Conheço dois tipos de estúpidos: os que nascem estúpidos e os estúpidos militantes (EM).
Naturalmente estúpido é aquele a quem a natureza ou os genes dos antepassados, pregou uma partida.
A generalidade dos naturalmente estúpidos que conheço são esforçados e conseguem quase sempre atingir um qualquer patamar, forçando-se numa luta corpo a corpo com o aprender. Essas pessoas merecem-me toda a consideração e encaro o meu esforço a favor deles como uma obrigação.
Os EM são uma outra espécie, aparentada às carraças.
Como os cães, os EM reagem a estímulos condicionados. Por exemplo, a frase “obriguemos o capital a pagar impostos” provoca-lhes um orgasmo. Entregam-se a infinita conversa sobre os malefícios do capital e acedem aos mais grunhentes orgasmos passando ao lado do facto de se tratar de um puro acto masturbatório. No mundo real, aquele em que, entre outros, os estúpidos naturais procuram levar por diante a sua vidinha, as reacções são as do homem que de vez em quando, petisca um prato de caracóis.
Quando um qualquer iluminado aplica impostos às empresas, o resultado é sempre e apenas um: todo e qualquer cidadão irá pagar, chapa batida, directamente da carteira, a verba que irá ser triturada em parte incerta.
No caso de uma empresa multinacional se a coisa se complica e o volume de vendas baixa em resultado do aumento de custos de produção, a empresa procura melhores ares deslocalizando-se.
A palavra deslocalização provoca rosnadelas em virtude de ser capaz de gerar azias aos EM. Por um lado potencia a qualidade dos orgasmos, por outro anula-os ao perceberem que algo correu ao arrepio das suas certezas.
Como suores, afloram os “argumentos” segundo os quais os preços de produção em nada interessam porque “produto nacional” tem outro substrato (como os “produtos naturais”). Habituados a frequentar lojas de luxo, os EM ignoram que as lojas de produtos chineses estão cheias de gente que não sente qualquer arrepio pelo que compra. São pessoas que, não tendo qualquer problema em misturar-se com os naturalmente estúpidos, vão tentando de igual forma levar a bom termo a sua vidinha.
Ás empresas que apenas trabalham para o mercado nacional, há duas preocupações. A primeira, a de perceber se o dito imposto (ou norma imposta que tenha custos) é mesmo para cumprir.
Quando qualquer norma imposta (ou imposto) a uma empresa não é globalmente cumprida, a coisa turva-se, levando a melhor quem consegue passar ao lado. O EM rejubila, apontando ao bicho homem as imperfeições da praxe, mas é insensível à quantidade enorme de alarvidades legislativas que se não adaptam ao mundo real. Não é de estranhar essa insensibilidade porque brota habitualmente de cabeças orgasticamente iluminadas.
Se a coisa não é para cumprir as empresas que tentam manter a legalidade fecham, levantando nuvens de despedimentos, e com elas novas perplexidades em matéria de orgasmo.
Se a coisa é para cumprir, fazem-se contas e repercute-se a despesa extra sobre o produto final que será pago, adivinhe-se por quem.
Mas tributar o lucro das empresas, tributar o lucro dos capitalistas, (do “grande capital” como os EM gostam de referir) é sempre conversa da praxe a favor, evidentemente, dos “desfavorecidos”, daqueles em que “nunca ninguém pensa”.
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22/05/2008
1968
Atenção, que cada um das partes (1ª e 2ª parte de um mesmo programa) tem cerca de 50 min de duração.
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Os castigadores
De cada vez que um dirigente se afasta por própria iniciativa aparecem sempre uma colecção de almas, predominantemente de esquerda, a reclamar que fulano de tal "fugiu".
...
Cavaco Silva foi empossado primeiro-ministro em 1985 e em minoria. Em 87, após a aprovação de uma moção de censura, houve lugar a novas eleições que o PSD ganhou em maioria absoluta. Em minoria, Cavaco tinha tentado levar em frente a governação mas a oposição tudo encravava. Estou em crer que Ramalho Eanes, então líder do PRD, percebendo da absoluta necessidade de uma maioria absoluta, conduziu o PRD à aprovação da moção se censura que levou o primeiro governo de Cavaco a cair. Foi talvez o primeiro caso (passado recente) em que alguém, consciente da inutilidade do projecto que liderava, resolveu retirar-se e garantir que alguém “pode fazer” sem ter sempre às canelas quem apenas “não quer deixar fazer”.
Em 1991 o PSD volta a ganhar as legislativas, novamente por maioria absoluta, e Cavaco Silva continua primeiro-ministro.
A partir de meio deste terceiro mandato de Cavaco começou a perceber-se que o desgaste provocado por cerca de uma dezena de anos de governação abre fendas na coesão do governo e do PSD. O poder, exercido por muito tempo e sempre debaixo de fogo, provoca corrosão. Paulo Portas tem nesta altura um papel importante. Aos comandos do jornal O Independente, e procurando formatar uma carreira política, entretém-se, a abater figuras importantes da governação e do PSD.
