". "No final", garante Pedro, "querem sempre o mesmo: dinheiro ou um convite para sair do país". Por ter a pele muito clara e o cabelo todo branco, Pedro já foi confundido com um europeu: "Se soubesse falar duas ou três palavras de inglês, até com uma menina de 12 anos ia para a cama." (...)»

«O carácter gratuito do sistema de saúde e educação tem sido uma das conquistas mais emblemáticas da revolução. O exemplo dos EUA - onde a medicina tem um preço elevado - é, aliás, sempre mencionado pelo regime. "O Estado diz-nos que somos os únicos no mundo a ter estes privilégios, mas esquece-se que sabemos pelos turistas que, em muitos países da Europa, a medicina e a educação também não são assim tão caras", afirma Rafael.»

«(...) "Se não há acesso nem a informação, nem a novas tecnologias, como podemos dizer que temos um dos melhores sistemas de saúde e educação do mundo?", questiona Carlos, 69 anos, antigo médico veterinário.»

«(...) Quase todos os cubanos participam em actividades de carácter político, como os Comités de Defesa da Revolução (CDR), as associações ou marchas. "Pode parecer que somos a favor do sistema, mas não temos outra alternativa", diz Carlos. "Por exemplo, se não se aparece para votar, no dia a seguir vêm perguntar-te por que não foste. As eleições são de mentira. Em nenhum lugar do mundo vota 98 por cento da população. Aqui não há liberdade."

O "Granma" e o "Juventud Rebelde" são alguns dos poucos jornais que circulam em Cuba. Cada um não tem mais de oito páginas e as manchetes exaltam os feitos do regime: a saúde, a educação, o desporto e a cultura. Os EUA são o alvo das críticas. Na televisão, há quatro canais oficiais, todos do Governo. A Internet só existe nos hotéis e está proibida aos cubanos. O acesso a livros também é limitado. O falecido Guillermo Cabrera Infante, escritor cubano exilado e Prémio Cervantes 1997, é praticamente desconhecido. Ou, então, lido às escondidas, como tantos outros.

Do mundo, na verdade, pouco se escreve ou fala. O que os cubanos conhecem é através do que lhes contam os turistas ou os emigrados quando visitam o país. "É difícil ter acesso a informação", confirma Rafael. "Há coisas que precisamos saber não só como cubanos, mas também como seres humanos. Os noticiários aqui só passam o que de pior acontece no mundo... É o que eles [os dirigentes do regime] querem que nós vejamos, o que lhes convém." "É um Estado que generaliza o temor e a desconfiança", explica Rivero. "Tem, além disso, a cumplicidade da maioria dos governos do continente que, para manterem calmas as suas esquerdas, tornam-se cúmplices de um ditador."

Durante cerca de duas décadas o jornalista exerceu a sua profissão em Cuba. Descreve assim a experiência: "É quase não viver. É sobreviver. Os jornais diários, a rádio e a televisão reproduzem máximas políticas desacreditadas. Alguns artistas, escritores oficiais e científicos têm correio electrónico através de um servidor do Governo vigiado pela polícia. Há carros russos ou chineses que patrulham as ruas com antenas para detectar sinais de televisão estrangeiros. Só os que servem o Governo é que têm acesso (também limitado) à Internet." (...)»

«Rafael e Javier, ambos músicos, são amigos. Fazem parte dos cerca de 70 por cento de cubanos que nasceram já depois de Fidel estar no Governo. Para eles, a revolução é "algo distante". Querem poder ter um telemóvel, aceder à Internet, comprar um carro ou viajar. E não entendem por que não podem visitar os "cayos" em Cuba (ilhas paradisíacas reservadas aos turistas) ou por que necessitam de uma "carta de invitación" de um estrangeiro (que tem de ser autorizada pelo Governo cubano) para conhecer o mundo. "Há coisas que nunca vamos aceitar", garante Rafael. "Aqui tentam pôr-te palas nos olhos como fazem com os cavalos", acrescenta Javier. "Conformados? Não. Estamos habituados, mas não conformados. Ainda temos esperança."»

Debatamos

15/12/2006

Nem um único soviético

Um interessante pedaço de prosa que encontrei no Da Rússia, de Jozé Milhazes, retirada do livro "Tropas especiais russas em África", do veterano de guerra Serguei Kolomnin.
Quando, em Fevereiro de 1990, as tropas governamentais angolanas, com a participação dos nossos conselheiros, realizaram uma operação para derrotar o agrupamento da UNITA e tomar a sua praça força: Mavinga, a Luanda chegou uma comissão da ONU para realizar uma inspecção. Na véspera, todos os nossos conselheiros e tradutores militares [da União Soviética] que se encontravam em Quito-Quanavale foram urgentemente evacuados, no avião do general P. Gussev, conselheiro militar principal em Angola, para Menong e a nossa missão militar foi encerrada. Quando o comissão terminou o seu trabalho, convencida de que não havia um soviético na região dos combates, todos os militares soviéticos, por ordem do conselheiro militar principal, voltaram para lá... para o lugar onde eles oficialmente não deviam encontrar-se".
Já nessa altura a ONU estava à altura dos acontecimentos.

14/12/2006

A caução

Não resisti a comentar, nestes moldes, este post do Arrastão:

A lógica deste post é surrealista. Então, ir-se a um local para contradizer a teoria reinante, é um acto de dar caução?

E evitar lá ir para a contradizer, não é dar caução por omissão?

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Nota: onde se lê 'dar caução' lia-se 'caucionamento'. Soava tão mal que substituí.

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Leitura recomendada



Artigo de Cândido Mendes Prudes sobre o falecimento do General Pinochet

Cómo Allende destruyó la democracia en Chile


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Contribuinte duplo pagador

A Comunidade Europeia anuncia uma resolução no sentido de passarem a ser as empresas a demonstrar que as substancias químicas por elas utilizadas não terão impacto à saúde humana. Até agora essa verificação seria feita por organismos estatais.

Não fica claro se as despesas geradas pelos organismos estatais que supervisionavam essas substancias eram pagas pelo erário público dos respectivos países (incluindo Portugal?) ou pelas empresas que recorriam a esses serviços (ou por ambos e em que medida).

Se se tratava do primeiro caso, é de esperar subidas de preço dos produtos gerados pelas empresas fazendo repercutir neles os custos de investigação que ora terão que realizar.

Nesse sentido, e no caso presente, o estado deixaria de ter gastos com essa investigação mas o consumidor final (pagante de impostos) continuará a pagar indirectamente esses custos por via do seu encarecimento.

Mas a directiva não parece esclarecer se convida também os estados a fazerem repercutir em baixa de impostos a despesa que a partir de agora deixarão de realizar ou se se tratará apenas de mais uma manobra de subida de impostos.

Se for o caso, o estado evitará uma despesa cuja verba será proveniente de impostos enquanto o pagador dos mesmos passará a pagar os mesmos serviços também por via do aumento de custo das substancias químicas.

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11/12/2006

"Clamam por vingança, por revanche."

Cláudio Téllez, sobre Allende e Pinochet:
Deve ser dito ainda que, dos aproximadamente 3.000 mortos deixados pelos militares, muitos não eram inocentes. Muitos morreram em confronto direto com as Forças Armadas, outros tantos estavam envolvidos em atividades paramilitares e de terrorismo. Os militares realizaram prisões arbitrárias, o que devemos lamentar. Houve torturas, o que também deve ser lamentado. Houve violações aos direitos humanos, sem dúvida. Porém, durante o governo de Allende, conforme está devidamente evidenciado inclusive em documentos oficiais, também houve prisões arbitrárias, torturas, assassinatos políticos e violações aos direitos humanos. As vozes que, hoje, levantam-se contra Pinochet, não clamam por justiça. Clamam por vingança, por revanche. Se a motivação fosse o desejo de justiça, essas pessoas não se esqueceriam deliberadamente dos inúmeros abusos e das hediondas violações aos direitos humanos perpetradas durante o governo de Allende e sob responsabilidade direta do Poder Executivo, que se encontrava tomado pela Unidade Popular.
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08/12/2006

Três 'herois'



Olhem que três mânfios.

Imagem (foto) tirada dentro de uma das tendas pertencente aos sitiantes (Hezbollah) ao parlamento libanês.

