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08/03/2008

O extintor de fogo sulfuroso



[Actualizado (IV)]

De acordo com o inevitável guião e aproveitando o facto dos colombianos terem limpo o sebo a um imbecil produtor de droga e raptor nas horas vagas, Chávez, ferido no seu orgulho pestilento, mandou avançar as tropas venezuelanas para a fronteira colombiana.

Manda avançar e chama a atenção que o presidente colombiano é um fantoche às mãos do sulfuroso Bush.

Aguarda-se a posição da esquerda estúpida. Aposto que vai dizer 'sim, mas que ...'. E 'pois, mas há que compreender'. Ainda 'tenhamos em atenção que ele foi obrigado pelas circunstâncias'. Ou até talvez, 'tenhamos em conta que é uma reação compreensiva face à opressão provocada pela longa noite imperial'.

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Nota final:
Não se percebe se as tropas venezuelanas irão aproveitar o passeio para exterminar a guerrilha colombiana que se tem acoitado impunemente no seu território ou se se tratará apenas de uma acção para a proteger.

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Pérolas:

OS REVOLUCIONÁRIOS NÃO CELEBRAM MORTES

e
A MORTE DE UM REVOLUCIONÁRIO


Uribe: não semeies outro Israel na América do Sul

Luís Lavoura diz:
3 Março, 2008 às 10:35 am

“onde um líder terrorista que se movia em liberdade foi abatido pelas tropas colombianas”

O JCD, pelo mesmo critério, deve admitir que a Rússia nada fez de mal ao (alegadamente) mandar abater o antigo agente dos seus serviços secretos que se movia em liberdade em Londres.

De facto, é evidente que um inimigo do Estado russo não pode deixar de ser um “terrorista”, que a Rússia tem toda a legitimidade para abater, onde quer que ele se mova em liberdade.
No Arrastão:
"Se não estamos em guerra com um país não entramos pelo seu território dentro. Parece-me o mínimo, não?"

No Esquerda.net:
Em comunicado, as FARC revelaram que Reyes estava no Equador para tentar organizar um encontro com o próprio presidente Sarkozy para tratar de um novo processo de libertação de reféns.
....

Publicado no Fiel-Inimigo a 3 de Março de 2008.

25/05/2007

Os "humanistas" e os tira-olhos

Há muito tempo que os "humanistas" europeus estão sossegados ...

24 de Maio

Num recente raid a uma casa segura da Al-Qaeda, no Iraque, oficiais norte-americanos recolheram desenhos cruéis, retractando métodos de tortura como “queimaduras de pele a maçarico” e “remoção de olhos”. Com as imagens que podem ser vistas nas páginas seguintes, os soldados apanharam várias implementações de tortura como cutelos para carne, chicotes e corta-arames. [...]. As imagens, agora desclassificadas [tornadas não secretas] pelo Departamento de Defesa, incluem também uma imagem deteriorada de uma casa segura, em Bagdad, descrita como uma “câmara de tortura da Al-Qaeda”. Foi ali que, durante um raid, a 24 de Abril, os soldados encontraram um homem suspenso do tecto por uma corrente. De acordo com os militares, ele tinha sido raptado do seu local de trabalho e tinha sido agredido diariamente pelos seus raptores. Na mesma semana, noutro raid anterior, as Forças de Coligação libertaram cinco iraquanos encontrados agrilhoados em Karmah. O grupo, que incluía um rapaz, tinha sido repetidamente agredido com correntes, cabos e mangueiras. [...]


MAY 24

In a recent raid on an al-Qaeda safe house in Iraq, U.S. military officials recovered an assortment of crude drawings depicting torture methods like "blowtorch to the skin" and "eye removal." Along with the images, which you'll find on the following pages, soldiers seized various torture implements, like meat cleavers, whips, and wire cutters. Photos of those items can be seen here. The images, which were just declassified by the Department of Defense, also include a picture of a ramshackle Baghdad safe house described as an "al-Qaeda torture chamber." It was there, during an April 24 raid, that soldiers found a man suspended from the ceiling by a chain. According to the military, he had been abducted from his job and was being beaten daily by his captors. In a raid earlier this week, Coalition Forces freed five Iraqis who were found in a padlocked room in Karmah. The group, which included a boy, were reportedly beaten with chains, cables, and hoses. Photos showing injuries sustained by those captives can be found here. (12 pages)
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21/02/2007

"Os Estados Unidos têm planos para ..."