Cheirando às hostes do PSD que o fim de ciclo poderia estar próximo, começam a saltitar, como pipocas, aqui e ali, broncas provocadas por quem aproveita o que lhes parece já não poder durar muito.
Não foram poucas as vozes de esquerda que reclamaram que Cavaco se mantivesse ao leme do periclitante navio até ao fim, como quem castiga quem faz uma maldade. “Fez a cama, deite-se nela” dizia-se. O Presidente da República, Mário Soares, um outro franco-atirador, entretinha-se a “chatear o governo”.
Cavaco decidiu afastar-se e, para garantir claramente que o PSD sairia do governo, teve o cuidado de deixar Fernando Nogueira a liderar o partido.
Em 1995, António Guterres do PS assumiu o comando do novo governo sem maioria absoluta. A governação foi-se fazendo a conta-gotas, sempre negociando tremoço a tremoço.
Em 1999 o PS volta a ganhar as eleições tendo ficado com o mesmo número de deputados que toda a oposição. A governação continuou a fazer-se a conta-gotas, cada vez mais contadas e em gotas cada vez mais pequenas.
Mais atacado que Cavaco Silva, Guterres sofre um desgaste monumental que alastra a todo o governo. Atacado pelo mesmo fenómeno que tinha atacado Cavaco Silva, Guterres apresenta a demissão e afasta-se na sequência de um mau resultado em autárquicas.
“Malandro”, vocifera a esquerda. “Tinha feito a cama agora havia que deitar-se nela”.
À esquerda nunca nada interessa a não ser o mal do governo, como se isso não implicasse o mal de todos. Mas já se sabe que eles acreditam que os amanhãs cantantes brotam sobre terra queimada.
Durão Barroso, novo líder do PSD escolhido em biliões de rocambolescas peripécias (“Durão, por favor, avança”) acaba por assumir, ainda em 2002, o comando em eleições que o PSD acaba por ganhar. Em minoria, Durão aceita a “colaboração” do CDS agora travestido em PP ou, talvez, CDS-PP. Paulo Portas, o figadal “jornalista” inimigo de Cavaco e do PSD está ao leme do PP.
Muitas figuras negam entrar para o governo para não terem que aturar Portas. Ninguém acredita nele e a cada gaveta que Portas abre brota um esqueleto.
Durão acaba por perceber que não tem qualquer hipótese de governar eficientemente e aproveita a oportunidade que se lhe abre em Bruxelas.
Malandro! Fugiu! Volta a esquerda a berrar.
Apanhado de surpresa, o PS vacila. Sampaio acaba por aceitar Santana Lopes como primeiro-ministro.
O governo de Santana Lopes foi um flop e o PS, desta vez com José Sócrates, volta ao poder.
Tudo indica que enquanto Sócrates conseguir manter a coesão no governo o PSD vai chuchando o dedo.
...
Continuo sem perceber que história é esta do “malandro que foge”. Eu diria que seria uma irresponsabilidade manter-se o comando a um governo moribundo.
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Cavaco Silva foi empossado primeiro-ministro em 1985 e em minoria. Em 87, após a aprovação de uma moção de censura, houve lugar a novas eleições que o PSD ganhou em maioria absoluta. Em minoria, Cavaco tinha tentado levar em frente a governação mas a oposição tudo encravava. Estou em crer que Ramalho Eanes, então líder do PRD, percebendo da absoluta necessidade de uma maioria absoluta, conduziu o PRD à aprovação da moção se censura que levou o primeiro governo de Cavaco a cair. Foi talvez o primeiro caso (passado recente) em que alguém, consciente da inutilidade do projecto que liderava, resolveu retirar-se e garantir que alguém “pode fazer” sem ter sempre às canelas quem apenas “não quer deixar fazer”.
Em 1991 o PSD volta a ganhar as legislativas, novamente por maioria absoluta, e Cavaco Silva continua primeiro-ministro.
A partir de meio deste terceiro mandato de Cavaco começou a perceber-se que o desgaste provocado por cerca de uma dezena de anos de governação abre fendas na coesão do governo e do PSD. O poder, exercido por muito tempo e sempre debaixo de fogo, provoca corrosão. Paulo Portas tem nesta altura um papel importante. Aos comandos do jornal O Independente, e procurando formatar uma carreira política, entretém-se, a abater figuras importantes da governação e do PSD.
Cheirando às hostes do PSD que o fim de ciclo poderia estar próximo, começam a saltitar, como pipocas, aqui e ali, broncas provocadas por quem aproveita o que lhes parece já não poder durar muito.