Tom G. Palmer opina (nos comentários):
I seriously doubt that Chavez is involved. (The other person, Nasser, is dead, so he's not involved, either.) Charles is right, that Chavez is taken as a symbol of standing up to the U.S., the West, Israel, etc. He's also been quite cozy with Iran (weapons sales, public embraces, etc.), which funds Hezbollah. In the case of the Communist flag, however, there is a Lebanese Communist Party and they are actively supporting Hezbollah's bid for power. Speakers at the rallies have, I am told, regularly mentioned them, as well as Michel Aoun's party and various odd fascist-oriented splinter parties. Lebanese politics is remarkably complicated.
Suponho que o que escreve faz sentido.

Via Tom Palmer.

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07/12/2006

Coisas alternativas

Queixa-se, Daniel Oliveira, de ter tido, no seu blog, comentários insultuosos em seu nome.

Como medida para tentar controlar a coisa, Daniel Oliveira optou por moderar, temporariamente, os comentários. Eu faria o mesmo.

A questão que se levanta é a de que Daniel Oliveira optou pela "repressão", pela "censura", para atacar a anomalia.

Seria de esperar que atacasse as causas, que tentasse compreender a visão alheia do mundo. Tratar-se-á, eventualmente, de alguém cuja educação (dever-se-á chamar cultura?) lhe permita optar por uma forma alternativa de comentar. Pós moderna? Radical?

Talvez seja proveniente de algum bairro degradado. Porquê fechar-lhe a porta? Há que integrar (?) para que se possa compreender a diferença.

... quando nos toca a nós ... ou ... para tudo há limites: o problema é saber em que ponto devem ser colocados.

Nota: tentei comentar o artigo, mas, o servidor deu erros consecutivos. Vou tentar mais tarde.


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06/12/2006

TLEBS, 6 de Dezembro

Vasco Graça Moura, novamente, acerca da TLEBS.

Via A Blasfémia.

Word Zero-Day, So Sayeth Microsoft (NEW)

Word Zero-Day, So Sayeth Microsoft (NEW)

Published: 2006-12-05,
Last Updated: 2006-12-05 23:05:27 UTC by Ed Skoudis (Version: 1)

Microsoft released an announcement of a zero-day vulnerability in Microsoft Word. Read about it here.

Of particular interest, they say:

"Microsoft is investigating new public reports of limited 'zero-day' attacks using a vulnerability in Microsoft Word 2000, Microsoft Word 2002, Microsoft Office Word 2003, Microsoft Word Viewer 2003, Microsoft Word 2004 for Mac, and Microsoft Word 2004 v. X for Mac, as well as Microsoft Works 2004, 2005, and 2006. In order for this attack to be carried out, a user must first open a malicious Word file attached to an e-mail or otherwise provided to them by an attacker."

Microsoft's advice? They say, "Do not open or save Word files that you receive from un-trusted sources or that you receive unexpectedly from trusted sources. This vulnerability could be exploited when a user opens a specially crafted Word file."

Ok... sure. Thanks.

--Ed Skoudis
Intelguardians.

03/12/2006

Foram-se os Anéis

Chapelada a Foram-se os Anéis.

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Browser share

Prós e Contras



No Kontratempos, Prós e Contras.

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Líbano



A ler, no Kontratempos, Líbano.

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Absurdo jornalístico à volta do Polónio



Na revista Domingo, do Correio da manhã de hoje, no artigo sobre o Polónio da página 31 "Secretas Ruassa não Brincam em Serviço", pode ler-se a seguinte absurda e enigmática frase:
"Muito difícil de manejar, é empregue em quantidades reduzidas em cigarros e técnicas de fotografia."
Na Wikipedia, encontra-se esta outra:
"Polonium has been found in tobacco smoke from tobacco leaves grown with phosphate fertilizers."
Ter-se há dado o caso de alguém ter confundido "é empregue" por "foi encontrado", e "fotografia" por "fosfato"?

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02/12/2006

Zereguiduns

Desculpem lá alguns hieróglifos, aqui e ali, mas estou a transplantar a coisa para o Blogger Beta.

Logo que tenha tempo, procurarei resolver o imbróglio.

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Boa lata

Coisas do mundo paralelo.

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Venezuela e corrupção

Corruption, Mismanagement, and Abuse of Power in Hugo Chávez’s Venezuela, por Gustavo Coronel.

Via O Insurgente.

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Polónio

Imagine-se o banzé que se teria levantado se o caso tivesse ocorrido em relação aos Estados Unidos.

Duvidam? Lembrem-se das cuecas da Mónica.

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30/11/2006

Trafulhice insistente

Continuam a querer defender o indefensável.

Um arredondamento é uma operação matemática que funciona para os dois lados. Não há arredondamentos "negociáveis", como não há operações de soma, multiplicação, raízes quadradas, etc, negociáveis. A matemática é aquilo que é e é isso que se espera dela. Ginga-la só pode ser uma coisa: trafulhice.

Faz muito bem o governo em pôr os pontos nos ii.

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29/11/2006

Paranoias velhas ...

... relembram velhas paranóias.

No Da Rússia, e à sombra de milhões de mortos,
Quanto aos culpados de uma das maiores calamidades do séc. XX, as autoridades comunistas não tinham dúvidas: “Não duvidamos que a saída de camponeses “à procura de pão” para as regiões centrais da Rússia, do Volga, para o distrito de Moscovo, para a Ucrânia Ocidental e a Bielorrússia... foi organizada pelos inimigos do Poder Soviético, pelos socialistas revolucionários e por agentes da Polónia com o objectivo de agitação contra os kolkhozes (unidades colectivas de produção) e contra o Poder Soviético em geral”. .
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24/11/2006

O VÉU!

Muito bem, Tomas Vasques.

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21/11/2006

Robert Bernard Altman - (1925-2006)

Robert Bernard Altman (born February 20, 1925, died November 21, 2006[1]) was an American film director known for making films that are highly naturalistic, but with a stylized perspective. In 2006, the Academy of Motion Picture Arts and Sciences recognized his work with an Academy Honorary Award.

His films MASH and Nashville have been selected for preservation in the United States National Film Registry.

[Wikipedia].
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Alta Matemática

António Peres Metello acaba de dizer na RTP, programa Prós e Contras, que o total de dinheiro movimentado nas off-shores mundiais é de 5 triliões de dólares.

Mais, Peres Metello clarificou tratar-se de algo traduzido num 5 com 12 zeros [5.000.000.000.000].

Há que clarificar que tal numero constitui 5 biliões, não 5 triliões.

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20/11/2006

Carta aberta ao Diário de Notícias de Lisboa

Carta aberta ao Diário de Notícias de Lisboa e aos leitores portugueses em geral.

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Alta matemática

A RTP1, logo de manhã, anunciou ter sido batido um record de derrube de dominós.

Mais, informou que a respectiva montagem tinha sido conseguida por 90 pessoas de 143 nacionalidades ...

... ou me engano muito ou haveria demasiadas pessoas de dupla nacionalidade.

14/11/2006

TLEBS: Tlebem-no daqui para fora

No Blasfémias, Helena Matos, sobre o assunto.
Tendo em conta o que sei até agora sobre a TLEBS é natural que registe com agrado o facto de algumas escolas terem encerrado graças à greve dos trabalhadores da função pública. Pior do que uma aula não dada é uma aula onde se ensine isto.
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11/11/2006

Colonialismo em greve

[Pensei inicialmente comentar o texto abaixo após a sua integral transcrição. Mas a densidade de disparate é tal que não o consegui. Vou comentar por blocos. A integralidade do texto, mantém-se.]

No Abrupto, pode ler-se:


O que me choca mais neste momento de contestação, é a reacção de uma parte significativa da população que tem sido ouvida nos órgãos de comunicação. Para lá de qualquer possível estratégia de apoio ou contestação à greve, é inegável que cada vez mais pessoas são contra as greves.

O autor começa por confundir a greve em causa com [todas] as greves. Dar-se há o caso de supor gozar do monopólio ao exercício desse direito?

Uma das razões mais apontadas para esta posição é a ideia de que os funcionários públicos são privilegiados, têm emprego garantido, salários altos, e reformas boas. Bem, a questão das reformas, agora que são aos 65 anos e foram reduzidas em valor, já não se ouve tanto. Mas a ideia de que há funcionários a mais, de que estes não trabalham, ou que trabalham mal, e que ganham de mais, é muito generalizada.

Ainda bem que o autor percebe que a questão da idade da reforma tem vindo a atenuar a contestação. Mas aproveita para não se manifestar em relação à justeza de igualdade de direitos entre uns e outros.

