06/10/2007

Dos holocaustos



Sempre que se fada de nazismo fala-se do holocausto e de câmaras de gás.

Quase sempre que se fala de câmaras de gás saltita uma ladainha que pretende clarificar o nível de horror a que se chegou nas câmaras da morte. A ladainha refere mais ou menos que nunca como com o nazismo se chegou ao requinte da industrialização da morte. Nalguns casos a ladainha segue o seu percurso referindo que o caso estaria relacionado com a “mania da perfeição dos alemães”, projectando assim sobre eles uma espécie de gene perpetuador de uma espécie de canibalismo civilizacional dos tempos modernos.

Quanto a mim e ao nazismo e ao holocausto, vade retrum satanás.

O que não se espera é que a conversa da industrialização da morte constitua uma cortina de fumo para tentar esconder outros holocaustos capazes de fazer parecer o holocausto perpetrado pelos nazis numa brincadeira de crianças. Refiro-me aos holocaustos perpetrados por russos, chineses, etc.

Quando os nazis começaram a assassinar pessoas, maioritariamente judeus, não começaram de imediato pela via industrial. Começaram pela via do simples fuzilamento directamente para valas comuns: obrigavam as vítimas a abrir valas e depois fuzilavam-nas directamente dentro delas.

Rapidamente se tornou óbvio às chefias militares que esta forma de ‘fazer a coisa’ deixava marcas cujos efeitos nas tropas encarregadas das execuções seriam a prazo difíceis de controlar: os militares não gostavam de fuzilar, em particular, mulheres e crianças.

Foi face ao problema exposto que foi decidido ‘impessoalizar’ a coisa construindo câmaras de execução maciça por gases letais.

Porque só aconteceu isto na Alemanha? Porque noutros locais se estiveram sempre nas tintas para os efeitos secundários (dando de barato que pudessem ter vindo à tona).

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