As televisões nacionais, embandeiraram ontem em arco e balão.

O título da "notícia" rezava que, os Estados Unidos já teriam planos para atacar o Irão.

Logo de seguida, davam a notícia como sendo uma meta-notícia: era a BBC que dizia que os Estados Unidos já teriam planos para atacar o Irão.

Um pouco mais tarde, em rodapé, aparecia escrito que a BBC "alegava". Bom, dir-se ia que a notícia afinal abordava as alegações da BBC. Mas não.

A asneirada continuava:

- Segundo informa a BBC Estados Unidos já terão planos para atacar o Irão.

Qualquer potencia militar que se preze mantém em permanência planos actualizados para atacar tudo e todos, até as Berlengas. O uso da palavra "já" é fulcral porque pretende dar a entender que eles teriam acabado os planos no dia anterior, sabe-se lá, talvez da parte da tarde.

- Os Estados Unidos atacarão infra-estruturas e bases militares.

Que quereriam que, nessa eventualidade, eles atacassem? O deserto como tal?

...

Rematavam finalmente com uma declaração de George Bush referindo que não têm planos para atacar o Irão. Percebe-se então que se trata apenas de uma manobra para chamar mentiroso ao presidente americano. Evidentemente que as duas coisas podem ser verdade, cada qual no respectivo contexto.

Enfim, baboseiras de jornalismo de causas.

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05/01/2007

"A maluquinha dos OVNIS"



Não resisto a transcrever esta posta do Lidador (via Blasfémias).
Ana Gomes insiste em servir-nos peixe.

Há 30 anos, peixeirava na esquerda tonta, convencida, como ainda está, que engoliu o garfo da inteligência e que é a fina-flor do entulho.

A mulher, além de grosseira, feia e inconveniente, é de uma estupidez que raia o inacreditável.

As peixeiradas sucedem-se a um ritmo alucinante e nem vale a pena escavar muito na memória:

Há menos de 2 anos, a sua obsessão contra as eleições na Etiópia causou grandes danos à imagem da Europa, tendo acabado por ser ostracizada por toda a gente, quando resolveu, à revelia do mais elementar bom-senso, apoiar os comunistas herdeiros do sangrento regime de Mengistu.

Há dias, a propósito da morte de Pinochet, escreveu um odioso texto, que revela bem o primarismo burgesso que (mal) se esconde por detrás do seu facies. Que ia abrir uma garrafa de champanhe, zurrava!

Perguntada que champanhe abriria quando morresse Fidel Castro, disse que "Não o ponho no mesmo plano que um Pinochet"

Porquê?, perguntou-lhe a jornalista Helena Pereira.

"Porque há em Cuba "aspectos extremamente positivos", respondeu a alarve.

Ou seja na inacreditável abóbora de Ana Gomes, basta que haja "aspectos positivos" (ou que ela considere como tal), para que se justifique a fome, a miséria, a repressão, o totalitarismo, a chacina de mais de 30000 pessoas, a deportação de centenas de milhar, a falta de liberdade, etc.

Mas o pior é a obsessão antiamericana de Ana Gomes.

A mulher está possessa e embarcou numa viagem paranóica onde já não consegue distinguir a verdade da especulação, a realidade da ideologia, as provas das convicções. Nesta história dos "voos da CIA", parece uma daquelas maluquinha dos OVNI. Só acredita naquilo em que já acreditava e nenhuma prova, estudo, ou comissão, pode concluir o contrário daquilo em que ela acredita.

Provas? Não são necessárias. Ana Gomes, como todas as peixeiras, sabe que o seu peixe é o mais fresco do mundo e aposta nisso todo o pelo rijo que lhe aflora a venta.

Já ninguém a pode ver à frente e é hoje ostracizada por toda a gente sensata e racional.

Como pode uma pessoa destas ser eurodeputada por Portugal ? Porque razão elegemos a estupidez em forma de gente, para nos representar? Que andava na cabeça de Ferro Rodrigues quando resolveu torpedear o seu próprio partido com tal cromo.

Acabará por se auto-destruir e despejar os seus ossos no Bloco de Esquerda, como é evidente, mas entristece-me que a sua desbragada ânsia de protagonismo antiamericano esteja a dar uma péssima imagem das mulheres portuguesas.

Temos muitas, muitíssimas senhoras. Porque raio fomos escolher uma peixeira de mão na anca?
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21/12/2006

Arauto



Carta de Donald Knuth ao Departamento de Patentes dos EUA.