Porque me chocam estas opiniões? Porque revelam um desconhecimento enorme da realidade. Da realidade dos funcionários públicos, dos serviços públicos e da sua organização, e dos direitos dos trabalhadores. Essas pessoas que acusam, a meu ver injustamente, os trabalhadores da administração públicos de tudo o que consideram mau, são em muitos casos, as mesmas que aceitam trabalhar em más condições, com salários muito baixos, e com poucas ou nenhumas regalias sociais. Desta forma, tendem a conceber os direitos sociais como privilégios. Isto é muito preocupante...

Não será o autor quem está desajustado da realidade?

Tem ainda a lata de acusar as tais pessoas de aceitarem trabalhar em más condições? E o autor estará à espera de compreensão pela parte por quem ele tem em tão pouca consideração? E não suporá ele que esses tais inimigos sentirão que as regalias que ele reclama estar a perder já há muito (se alguma vez as teve) as perdeu?

... "e com salários muito baixos" ...!!! Então, e parece-lhe de esperar o apoio de quem tem salários muito baixos a quem os tem substancialmente mais altos (a premissa é dele)?

... "e com muito poucas regalias sociais" ... !!! E já passou pela cabeça do autor que isto soa ao seu inimigo como um acerto de contas (finalmente)? E porque haveria quem tem poucas regalias de defender quem tem muitas (a premissa é dele)?

Na medida em que revelam um pessimismo generalizado, uma inveja latente, uma noção de que os direitos são privilégios e não direitos, de que todos devem sofrer como eles sofrem, estas opiniões são perigosas.

Na medida em que o autor revela não ter percebido que às suas regalias corresponde a nossa miséria, que os seus direitos são simples privilégios e que estes não devem ser conseguidos à custa do trabalho de outros, que a forma de encarar o mundo defendido pelo autor do texto bem podia ter sido desenterrada do feudalismo.

Não para os funcionários públicos, que parecem estar condenados a continuar a perder poder de compra e direitos, mas para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem. Isto revela uma submissão e uma subserviência ao poder económico, que acaba por se generalizar e diminuir, se não extinguir, direitos que eram considerados, até há pouco tempo, fundamentais.

E agora o autor confunde a generalidade dos trabalhadores com a generalidade dos trabalhadores!. Queixa-se que a forma como a generalidade dos trabalhadores (pressupondo-se que em oposição aos funcionários públicos) encara a coisa, vai de encontro ao interesse da generalidade dos trabalhadores ... ou então à generalidade de trabalhadores deveria corresponder uma generalidade de direitos e deveres, coisa que ele não dá de barato.

E depois a história da submissão ... como se a generalidade dos trabalhadores não aparentasse estar cansada de demonstrar subserviência e submissão aos interesses e direitos que ele supõe serem fundamentais, mas que eles percebem serem apenas apanágio da classe dele.

Não me parece ser este um bom caminho. Puxando os funcionários públicos para baixo, toda a sociedade portuguesa vai ser puxada para baixo, e vamos assistir, já estamos a assistir, a um aumento da diferença entre ricos e pobres, ou seja, ao enfraquecimento das classes médias. Isto é mau para o colectivo, por bom que seja para os empresários, proprietários de riqueza e de bens de produção.

Já percebemos. Há uns, malandros, muito ricos, e a quem ninguém consegue beliscar. Mas nós, imbuídos de um inoxidável espírito altruísta, queremos atenuar essa desigualdade tornando-nos mais ricos à custa das classes mais pobres a quem, por estratégia momentânea, metemos no mesmo caldeirão e chamamos agora de "classe média", esquecendo-nos que os tínhamos à pouco acusado de serem uma espécie de bandalhos incapazes de reclamar direitos.

Será que vamos ser todos empresários? Será que vamos todos ter empregados a trabalhar para nós, e a quem vamos pagar o mínimo possível?

Mais uma vez a hipocrisia leva a melhor. O mesmo povo que tem um dos índices mais altos de posse e utilização de telemóveis, e de outros bens não essenciais, reclama agora uma justiça social nivelada por baixo, como se isso fosse bom para todos. Hiprcrisia perigosa, digo eu, porque vai calcar ainda mais o nível de vida dos portugueses, de todos, incluindo os funcionários públicos. Será que os não-funcionários públicos ganham alguma coisa com isso? Tenho a convicção que não, mas ficam felizes com esta vingaçazinha, do português "toma lá que é para não pensares que és melhor que eu...eu estou mal mas tu também ficas."

(Fernando Reis)

Que pena que o autor se tenha esquecido de declarar solidariedade para com os que além de terem menos direitos contribuem para os direitos que ele quer manter.

Direi: toma lá que é para deixares de pensar que és melhor que eu... que eu estou mal mas apenas por ser bandalho. Eu, que te pago metade dos proventos do meu trabalho e que ainda por cima sou visto como um inimigo a abater.

Há muito que não via tamanha manifestação de espírito colonialista. Pessoas capazes de supor que o funcionário não público é uma espécie de escravo e a quem, perante valores superiores, até a posse de telemóvel poderá ser posta em causa para permitir que mordomias coloniais sejam mantidas. Só Salazar era capaz de o defender: pobrezinhos, mas limpinhos.

Quantos funcionários públicos se reverão nas palavras dele? E, onde estão os repúdios?

Irra, que é bruto.

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Greve, mas não ao absurdo

No Abrupto, pode ler-se:
O secretário de estado, João Figueiredo, faz lembrar o ministro da informação iraquiano, Mohammed Saeed Al-Sahhaf. Os seus 11,7% de adesão à greve da função pública hoje (9.11.2006), por exemplo, na educação, querem dizer que a escola está aberta, apenas com um ou dois funcionários. Um deles na portaria. Os professores entram, estão nas escolas, não podem ir às salas de aula porque os pavilhões estão fechados. Ficam confinados à sala de professores e ao café em frente da escola. Os alunos não podem entrar no recinto escolar por falta de pessoal. Mas a escola funcionou e não houve greve! Pelo que se passou hoje, amanhã os alunos nem se preocuparão em levantar-se a horas. Não quer dizer que tomo como líquidos os 80% de adesão referidos pelos sindicatos. Mas...

(Gabriel Mithá Ribeiro)
Por mais voltas que dê ao miolo, não consigo perceber o texto acima.

Que será que o autor considera "adesão à greve"? Se num escola houver impossibilidade de haver aulas porque o porteiro entrou em greve (não havendo chave para entrar), e os professores ficarem à porta, estarão também automaticamente em greve?

Se: "
Os professores entram, estão nas escolas, não podem ir às salas de aula porque os pavilhões estão fechados", depreende-se que a generalidade dos trabalhadores da escola (os professores) não estarão em greve. Quer o autor que sejam considerados grevistas as pessoas que não conseguem trabalhar porque outros trabalhadores, em greve, não permitem condições para que os alunos possam entrar na escola?

... "
Mas a escola funcionou e não houve greve!" ... A escola não funcionou porque houve greve de uma pequena parte do pessoal da escola, e, incontornavelmente, a adesão à greve terá sido baixa.

Nesta perspectiva o secretário de estado João Figueiredo tem razão e, pode contrapor-se, parecer razoável estabelecer um paralelismo entre
Mohammed Saeed Al-Sahhaf e o autor do texto.

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Se há alturas em que me apetece verter umas brejeirices, esta é uma delas.

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06/11/2006

Nova aberração: TLEBS

Uma nova aberração tenta estabelecer território e vítimas.

Este artigo dá uma boa ideia da coisa.

Via Blasfémias.

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02/11/2006

Imagens de Maomé



Com o beneplácito dos respectivos poderes, têm sido feitas, ao longo dos tempos, imagens de Maomé - as tais que alguns islamitas reclamam não poderem ser feitas por se cometer heresia.

Aqui está uma colecção delas.

Via O Insurgente.

01/11/2006

Outra vez?



Estamos lixados.

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Multiculturalismo

Mais uma prova da nossa (do ocidente) falta de sensibilidade multiculturalista.

Via O Insurgente.

Mais uma prova de concenso científico.



O "consenso" à volta das origens do aquecimento global.

Via Blasfémias.

30/10/2006

Arauto



No Grande Loja do Queijo Limiano, sobre um artigo de Miguel Sousa Tavares.

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Coices ...

Por ocasião das inundaçõezitas (ver comparação) verificadas entre nós, relembro a quantidade de disparates que se disseram por altura da catástrofe provocada pelo furacão Katrina.

Basicamente que ...
... os americanos tinham sido incompetentes (em especial o Presidente George Bush) ...

Caiem umas pinguitas (comparadas com as que o Katrina vomitou) e eis a nossa protecção civil de calças na mão. Parece que só e Tomar a coisa funcionou ...

