Porque será?
O apelo surge após o conselheiro ter tomado conhecimento de um relatório do organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP), que revela que os alunos portugueses naquele país obtêm os resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras e recorrem "excessivamente" a classes especializadas. (Aqui).Alguns dirão que tem a ver com a origem social. Eu digo que sim: a esse respeito os portugueses (regra geral) não dão, pura e simplesmente, qualquer valor à escola. O que surpreende é que achem injusto ganharem menos que os suíços.
Sem, evidentemente, retirar uma vírgul ao afirmado, um responsável suíço veio depois pedir desculpa por "terem ofendido os portugueses". Suponho que o gesto atenuou o caso. Pois claro. Os alunos vão poder continuar a ostentar orgulho em ignorância.
A esquerda Anaclética e Cro-Magnon diz que a culpa é do país de acolhimento. Balbucia uma lenga-lenga qualquer relacionada com "integração". A tal "integração" que é suposto co-existir com "diversidade".
Faz lembrar a máxima que diz que de tarde as mulheres defendem exactamente o contrário do que defendiam de manhã, com a mesma vivacidade e pelas mesmas razões.
Manuel Melo [conselheiro das comunidades portuguesas na Suíça] salienta que o relatório demonstra "um desconhecimento profundo" da comunidade portuguesa na Suíça, onde se destacam professores universitários, médicos, políticos, sindicalistas, bancários, quadros superiores e empresários.O problema está do destaque. Destacam-se demais: tanto quanto o cato no deserto. Para não variar, Manuel Melo (neste caso), não percebe nem o que ouve nem o que diz. Mas fala. Ou melhor, quer fazer crer que fala para suíços estando apenas a falar para o deserto: continuemos burros, mas orgulhosos.
... apenas uma variante da máxima "orgulhosamente sós".
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