Via Lasers in the Jungle.

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02/12/2006

Polónio

Imagine-se o banzé que se teria levantado se o caso tivesse ocorrido em relação aos Estados Unidos.

Duvidam? Lembrem-se das cuecas da Mónica.

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30/10/2006

Coices ...

Por ocasião das inundaçõezitas (ver comparação) verificadas entre nós, relembro a quantidade de disparates que se disseram por altura da catástrofe provocada pelo furacão Katrina.

Basicamente que ...
... os americanos tinham sido incompetentes (em especial o Presidente George Bush) ...

Caiem umas pinguitas (comparadas com as que o Katrina vomitou) e eis a nossa protecção civil de calças na mão. Parece que só e Tomar a coisa funcionou ...

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14/09/2006

A via directa

Não percebo porque se acha estúpida a resposta de George Bush a um emissário do Vaticano, quando ele o informou que falava directamente com Deus.

Aparentemente George Bush pertence à Igreja Evangélica. Nessa igreja supõe-se que a “comunicação” entre cada crente e Deus é feita de forma directa: entre o crente e Deus, sem entreposta pessoa ou estrutura. Pela Igreja Católica, tenta-se que essa comunicação seja feito através da estrutura eclesial.

Quando uma pessoa, bispo que seja, se apresenta a George Bush com a missão de lhe apresentar uma missiva da Igreja Católica mas implicitamente em nome de Deus, que espera ouvir? A resposta mais inteligente parece-me ser “desculpe lá, mas eu falo directamente com Deus”.

Se George Bush fosse bruto como eu, responderia: não me venha com as politiquices do Vaticano como se fossem de proveniência divina porque esse barrete só os católicos enfiam.

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11/09/2006

5 anos



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29/07/2006

Apenas caos

[Adenda I] Este outro meu post (que é, aliás, uma transcrição de um artigo de Serafim Marques) refere o mesmo tipo de forma de encarar um problema, transposto para a educação e ensino (não misturo).

[Adenda II] Este comentário de Patrícia Lança a um artigo de O Insurgente, resumiria bem o que abaixo escrevi.

********

Transcrevendo a transcrição do Hoje Há Conquilhas, e contrapondo:
"Bem-vindos à nova desordem multipolar mundial", escrevia Timothy Garton Ash nas páginas do Guardian, exprimindo da forma mais concisa e mais precisa aquilo que começa hoje a ser visto como a mais séria ameaça à estabilidade e à segurança mundiais: a fraqueza dos Estados Unidos da América e a sua crescente incapacidade para liderar o mundo.
Não se percebe o que se considera como “fraqueza”. Os Estados Unidos são, de longe, a maior potência militar mundial. São a maior potência e vão sendo cada vez mais poderosos, enquanto os “concorrentes” tentam esconder a incapacidade atirando desdenhosos insultos aos Estados Unidos.

Se a “fraquesa” dos Estados Unidos é uma ameaça à estabilidade mundial, que dizer da fraqueza militar da Europa? Que somos? Uma praga? Sim. Temos sido e temos tido esse comportamento. Temos sistematicamente sido absolutamente incapazes para lidar com o mundo. Nada contamos (mas falamos muito). Somos, um placebo.

Mas não fica por aqui. Zombamos dos Estados Unidos, mas contamos com a sua protecção. Se não forem eles, quem será?
Hoje, conhecemos o princípio desta história - a decisão unilateral de mudar pela força o regime de Saddam Hussein e de, por essa via, redesenhar o mapa do Médio Oriente. E já conhecemos também alguns dos últimos capítulos. O Iraque, que afinal não era a Alemanha pós-nazi, está hoje mergulhado no caos, muito longe da democracia e muito perto da guerra civil.
Não se percebe, que quanto mais tarde pior?

Sadam devia ter sido removido do poleiro após a guerra por causa do Kuwait. Mas as sacrossantas Nações Unidas só tinham aprovado um mandato que ... blá blá blá ... oportunidade ... ulteriores conversações, a conversa estúpida do costume, resultante do que ninguém quer ver: que as resoluções das Nações Unidas, ou são puros exercícios de irrelevância quando emanadas da Assembleia Geral, ou resultado de negociações em função do interesse particular de cada um. Neste último caso, as reacções aos vetos pautam-se pelas máximas: se é veto dos Estados Unidos, é para defender os seus interesses, se de um dos outros, para se opor aos interesses dos Estados Unidos. No que toca a matéria de interesses, a tal potência cada vez menos potente têm o monopólio .