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Sobre "consensos" ...

... teve aqui lugar uma discussão para a qual terei dado alguma contribuição.

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26/10/2006

Jack Straw seu opressor!



(Via O Insurgente)

Tomo a liberdade de para aqui transcrever um comentário de Elizabete Dias a uma observação minha (que pode ser procurada aqui):

Sim, Range o Dente. Por baixo do chador, as mulheres vestem-se à ocidental, usam lingerie, etc, etc.

Mas cito exemplos que já deves conhecer: na Arábia Saudita, nas famílias mais ricas, há o hábito de afogar a jovem ou a mulher desonrada na piscina da família.
Na Palestina as jovens sofrem acidentes estranhos, que envolvem queimaduras fatais de 3º grau ou envenenamentos. Na Turquia rural, as jovens são fechadas num quarto durante dias a fio, com uma arma ou um copo com veneno - o suicídio não vai levantar suspeitas na polícia.

E estas mulheres que vemos na foto e que vivem no Ocidente , protegidas pelas nossas leis, recusam-se a discutir ou a denunciar seja o que for…

Mas nós não nos calamos!

Chapéu tirado!

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16/10/2006

Alta matemática



Como se explica que, num curso de Excel para principiantes, um par de alunos de 25 anos não saibam que operação “de matemática” fazer, para encontrarem o valor que efectivamente receberiam se, ganhamdo 100€, tivessem que descontar 20€?

Será que o ensino é um bluff?

A que matemática recorrer para deslindar a coisa?

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Estação Oriente



Cada vez me parece mais que esta "beleza" arquitetónica é um aborto.

Esta imagem é uma excelente prova do que lá se não se passa. A verdade é que quem tiver que apanhar o comboio para o Porto em dia de vento e chuva apanha uma molha todo o tamanho.

A "maravilha" de arquitectura não serve para o fim a que se devia destinar.

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aqui uma bela discussão sobre a história do aquecimento(?) global.

Quanto mais leio sobre o assunto, mas me parece que o aquecimento global de origem humana é uma fé. Como fé, são apelidados de heréticos todos os que o poem em causa.

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10/10/2006

França: jovem apedrejada

Em Lyon, França, uma jovem foi apedrejada por ter comido durante o Ramadão.

Se isto se tivesse passado nos Estados Unidos, os pacóvios das TVs nacionais já estariam histéricos.

Via No Pasarán.
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09/10/2006

Mais uma polémica com os do costume

No Correio da Manhã, Via O Insurgente.

Um deputado inglês quis falar normalmente, cara a cara. Abriu mais uma polémica com os do costume.

Jack Straw foi ministro do Interior de Tony Blair e é deputado por Blackburn, uma cidade do noroeste de Inglaterra com quase um terço de população muçulmana. Straw, como é hábito nos deputados britânicos, recebe regularmente os seus eleitores numa espécie de consultório de cidadania. Ouve as queixas, dá sugestões.

Esta semana, ele escreveu um texto no jornal local ‘Lancashire Telegraph’ sobre uma das coisas que lhe sucedem no consultório. Tudo começou, conta ele, quando uma mulher muçulmana, acompanhada do marido, lhe disse: “Tenho muito prazer em falar consigo face a face.” A frase ficou a roer-lhe lá dentro por causa da carga irónica. A mulher usava o ‘nicab’, o mais rigoroso dos lenços islâmicos. Não só todo o corpo estava coberto, como os cabelos, o pescoço e a cara – com a excepção de um fio fino que deixava adivinhar os olhos –, tudo era pano. Um face a face demasiado relativo, pois.

Então, de cada vez que passou a receber outra mulher de ‘nicab’, Jack Straw armava-se de uma prudência e de uma ousadia. A prudência era pedir a uma colega do gabinete do seu partido para assistir à conversa. A ousadia era pedir à eleitora para tirar o muro, a fronteira, o lenço que estava entre eles, para poderem falar face a face. Mas nunca pedia sem antes sublinhar que se ela quisesse ficar com o lenço, assim seria.

Straw servia-se de uma imagem para justificar o seu pedido. Ele estava ali no seu gabinete, ela tinha ido ter com ele, para uma conversa pessoal, directa, frente-a-frente. Numa conversa não só as palavras dizem, mas a boca, o sorriso ou a angústia que marca a cara, os olhos que brilham ou não. Enfim, para falar só com palavras, tinha-se inventado o telefone. Para conversar, essa invenção era muito mais antiga, acontecera quando dois seres humanos confiaram um no outro. “Numa conversa pode ver-se o que outro quer dizer e não só ouvir o que diz”, palavras de Straw, no artigo do ‘Lancashire Telegraph’.

Desde há um ano, o deputado fez sempre esse pedido e de todas as vezes nenhuma muçulmana – nenhuma! – recusou. Por isso ele decidiu dar outro passo, o artigo no jornal. Uma opinião calma a pedir um debate sobre um assunto, o ‘nicab’, que Straw considera “uma declaração visível de separação e de diferença”. Não são os políticos para isso, para discutir com a intenção de resolver, os problemas públicos?

Pois saiu mais uma polémica para a mesa do canto onde estão os mesmos de sempre. Se ele não são os desenhos de Maomé é o discurso do Papa, agora é Jack Straw: “As mulheres têm o direito de usar o lenço e estas afirmações [de Straw] constituem um novo exemplo de insulto aos muçulmanos”, disse Reefat Bravu, do Conselho Britânico Muçulmano. Insulto? É estranho que esse insulto tenha sido tornado público pelo próprio ‘insultador’ e as ‘insultadas’ – no entanto, tão ciosas de mostrar os seus direitos – nunca tenham dito nada.

Isso não impediu que alguns colegas de partido de Jack Straw se tivessem distanciado da sua corajosa posição. Estes, politicamente correctos, são adeptos da delicadinha maneira de tratar os muçulmanos: ‘Não digam nada sobre o Islão! Eles zangam-se...’ Como se isso não fosse o maior do insultos.

Ferreira Fernandes, Jornalista

20/09/2006

18/09/2006

Uma certa falta de cultura

Acerca desta posta no Corta Fitas, resolvi verter este comentário:
"uma certa falta de cultura" ...

Esta é que me mata.

Há cultura certa (a "nossa"?)? Ou uma determinada a que só iluminados (será de escrever eluminados?) têm acesso?

Cheira-me a ... esturro? Ou será apenas aroma a sangue azul?
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14/09/2006

A via directa

Não percebo porque se acha estúpida a resposta de George Bush a um emissário do Vaticano, quando ele o informou que falava directamente com Deus.

Aparentemente George Bush pertence à Igreja Evangélica. Nessa igreja supõe-se que a “comunicação” entre cada crente e Deus é feita de forma directa: entre o crente e Deus, sem entreposta pessoa ou estrutura. Pela Igreja Católica, tenta-se que essa comunicação seja feito através da estrutura eclesial.

Quando uma pessoa, bispo que seja, se apresenta a George Bush com a missão de lhe apresentar uma missiva da Igreja Católica mas implicitamente em nome de Deus, que espera ouvir? A resposta mais inteligente parece-me ser “desculpe lá, mas eu falo directamente com Deus”.

Se George Bush fosse bruto como eu, responderia: não me venha com as politiquices do Vaticano como se fossem de proveniência divina porque esse barrete só os católicos enfiam.

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11/09/2006

5 anos



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10/09/2006

Opportunity: quase em Victoria



A sonda Opportunity está quase a chegar à cratera marciana Vitória. Viajou 7.2Km.

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Comentários? Talvez.

Estou a tentar implementar () comentários no blog.

Gostaria de conseguir definir que artigos poderão ser comentados ... vamos ver.

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08/09/2006

O PCP e os terroristas bons

Sobre a presença de elementos das FARC na Festa do Avante, pode ler-se no Jornal de Notícias:

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, aclarou o mistério sobre a presença de elementos das FARC, oganização comunista colombiana, na Festa do Avante:

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admitiu hoje a presença na edição deste ano da festa do Avante de membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mas garantiu que "todas as entradas" no recinto "foram legais".

"Naturalmente convidámos o partido comunista colombiano e a revista ´Resistência´", afirmou o líder comunista, após uma visita a um lar para reformados em Alhandra, afirmando a solidariedade do PCP com o ideário aquele movimento.

Apesar dos métodos utilizados pelas FARC, "que o PCP não usaria", existe uma "grande solidariedade" com o movimento porque "a maior violação dos direitos humanos é impedir que um povo tenha direito à sua soberania, à sua liberdade" afirmou.

