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Que dizer de (e a) um aluno que chega meia hora atrasado a uma aula em que há teste, se senta, escreve o nome no cabeçalho do exame e pergunta "qual é o nome desta disciplina?"
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Comentários a "dados adquiridos" - Especialista em gambosinos. // "Short time gain long time pain!" - Edmund S. Phelps
"É preciso que o Ministério diga aos alunos que a aprendizagem exige esforço, que aprender custa, que aprender "dói"! "Esperemos que o Totalitarismo em Curso não catrafile o seu autor.
Aqui, também o Presidente da República falhou. Num discurso recente pediu o esforço de todos os agentes educativos*, mas esqueceu-se dos alunos.
Também já o PR vê os alunos como mercadoria.
Por isso, acredito na vontade e no empenho dos poderes públicos, das autarquias, das famílias, dos professores e da sociedade civil. Com o esforço de todos, será possível realizar a ambição de uma escola melhor, em nome de uma melhor República.----
Especialista diz que professores são dos profissionais com maiores índices de stress e exposição ao risco.
11.11.2007 - 11h11 Lusa
Os professores são dos profissionais com maiores índices de stress e de exposição ao risco, muito devido à indisciplina dos alunos, que tem aumentado bastante nos últimos anos, disse João Amado, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e autor de várias obras sobre indisciplina.
"A indisciplina agravou-se progressivamente. Passou-se de uma infracção simples das regras para um comportamento mais violento e conflituoso", explicou.
Francisco Meireles, professor de Educação Visual e Tecnológica, não tem dúvidas disso. Depois de 14 anos afastado do ensino a trabalhar nos serviços centrais do Ministério da Educação, o docente regressou à escola no passado ano lectivo e garante que "a surpresa não está a ser nada, nada agradável".
"A degradação instalou-se a passos largos. Os insultos generalizaram-se, há agressões e conflitos quase todas as semanas", contou o professor, de 53 anos, que lecciona na escola básica do 2º e 3º ciclos António da Costa, em Almada.
João Amado, investigador do fenómeno da indisciplina desde o início da década de 1980, garante estar disseminada a desmotivação entre os professores, afectados por uma "grande indefinição na comunidade educativa e pela generalização da própria ideia de crise".
O autor de obras como "Indisciplina e Violência na Escola - Compreender para Prevenir" aponta ainda como motivo do aumento do fenómeno "o facilitismo por parte de muitos pais, que se demitiram totalmente da sua função educativa".
"As famílias desresponsabilizaram-se muito e o facto de não existirem regras em casa é altamente perturbador e potenciador de um comportamento de incivilidade por parte de muitas crianças e jovens", explicou.
Confap aponta o dedo aos docentes
Esta ideia não é aceite por Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que garante que "a globalidade das famílias assume as suas responsabilidades ao nível da educação dos filhos".
Ao invés, o responsável da Confap aponta o dedo aos docentes, alegando que muitos se demitem de exercer a sua autoridade junto dos alunos e que agem com grande condescendência relativamente a situações de indisciplina.
Só isso explica, na sua opinião, que uma mesma turma possa ter um comportamento impecável com um professor e ser altamente indisciplinada com outro, o que diz acontecer com frequência.
Governo não tem dados concretos sobre a indisciplina
O Ministério da Educação não dispõe de dados concretos sobre indisciplina, mas apenas sobre violência no espaço escolar, devendo o relatório referente ao passado ano lectivo ser apresentado no final deste mês.
João Sebastião, presidente do Observatório da Segurança Escolar, explicou que não é possível contabilizar os incidentes de indisciplina, não apenas porque o conceito é abrangente e difícil de definir, mas também devido à própria dimensão do problema.
"Há um milhão e 600 mil alunos nas escolas portuguesas. Se um por cento dos alunos fossem indisciplinados, seriam cerca de 16 mil ocorrências por dia. É uma dimensão gigantesca e incontável", explicou o responsável.
Certo é que há uma percepção generalizada na opinião pública sobre o aumento da indisciplina e da violência na escola, fenómenos que, muitas vezes, andam de braços dados. O próprio Procurador-Geral da República considerou recentemente, em entrevista ao semanário “Sol”, que "a situação de impunidade tem de acabar".
Pinto Monteiro vai mesmo emitir uma directiva ao Ministério Público para fazer uma recolha de dados sobre a situação, "começando pela participação de todos os ilícitos que ocorram nas escolas".