A história das consequências da intervenção é o absurdo dos absurdos do verboso discurso pacifista e resume-se ao seguinte: nenhuma medida de força deve ser tomada porque o resultado será sempre pior.

Vejamos ao absurdo que nos leva o absurdo (pois). Um grupo religioso fanático resolve espalhar o ódio numa comunidade de uma mesquita - nada se deve fazer porque será pior. Estando bem sedimentada a cultura (?) do ódio, esse grupo começa a expandir-se a outras mesquitas - nada se deve fazer porque será pior. Esse grupo (já substancial) resolve exportar a sua cultura (alternativa, como a esquerda tende a achar que ela é) - nada se deve fazer porque será pior. Esse grupo arma-se, adquirindo armas aos Russos (que neste caso os vendedores não são lóbis, porque lóbis, só nos Estados Unidos) - nada se deve fazer porque será pior. Instalam nesse país (um qualquer), forças de segurança alternativas (como a cultura) e começam a opor-se ao regime vigente que, sendo melhor ou pior não vai no caminho da melhoria - nada se deve fazer porque será pior. Exportam a sua cultura para outros países, que só têm a ganhar pois se tornam mais cosmopolitas, evidentemente - nada se deve fazer porque será pior.

...

Onde vamos parar?

Que se esperava que Israel fizesse, perante a percepção que um arsenal estava a ser instalado em redor das suas fronteiras, por uma organização que não corresponde a coisa nenhuma (não representa um país, não representa uma religião – pretende representar tudo e não representa nada mais que um punhado de extremistas que sabe que conta com a sacrossanta passividade pacifista (que ainda por cima eles próprios classificam como decadente), aquela que diz “nada se deve fazer porque será pior”?

Esperava-se que Israel enviasse hordas de assistentes sociais para dizer às criaturas que não é bonito instalar arsenais em casa de civis (verdadeiros)?

Os pacifismos não sentem as mãos ensanguentadas quando não condenam que os tais “alternativos” instalem arsenais em zonas habitacionais? Não acham que a elevação de populações à condição de escudos humanos (coisa que, recusada, equivale a uma execução sumária) é a razão porque há vítimas inocentes?

Não lhes parece razoável que, em vez do aberrante discurso do direito internacional, se manifestem empunhando slogans “se querem andar à porrada larguem os civis inocentes e vão para campo aberto” ou, "se querem exercitar orgásticos ataques militares saiam debaixo das saias das mulheres e dos esconderijos das crianças"? Ah, já me esquecia: não são ataques militares porque ali ninguém anda fardado.
A ameaça do poderio militar americano não levou à transformação democrática do Grande Médio Oriente, pelo contrário, alimentou o fundamentalismo islâmico e a sua arma do terror.
A velha história do tudo ou nada. Não levou à transformação democrática do Médio Oriente, mas levou a uma aproximação do Iraque à democracia. É um caminho penoso. Pois é. E não tem sido penoso o mesmo caminho em África? E ninguém advoga o retorno do colonialismo. E, no Iraque, tem sido penoso porquê? Porque as tropas dos Estados Unidos andam a fazer rebentar autocarros cheios de explosivos em mercados populares? Nada se deveria ter feito, porque já se viu que foi pior ... e dá-se, implicitamente apoio aos que atafulham autocarros com explosivos sem se sentir sangue nas mãos.
O Hamas venceu as eleições na Palestina. O Hezbollah, apesar das transformações democráticas do Líbano graças ao empenho concertado de Paris e Washington, ameaça abertamente Israel. O próprio Líbano está à beira do colapso. E o Irão vai alimentando as chamas que ameaçam incendiar toda a região, enquanto prossegue desafiadoramente a sua política nuclear e apela a que Israel seja pura e simplesmente varrido do mapa. Ainda ontem voltou a fazê-lo. No Afeganistão, as tropas da NATO enfrentam cada vez maiores dificuldades para estabilizar o país. A Coreia do Norte desafia abertamente os Estados Unidos.
E estão? Nada se deve fazer porque será pior? Ainda não se percebeu que a expansão do terror tem uma dinâmica própria? Não se percebeu ainda que a expansão do terror só não chegou ainda às nossas casas porque ainda há quem se lhe oponha?

