A campanha para o referendo sobre a liberalização do aborto, projecta-se para o infinito absurdo.
Primeiro foi a vez da malta (alguma) do NÃO vir dizer que concordava com a substituição da pena de prisão por outra qualquer, mais leve. Podiam ter acordado mais cedo.
Depois vem José Sócrates dizer que isso não, que não fria sentido manter uma lei sem que tal implicasse a aplicação de uma pena.
A primeira defende uma liberalização com um pagamento de um imposto qualquer (trabalho comunitário, etc) - o raio que os parta.
A segunda rejeita a liberalização a que têm insistido chamar de despenalização (com que os gajos do NÃO agora alinham) - o raio que os parta. Entretanto informa o mesmo José Sócrates que se o NÃO ganhar a lei se manterá tal qual está - mulheres para a prisão.
A primeira pretende, afastar a malta das urnas. A segunda parece o contrário, mas alinha (implicitamente) caso a participação seja baixa.
Enfim: tudo o que a nossa política tem de pior.
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