Desde o início do ano lectivo, em apenas dois meses, a linha telefónica SOSprofessor recebeu 37 participações de docentes, das quais nove de agressão física por parte de alunos e encarregados de educação e as restantes relativas a situações de indisciplina grave.
"O fenómeno da indisciplina tem tendido, efectivamente, a aumentar. O quadro de valores na relação com o professor, enquanto pessoa mais velha e figura de autoridade, tem vindo a degradar-se progressivamente", disse à Lusa João Grancho, presidente da Associação Nacional dos Professores (ANP), que lançou e gere aquela linha telefónica de apoio.
Para este responsável, o afastamento dos pais relativamente ao acompanhamento escolar dos filhos, a quebra na imagem pública da escola e o agravamento das desigualdades e tensões sociais nos últimos anos são as principais razões na origem do problema.
Para já, o Governo apostou numa alteração do Estatuto do Aluno, em vigor desde 2002, reforçando a autoridade dos docentes para combater o problema da violência e indisciplina na escola, cuja dimensão tendeu a desvalorizar.
O diploma, aprovado esta semana no Parlamento, prevê a distinção entre sanções correctivas e sancionatórias, agiliza os processos disciplinares e reforça a responsabilização dos pais.
A Mentalidade Revolucionária.
Ainda a Mentalidade Revolucionária
A Inversão Revolucionária
Santarém: Aluno fez explodir bomba para batida às raposas no interior de escola secundária
08.11.2007 - 12h28 Lusa
O rebentamento de uma bomba de arremesso própria para batida às raposas na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, deixou ontem uma funcionária em estado de choque e provocou alarme em todo o estabelecimento, disse a PSP.
Em comunicado, a PSP afirma que uma jovem de 14 anos arremessou a bomba das escadas do primeiro andar para o corredor do piso térreo cerca das 12h50 de ontem, numa altura em que decorriam aulas.
A PSP verificou que três outras bombas do mesmo género explodiram na via pública, nas imediações da escola, durante a manhã de quarta-feira, situação que se verificara igualmente na véspera, sem que ninguém comunicasse a ocorrência.
A polícia identificou três menores, de 14 e 15 anos, referindo que há um quarto menor que "terá adquirido cerca de 100 destas bombas, pelo valor de 7,50 euros, em estabelecimento e data que se desconhecem".
O comunicado acrescenta que a PSP está a realizar diligências com vista à identificação do jovem e do estabelecimento onde terá adquirido os explosivos e a providenciar a sua apreensão.
"A aquisição, posse e uso deste tipo de artefactos pirotécnicos, para fins diferentes dos legalmente consagrados, constitui contra-ordenação punível com coima", frisa o comunicado, acrescentando que a única entidade que pode autorizar a compra e uso destes explosivos é a PSP.
A senhora Ministra da Educação quando em 2005 justificou a necessidade de aulas de substituição, fê-lo alegando e cito de cor,que:"a Escola deve ocupar sempre os alunos do básico e do secundário para que não vão para o café,para o tabaco e pior".Ora acontece que agora em 2007, ao pretender justificar um novo Estatuto do Aluno em que se acaba com a distinção entre faltas justificadas e injustificadas , afirmou em entrevista televisiva e volto a citar de cor:"o que é relevante não são as faltas,mas sim se o aluno sabe ou não sabe"..
Desta feita parece ter deixado de se preocupar se o aluno que falta vai "para o café, para o tabaco ou pior". Então em que ficamos?!
(António José Ferreira)
O apelo surge após o conselheiro ter tomado conhecimento de um relatório do organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP), que revela que os alunos portugueses naquele país obtêm os resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras e recorrem "excessivamente" a classes especializadas. (Aqui).Alguns dirão que tem a ver com a origem social. Eu digo que sim: a esse respeito os portugueses (regra geral) não dão, pura e simplesmente, qualquer valor à escola. O que surpreende é que achem injusto ganharem menos que os suíços.
Manuel Melo [conselheiro das comunidades portuguesas na Suíça] salienta que o relatório demonstra "um desconhecimento profundo" da comunidade portuguesa na Suíça, onde se destacam professores universitários, médicos, políticos, sindicalistas, bancários, quadros superiores e empresários.O problema está do destaque. Destacam-se demais: tanto quanto o cato no deserto. Para não variar, Manuel Melo (neste caso), não percebe nem o que ouve nem o que diz. Mas fala. Ou melhor, quer fazer crer que fala para suíços estando apenas a falar para o deserto: continuemos burros, mas orgulhosos.