Não foram poucas as vozes de esquerda que reclamaram que Cavaco se mantivesse ao leme do periclitante navio até ao fim, como quem castiga quem faz uma maldade. “Fez a cama, deite-se nela” dizia-se. O Presidente da República, Mário Soares, um outro franco-atirador, entretinha-se a “chatear o governo”.
Cavaco decidiu afastar-se e, para garantir claramente que o PSD sairia do governo, teve o cuidado de deixar Fernando Nogueira a liderar o partido.
Em 1995, António Guterres do PS assumiu o comando do novo governo sem maioria absoluta. A governação foi-se fazendo a conta-gotas, sempre negociando tremoço a tremoço.
Em 1999 o PS volta a ganhar as eleições tendo ficado com o mesmo número de deputados que toda a oposição. A governação continuou a fazer-se a conta-gotas, cada vez mais contadas e em gotas cada vez mais pequenas.
Mais atacado que Cavaco Silva, Guterres sofre um desgaste monumental que alastra a todo o governo. Atacado pelo mesmo fenómeno que tinha atacado Cavaco Silva, Guterres apresenta a demissão e afasta-se na sequência de um mau resultado em autárquicas.
“Malandro”, vocifera a esquerda. “Tinha feito a cama agora havia que deitar-se nela”.
À esquerda nunca nada interessa a não ser o mal do governo, como se isso não implicasse o mal de todos. Mas já se sabe que eles acreditam que os amanhãs cantantes brotam sobre terra queimada.
Durão Barroso, novo líder do PSD escolhido em biliões de rocambolescas peripécias (“Durão, por favor, avança”) acaba por assumir, ainda em 2002, o comando em eleições que o PSD acaba por ganhar. Em minoria, Durão aceita a “colaboração” do CDS agora travestido em PP ou, talvez, CDS-PP. Paulo Portas, o figadal “jornalista” inimigo de Cavaco e do PSD está ao leme do PP.
Muitas figuras negam entrar para o governo para não terem que aturar Portas. Ninguém acredita nele e a cada gaveta que Portas abre brota um esqueleto.
Durão acaba por perceber que não tem qualquer hipótese de governar eficientemente e aproveita a oportunidade que se lhe abre em Bruxelas.
Malandro! Fugiu! Volta a esquerda a berrar.
Apanhado de surpresa, o PS vacila. Sampaio acaba por aceitar Santana Lopes como primeiro-ministro.
O governo de Santana Lopes foi um flop e o PS, desta vez com José Sócrates, volta ao poder.
Tudo indica que enquanto Sócrates conseguir manter a coesão no governo o PSD vai chuchando o dedo.
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Continuo sem perceber que história é esta do “malandro que foge”. Eu diria que seria uma irresponsabilidade manter-se o comando a um governo moribundo.
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06/04/2008
1€
Esta manhã, suponho que na Antena 1, um idiota cascava num supermercado por ter movido um processo a uma velhota na sequência dela ter, hipoteticamente, roubado um creme no valor de 1€.
O argumentista reclamava que a velhota era velhota, que o valor do creme era apenas de 1€, que o supermercado teria gasto uma fortuna em advogados e que o Estado teria gasto um batatal de massa em geringônciais manobras de tribunal.
O trambolho argumentou isto tudo mas esqueceu-se de dizer que pensaria ele dever fazer-se perante a percepção generalizada de que o supermercado nunca levantaria processos para roubos inferiores a 1€.
Dever-se-ia retirar do supermercado tudo o que custasse menos de 1€? Dever-se-ia deixar roubar tudo o que custasse menos de 1€?
E porquê 1€? Porque não 5, 10, 100, 1000? Dever-se-ia apenas levantar processos nos casos em que o roubo fosse superior ao somatório de todos os custos judiciais?
De acordo com o pensamento do artista deveria ser esta última a via a seguir, muito embora não se tenha percebido quantos seriam, na cabeça do palermoide, os artigos de supermercado que ultrapassam 1000€ ou se ele defenderia a retirada de todos o artigos de valor inferior.
Enfim, coisas giras, coisas caviar, coisas ao nível de inteligência Neandertal (não desfazendo).
A propósito: qual o preço do kaviar?
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O argumentista reclamava que a velhota era velhota, que o valor do creme era apenas de 1€, que o supermercado teria gasto uma fortuna em advogados e que o Estado teria gasto um batatal de massa em geringônciais manobras de tribunal.
O trambolho argumentou isto tudo mas esqueceu-se de dizer que pensaria ele dever fazer-se perante a percepção generalizada de que o supermercado nunca levantaria processos para roubos inferiores a 1€.
Dever-se-ia retirar do supermercado tudo o que custasse menos de 1€? Dever-se-ia deixar roubar tudo o que custasse menos de 1€?
E porquê 1€? Porque não 5, 10, 100, 1000? Dever-se-ia apenas levantar processos nos casos em que o roubo fosse superior ao somatório de todos os custos judiciais?
