31/01/2007
30/01/2007
Quebra do cessar fogo
Hoje Israel bombardeou, na Palestina, túneis que permitiriam a entrada de terroristas em Israel.
Alguém me explica porque referiu hoje a comunicação social (TSF) que o ataque israelista interrompeu o cessar fogo de alguns meses, e não o referiu em relação ao ataque bombista palestiniano de ontem?
Jornalismo de causas?
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Sócrates e o disparate
Alguém me é capaz de explicar porque num caso se chama aborto e no outro IVG?
Ou será que José Sócrates está a querer aligeirar a coisa, dando a impressão que, sendo legal, o acto não é exactamente o mesmo e com a mesmíssima gravidade?
Será ainda que Sócrates suporá que o que digo não será percepcionado pelo eleitor? Pensará Sócrates que está a fazer um bom serviço ao SIM?
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Sobre o aborto
Poderei dizer, entretanto, que, se por um lado Fátima Campos teve um comportamento decente, por outro eu não vi a 2ª metade do programa. Vi a ponta final, mas o cansaço venceu-me.
Direi que o assunto (aborto) se resumirá assim.
A pergunta a referendo foi parida por malta de esquerda. Dessa origem, a dita saiu uma calamidade, misturando alhos e bugalhos.
A pergunta a fazer deveria ser: Concorda com a liberalização da decisão de abortar?
Mas a esquerda foge a 7 pés da palavra liberalização. Daí, aquela explicação tenebrosa de Vital Moreira afirmando que liberalização é a situação em que nos encontramos.
Neste momento não há liberalização de decisão nenhuma, porque essa decisão é constrangida pele legislação. Não há liberdade de se decidir se se aborta ou não por se saber que a legislação vai contra uma das decisões possíveis a tomar: a de abortar.
Removida, da legislação, a respectiva pena, e a decisão será livre, portanto, passará a haver liberalização da decisão.
Pode a esquerda argumentar que não, porque haverá acompanhamento, aconselhamento, etc, etc, mas mesmo nessa perspectiva, a decisão final caberá sempre à mulher (parece, estranhamente, que ninguém defende que ela caiba ao homem ou também ao homem - mas isso é outra história) sem que haja, de onde quer que seja, qualquer limitação real dessa possibilidade.
Para fugir ao assunto fulcral, a esquerda mete no referendo a sacrossanta condição de ser realizada em estabelecimento legalmente autorizado, etc, etc. No referendo, isso não passa de um corpo estranho, e não pretende mais que tapar o sol com a peneira dando alguma margem de manobra argumentativa aos defensores do SIM em geral e da esquerda em particular de que não se tratará de uma liberalização da decisão.
Depois vem a história em que a esquerda é acusada de não explicar qual o regulamento todo. A isto, ela responde que isso fica para depois porque não caberia no referendo. Pois não caberia. Não caberia nem deveria lá estar, como não deveria lá estar a conversa do "estabelecimento".
A liberalização de qualquer coisas não implica a liberalização de tudo o que se relaciona com essa coisa, e não deixa de ser, por essa via, liberalização. Mas nunca a esquerda (pelo menos a mais caceteira) poderia entrar por uma liberalização do que quer que fosse porque a palavra em causa é, para ela, uma tabu.
A esquerda, mesmo a menos caceteira, está ciente que para muito eleitorado, a palavra liberalização é tabu, e alinha na produção, à volta da palavra, da cortina de fumo a que assistimos.
Por mim sou pelo SIM, consciente, tanto quanto possível, que até às 10 semanas não há uma pessoa. A coisa de ser, potencialmente, (ter toda a probabilidade - concedendo) um ser vivo com a qualidade de pessoa não me assusta, porque uma relação sexual em período fértil tem toda a probabilidade de se transformar num nascimento e o evitar dessa relação não é, por ninguém, chamado de aborto.