[...]

Para o secretário-geral do PCP, a "questão central" é que o PCP tem "uma concepção diferente de terrorismo" comparativamente à UE e Estados Unidos, criticando também o Governo a este respeito."
Troquemos por miúdos: o terrorismo dos amigos do PCP é bom, o dos outros é mau.

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05/09/2006

A Clix viola a correspondência dos seus clientes

A Clix passou a violar o e-mail dos seus clientes, adicionando publicidade.

Assim vai o respeito pela privacidade e inviolabilidade do e-mail das pessoas.

Aqui vai um exemplo, recebido dentro da zona de texto de um e-mail que recebi.
O Clix quebrou mais uma barreira!
ADSL até 20 Mb + Telefone livre de assinatura por apenas € 34,9/mês
Acabe de vez com os € 15 da assinatura telefónica!
Saiba mais em http://acesso.clix.pt

Aconselha-se a todos os que receberem mail nestas condições a reportarem cada caso a http://www.spamcop.net/, instituiução apropriada para 'tratar' a esperteza (SPAM ).

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Rock

Resposta a Combustões:

(Gravação a solo)





ARTIST: Emerson, Lake and Palmer
TITLE: From the Beginning
ALBUM: Trilogy (1972)
Lyrics and Chords

There might have been things I missed
But don't be unkind
It don't mean I'm blind
Perhaps there's a thing or two
I think of lying in bed
I shouldn't have said, but there it is

{Refrain}
You see, it's all clear
You were meant to be here
From the beginning

Maybe I might have changed
And not been so cruel
Not been such a fool
Whatever was done is done
I just can't recall
It doesn't matter at all

{Refrain}
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Informação livre


Mullah Dadullah
"From today, I want to tell journalists that if in future they use wrong information from coalition forces or NATO we will target those journalists and media," Dadullah said. "We have the Islamic right to kill these journalists and media."
A Reuters resolverá isso. Contratará "jornalistas" locais e estará o caso arrumado: teremos "informação" ... e as TVs encher-se-ão dela, para gáudio do PC, do Bloco de Esquerda e dos europeus em geral.

Tudo o que correr mal será culpa dos americanos, de Bush em particular, e dos israelitas.


Via O Insurgente

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03/09/2006

02/09/2006

Propaganda na SIC - A "ladainha do costume"

No Telejornal da SIC de hoje, 2 de Setembro, um jornalista da SIC anuncia um discurso do Presidente do Irão como “a ladainha do costume”.

Que é ladainha, todos nós percebemos, mas está absolutamente vedada a qualquer jornalista, no exercício da actividade de jornalista, a utilização dos referidos termos.

Na SIC, o desrespeito pela ética profissional e o mau jornalismo.

“Jornalismo de causas” (sejam elas quais forem), chamam-lhe alguns. Pura propaganda, quanto a mim (que posso opinar porque não sou jornalista).

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01/09/2006

Crianças mártir



É com os que foram assim educados que a Europa diz que é possível dialogar?

Depois digam que é em Israel que está o fulcro do terrorismo.

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26/08/2006

Os herdeiros da PIDE



Será que ainda usam o velho lápis azul?

Por cá, como no Irão, manias, ou, quanto mais sabem que estão errados mais fazem de conta que não ... até ao absoluto absurdo. Qual o seu sonho? A total exploração do homem pelo homem.

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25/08/2006

24/08/2006

Medida de desburocratizarão

A fim de tornar mais expeditos os processos de decisão, sugere-se que a documentação destinada à Câmara Municipal de Setúbal deva ser preferencialmente enviada à sede local do PCP.

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Cessar o quê?

No DN.

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22/08/2006

O PCP quer "substituir" um presidente de câmara

Curioso que o PCP “pondere” substituir o Presidente da Câmara de Setúbal, tentando evitar novas eleições.

A Câmara é eleita, directamente, pelos eleitores. O governo, indirectamente por uma assembleia eleita, essa mesma, directamente por eleitores.

Na altura em que Santana Lopes foi indigitado primeiro ministro, foi o fim da macacada com o PCP (e não só), reclamando escoicinhantemente eleições antecipadas para um órgão, a Assembleia da República, sobre a qual nada havia a apontar que pudesse levar à realização de novas eleições antecipadas.

Perante um sarrabulho capaz de levar à dissolução dos órgãos da Câmara Municipal de Setúbal, o PCP ”pondera” substituir o presidente.

Há que chamar a atenção ao PCP que, em democracia (explicar-lhes o que é, fica para depois), quem substitui cidadãos em órgãos eleitos é o povo.

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18/08/2006

A Europa e a paz no Médio Oriente

[Re-actualizado]

A França vai enviar 30.000 300 200 2.000 soldados para o Líbano. A Alemanha diz que não envia soldados, mas barcos.

Está mesmo a ver-se que, pela mão da “Europa”, a paz no Médio Oriente se vai finalmente instalar.

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Líbano - Entervista com Brigitte Gabriel




Via Blasfémias

Crianças II - Carne para canhão



Via O Insurgente

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Crianças - carne para canhão



Via O Insurgente

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Quando um europeu descobre a verdade



Via O Insurgente

08/08/2006

É por aqui que o terror se perpetua



Nas "escolas" onde andam, aprendem a soletrar o terror.

Quando forem adultos, votam (quendo podem) em quem? Seguem quem? Têm ódio a quem?

Como ensinarão os seus filhos?

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06/08/2006

As trevas das touradas

Esta coisa das touradas, não é coisa desde século, nem do anterior.

Na TV, a idade das trevas em directo.

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05/08/2006

De onde vem o terror?



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Coisas de jornaleiro



Chiça ...

Via Retórica e Persuasão.

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Os valores do Jumento

Reza assim O Jumento (com comentários intercalados meus):
A guerra lançada por Israel contra o Hezbollah, bem como contra todos os libaneses não identificados ou que não obedeçam à mais pequena ordem do Tsahal ...
No Líbano, como em qualquer outro local, é inimigo quem se afastar, minimamente das posições do Hezbollah. No Líbano, como noutro local qualquer, é inimigo a abater quem não estiver com o Hezbollah.

Transformando o Líbano num paiol, o Hesbollad ataca dois inimigos: Israel, como se sabe, e aqueles que tiveram a lata de expulsar os Sírios: os libaneses – o inimigo principal do Hezbollah (nesta caso).

Esta forma de estar no planeta Terra, tem ainda outra vantagem: coloca Israel perante o dilema de acabar por provocar inúmeras vítimas entre aqueles que se afastaram das posições da Síria e do Hezbollah.

Para o Hezbollah, é alvo a abater (“com a ajuda de Alá”) todo e qualquer que se afaste das suas posições.
....saldou-se até ao momento por uma estrondosa derrota.

Uma derrota porque acabou a imagem de invencibilidade do Tsahal, porque a Mossad revelou-se ineficaz, porque as forças armadas de Israel têm evidenciado um desrespeito pela condição humana que no Ocidente e desde a Guerra Mundial só tínhamos assistido na Bósnia e porque Israel conseguiu transformar aquilo a que chamava um movimento terrorista na resistência do Líbano e unir a maioria dos libaneses no apoio ao Hezbollah.
Para o Hesbollad, quanto mais libaneses morrerem maior será aquilo que eles pensam ser a sua vitória. Não é assim para a generalidade do resto do mundo ocidental, cuja condição o Jumento diz defender, mas é assim para eles, e também para o Jumento. E quem, no terreno ousa dizer que não está com o Hezbollah?