De acordo com o pensamento do artista deveria ser esta última a via a seguir, muito embora não se tenha percebido quantos seriam, na cabeça do palermoide, os artigos de supermercado que ultrapassam 1000€ ou se ele defenderia a retirada de todos o artigos de valor inferior.
Enfim, coisas giras, coisas caviar, coisas ao nível de inteligência Neandertal (não desfazendo).
A propósito: qual o preço do kaviar?
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Mediação em porradaria
De chorar a rir:
Adenda:
Recomendo vivamente uma visita ao blog As Minhas Leituras.
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"As escolas com problemas graves de indisciplina podem apresentar ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de técnicos como psicólogos e mediadores de conflitos, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação."--------------------------
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16/03/2008
Culto na escola: também quero
Um tribunal alemão botou sentença no sentido admitir o culto islâmico no interior da escola, desde que em sala apropriada.
Eu sou Pastafarianista e quero também uma sala para mim.
[Publicado no Fiel-Inimigo a 12 de Março de 2008]
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08/03/2008
O extintor de fogo sulfuroso

[Actualizado (IV)]
De acordo com o inevitável guião e aproveitando o facto dos colombianos terem limpo o sebo a um imbecil produtor de droga e raptor nas horas vagas, Chávez, ferido no seu orgulho pestilento, mandou avançar as tropas venezuelanas para a fronteira colombiana.
Manda avançar e chama a atenção que o presidente colombiano é um fantoche às mãos do sulfuroso Bush.
Aguarda-se a posição da esquerda estúpida. Aposto que vai dizer 'sim, mas que ...'. E 'pois, mas há que compreender'. Ainda 'tenhamos em atenção que ele foi obrigado pelas circunstâncias'. Ou até talvez, 'tenhamos em conta que é uma reação compreensiva face à opressão provocada pela longa noite imperial'.
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Nota final:
Não se percebe se as tropas venezuelanas irão aproveitar o passeio para exterminar a guerrilha colombiana que se tem acoitado impunemente no seu território ou se se tratará apenas de uma acção para a proteger.
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Pérolas:
OS REVOLUCIONÁRIOS NÃO CELEBRAM MORTES
e
A MORTE DE UM REVOLUCIONÁRIO
Uribe: não semeies outro Israel na América do Sul
Luís Lavoura diz:
3 Março, 2008 às 10:35 amNo Arrastão:
“onde um líder terrorista que se movia em liberdade foi abatido pelas tropas colombianas”
O JCD, pelo mesmo critério, deve admitir que a Rússia nada fez de mal ao (alegadamente) mandar abater o antigo agente dos seus serviços secretos que se movia em liberdade em Londres.
De facto, é evidente que um inimigo do Estado russo não pode deixar de ser um “terrorista”, que a Rússia tem toda a legitimidade para abater, onde quer que ele se mova em liberdade.
"Se não estamos em guerra com um país não entramos pelo seu território dentro. Parece-me o mínimo, não?"
No Esquerda.net:
Em comunicado, as FARC revelaram que Reyes estava no Equador para tentar organizar um encontro com o próprio presidente Sarkozy para tratar de um novo processo de libertação de reféns.....
Publicado no Fiel-Inimigo a 3 de Março de 2008.
24/02/2008
Quando as veias nos gelam
A esquerda é caracterizada por uma espécie de mentalidade capitalista feudal, particularmente notada no meio sindical.
Quando a fábrica da Opel, Azambuja, ameaçou fechar, os sindicatos apresaram-se a declarar greve.
Greve. Pois claro. “Greve, em defesa dos postos de trabalho”.
E as indemnizações? E quantos deles perceberam de imediato que seria o momento supremo para afundar o barco de vez e reclamar a indemnização? E, ter-se-á dado o caso de terem sido justamente os mais velhos, com mais anos de casa e mais entrincheiradamente sindicais, a irem por aí?
E os mais novos, que seria deles? E que importava os mais novos aos mais velhos desde que o graveto pingasse para o lado deles?
E a solidariedade? “Parece que temos sarna” gritavam os que ali, como pelas ‘siderurgias’ por esse país fora, iriam, de facto, para o desemprego com meia dúzia de notas no bolso. “Nem conseguimos falar com eles. Fogem de nós”. E que teriam os mais velhos a ver com isso? Direitos conquistados são direitos garantidos e direitos garantidos é graveto no bolso.
M'ai nada!
Publicado no Fiel Inimigo.
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Quando a fábrica da Opel, Azambuja, ameaçou fechar, os sindicatos apresaram-se a declarar greve.
Greve. Pois claro. “Greve, em defesa dos postos de trabalho”.