A este respeito há outros casos. Por exemplo, a clonagem de células pode (e redunda se bem feita) resultar, no caso humano, numa pessoa. Só não resulta porque será preciso que algo seja feito para que isso se dê (o complexo e incerto processo de clonagem). Quanto a mim, interromper o processo por não lhe dar início ou interromper quando já arrancou é uma questão de sexo dos anjos, e todos sabemos que é exactamente dos anjos, da igreja católica (e de outras), que vem a história da "moral" (a deles) contra o aborto até às 10 semanas, altura a partir do qual o feto adquire uma configuração que faz com que a conversa tenha que começar a mudar.
Já agora, e depois das 10 semanas, o que deve acontecer à mulher? A resposta só pode ser uma: uma penalização significativa (a prisão muito provavelmente). Também aqui há que chamar os bois pelos nomes, e é, neste ponto, que o NÃO em geral e a direita em particular foge como o diabo da cruz para evitar usar a palavra prisão. Se uma mulher abortar (voluntariamente) na véspera da data prevista para o parto, quem defende que não se tratará de um homicídio?
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29/01/2007
Vida / não vida
Aliás, este meu outro post, antigo, espelha bem a coisa.
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Despenalização / liberalização
Trata-se, evidentemente de liberalização.
É uma liberalização, e onde está o problema?
Porque tem a malta do SIM (esquerda, regra geral) tanta dificuldade em admitir tal?
É um liberalização que se propõe ... ponto final.
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Debates sobre o aborto
Muito embora já tivesse manifestado que, a esse respeito, faço minhas as palavras de Pacheco Pereira, não posso deixar de conceder que a malta do SIM é, regra geral, mais caceteira, labrega, bronca, idiota, etc, no tratamento da coisa que a malta do não.
Digo mesmo: neste, como no anterior referendo, se o não ganhar dever-se-á exclusivamente ao facto do SIM ter tão
A malta do NÃO está sem vergonha e de monas cheias de vácuo. Fazem lembras a velha máxima dos anarcas em relação a Cunhal: têm a tripa cagueira ligada ao cérebro, quando pensam só pensam merda, quando cagam, só cagam sentenças.
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Jornalismo de vazio
Agora andam queixosos. Parece que não há tempo para pesquisa.
Pois.
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O Estado Sanguessuga
Outro belo exemplo de Estado Sanguessuga. Subidas de taxas em mais de 10x.
Eles andam aí, e procuram sugar por onde podem. Nem que o alvo já esteja morto.
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Jornalismo de calçadeira
As opiniões de Marcelo Rebelo de Sousa volta a ser usadas por jornalistas para interpelar políticos. Trata-se de uma técnica já usada antes da bronca de Marcelo na TVI.
Uma pergunta que seria inaceitável pela parte de um jornalista, tona-se exequível invocando a opinião de terceiros.
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28/01/2007
Demasiada falta de dúvidas
Na entrada anterior, disse que gostávamos de ter opiniões antes de informações. Uma vez formada a opinião, toda a informação é lida a essa luz. É particularmente triste que os nossos jornalistas e opinion makers assim o sejam também..
O Sargento e esposa receberam de uma desconhecida, em situação ilegal, uma menina com 3 meses de idade (anexada vinha uma doação notarial). Questionamos a seriedade do casal que fez isto? Questionamos a seriedade de quem adopta uma criança desta forma? Analisamos sequer as consequências (tráfico de crianças) de se generalizarem tais processos? Não, não e não. A todas as perguntas a resposta é só uma: o Sargento é um Pai com P grande.
Confrontado com o nascimento, Baltazar não acredita que a filha seja sua. É normal que alguém que teve uma relação ocasional com uma imigrante ilegal brasileira (que já reconheceu que em tempos se prostituiu) tenha bons motivos para duvidar da paternidade? Não, claro que não. O Baltazar teve dúvidas… é um patife.
