11/02/2006
Sagrados e Sagrados
Imagens gentilmente surripadas em No Passarán.
Na TV, um dirigente muçulmano vem reclamar que as caricaturas que no seu mundo se produzem, relativas ao mundo ocidental, não têm a gravidade que têm as caricaturas a Maomé, porque não atacam o sagrado.
Era só o que faltava. Agora não podemos decidir o que para nós é sagrado?
Por mim, as religiões pouco valem. Para mim, as vida humana é o que há de maior valor.
É justamente a vida humana que os televisivos dirigentes muçulmanos parecem mais desprezar. Nem está em causa se caricaturam ou não a vida humana. Desprezam-na, simplesmente, e parecem disso ter orgulho.
Caricaturemo-los, portanto, sem limitações. E não nos esqueçamos que estamos, simplesmente, a falar de caricaturas: desenhos em papel. Não estamos a passar à acção, como eles a entendem, que aliás, não é defendida nos cartoons.
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