Não se percebeu ainda que o ódio cego aos Estados Unidos e a Israel leva os pacifismos a apoiarem algozes que remeteriam Hitler, Estaline e Mao para o grupo dos amadores?

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12/02/2006

14/12/2005

Investigação reforça suspeitas de voos secretos

Eis um belo exemplo da lógica retorcida que impulsiona uma parte substancial da “mentalidade bem pensante” da Europa.

Artigo da TSF:

Investigação reforça suspeitas de voos secretos

Uma investigação do Conselho da europa reforçou as suspeitas da existência de voos da CIA para transportar presumíveis terroristas que terão sido detidos e levados para outros países.

Segundo precisou Dick Martin, encarregue da investigação do Conselho da Europa sobre a detenção de presumíveis terroristas islamitas na Europa pela CIA, «processos judiciais em curso em alguns países parecem mostrar que pessoas foram presas e transportadas para outros países sem respeitar qualquer norma de assistência judicial».

Dick Martin adiantou que os elementos recolhidos até ao momento permitem «reforçar a credibilidade das alegações referente ao transporte e detenção temporária de pessoas, à margem de qualquer processo judicial».

«É inevitável constatar que as alegações nunca foram formalmente desmentidas pelos EUA», apontou Martin, acusando também a «ausência de informação e de explicações sobre este assunto» pela secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, na recente viagem que afectou à Europa.

Neste âmbito, o Conselho da Europa pede com insistência a todos os Governos dos Estados-membros para se «comprometerem plenamente na investigação da verdade sobre voos dos respectivos territórios por aviões que tenham nestes últimos anos transportado pessoas detidas e presos à margem de qualquer processo judicial».

Entretanto, os eurodeputados do Parlamento Europeu (PE) deverão chegar quarta-feira a acordo sobre a constituição de uma comissão temporária para esclarecer os alegados voos e prisões secretas da CIA em vários países da Europa, incluindo Portugal.

É um excelente exemplo de ataque a fantasmas.

Tudo se resume a uma simples “ferramenta” de trabalho: se o acusado não desmente, então é verdade.

Há milhões de razões para que não se desminta tudo de que se é acusado, mesmo no caso de não fazer qualquer sentido. A mais óbvia, é a de não se deixar criar um precedente que, no futuro, em circunstâncias idênticas, permita que se possa via a tirar conclusões ainda mais precipitadas e radicais. Os Norte Americanos não são parvos e pensam a longo prazo. Suportam que se duvide bastante deles para não deixarem, da vez seguinte, que a dúvida venha a ganhar ainda mais consistência e mais rapidamente.

Uma das mais insidiosas desvantagens daquela forma idiota de tirar conclusões reside no levantar de tais quantidades de poeira que acaba por permitir aos acusados, caso tenham cometido algo parecido ou exactamente aquilo de que os acusam, de manobrarem na confusão de forma a saírem incólumes. Ainda por cima, a serem verdadeiras as acusações, os Norte Americanos contarão com a complacência dos governos e serviços secretos europeus que com eles colaboraram, quer fechando os olhos, quer, caso o processo tenha simplesmente passado despercebido à mesmas entidades, com a sua pacividade no sentido de que nada se apure para que não se perceba o seu nível de incompetência.

... e a Europa continua a querer brincar às superpotências ... Freitas do Amaral diz umas coisas ...

Pelo andar da carruagem, será mais uma que nos vai sair caro. Se tudo vier a correr mal, sabe-se qual a saída: acusar a CIA de ter feito publicar a notícia que incendiou o rastilho, só para lixar a Europa.

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Os aeroplanos e os espantalhos

Assente alguma poeira em matéria de voos da CIA, sobram duas hipóteses:

1 – A Europa está, mais uma vez, a exorcizar espantalhos
2 – A Europa alinha, unha com carne, com os Estados Unidos, mas quer fazer de conta que não.

Qualquer delas demonstra, mais uma vez, “falta de pedalada” geopolítica.

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24/11/2005

... aviões da CIA ...

A histeria sobre os voos e aterragens de aviões da CIA na Europa começa a dar os primeiros frutos (neste caso bolas encestadas).

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07/11/2005

O Katrina francês

Actualizado



Um sindicato da policia francesa já pediu ao governo francês que imponha o recolher obrigatório nas áreas mais atingidas pela violência que peça a intervenção do exército para ajuda a controlar as multidões.

Estou surpreso por não ter ainda ouvir alguém alvitrar que os tumultos serão obra da CIA.