O Baltazar disse, desde o início, que se os testes de paternidade o confirmassem, que educaria a sua filha. Elogiamos a sua hombridade? Destacamos a sua vontade de assumir as suas responsabilidades? Não! Acusamo-lo de fazer depender a paternidade de um teste. Indignamo-nos, é perfeitamente comum os homens perfilharem filhos que não sabem se são seus. Aliás, sempre que uma prostituta engravida todos os clientes fazem bicha exigindo a paternidade da criança.
Passam uns inusitados 7 meses desde que Baltazar se disponibiliza para os testes até que os resultados são conhecidos. Podíamos, claro, criticar o Sargento e a esposa por não terem apressado os testes. Afinal, depois da forma como receberam a criança, com uma declaração notarial assinada por uma mulher que não conheciam de lado nenhum, deviam estar ansiosos por regularizar a situação. Mas não, criticamos o Baltazar por não ter apressado os testes. Ficamos indignados por não ter recorrido ao IPATIMUP. Será sequer crível que Baltazar, carpinteiro de profissão, nunca tenha ouvido falar no IPATIMUP? Será admissível que Baltazar tenha confiado nos tribunais e presumido que o processo estava a decorrer com a celeridade normal? Não, claro que não, é um patife que não quer saber da filha para nada.
O Sargento e a esposa têm a Esmeralda há um mês quando sabem que o provável pai quererá a filha. Sete meses depois, ainda Esmeralda não tem um ano de idade, confirma-se. Dada a forma absoluta e obviamente ilegal como receberam uma criança, prontificam-se a entregá-la ao pai? Não. Afinal de contas são uns Pais maravilhosos.
Estivesse eu na pele do Baltazar e contrataria uns marmanjos para assaltar a casa do Sargento e recuperar a filha. Tivesse ele feito isso e teria todos os jornais, jornalistas e opinion makers a seu lado. Mas não, como não disparatou, como não se pôs aos tiros, como (provavelmente) acreditou no sistema judicial, esperou por uma decisão de um Juiz. É um patife, portanto, se fosse um bom pai teria sido pró-activo, em vez de se sentar passivamente à espera de uma decisão do tribunal.
Decisão que chegaria, tinha Esmeralda 2 anos. O Juiz deu-lhe razão. E o Sargento, como bom Pai que é, Pai afectivo e do coração, recusou-se a entregá-la. Não deixa a Esmeralda ver o pai. Não se sabe o seu paradeiro. Não se sabe como será em Setembro quando começar a Escola Primária. Esconde a Esmeralda há três anos. Ninguém se indigna com o Sargento. Afinal, Pai é quem cria (nem que para isso tenha de roubar uma criança com poucos meses de idade). Quem, como o Baltazar, actua sempre dentro da legalidade, sempre recorrendo às instâncias competentes, não merece a filha que fez.
Qualquer facto relatado é interpretado à luz das primeiras impressões: o Sargento é um Pai extremoso e protector, o Baltazar abandonou a filha. Penso que foi a Mafaldinha que afirmou que metade do que os jornais dizem é falso e que metade do que devem dizer não dizem pelo que, na verdade, nem sequer existem. É pena.
Terroristas: insurgentes, rebeldes, etc.
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27/01/2007
26/01/2007
Caso Esmeralda, tal como a lei a vê
[Via In Verbis.]
Resenha cronológica
Esmeralda Porto nasceu no dia 12 de Fevereiro de 2002 tendo sido registada como filha de pai incógnito.
Em Maio de 2002 a mãe Aidida Porto, através de terceira pessoa (não conhecia o casal) entregou a menor ao casal acompanhada de um declaração "Entrego-a ao Sr. Luís Manuel e Sra. D. Maria Adelina ...., casados um com o outro, para que seja adoptada plenamente pelos mesmos, integrando-se na sua família, extinguindo-se desta forma as relações familiares existentes entre mim Aidida Porto .... e Esmeralda Porto. Desde já dou autorização aos referidos Sr. Luís Manuel Matos Gomes e Sra. D. Maria Adelina ... para a abertura do respectivo processo de adopção e para todos os actos que levem ao bom termo do mesmo" (foi considerado provado nos autos de regulação do poder paternal).