E as indemnizações? E quantos deles perceberam de imediato que seria o momento supremo para afundar o barco de vez e reclamar a indemnização? E, ter-se-á dado o caso de terem sido justamente os mais velhos, com mais anos de casa e mais entrincheiradamente sindicais, a irem por aí?
E os mais novos, que seria deles? E que importava os mais novos aos mais velhos desde que o graveto pingasse para o lado deles?
E a solidariedade? “Parece que temos sarna” gritavam os que ali, como pelas ‘siderurgias’ por esse país fora, iriam, de facto, para o desemprego com meia dúzia de notas no bolso. “Nem conseguimos falar com eles. Fogem de nós”. E que teriam os mais velhos a ver com isso? Direitos conquistados são direitos garantidos e direitos garantidos é graveto no bolso.
M'ai nada!
"A cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
Tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
e eu não sabia...
Há quem cante por interesse
há quem cante por cantar
e há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
p’ra não perder o lugar
a cantiga só é arma
quando a luta acompanhar
O faduncho choradinho
de tavernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções"
Publicado no Fiel Inimigo.
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26/01/2008
Jolly good fellows

Não é claro se os artistas em causa pertencem ao mesmo grupo alter-globalista que ajudou a promover a eleição de Zapatero.
Parece que a secreta espanhola terá recebido informações suficientemente relevantes para lhes permitir "justificar" (que lata) o recolhimento, para introspecção, dos multilateralistas.
Não é também claro se a informação recebida, sabe-se lá de onde, implicará alguma forma de cedência dos poderes políticos espanhóis a alguma unilateralista exigenciazita.
Publicado no Fiel Inimigo a 19 de Janeiro de 2008.
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17/11/2007
Arauto

Não podemos fazer nada (em O Triunfo dos Porcos).
O artigo acima lembra-me este outro: Deixa lá.
---- Actualização ----
De Olavo de Carvalho (via O Triunfo dos Porcos e respectivo leitor Luís Cardoso):
A Mentalidade Revolucionária.
Ainda a Mentalidade Revolucionária
A Inversão Revolucionária
10/11/2007
05/11/2007
Militantemente burros
... em geito de rapidinha ...
Porque será?
Sem, evidentemente, retirar uma vírgul ao afirmado, um responsável suíço veio depois pedir desculpa por "terem ofendido os portugueses". Suponho que o gesto atenuou o caso. Pois claro. Os alunos vão poder continuar a ostentar orgulho em ignorância.
A esquerda Anaclética e Cro-Magnon diz que a culpa é do país de acolhimento. Balbucia uma lenga-lenga qualquer relacionada com "integração". A tal "integração" que é suposto co-existir com "diversidade".
Faz lembrar a máxima que diz que de tarde as mulheres defendem exactamente o contrário do que defendiam de manhã, com a mesma vivacidade e pelas mesmas razões.
... apenas uma variante da máxima "orgulhosamente sós".
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Porque será?
O apelo surge após o conselheiro ter tomado conhecimento de um relatório do organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP), que revela que os alunos portugueses naquele país obtêm os resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras e recorrem "excessivamente" a classes especializadas. (Aqui).Alguns dirão que tem a ver com a origem social. Eu digo que sim: a esse respeito os portugueses (regra geral) não dão, pura e simplesmente, qualquer valor à escola. O que surpreende é que achem injusto ganharem menos que os suíços.
Sem, evidentemente, retirar uma vírgul ao afirmado, um responsável suíço veio depois pedir desculpa por "terem ofendido os portugueses". Suponho que o gesto atenuou o caso. Pois claro. Os alunos vão poder continuar a ostentar orgulho em ignorância.
A esquerda Anaclética e Cro-Magnon diz que a culpa é do país de acolhimento. Balbucia uma lenga-lenga qualquer relacionada com "integração". A tal "integração" que é suposto co-existir com "diversidade".
Faz lembrar a máxima que diz que de tarde as mulheres defendem exactamente o contrário do que defendiam de manhã, com a mesma vivacidade e pelas mesmas razões.
Manuel Melo [conselheiro das comunidades portuguesas na Suíça] salienta que o relatório demonstra "um desconhecimento profundo" da comunidade portuguesa na Suíça, onde se destacam professores universitários, médicos, políticos, sindicalistas, bancários, quadros superiores e empresários.O problema está do destaque. Destacam-se demais: tanto quanto o cato no deserto. Para não variar, Manuel Melo (neste caso), não percebe nem o que ouve nem o que diz. Mas fala. Ou melhor, quer fazer crer que fala para suíços estando apenas a falar para o deserto: continuemos burros, mas orgulhosos.
... apenas uma variante da máxima "orgulhosamente sós".
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08/09/2007
Há professores a mais e inteligência a menos
Acicatado pelo António (chapelada), aqui fica mais uma autópsia.
Se o prestígio não se reivindica, conquista-se, muito menos se renega tomando posições desprestigiantes, e querendo, em simultâneo, manter o prestígio via reivindicação classista.
