05/11/2007

Racismo politicamente correcto

Durante o último par de semanas houve burburinho à volta de alguns assuntos que eu, à medida que for conseguindo nesgas de tempo, tentarei trinchar:

1 - A história das "raças" mais inteligentes

2 - A história dos guetos explicativos do insucesso escolar

3 - A história da recusa (mais ou menos clara) de algumas escolas em aceitar alunos africanos (ou filhos de).

Indo ao primeiro caso ...

Eu não vou muito à bola em falar em assuntos relacionados com raças porque não se consegue encontrar uma definição consistente para raças humanas. Em boa verdade, cada caso é um caso - não é possível generalizar.

Mas muito embora não seja possível generalizar, há mecanismos em estatística que permitem traçar linhas gerais.

Essas linhas gerais não se referem, tanto quanto percebo, a raças no sentido estrito. Referem-se-lhes em sentido comum: aquilo a que o cidadão comum chama (quanto a mim erradamente, repito) de raças.

Não posso deixar em claro que não é difícil perceber que quem mais brande o fantasma "raça" é a esquerda e os africanos. Trata-se de uma espécie de simbiose política: a esquerda espera arregimentar "oprimidos" e os africanos porque percebem que há por ali um mecanismo por onde conseguem obter rendimento.

Vou usar o termo "pretos", exactamente para dar uma boleia à esquerda que gosta muito de se lhes referir, quando muito, como negros porque, dizem eles, preto acarreta um sentido pejorativo. Enfim, pancadas. Quanto a "brancos" a esquerda parece não se arrepiar.

Pretos são, genericamente falando, habitantes ou descendentes de africanos (habitantes do continente a que se chama África).

Segundo Darwin, que os cientologistas gostam de por em cusa, explica que as espécies se adaptam ao meio. A teoria da evolução das espécies explica a evolução de grandes quantidades de indivíduos ao longo do tempo. Outros autores pormenorizam que a evolução é conseguida graças a pequenas variações aleatórias que ocorrem de pai para filho (seja em que espécie for ou, melhor dizendo, pelo menos naquelas em que os filhos não são apenas um duplicado do pai).

As duas teorias não são contraditórias.

Não é difícil admitir que as características dos seres humanos possam variar de região para região de acordo com as necessidades ambientais que, por via de um crivo em que os menos adaptados, terão uma via mais curta.

Daí que estudos estatísticos possam determinar as características determinantes dos seres humanos que habitem cada zona.

Os estudos em causa demonstram determinada coisa do ponto de vista estatístico.

A estatística estuda tendências em enormes quantidades de dados. Aliás, se assim não fosse a estatística seria uma ferramenta inútil. Por exemplo, não é preciso usar a estatística para perceber que a maioria dos seres humanos têm pulmões e que a maioria dos peixes têm guelras.

O que espanta é a enorme quantidade de pessoas que são incapazes de abordar o assunto mantendo a conversa no domínio da estatística, reclamando de imediato que "não pode ser, porque há casos em que" ...

Já agora, e recorrendo à estatística caseira, digo que me parece que é exactamente entre a população preta que há mais racistas.

Nas escolas, o racismo em favor de uma "superioridade" preta é regularmente brandido de forma ostensivas sem que pareça daí advir qualquer mal ao mundo. Se for um branco a afirmar o inverso ... cairá o Carmo e a Trindade. ... ah, já me esquecia: se for um branco a dizer que os pretos são seres "superiores", também não há problema porque parece ser, pelo menos, politicamente correcto.

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