Em 11 de Julho de 2002 o pai biológico é ouvido pela 1º vez no âmbito do processo de averiguação oficiosa da paternidade (nº209/02) no T.J. da Sertã disponibilizando-se a fazer exames (a mãe teria tido várias relações sexuais com outros indivíduos).
A criança é levada pela mãe a fim de fazer os exames hematológicos em Outubro de 2002 (estando nessa altura com o casal há cerca de cinco meses).
Em Janeiro de 2003 é remetido ao tribunal judicial da Sertã (processo de averiguação oficiosa da paternidade (nº209/02)) o resultado do exame concluindo-se pela paternidade do assistente Baltazar.
Em 20 de Janeiro de 2003 e à margem da do C.R.SS, invocando terem sido juridicamente mal patrocinados o casal intenta no Tribunal judicial da Sertã processo de adopção.(tinham consigo a criança desde Maio, não se inscreveram, nem estavam inscritos anteriormente, no CRSS como casal candidato a adopção.)
Baltazar é notificado, nos autos de averiguação da paternidade comparecendo no tribunal (Sertã) perfilhando de imediato a menor no dia 24 de Fevereiro de 2003. (fols 15 e 16 do processo crime).
No dia 27 de Fevereiro de 2003 o pai biológico vai aos serviços do MºPº da Sertã dizendo que quer regular o poder paternal da filha, esclarecendo que desconhece o seu paradeiro mas que a irá procurar. (ficha de atendimento de fols 21 do processo crime).
"Nesta altura" - não tenho presente a data - é instaurado processo administrativo para regulação do exercício do poder paternal. (fols 28 do processo crime)
É feito o averbamento da paternidade na respectiva certidão com data de 09 de Maio de 2003.
Dia 12 de Junho de 2003 volta a insistir junto do MºPº dando indicações do eventual paradeiro da filha (ficha de atendimento de fols 21 do processo crime).
No âmbito do processo administrativo é ouvida a mãe a 26 de Junho e o pai a 8 de Julho de 2003. (fols 29 e 32 do processo crime).
Tendo sido remetido (processo administrativo) para o MºPº de Torres Novas.
Em Setembro de 2003 (pela 1º vez) o casal apresenta-se no CRSS de Santarém como candidato à adopção.
O processo de regulação do poder paternal dá entrada no Tribunal judicial de Torres Novas no dia 16 de Outubro de 2003.
A fosl. 17 da RPP na data de 17 de Novembro de 2003 foi feita a conferência de pais , não havendo acordo e tendo sido indicada a morada do casal que estava com a menor, foi designada para o dia 27 de Novembro de 2003 a audição do casal. (não comparecerem dado a notificação ter ocorrido próximo da data designada - fols 47 e 48).
Com data de 25 de Novembro de 2003 a mãe da menor apresenta as suas alegações, requerendo a atribuição do exercício do poder paternal, e referido nos art.ºs 26º e SS. que tem procurado a menor, que o casal se recusa a recebê-la e até a atender os seus telefonemas, tendo recebido ameaças de que seria denunciada aos serviços de Estrangeiros e Fronteiras, que ficasse de bico calado , temendo assim pela sua situação, mas que queria a menor consigo, tendo até já recorrido a serviços de detective particular (fols.20).
No dia 15 de Dezembro de 2003 é ouvido o casal, que nesse acto, juntou procuração a favor do Dr. José Vasconcelos Abreu (acta de fols 86.).
No dia 11 de Janeiro de 2004 o CRSS de Santarém intenta processo de confiança judicial da menor, a favor do casal alegando que o pai a abandonou.
Na sequência foi solicitado ao IRS de Tomar que elaborasse inquérito para averiguar tais factos. (concluindo ser o pai uma pessoa capaz trabalhador e com condições morais e económicas para ter consigo a filha ).