Quanto à reclamada incapacidade do Tsahal, quem diria que a acção era desproporcionada! Há uma semana era um dado aquirido.
Defender que teve autorização internacional para a guerra, que por aquilo que temos visto significa autorização para matar, é puro cinismo ...
Cinismo é pretender que a guerra não implique autorização para matar. Esse problema não se põe para o Jumento, em relação ao Hezbollah.
... como também o foi dizer que o posto de observação da ONU foi atingido por engano ao mesmo tempo que o governo israelita tudo faz para fazer de conta que a ONU não existe.
A ONU, como vai na cabeça do Jumento, não existe, muito embora esteja a fazer um esforço tremendo para existir. Nos ataques de Israel cometem-se enganos, porque são a excepção. Nos ataques do Hezbollah não há engano: por um lado a ONU é uma ferramenta de guerra, por outro, a meta é matar, matar, matar. Quanto mais se matar mais virgens se alcançam.
E tudo serve na sua estratégia de terror, desde matar militares da ONU a destruir edifícios civis em série com o argumento da utilização por terroristas, o que nos levaria a concluir que o Hezbollah tem mais bases do que as formas armadas dos EUA.
E os rockets surgem de onde? Onde há rocket há uma posição militar. Que queria o Jumento? Que os israelitas fizessem saltar, de para-quedas, uma assistentes sociais em cada posto de artilharia do Hezbollah, para convencer os “civis” que manuseiam cada lança-rocket a deslocarem-se para zonas não habitadas?
O que Israel pretendia era lançar uma guerra em grande escala no Médio Oriente agora que se sente fortalecido militarmente e que conta com o apoio incondicional com um governo americano que é do pior que este país poderia ter, ...
O que irrita o Jumento é que Israel conta agora, também, com o apoio tácito da Comunidade Europeia, que já não consegue esconder que (finalmente) percebeu que a guerra do Hezbollah é uma guerra contra o modo de vida ocidental (que o jumento diz defender).
... muito embora agora quase deseje a vinda de uma força internacional para proteger uma fronteira que nunca o será enquanto Israel optar por resolver os problemas recorrendo à lei da bala.
Essa é uma das grandes vitórias de Israel.

A Europa, já incapaz de condenar liminarmente (como no passado) a acção de Israel, escudou-se inicialmente no disparate da desproporcionalidade do ataque israelita. Israel aproveitou a brecha que a política europeia abriu (a desproporcionalidade – Israel lutando contra forças fracas) para concordar com o envio de tropas internacionais. Entretanto a Europa foi percebendo que aquilo é uma guerra a sério (pouco “desproporcional”) procura agora milhentas formas para escapar ao destino a que a sua precipitada reacção lhe reservava: guerrear o Hezbollah.

Os Israelitas dizem que apoiam a força, mas já sabem que, na melhor hipótese, ela só se posicionará no terreno depois de Israel fazer o trabalho difícil. Qual o país europeu, “multilateralista” capaz de suportar baixas próprias?

E convém lembrar que a história recente tem demonstrado que, quando as coisas aquecem, a ONU é a primeira a dar à sola. Não o fez presentemente no caso do Líbano, mas devia ter feito, porque é isso que faz melhor. A coisa aqueceu no Afeganistão, e a Nato (grosso modo os EUA) tomou o comando.
Sempre fui defensor da existência do estado de Israel, mas neste momento tenho que dizer que acima de um estado de Israel estão os meus valores civilizacionais, entre o estado de Israel e a defesa de valores como o do direito à vida não terei quaisquer dúvidas em optar.
Já se esperava ao que conduziriam esses “valores” civilizacionais do Jumento: Israel não tem direito à vida.
É esta escolha que Israel me está obrigando a fazer, entre a barbárie como solução para serem alcançados os objectivos de um país e os valores dados como adquiridos no Ocidente. O facto de Israel ser vítima do terrorismo não significa que não o avaliemos segundo os mesmos padrões civilizacionais que nos levam a condenar o terrorismo.
Este último parágrafo espelha perfeitamente todo o anterior aberrante e absurdo discurso do Jumento.

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A Euronews e o fantasma

Euronews, 4 de Agosto de 2006, às 8:20:

Acerca da vida e da guerra no norte de Israel, e à forma como israelitas (de ascendência árabe e não árabe) se defendem dos ataques do Hezbollah, conclui o jornalista:
"Paradoxo da guerra: muitos árabes fugiram para abrigos de amigos judeus"
Onde é que o jornalista vê o paradoxo? Estamos em Israel.

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03/08/2006

Pedofilia artística na RTP

Rezam assim dois dos artigos do regulamento do Festival RTP da Canção Júnior 2006:
8. A RTP ficará detentora dos direitos das 10 canções finalistas.
9. A RTP fica com plenos poderes para fazer qualquer alteração que entender na letra ou na música relativamente às canções finalistas.
Não contentes por usurparem os direitos do trabalho intelectual que não lhes pertencem, ainda se acham com autoridade para alterarem as obras alheias.

A haver honestidade deveriam explicitar que andavam à procura de trabalho-escravo, neste caso de trabalho infantil escravo.

E a Sociedade Portuguesa de Autores, aprovou?

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De absurdo para absurdo por absurdo salto

Um dos mais badalados absurdos até aqui repetidos à náusea, reclama que a reacção de Israel terá sido desproporcionada.

A partir de agora, e face à reclamada continuação de ataques a rocket do Hesbolah, os mesmos calinácios vão reclamar que afinal Israel não está a conseguir controlar o inimigo.

Com a mesma facilidade com que diz um e outro disparate, passam do primeiro para o segundo sem perceber que são contraditórios.

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Negócios

Encomendei umas peças a Espanha.

As peças custaram € 503.39, incluindo IVA de 16%.

Se as tivesse comprado em Portugal, além de serem mais caras (mesmo não considerando o IVA), teria que pagar 21% de IVA, fazendo contas, € 525.09.

No negócio poupei € 21.7 – 8 de transporte, mas poupei tempo e gasolina porque as peças foram-me entregues à porta de casa.

E se se pudesse encomendar gasolina?

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A SIC, no Líbano, fez uma vítima inocente

Um choque entre um carro de uma equipa da SIC e um carro libanês fez uma vítima – noticia o jornalista que circulava na viatura agressora, na própria SIC no Jornal das 13h.

A vítima, uma criança, não morreu, feriu apenas o nariz. Se tivesse falecido e houvesse mais que uma vítima, estaríamos perante um massacre.

Mas há uma vítima. Inocente, sem sombra de dúvida.

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Os jornalistas e a matemática ...

... um excelente exemplo.

Não são todos os jornalistas, evidentemente. Mas qualquer jornalista "que se preze", escolheria a caixa acima.

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02/08/2006

Vénia ao Directriz

Fiquei sensibilizado, embora intrigado, pelo link com que o Directriz me distinguiu, e que agradeço com vénia.

Suponho, entretanto, ter percebido o porquê da distinção. Mas por aqui me fico.

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O Fenómeno e o chauffeur


O nosso garboso fenómeno ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, a quem desejo rápido restabelecimento, dá ainda ar de sua graça por via desta excelente tirada directa:


E nós, que todo este tempo estoicamente lhe aturámos topetes e arremetidas bizantino-esquerdaicas? Não merecemos um louvorzito?

Está aqui a folha original do Diário do Governo da República.

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Reticências

Em relação à força internacional a colocar no sul do Líbano, já se percebeu que os paranóicos do costume a vão considerer uma força de ocupação. [Via O Insurgente. ]

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30/07/2006

O fim da violência



Em caso de dúvida, consultar este post de O Insurgente.

Traduzindo:
Se os árabes (muçulmanos) depusessem hoje as armas, não haveria mais violência. Se os israelitas depusessem hoje as armas, não haveria mais Israel.
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29/07/2006

Adivinhem quem



A gardener's daughter stopped me on my way, on the day I was to wed
It is you who I wish to share my body with she said
We'll find a dry place under the sky with a flower for a bed
And for my joy I will give you a boy with a moon and star on his head.
Her silver hair flowed in the air laying waves across the sun
Her hands were like the white sands, and her eyes had diamonds on.
We left the road and headed up to the top of the
Whisper Wood
And we walked 'till we came to where the holy magnolia stood.
And there we laid cool in the shade singing songs and making love...
With the naked earth beneath us and the universe above.
The time was late my wedding wouldn't wait I was sad but
I had to go,
So while she was asleep I kissed her cheek for cheerio.
The wedding took place and people came from many miles around
There was plenty merriment, cider and wine abound
But out of all that I recall I remembered the girl I met
'Cause she had given me something that my hear could not forget.
A year had passed and everything was just as it was a year before...
As if was a year before...
Until the gift that someone left, a basket by my door.
And in there lay the fairest little baby crying to be fed,
I got down on my knees and kissed the moon and star on his head.
As years went by the boy grew high and the village looked on in awe
They'd never seen anything like the boy with the moon and star before.
And people would ride from far and wide just to seek the word he spread
I'll tell you everything I've learned, and Love is all...he said.




Yusuf Islam.

When the Muslims make their wish
To go and perform Jihad
When the Mujahids make their wish
To go and perform Jihad
Then they read the Book of God
Sending their Salawat [Blessings].

When the world blasts away
We will stand for Judgment Day
Paradise will open up
For those who came with Salawat [Blessings].

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Apenas caos

[Adenda I] Este outro meu post (que é, aliás, uma transcrição de um artigo de Serafim Marques) refere o mesmo tipo de forma de encarar um problema, transposto para a educação e ensino (não misturo).