Parece até que os médicos tiveram sucesso à custa dos professores.
... tse, tse, tse.
O estado poderia ter previsto tudo e mais alguma coisa, os jovens ficaram em segundo lugar no acesso à inteligência obtida pelas ratazanas.
... e depois saíram ... “educadores”.
Pretende-se agora sacudir a água do capote e escamotear que os professores venderam a sua dignidade a proventos salariais relativos face a amanhãs-que-cantam que redundaram numa taxa de “sucesso escolar” miserável cuja qualidade nem vale a pena abordar: coisas do mundo do eduquês.
Não é por acaso que se lhe chama “sucesso escolar” e não sucesso educativo: mais uma sacudidela de capote.
Coisas que acontecem quando os iguais apoiam implicitamente a retirada de tapete, de que padecem os mais iguais.
... não tendo aprendido a bem, terão que aprender a mal. ... coisas que a “educação” deles bem podia ter evitado, não fosse dado o caso de ter sido, desde há 20 anos, capitaneada por “cientistas em educação”.
... engenhêros.
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Quando a ministra da Educação diz que a oferta de professores é maior do que a procura tem razão, mas a forma como aborda este problema é menos própria e revela uma falta de consideração pelos professores que é inaceitável num responsável pela educação. A ministra fala dos professores como se fosse o encarregado de uma obra pública a dizer aos serventes de pedreiro que procurem outra obra, porque para a semana já não há trabalho.Este parágrafo resume bem o filme O Triunfo dos Porcos. Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros. O ajudante de pedreiro pode ser despedido, ser enviado às urtigas, passar fome, que, não pertencendo à casta dos professores, nada poderá, por alí, ser apontado como inaceitável.
É evidente que o número de alunos e mesmo de escolas diminui, que as funções não educativas das escolas, como é o caso da sua gestão, tenderá a não ser desempenhadas por professores. É também evidente que a melhoria do ensino pode colidir com hábitos e mesmo direitos concedidos no passado.“Direitos concedidos no passado” ... resvalando, implicitamente para direitos inalienáveis. “Pode colidir” ... mas a força que “põe em causa” não deve prevalecer ...
Mas isso não implica que se crie na sociedade a ideia de que os professores são uns malandros, sem professores prestigiados e socialmente considerados nenhuma reforma do ensino será bem sucedida.Pois não implica, a não ser que o prestígio seja abalado por posições de defesa de casta, claramente o caso presente.
Só que não se entende que o primeiro-ministro ande com o porta-bagagens do carro cheio de portáteis para distribuir pelos bem sucedidos das Novas Oportunidades e que a ministra da Educação revele tanto desprezo por milhares de professores que são vítimas da redução do número de vagas no ensino. Que se saiba foi o Estado que criou os cursos, que estimulou a formação de professores, ninguém chegou a professor com um curso de fachada pago com dinheiros do Fundo Social Europeu.... o Estado criou e os tais de “professores”, pertensamente gente com algo entre as orelhas, que se comporta como as ratazanas: morde o isco. Fica-se a saber que o “professor”, cujo percurso formativo foi isento de processos de fachada, chegou ao fim da ladeira sem perceber que estava a ser “vítima” de um isco, como se nunca o tivesse alimentado a coisa conscientemente. Perdão, antes de ferrar o dente, a ratazana é mais cautelosa.
O mínimo que se esperava era que a ministra e o próprio primeiro-ministro abordassem este problema com alguma preocupação, com a mesma preocupação que por vezes se assiste quando fecha uma fábrica. Não basta dizer-lhes para irem ao centro de emprego mais próximo onde ainda por cima estão a ser maltratados. Ao terem optado por ser professores alguns destes profissionais dedicaram os melhores anos da sua vida à preparação, optaram por aquela que consideraram ser a sua vocação, desprezaram outras oportunidades profissionais.... e não se percebe que a merda que tem saído das organizações sindicais dos professores resultou no facto de já ninguém ter pachorra para aturar reivindicações de casta? Reclamam-se agora os poucos direitos de quem, sempre tendo aguentado sem estrebuchar, se encontra numa encruzilhada difícil. Serão os “professores” os únicos legítimos detentores do direito a estrebuchar?
Se o prestígio não se reivindica, conquista-se, muito menos se renega tomando posições desprestigiantes, e querendo, em simultâneo, manter o prestígio via reivindicação classista.