A sentença de regulação do exercício do poder paternal é datada de 13 de Julho de 2004.
O casal apesar de não serem parte é notificado de tal decisão.
Interpõem recurso que não é admitido por se entender não terem legitimidade mas, no despacho , é referido que mesmo a admitir-se tal recurso sempre teria efeito devolutivo.
Deste despacho foi interposto recurso paro o Tribunal da Relação de Coimbra que manteve a decisão de não admissibilidade;
Na sequência é interposto recurso para o Tribunal Constitucional (da decisão de não admissibilidade , por ilegitimidade dos recorrentes para impugnarem a decisão sobre a regulação do poder paternal). Este recurso estará pendente no Tribunal Constitucional. Há cerca de dois anos.
Quanto ao restante - tentativas de entrega da menor, com equipa de pedopsiquiatras e IRS de prevenção para se proceder à entrega da menor .- com algum período de transição; que até á data de hoje não se concretizarem apesar das inúmeras diligências junto da PSP do Entroncamento, de Torres Novas, da PJ- constam do acórdão aqui disponibilizado em texto integral.
"3- Nos autos do Processo de Regulação do Poder Paternal nº 1.1A9/03.3TBTNV, do 2° Juízo do Tribunal Judicial da comarca de Torres Novas, foi proferida sentença, datada de 13 de Julho de 2004, que determinou, a atribuição ao assistente Baltazar ..., pai da menor Esmeralda Porto, o desempenho do poder paternal. Doc. de fols. 46 cuja certidão se encontra junta a fols. 507 a 529.
4- Desde essa data, é o assistente Baltazar .... que detém o exercício da autoridade paternal sobre a menor Esmeralda, a qual ficou confiada à sua guarda e cuidados. ( Matéria de direito)
5- Tendo sido devidamente notificados da sentença que regulou o poder paternal da menor Esmeralda, referida em 3), o arguido e sua esposa Maria Adelina interpuseram recurso de tal, decisão. (doc. fols. 531)
6- No entanto, foi proferido despacho no processo referido em 3) que decidiu não admitir tal recurso, porquanto se considerou que o arguido e Maria Adelina e Luís Gomes não tinham legitimidade para impugnarem a decisão, que regulou o exercício do poder paternal. (doc. de fols. 532)
7 - Actualmente e contra a vontade do pai da menor Esmeralda, o assistente Baltazar Nunes, aquela vive com a arguida Maria Adelina, em parte incerta. (despacho de fols. 1124 e Doc. 384, 409, 420, 1315, 1320 e 1321, despacho de fols. 1386)
8- Sendo certo que o arguido Luís conhece o lugar onde a menor, Esmeralda se encontra. ( informação da PJ de fols. 1533)
9- Desconhecendo-se se o arguido e Maria Adelina continuam a morar juntos com carácter de habitualidade, bem como se o arguido Luís vive diariamente com a menor Esmeralda. (confrontar os doc. de fols. 352 a 359, 364 a 372, 384 e 632, 633 (diligências efectuadas nos autos de regulação do poder paternal)-fols. 487--fols.494 - fols.409, despacho de fols. 420
10- Por outro lado, o arguido e esposa alteraram, em termos práticos de tratamento, o nome de Esmeralda para Ana Filipa, como lhe chamam e intitulam-se de seus pais. (certidão da sentença de regulação do Poder paternal; consta ainda da ficha clínica da menor de fols. 1520, 1522 e 1523).
11- O arguido Luís Gomes e Maria Adelina, recusam-se a entregar a menor Esmeralda ao assistente Baltazar Nunes.
12- Tal sucedeu, nomeadamente, em de Julho de 2004, junto às instalações militares onde o arguido Luís Gomes trabalha, no Entroncamento, altura em que o assistente Baltazar .... solicitou arguido Luís que lhe entregasse a menor Esmeralda.