[Adenda II] Este comentário de Patrícia Lança a um artigo de O Insurgente, resumiria bem o que abaixo escrevi.

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Transcrevendo a transcrição do Hoje Há Conquilhas, e contrapondo:
"Bem-vindos à nova desordem multipolar mundial", escrevia Timothy Garton Ash nas páginas do Guardian, exprimindo da forma mais concisa e mais precisa aquilo que começa hoje a ser visto como a mais séria ameaça à estabilidade e à segurança mundiais: a fraqueza dos Estados Unidos da América e a sua crescente incapacidade para liderar o mundo.
Não se percebe o que se considera como “fraqueza”. Os Estados Unidos são, de longe, a maior potência militar mundial. São a maior potência e vão sendo cada vez mais poderosos, enquanto os “concorrentes” tentam esconder a incapacidade atirando desdenhosos insultos aos Estados Unidos.

Se a “fraquesa” dos Estados Unidos é uma ameaça à estabilidade mundial, que dizer da fraqueza militar da Europa? Que somos? Uma praga? Sim. Temos sido e temos tido esse comportamento. Temos sistematicamente sido absolutamente incapazes para lidar com o mundo. Nada contamos (mas falamos muito). Somos, um placebo.

Mas não fica por aqui. Zombamos dos Estados Unidos, mas contamos com a sua protecção. Se não forem eles, quem será?
Hoje, conhecemos o princípio desta história - a decisão unilateral de mudar pela força o regime de Saddam Hussein e de, por essa via, redesenhar o mapa do Médio Oriente. E já conhecemos também alguns dos últimos capítulos. O Iraque, que afinal não era a Alemanha pós-nazi, está hoje mergulhado no caos, muito longe da democracia e muito perto da guerra civil.
Não se percebe, que quanto mais tarde pior?

Sadam devia ter sido removido do poleiro após a guerra por causa do Kuwait. Mas as sacrossantas Nações Unidas só tinham aprovado um mandato que ... blá blá blá ... oportunidade ... ulteriores conversações, a conversa estúpida do costume, resultante do que ninguém quer ver: que as resoluções das Nações Unidas, ou são puros exercícios de irrelevância quando emanadas da Assembleia Geral, ou resultado de negociações em função do interesse particular de cada um. Neste último caso, as reacções aos vetos pautam-se pelas máximas: se é veto dos Estados Unidos, é para defender os seus interesses, se de um dos outros, para se opor aos interesses dos Estados Unidos. No que toca a matéria de interesses, a tal potência cada vez menos potente têm o monopólio .

A história das consequências da intervenção é o absurdo dos absurdos do verboso discurso pacifista e resume-se ao seguinte: nenhuma medida de força deve ser tomada porque o resultado será sempre pior.

Vejamos ao absurdo que nos leva o absurdo (pois). Um grupo religioso fanático resolve espalhar o ódio numa comunidade de uma mesquita - nada se deve fazer porque será pior. Estando bem sedimentada a cultura (?) do ódio, esse grupo começa a expandir-se a outras mesquitas - nada se deve fazer porque será pior. Esse grupo (já substancial) resolve exportar a sua cultura (alternativa, como a esquerda tende a achar que ela é) - nada se deve fazer porque será pior. Esse grupo arma-se, adquirindo armas aos Russos (que neste caso os vendedores não são lóbis, porque lóbis, só nos Estados Unidos) - nada se deve fazer porque será pior. Instalam nesse país (um qualquer), forças de segurança alternativas (como a cultura) e começam a opor-se ao regime vigente que, sendo melhor ou pior não vai no caminho da melhoria - nada se deve fazer porque será pior. Exportam a sua cultura para outros países, que só têm a ganhar pois se tornam mais cosmopolitas, evidentemente - nada se deve fazer porque será pior.

...

Onde vamos parar?

Que se esperava que Israel fizesse, perante a percepção que um arsenal estava a ser instalado em redor das suas fronteiras, por uma organização que não corresponde a coisa nenhuma (não representa um país, não representa uma religião – pretende representar tudo e não representa nada mais que um punhado de extremistas que sabe que conta com a sacrossanta passividade pacifista (que ainda por cima eles próprios classificam como decadente), aquela que diz “nada se deve fazer porque será pior”?

Esperava-se que Israel enviasse hordas de assistentes sociais para dizer às criaturas que não é bonito instalar arsenais em casa de civis (verdadeiros)?

Os pacifismos não sentem as mãos ensanguentadas quando não condenam que os tais “alternativos” instalem arsenais em zonas habitacionais? Não acham que a elevação de populações à condição de escudos humanos (coisa que, recusada, equivale a uma execução sumária) é a razão porque há vítimas inocentes?

Não lhes parece razoável que, em vez do aberrante discurso do direito internacional, se manifestem empunhando slogans “se querem andar à porrada larguem os civis inocentes e vão para campo aberto” ou, "se querem exercitar orgásticos ataques militares saiam debaixo das saias das mulheres e dos esconderijos das crianças"? Ah, já me esquecia: não são ataques militares porque ali ninguém anda fardado.
A ameaça do poderio militar americano não levou à transformação democrática do Grande Médio Oriente, pelo contrário, alimentou o fundamentalismo islâmico e a sua arma do terror.
A velha história do tudo ou nada. Não levou à transformação democrática do Médio Oriente, mas levou a uma aproximação do Iraque à democracia. É um caminho penoso. Pois é. E não tem sido penoso o mesmo caminho em África? E ninguém advoga o retorno do colonialismo. E, no Iraque, tem sido penoso porquê? Porque as tropas dos Estados Unidos andam a fazer rebentar autocarros cheios de explosivos em mercados populares? Nada se deveria ter feito, porque já se viu que foi pior ... e dá-se, implicitamente apoio aos que atafulham autocarros com explosivos sem se sentir sangue nas mãos.
O Hamas venceu as eleições na Palestina. O Hezbollah, apesar das transformações democráticas do Líbano graças ao empenho concertado de Paris e Washington, ameaça abertamente Israel. O próprio Líbano está à beira do colapso. E o Irão vai alimentando as chamas que ameaçam incendiar toda a região, enquanto prossegue desafiadoramente a sua política nuclear e apela a que Israel seja pura e simplesmente varrido do mapa. Ainda ontem voltou a fazê-lo. No Afeganistão, as tropas da NATO enfrentam cada vez maiores dificuldades para estabilizar o país. A Coreia do Norte desafia abertamente os Estados Unidos.
E estão? Nada se deve fazer porque será pior? Ainda não se percebeu que a expansão do terror tem uma dinâmica própria? Não se percebeu ainda que a expansão do terror só não chegou ainda às nossas casas porque ainda há quem se lhe oponha?

Não se percebeu ainda que o ódio cego aos Estados Unidos e a Israel leva os pacifismos a apoiarem algozes que remeteriam Hitler, Estaline e Mao para o grupo dos amadores?

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28/07/2006

Os empatas

Observadores da ONU: observam, observam, e só empatam.

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Arauto



Combustões: 20 razões para um Ocidental defender Israel
Vasco Graça Moura, no DN: As esquerdas anti-semitas
"No conflito palestiniano, os pós-soviéticos não se impressionam com a perda de vidas civis causada pelo terrorismo em Israel (e ainda menos com os sucessivos genocídios que têm vitimado milhões de seres humanos em África)."

25/07/2006

O Pânico Climático

De Rui G. Moura, obrigatório ler.

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Pensar, não faz barulho


________Freeman Dyson_______________Edward Witten

São 2:45 da manhã, e, na SIC, está a dar um excelente programa sobre física: pura e dura.

Seríamos outro país se o programa fosse exibido à hora nobre ...

... mas não somos.

[... já volto.]


Era um programa com Edward Witten onde apareceu Freeman Dyson.

"Pensar, não faz barulho", disse-se a certa altura.

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Apenas caos

Actualização:
Desenvolvimento aqui, e aqui.

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Sobre o Iraque, o Hoje Há Conquilhas Amanhã Não Sabemos (HHCANS) escreve;

[...]“Apenas caos, destruição e morte: centenas de milhares de mortes.”[...]

Penso que o HHCANS está a ver mal o filme.

O terrorismo a que o Iraque está sujeito, é consequência negativa indirecta da invasão, mas é consequência directa do sucesso da invasão.

Não lhe parece que a carnificina a que se tem assistido no Iraque é um castigo infligido por aqueles que viram a população afastar-se dos seus pontos de vista?