[Afinal Não. Este mânfio (pelo menos) já teve essa ideia.]

Os Estados Unidos da América ainda vão acabar por ter que deslocar tropas do Iraque para acudir aos franceses ... :-))

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19/06/2005

Ana Gomes - Conselho de Segurança II: «Ignore Europe»



A azul o texto original de Ana Gomes.
Comiserável é a reacção alemã a esta posição americana.

O Embaixador da Alemanha em Washington, Wolfgang Ischinger, veio dizer, segundo a mesma notícia do «Washington Post», que a proposta que a Alemanha apresenta nas NU para reforma do Conselho de Segurança ?reduz substancialmente a representação da Europa no CS, de 33% para 20%?. "O ponto é que a nossa proposta de reforma não aumentará, mas diminuirá o peso relativo da Europa", disse Ischinger.

Uma reforma que não contempla um lugar de membro permanente para a UE e que reduz o peso relativo da Europa no Conselho de Segurança?

Então porque razão haveremos nós, europeus, de querer a reforma proposta pelos alemães?
Com parceiros desta massa, quem precisa da Sra. Arroz?
O Conselho de Segurança tem dois membros permanentes europeus: a França e a Inglaterra. Se a Europa (?) se quer apresentar como uma entidade política coerente (integrando França e Inglaterra), que sentido faria que França e Inglaterra continuassem a ser membros?

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Ana Gomes - Conselho de Segurança I : "Ignore Germany"



Mais uma tirada divinal de Ana Gomes. A azul, o seu texto original.
Ora aí está! A retaliação pelo não apoio à guerra do Iraque.
Faz sentido que haja retaliação. Basta perceber isto.
Em 1993, quando o Tratado de Maastricht introduziu a noção de Política Externa Comum da UE, os EUA apressaram-se a dar o seu apoio, velado embora, à entrada da Alemanha como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Dividir para reinar. Quanto mais dividida a Europa, melhor.
Que há de especial nisso? Não é que faz qualquer governo do mundo em circunstâncias idênticas? A única excepção que me ocorre é o caso da Europa, que quer reinar dividindo-se a ela própria, e depois amua porque a coisa não surte efeito.
A repartição de custos de funcionamento das NU também aconselhava tal apoio, pois a Alemanha estava disposta a pagar mais e os EUA tinham então uma dívida considerável às NU.
Registe-se que Ana Gomes concorda que deve poder aceder-se ao poder desde que se possa pagar. Tráfico de influências?
Mas em 2000, a Administração Clinton conseguiu resolver o problema da dívida às Naçoes Unidas.
Depois veio a guerra do Iraque em 2003. A Alemanha não apoiou a Admnistração Bush na guerra. E os EUA fizeram finalmente saber, segundo o «Washington Post» de 19/5/05, que afinal já não apoiam a pretensão da Alemanha a membro permanente do CS. Justificação da Sra. Rice: ?Em muitos aspectos a UE tem agora uma política externa comum. Facto que precisa de ser levado em conta no Conselho de Segurança?. ?Por isso há poucos motivos para dar a um outro membro da UE um lugar de membro permanente?.
A Ana Gomes parece razoável que a Europa (?) anuncie ao mundo que vai a caminho de ter uma política externa comum e que os Estados Unidos façam de conta que não se apercebem disso.
A consequência a tirar seria os EUA passarem a apoiar um lugar de membro permanente para a UE.
Apoiar mesmo antes dela existir enquanto entidade política? Ana Gomes queria um cheque em branco? Ana Gomes não percebe que os Estados Unidos querem primeiro perceber em que moldes se fará a entidade política?
Mas a Srª Arroz não vai tão longe. A sua intenção parece ser mais a de ignorar a pretensão alemã, do que reconhecer a necessidade de um lugar para a UE no Conselho de Segurança.
Eu diria que o anúncio de que a Europa vai a caminho de se transformar numa entidade política mata, por si só e pela sua (da Europa) própria mão, as pretensões da Alemanha.
Afinal, foi à Sra. Arroz que se atribuiu a máxima, depois da intervenção unilateral no Iraque:«Forgive Russia, ignore Germany, punish France».
Parece ser uma consequência lógica do comportamento recente desses três países. Se fosse ao contrário, seria exactamente isso que a Europa (?) faria.

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19/05/2005

Ana Gomes e o Arroz Malandro


Ana Gomes voltou à carga, desta vez disparando para Condoleezza Rice, referindo-se a ela como Sra Arroz.