13- Tendo-lhe este dito que a menor estava de férias com a arguida Maria Adelina não revelando o local.
14-E não obstante as diversas tentativas encetadas pelo assistente Baltazar ....., este, mercê da actuação conjugada do arguido Luís Gomes e Maria Adelina, nunca logrou que lhe fosse entregue a menor Esmeralda.
15- Ora porque o arguido mudava regularmente de residência, entre o Entroncamento, Torres Novas, quer porque quando o assistente Baltazar .... tocava à campainha da porta onde estavam a residir o arguido Luís e a esposa não obstante existir ruído e luz no interior da residência, ninguém abria a porta.
16- O arguido também não permitiu que a mãe da menor Esmeralda, Aidida Porto, a visitasse. ( Doc. de fols. 30 e decisão da regulação do poder paternal de fols. 51).
17-Foi expedida carta precatória para o Tribunal do Entroncamento, para se proceder à entrega da menor Esmeralda, porquanto o arguido Luís Gomes e Maria Adelina estariam a viver naquela localidade. (doc. de fols. 563 a 470 )
18- Após terem sido contactados pelo Instituto de Reinserção Social, a fim de serem esclarecidos da entrega da menor Esmeralda ao assistente Baltazar ...., o arguido Luís Gomes e Maria Adelina, em circunstâncias não concretamente apuradas, mudaram a sua residência para Torres Novas. (doc. de fols. 572 a 577)
19- Frustrada aquela entrega, foi designado o dia 10 de Fevereiro de 2005, pelas 14 horas, no Tribunal de Torres Novas para o arguido e Maria Adelina comparecerem acompanhados da menor Esmeralda, a fim de se proceder à entregada mesma.(doc. de fols. 582 )
20- O arguido e Maria Adelina não compareceram porquanto não foi possível notificá-los porque os mesmos tinham mudado novamente de residência, para o Entroncamento, e estariam no Alentejo, naquele dia. (doc. de fols. 587, 592 e 593)
21- Foi designado o dia 25 de Fevereiro de 2005, pelas 11 horas, no Tribunal de Torres Novas, para o arguido e Maria Adelina Gomes comparecerem acompanhados da menor Esmeralda a fim de se proceder à entrega da mesma. (doc. de fols. 110 a111.)
22- Da marcação desta data para a entrega da menor foi o arguido Luís Gomes notificado pessoalmente, não tendo sido possível notificar pessoalmente a Maria Adelina. (doc. de fols.609 e 610 e 617 ).
23- O arguido e a esposa Maria Adelina não compareceram nesse dia.(doc. de fols. 618 e 619)
24- Foi designado o dia 09 de Março de 2005, pelas 14 horas, no Tribunal de Torres Novas, para o arguido e Maria Adelina comparecerem acompanhados de Esmeralda, a fim de se proceder à entrega da mesma. (doc. de fols. 618 )
25-No dia 9 de Marco de 2005 apenas compareceu o arguido Luís Gomes, não trazendo consigo a menor nem prestando informações sobre o paradeiro da mesma ou da esposa Maria Adelina. (doc. de fols. 628 )
26-Quanto à arguida Maria Adelina, desconhece-se o paradeiro da mesma, sendo certo que o arguido vem mudando de residência para, sucessivos locais, entre Torres Novas e o Entroncamento.
27 - Nomeadamente já foi indicada como residência do arguido a Rua da Barbias, Rua da Várzea e a Urbanização Cancelado Leão, todas em Torres Novas, e a Rua ......, no Entroncamento. (doc. de fols. 681 a 690 meramente exemplificativos de todo o processado.)
28- Pelo que o assistente Baltazar Nunes desconhece o paradeiro da menor Esmeralda, não sabendo onde a mesma mora, não podendo educá-la, proteger a mesma e tê-la consigo, na sua casa.