Onde já se assistiu (à excepção de África onde os dramas são potenciados à 10ª) a uma resistência a uma invasão que massacra as próprias populações?

Já se assistiram a imolações. Mas as imolações são actos de revolta em que o próprio se sacrifica pelo que supõe estar certo. Mas, imolar outros?

Quem estripa pessoas em mercados odeia, por igual, todos os que não fazem parte do grupo deles, quer se trate de iraquianos, muçulmanos, cristãos ou americanos. Eles versus resto do mundo.

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23/07/2006

O rocket

No Telejornal das 20h, pela mão de José Manuel Rosendo, a RTP1 acaba de transmitir uma peça em que alguém reclama que um rocket israelita teria demolido um quarteirão inteiro.

Ou não era um rocket, mas uma enorme bomba ....

Ou havia um paiol no local atingido pelo rocket.

Mas nada disso o jornalista aborda. Jornalismo?

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Absurdo

O primeiro tiro

Uma das coisa que não percebo é a razão porque se tenta fazer frente a Israel pelas armas. Não se aprendeu nada com Gandhi?

Israel tem força militar (significativa), os oponentes não têm. Israel é um país democrático e coeso, e dispõe de forças armadas que respondem a um comando. Os oponentes a Israel não são nem uma coisa nem têm a outra.

Se havia uma situação relativamente estável no sul do Líbano, porque empilhar armamento junto à fronteira?

E porque se empilha armamento em prédios de habitação?

E quem o empilhou? O exército do Líbano sob a batuta do respectivo poder político, de forma coesamente assumida?

A resposta a estes parágrafos é simples: porque os oponentes a Israel se estão nas tintas para o Líbano e para os civis cujas posições dizem defender.


Os Estados Unidos

Não compreendo porque se denomiza os Estados Unidos e se olha para eles de cada vez que uma crise rebenta. Reclama-se que se imiscuem em todo o lado, e de cada vez que há caldinho, quem os demoniza, olha para eles ...


O tempo que a operação demorou a ser preparada


Isto demonstra que quem o refere não faz a mínima ideia sobre o que é a instituição militar.

Nenhuma instituição militar que se preze, por isso na Europa há poucas, espera pela crise para preparar uma operação.

Toda e qualquer instituição militar digna desse nome está em permanente preparação para toda e qualquer eventual ameaça.

Isto explica por um lado porque tiveram os israelitas uma resposta pronta, por outro, porque há constantemente notícias sobre preparações militares em relação a potenciais conflitos. “eles até já estão em treinos” ... Pois claro: são militares.

Quantas vezes as nossas insípidas tropas já treinaram face a potenciais ameaças de todos os quadrantes? E os espanhóis não fazem o mesmo? E os franceses? Fazem-no para justificar o orçamento, porque daí a estarem dispostos a entrar em combate vai uma enorme distância. Mas preparam-se face a cenários. Perante algo mais que cenários, que se acha que os israelitas deveriam fazer? Filmes?

Resumindo, os israelitas responderam rapidamente porque fazem o trabalho de casa.

O post de O Jumento

Se há absurdo, o post de O Jumento é um belo exemplo.

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22/07/2006

17/07/2006

Exército judaico !!!

E que dizer da imbecilidade jornalística nacional (pelo menos) que continua, em densidade preocupante, a chamar ao exército israelita, exército judaico?

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03/07/2006

O futuro começa aqui



Parabéns.

... por outros lados, só lixo e bezanas.

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24/06/2006

Carteiristas


Há pouco tempo um português foi preso na Alemanha por tentar roubar uma carteira.

A coisa deu-se no âmbito de um tal de futebol(?) e um dirigente da coisa comentou os acontecimentos neste tom:
Ele ia gamar uma carteira e, logo por azar, a um polícia.
Qualquer pessoa honesta diria que houve sorte quando o carteirista tentou roubar um polícia. Houve sorte porque foi detectado e foi dentro. Houve sorte porque não houve vítimas. Houve sorte porque ninguém saiu prejudicado.

Fica-se com uma excelente ideia acerca do que vai pela cabeça daquele tipo de dirigentes. Percebe-se quem conta com quem.

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21/06/2006

Energia impingida

Já não é a primeira vez que oiço falar no assunto, e já tinha até tropeçado nele anteriormente. Mas nos últimos dias tenho sido alertado por amigos de que a EDP tem a tensão da rede demasiado elevada.

Habitualmente, a tensão eléctrica (a que se chama voltagem), é de 220Volt. Os casos que me têm sido relatados referem subidas até 260V.

É sabido que a tensão entregue não tem que ser exactamente de 220V: isso seria impossível. Mas é de aceitar desvios entre 210 e 230V. O que é difícil de aceitar são desvios para 250 a 260V.

Já tinha tido contactos com casos esporádicos de tensões anómalas, mas nunca tinha tido conhecimento, como agora me é relatado, de tensões superiores a 240V que se mantêm por semanas.

Parece que os piquetes acham a tensão normal - nem outra coisa é de esperar. O que não é normal é que a EDP, como instituição com quem se fala(?) pelos números de telefone da assistência, não tenha uma posição mais honesta. Mas as “assistências” não se fizeram para essas coisas.

Se uma parte dos aparelhos e equipamentos ligados à rede eléctrica é capaz de reagir a este aumento de tensão diminuindo a corrente drenada da rede, outros não são capazes de o fazer.

Nos primeiros nada há a objectar, à excepção de quando a tensão sobe o suficiente para ultrapassar o limite em que são capazes de operar, destruindo-os na generalidade dos casos.

Nos segundos, aqueles que consomem a energia que lhes impingem, a coisa fia fino de outra maneira. Nestes casos ao proprietário é impingida energia eléctrica que não era suposto consumir. É impingida e é cobrada.

Um frigorífico não produz mais frio por consumir mais corrente, e, justamente um aumento de tensão produz um aumento de corrente (intensidade).

Só por aqui já seria grave, não fosse dar-se o caso do consumidor não pagar corrente (intensidade) mas potência. Se tivermos presente que um aumento de tensão provoca, nos caso referido, um aumento de corrente, e que a potência é o produto de ambos (volts a multiplicar por amperes), percebe-se que a EDP impinge, de facto, muitíssimo.

Uma lâmpada que consuma 100Watt a 220V consome, pela lei de Ohm uma corrente 0,454Ampere. Se lhe aplicarem 240V ela passa a consumir 0.494A a que corresponde uma potência de 119W - um aumento de consumo de potência de 20%. Este aumento de consumo de potência é pago, adivinhem por quem.

No caso da lâmpada pode dizer-se que há um aumento de consumo mas que há também um aumento da quantidade de luz produzida pela lâmpada. Mas, se por um lado ninguém encomendou o sermão à EDP, por outro, a duração da lâmpada é fortemente reduzida.

Neste grupo de equipamentos afectados pela política de impingimento, estão os frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, motores de máquinas de lavar, ou outros incapazes de reagir a aumentos de tensão. Além de consumirem muito mais do que seria de supor, funcionam em regime de sobrecarga diminuindo-lhes o período útil de vida.

Voltemos ao caso dos prejuízos causados a equipamentos incapazes de trabalhar a tensões exageradamente elevadas. Alguns desligam-se, outros rebentam. Em ambos os casos o consumidor fica pendurado, no segundo com um prejuízo adicional.

Em ambos os casos a EDP encolhe os ombros, e não resta ao consumidor outra hipótese que recorrer a tribunal - coisa inútil porque a legislação está redigida à feição da EDP.

Está na altura da DECO instalar uma rede de monitorização de tensão. Há que compensar o consumidor pelos prejuízos causados e há que descontar à factura de electricidade a energia impingida.

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19/06/2006

O Monstro

Um excelente resumo, por Vasco Pulido Valente (recebido por mail).



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12/06/2006

Educação !!!

No Abrupto, José Fonseca diz quase tudo o que há a dizer sobre o caos que reina nas escolas (caos disciplinar e de aprendizagem):
Ora, não é possível instruir sem previamente educar e não é possível educar sem o criterioso recurso a mecanismos de punição/recompensa que pressupõem a autoridade para os aplicar. E foi essa autoridade que os professores foram paulatinamente perdendo: de cedência em cedência, a escola foi-se transformando num mero local anárquico, violento, onde, sem custos, os progenitores depositam os rebentos enquanto fazem pela vida esperando que, sem sobressaltos nem canseiras, atinjam a idade em que não são obrigados a frequentá-la e, nalguns casos, transitem para a universidade.

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