O que teria sucedido ao sistema de ensino se há dez ou quinze anos os jovens não tivessem optado pela carreira de professor prevendo que estes seriam excedentários? Agora estaríamos a contratar professores brasileiros ou mesmo galegos, foi isso que sucedeu com os profissionais da saúde onde o numerus clausus criou uma situação simétrica à do ensino, onde a oferta de profissionais é menor do que a procura. O Estado poderia e deveria ter previsto esta situação mas por incompetência, cinismo ou mesmo oportunismo das universidades nada fez, milhares de jovens deram o melhor nos seus estudos para agora estarem num beco sem saída.Depreende-se que à data “em que os jovens” optaram pela carreira de professor, não houvesse organizações sindicais compostas por adultos. Coitados. Todos jovens, embarcaram numa trapaça de governantes. Aborrecem-se agora perante o sucesso de outra casta, a dos médicos que, em devido tempo, trataram de “garantir” o seu futuro fazendo exactamente o contrário daquilo que fizeram os professores.
Parece até que os médicos tiveram sucesso à custa dos professores.
... tse, tse, tse.
O estado poderia ter previsto tudo e mais alguma coisa, os jovens ficaram em segundo lugar no acesso à inteligência obtida pelas ratazanas.
... e depois saíram ... “educadores”.
A ministra da Educação deveria compreender que há uma grande diferença entre uma responsável pela educação e um qualquer encarregado responsável por contratar serventes para uma obra pública. Deveria compreender mas pelos vistos não compreende ou a sua má formação leva-a a pensar que quanto pior tratar os professores mais fará passar a ideia de que é a grande reformadora do ensino. Reduzir o problema da redução dos alunos a uma consequência da natalidade é oportunismo, a ministra sabe (ou será que sabe mesmo?) que um dos problemas do ensino em Portugal é a reduzida escolaridade dos portugueses.Serventes e professores não são, de facto, a mesma coisa. Se os professores se comportassem como serventes já seria um passo em frente. Um dos problemas do ensino em Portugal reside na reduzida inteligência demonstrada pelo comportamento dos professores. O normal seria usarem da inteligência que, descobrem agora, os ajudantes de pedreiro também têm.
Se é verdade que a tendência é para que haja menos alunos, daí podendo resultar um excedente de professores, também é verdade que a ministra deveria questionar-se porque há professores a menos, não fazendo passar a ideia de que tudo resulta do défice de libido dos portugueses. A verdade é que ao mesmo tempo que a ministra explica que há menos crianças os dados do Eurostat a percentagem de jovens que saíram precocemente da escola e cujo nível de estudos não ultrapassa o 9º ano de escolaridade subiu de 38,6%, em 2005, para 39,2%. Isto é, uma parte dos professores que ficou no desemprego foi vítima da incapacidade de a ministra para adoptar políticas que reduzam o abandono escolar. Esta taxa vergonhosa é mais do dobro da média europeia.A ministra nunca poderá questionar-se porque haverá professores a menos no exacto momento em que há professores a mais. A matemática invocada fundamente o primeiro lugar obtido pelas ratazanas. Fica-se a “saber” que os portugueses fornicam QB mas que os rebentos abandonam a escola. Tá bem.
Pretende-se agora sacudir a água do capote e escamotear que os professores venderam a sua dignidade a proventos salariais relativos face a amanhãs-que-cantam que redundaram numa taxa de “sucesso escolar” miserável cuja qualidade nem vale a pena abordar: coisas do mundo do eduquês.
Não é por acaso que se lhe chama “sucesso escolar” e não sucesso educativo: mais uma sacudidela de capote.
Em vez de dissertar sobre as curvas da oferta e da procura do mercado de trabalho dos professores a ministra deveria explicar porque motivo o Governo foi incapaz de cumprir comas metas que estabeleceu para o abandono escolar (30% até 2008 e para 25% até 2010) e para a percentagem de jovens com o ensino secundário (65% até 2010). A verdade é que muitos dos que pensaram poder continuar a ser professores acreditando nas metas do governo estão agora no desemprego a ouvir a ministra dizer-lhes que a culpa foi do aumento do consumo de preservativos há dez anos atrás.... o professor como espantalho. Nada tem a ver como ele, a não ser no caso de nem conseguir ser, de facto, professor.
Todavia, é um facto que a inversão das tendências da natalidade e a contínua formação de professores resulta-se num desajustamento entre a oferta e a procura de docentes e que mesmo que se adoptem algumas medidas paliativas e se combata o abandono escolar o problema persista. É necessário abordar o problema com uma sensibilidade que a ministra, mais empenhada em resolver o défice público do que os problemas do ensino, não evidenciou.... como se não se tivesse mantido a engrenagem bem oleada e bem alimentada na expectativa de continuar a aumentar o número de “professores” pela via da redução do número de alunos por turma. Como se a generalidade dos professores não tivesse alinhado na aceitação de matéria aberrante, de “paradigmas” aparvalhados e não tivesse alinhado na transformação do aluno indisciplinado em aluno “hiper-activo”.