29-Os esforços já desenvolvidos para que a menor Esmeralda seja entre à guarda e aos cuidados do assistente Baltazar, Nunes foram sempre obviados pela actuação do arguido e Maria Adelina, quer com a denegação expressa da tradição da menor para o assistente, quer com o ocultamento do local onde a mesma se encontra, mudando por diversas vezes de residência. "
O turco e a filha.
Arauto
Sobre o Aborto, de Pacheco Pereira, (no Abrupto), assino por baixo.
Directamente sobre o assunto, nada mais direi.
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23/01/2007
Aborto de argumento
Nesta história do referendo ao aborto, a que alguns tautólogos insistem chamar de IVG - Interrupção Voluntária da Gravidez (à bica também se pode chamar de infusão hidrocompressa de café), desfilam, dos dois lados, argumentos geralmente caceteiros.
De entre a serradura argumentativa, ressalta um: o de Marcelo Rebelo de Sousa.
Este argumento, o mais espantoso de todos eles, é ridículo, disparatado, absurdo. Tão absurdo que podia ser usado para ambos os lados.
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21/01/2007
19/01/2007
O relógio de ponto
Então parece que o ministro da Saúde, Correia de Campos, vai legislar no sentido de autorizar médicos que trabalhem apenas 4 horas (controladas, pois claro) a manterem lugares de chefia no sector de medicina privada.
Será que tem a ver com esta outra história? Será que a rapaziada estava a trabalhar apenas 4 horas (com boa vontade) recebendo 8?
Será que o relógio de ponto tornou claro que arrecadavam ao bolso, sem contrapartida em trabalho, 50% daquilo que o estado lhes pagava?
As negociações prevêem-se "demoradas" diz o ministro. Pois é: a vingança serve-se fria. Não há problema. Demorem o tempo que quiserem, porque o relógio de ponto só conta quando deve.
Viva o relógio de ponto POR IMPRESSÃO DIGITAL.
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Venezuela: buraco negro ataca
A Venezuela está a ser atacada por um buraco negro.
Pouco a pouco, aquele povo vai entrando na espiral de onde, após emissão de maciças quantidades de radiação mortal, não sairá tão cedo.
Talvez venha ainda a ser salvo por um golpe militar qualquer que, com um pouco de sorte, fará o que fez Pinochet. Dificilmente fará melhor que Pinochet, provavelmente fará pior, mas fará certamente melhor que o cancro que agora por ali rasteja.
Leia-se isto [via O Insurgente].
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18/01/2007
Aborto
Quanto tiver tempo, escreverei algo sobre a tricotomia esquerda/despenalização/liberalização.
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17/01/2007
Mesquitas do Reino Unido
Parte 1Não é tudo rapaziada bacana?
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
[Via American Congress for Truth]
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14/01/2007
Israel na CE
O golpe de mestre:
I have recently suggested that it is in Israel's national interest to join the European Union and the North Atlantic Treaty Organization (NATO).Afirmou o Ministro dos Assuntos Estratégicos israelita Avigdor Lieberman [via Relações Internacionais].
Sugeri recentemente que é do interese nacional de Israel aderir à união europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN / NATO).
Quero ver que razões encontrará a União Europeia para encarar a entrada da Turquia e recusar a de Israel.
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"... o aluno tira o chapéu"
Numa república, quando o professor entra na aula o aluno tira o chapéu.Pelo que há hoje necessidade de se falar, percebe-se a que ponto chegou a França ...
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Arauto
Ana Gomes e os voos da CIA pelas Lajes [via Bloguítica]
Há Muros e Muros [no Relações Internacionais]
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13/01/2007
11/01/2007
09/01/2007
Bugs
"[...] o Ocidente é como um computador cujo hardware tem uma grande potência, mas o software apresente bugs virtualmente fatais. Desses bugs, três são dignos de nota — o pacifismo, o ódio de si mesmo e a presunção.
08/01/2007
05/01/2007
"A maluquinha dos OVNIS"
Não resisto a transcrever esta posta do Lidador (via Blasfémias).