Podia ter-se referido a ela como Sra Arroz Doce: Condoleezza significa mais ou menos “com doçura”. Arroz doce, portanto.

A má fé de Ana Gomes volta a estar patente.

Diz Ana Gomes que a visita de Rice foi apara consumo interno americano (norte americano, supõe-se – não parece provável que Ana Gomes se esteja a referir à América do Sul).

Bom, para consumo europeu não seria certamente, porque a Europa nestas matérias nada risca. Tenta riscar se lhe cheirar a proventos económicos, mas só nesse caso e só se daí não puderem vir a ocorrer baixas próprias. Os asiáticos têm mais em que pensar, os africanos têm pouca margem para pensar, etc,. Talvez não seja o caso do Médio Oriente, do Iraque e, evidentemente, dos Estados Unidos da América.

A viagem seria para consumo interno dos EUA, mas Ana Gomes esqueceu-se de referir os encontros com os dirigentes iraquianos. Talvez suponha que façam parte da administração dos EUA ou prefira fazer de conta que não existem.

Ignora em absoluto (agora como antes) o sofrimento do povo iraquiano – para ela o Iraque só existe na medida em que é fonte do martírio dos norte americanos, gáudio de Ana Gomes.

Ana Gomes preocupa-se com razões que “consolem a América” mas, mais uma vez, ignora a necessidade de consolo dos iraquianos. Já agora há que notar que, em matéria de consolo, não será a multilateralista Europa (só a pacifista) a consolar os iraquianos, porque nem sequer apoio moral deu à sua libertação.

A má fé de Ana Gomes vai mais longe. Suponho, aliás, que já não se tratará de má fé, mas pior, muito pior – e não é só malandrice (arrozeira ou de bacalhau com todos).

Ana Gomes sabe certamente que, no Iraque, há um problema de falta de eficácia do exército iraquiano, anda em consolidação e sabe porquê.

Ana Gomes sabe que esse exército está ainda numa fase algo incipiente, e sabe que, nessa fase, assumir um combate directo e arriscado aos terroristas (que ela não nomeia mas a que também não tem a coragem de chamar patriotas) na presença de um exército norte americano bem organizado, corajoso e eficaz (coisa com que certamente não concorda - mas é um problema dela), leva facilmente os soldados iraquianos a uma inércia que, se por um lado não abona muito em favor das teses patrióticas defendidas por muitos (Ana Gomes inclusivé), por outro lhes salva a pele – coisa pouco displicente para eles, como para os europeus pacifistas e multilateralistas. Ana Gomes sabe tudo isto, mas faz de conta que não sabe, preferindo tentar o golpe baixo, envenenando arroz.

Ana Gomes percebe evidentemente que Condoleezza Rice está a pressionar as autoridades iraquianas (e indirectamente o exército iraquiano) no sentido de que assumam o controlo do território que permita a desocupação (coisa que Ana Gomes agora parece não desejar – porque as mortes de americanos lhe vão alimentando o ego).

Talvez devesse aprender o que é frontalidade – George Bush é exemplo suficiente para valorizar Ana Gomes - caso ela seja capaz de o perceber (já se sabe que não é porque … blá, blá, blá).

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21/04/2005

O voto de George Bush ... - ADENDA



Há uma adenda a este artigo, aqui transcrita:

Adenda
(inserida a 21 de Abril).

Suponho ainda que a administração norte americana se esteja razoavelmente nas tintas para o resultado do referendo francês e para a possibilidade da entrada em vigor, ou não, do Tratado Constitucional.

Se ele for aprovado ficará assistindo ao desenvolvimento das contradições internas da Comunidade Europeia em que cada um dos multilateralistas membros tentará levar de vencida o seu particular multilateralismo.

Se não for aprovado ficarão assistindo, calmamente, à resultante peixeirada. Neste caso ficarão um pouco mais atentos porque a Comunidade estará mais perto da realidade, portanto mais divorciada do planeta dos gambuzinos em que tende a viver, pelo menos no que respeita à política francesa / alemã / espanhola. Evidentemente que os norte americanos terão a vida tanto menos facilitada quanto menos a Europa viver um ambiente de ficção.

Voltando a Mário Soares e George Bush, o que mais interessa saber à administração americana é que figuras de referência da Europa tenham em conta a opinião de George Bush num óbvio assunto interno da Comunidade. George Bush não vota, evidentemente. Mas influencia o voto (muitos votos - vota indirectamente, múltiplas vezes) pela mão de figuras de referência europeias. Antes votasse – seria apenas mais um voto.