Se a ministra quer fazer uma abordagem primária do mercado de trabalho dos professores afirmando que há um excesso da procura, então também terá que concluir que há um défice na procura pela qual ela própria é responsável. Temos, portanto, professores a mais e ministra a menos.Palermices como esta, “gira”, apenas afundam ainda mais o residual prestígio dos professores face ao mundo real, no qual os professores “se vêm”, agora, forçados a viver!
Coisas que acontecem quando os iguais apoiam implicitamente a retirada de tapete, de que padecem os mais iguais.
... não tendo aprendido a bem, terão que aprender a mal. ... coisas que a “educação” deles bem podia ter evitado, não fosse dado o caso de ter sido, desde há 20 anos, capitaneada por “cientistas em educação”.
... engenhêros.
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19/08/2007
05/08/2007
Arauto

A reacção não passará, no Sem Penas.
16 belos e gordos directores 16, no Quarta República
... e ainda, A arte de bem consumir:
[...]... continuando, Os computadores e os professores.
Mas quando a cabeça não é boa e a arte não é capaz de suplantar as dificuldades, normalmente o corpo é que paga.
Depois, a sociedade e o estado é que levam com as culpas. O próprio é sempre uma vítima!...
Antepassados, no Esquerda Republicana, e ainda Museu Nacional de Arte Antiga.

Via Esquerda Republicana
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Portadores de gaita, abstei-vos de sacudir.
Espicaçado por este assunto abordado pelo Caldeirada de Neutrões, começo por informar que não fui ainda bafejado ou auto-bafejado pela propriedade de um ecran LCD. Tenho, em contrapartida um excelente monitor de raios catódicos de 21" cuja qualidade arrasa qualquer LCD que até agora tenha encontrado. Quando alguém me visita tenho sistematicamente que recorrer a uma rede de apanhar borboletas para evitar a queda inopinada dos testículos de quem olha para o meu Nokia Multigraph 445Xpro.
Mas não foi por isso que aqui vim. A propósito de poupança de energia lembrei-me de lançar uma campanha (politicamente correcta, está bem de ver):
Já alguém fez contas à energia consumida em sacudidelas de gaita de cada vez que algum dos portadores do precioso instrumento vai à casa de banho?
Se esse pavoroso acto de esbanjamento energético fosse banido, os alimentos que se poderiam evitar ingerir seriam suficientes para alimentar milhões de esfaimados ...
.. já para não falar doutro caso, mais assintoso, de gaital sacudidela.
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Mas não foi por isso que aqui vim. A propósito de poupança de energia lembrei-me de lançar uma campanha (politicamente correcta, está bem de ver):
Portadores de gaita, abstei-vos de sacudir.
Já alguém fez contas à energia consumida em sacudidelas de gaita de cada vez que algum dos portadores do precioso instrumento vai à casa de banho?
Se esse pavoroso acto de esbanjamento energético fosse banido, os alimentos que se poderiam evitar ingerir seriam suficientes para alimentar milhões de esfaimados ...
.. já para não falar doutro caso, mais assintoso, de gaital sacudidela.
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04/08/2007
A praga das eólicas

[Actualização: Caldeirada de Neutrões explica (chapeada), ainda mais detalhadamente, o assunto em seguida abordado].
Outra das loiras de olhos azuis dos ecologistas são as eólicas.
Os moinhos, como vulgarmente se lhes chama, são chamados, pelos idiotas verdes, de geradores de energia "limpos".
Problemas:
1 - Tendo em conta a energia que podem gerar são caríssimos. Repare-se que digo 'podem gerar': a possibilidade existe, mas ...
2 - Só geram energia quando há vento. Contrariamente ao que pode parecer, não é pelo facto de rodarem que geram a energia correspondente à sua capacidade máxima. Quando o vento escasseia não lhes são aplicadas as correntes de controlo que permitiriam obter a máxima produção porque, evidentemente, o sistema imobilizar-se-a (a hélice pararia).
3 - Decorrente do facto anterior, há que providenciar meios alternativos de geração de energia. As eólicas não substituem, por exemplo, a geração a combustíveis fósseis. Se não houver vento ...
4 - Tendem a produzir pouca energia exactamente quando ela mais é necessária: nos picos de verão e inverno.
Meteorologicamente falando, tende a haver pouco vento quando as temperaturas são muito altas ou muito baixas, alturas em que há brutais picos de consumo. Nessas ocasiões as verdes eólicas estão de férias (como os "verdes", na neve ou nas Maldivas).
Repare-se neste gráfico retirado so site da REN.

Hoje, um dia bastante quente, as eólicas poderiam produzir 700MW de energia eléctrica. Quanto produziram? À volta de 50MW, 1/14 do que poderia parecer. Porquê? Não trabalham sozinhas porque não há vento significativo.
...
Por estas e por outras, a energia que produzem e das mais caras de todas. Muitíssimo mais cara que barragens, centrais térmicas ou centrais nucleares. Alguém as terá que pagar, habitualmente com língua de palmo.
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