Ana Gomes insiste em servir-nos peixe..
Há 30 anos, peixeirava na esquerda tonta, convencida, como ainda está, que engoliu o garfo da inteligência e que é a fina-flor do entulho.
A mulher, além de grosseira, feia e inconveniente, é de uma estupidez que raia o inacreditável.
As peixeiradas sucedem-se a um ritmo alucinante e nem vale a pena escavar muito na memória:
Há menos de 2 anos, a sua obsessão contra as eleições na Etiópia causou grandes danos à imagem da Europa, tendo acabado por ser ostracizada por toda a gente, quando resolveu, à revelia do mais elementar bom-senso, apoiar os comunistas herdeiros do sangrento regime de Mengistu.
Há dias, a propósito da morte de Pinochet, escreveu um odioso texto, que revela bem o primarismo burgesso que (mal) se esconde por detrás do seu facies. Que ia abrir uma garrafa de champanhe, zurrava!
Perguntada que champanhe abriria quando morresse Fidel Castro, disse que "Não o ponho no mesmo plano que um Pinochet"
Porquê?, perguntou-lhe a jornalista Helena Pereira.
"Porque há em Cuba "aspectos extremamente positivos", respondeu a alarve.
Ou seja na inacreditável abóbora de Ana Gomes, basta que haja "aspectos positivos" (ou que ela considere como tal), para que se justifique a fome, a miséria, a repressão, o totalitarismo, a chacina de mais de 30000 pessoas, a deportação de centenas de milhar, a falta de liberdade, etc.
Mas o pior é a obsessão antiamericana de Ana Gomes.
A mulher está possessa e embarcou numa viagem paranóica onde já não consegue distinguir a verdade da especulação, a realidade da ideologia, as provas das convicções. Nesta história dos "voos da CIA", parece uma daquelas maluquinha dos OVNI. Só acredita naquilo em que já acreditava e nenhuma prova, estudo, ou comissão, pode concluir o contrário daquilo em que ela acredita.
Provas? Não são necessárias. Ana Gomes, como todas as peixeiras, sabe que o seu peixe é o mais fresco do mundo e aposta nisso todo o pelo rijo que lhe aflora a venta.
Já ninguém a pode ver à frente e é hoje ostracizada por toda a gente sensata e racional.
Como pode uma pessoa destas ser eurodeputada por Portugal ? Porque razão elegemos a estupidez em forma de gente, para nos representar? Que andava na cabeça de Ferro Rodrigues quando resolveu torpedear o seu próprio partido com tal cromo.
Acabará por se auto-destruir e despejar os seus ossos no Bloco de Esquerda, como é evidente, mas entristece-me que a sua desbragada ânsia de protagonismo antiamericano esteja a dar uma péssima imagem das mulheres portuguesas.
Temos muitas, muitíssimas senhoras. Porque raio fomos escolher uma peixeira de mão na anca?
03/01/2007
Médicos ...
Apresentaram a demissão porque não queriam que lhes controlassem as horas de entrada e saída.
Afinal apresentaram a demissão de forma ilegal, porque, afinal, não queriam apresentar a demissão.
Depois vêm dizer que ainda vão ver, até Fevereiro, em que consiste esse controlo horário. Não se percebe porquê se, pelo seu ponto de vista, apresentaram a demissão.
Se o sistema não lhes interessar, entregarão então a demissão individualmente.
...
Porque é que os médicos em causa não apresentaram a demissão dos locais onde estão habitualmente a trabalhar, em sobreposição ao horário que deveriam cumprir no Pedro Hispano? Se calhar porque seriam imediatamente corridos.
As posições do sindicato que os representa e da Ordem dos Médicos só merecem uma classificação: abjectas.
Tenham vergonha.
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Actualização [via Blasfémias].
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Com a qualidade DN
Via Bloguítica.
Um dos jornalistas, respondeu a coice.
Via Hoje Há Conquilhas.
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