Há ainda outra forma de encarar a coisa: será que Mário Soares tenta usar o papão George Bush para influenciar o voto a favor do Tratado? Neste caso além da implícita fraqueza, seria uma reedição da história da deglutição de criancinhas, pelos comunistas, ao pequeno almoço (para os mais novos, há que procurar referências ao assunto na época pós 25 de Abril) – enfim, o problema do sapo (para os mais novos, novamente, trata-se de uma referência à campanha eleitoral presidencial entre Freitas do Amaral e Mário Soares. Já agora, nessa altura, Freitas do Amaral era acusado, por Mário Soares, de “ter acordado tarde para a política” e “ter uma postura pouco claramente anti-totalitária”. Na minha opinião isto era verdade e continua a ser: detecto em Freitas do Amaral uma mistura bizarra de egocentrismo com totalitarismo).

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20/04/2005

O voto de George Bush no Tratado Constitucional Europeu



No Público de 19 de Abril pode ler-se:
Num debate com o deputado bloquista Fernando Rosas, Mário Soares disse que votar pelo "não" deixará Bush "muito contente".

O simples facto de Mário Soares referir o agrado ou desagrado do presidente dos norte americanos a uma decisão estritamente interna da Comunidade Europeia espelha não só insegurança na justeza das decisões internas dos europeus como uma assumida dependência de decisão em relação ao voto, nesta matéria, face à opinião de George Bush. Mário Soares não é um qualquer cidadão da Europa, ou, pelo menos, não parece querer assumir-se nem ser considerado como tal.

A opinião de Bush nunca deveria ser chamada à discussão nesta matéria. Quanto muito para referir que ela seria, simplesmente, irrelevante (ignorando-a implicitamente).

Chamar sistematicamente George Bush aos assuntos internos da Europa espelha o caminho de irrelevância política que ela tem trilhado, legitimando implicitamente a ingerência dos norte americanos nos assuntos políticos internos da Europa.

Os Estados Unidos da América vão-se afirmando não só como polícias do mundo, mas também como guardiões do mundo, e conseguem-no não só pelo esforço próprio mas também pela demissão de outros eventuais pólos - neste caso a Europa.

Suponho que os chineses não andem distraídos.


Adenda (inserida a 21 de Abril).

Suponho ainda que a administração norte americana se esteja razoavelmente nas tintas para o resultado do referendo francês e para a possibilidade da entrada em vigor, ou não, do Tratado Constitucional.

Se ele for aprovado ficará assistindo ao desenvolvimento das contradições internas da Comunidade Europeia em que cada um dos multilateralistas membros tentará levar de vencida o seu particular multilateralismo.

Se não for aprovado ficarão assistindo, calmamente, à resultante peixeirada. Neste caso ficarão um pouco mais atentos porque a Comunidade estará mais perto da realidade, portanto mais divorciada do planeta dos gambuzinos em que tende a viver, pelo menos no que respeita à política francesa / alemã / espanhola. Evidentemente que os norte americanos terão a vida tanto menos facilitada quanto menos a Europa viver um ambiente de ficção.

Voltando a Mário Soares e George Bush, o que mais interessa saber à administração americana é que figuras de referência da Europa tenham em conta a opinião de George Bush num óbvio assunto interno da Comunidade. George Bush não vota, evidentemente. Mas influencia o voto (muitos votos - vota indirectamente, múltiplas vezes) pela mão de figuras de referência europeias. Antes votasse – seria apenas mais um voto.

Há ainda outra forma de encarar a coisa: será que Mário Soares tenta usar o papão George Bush para influenciar o voto a favor do Tratado? Neste caso além da implícita fraqueza, seria uma reedição da história da deglutição de criancinhas, pelos comunistas, ao pequeno almoço (para os mais novos, há que procurar referências ao assunto na época pós 25 de Abril) – enfim, o problema do sapo (para os mais novos, novamente, trata-se de uma referência à campanha eleitoral presidencial entre Freitas do Amaral e Mário Soares. Já agora, nessa altura, Freitas do Amaral era acusado, por Mário Soares, de “ter acordado tarde para a política” e “ter uma postura pouco claramente anti-totalitária”. Na minha opinião isto era verdade e continua a ser: detecto em Freitas do Amaral uma mistura bizarra de egocentrismo com totalitarismo).

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