No DN, pode ler-se:
A partir de Setembro, os estudantes do 1.º e 2.º ciclo, dos sete aos onze anos, terão um novo currículo nas salas de aula: vão aprender a entender a publicidade e a defender-se dos seus abusos.É curioso que o estado perca tempo com uma coisa destas e, fazendo-o, resolva que publicidade seja uma coisa que as crianças devam digerir e não vomitar.
Continua o artigo:
Em Portugal, a supervisão estará a cabo de um grupo de peritos, liderado pelo ex-ministro da Educação Roberto Carneiro.Pois claro. Provavelmente o mais eminentes "cientista da educação", um dos mais directos responsáveis pela catástrofe em que o ensino se tem atascado.
Mas, segundo a edição impressa (via O Insurgente), o antigo ministro refere ainda:
“É preciso educar as crianças e através delas as famílias”Pois. Baboseira maior seria difícil.
Roberto Carneiro supõe que os pais das crianças serão incompetentes para tratarem o assunto e que quem estará em melhores condições para "passar a mensagem" serão os rebentos. Sendo assim, a mensagem deveria brotar da prole de Roberto Carneiro, não dele próprio.
Roberto Carneiro assina, portanto, um atestado de incompetência próprio e, implicitamente, ao estilo Mao Tse-Tung, a todas as famílias portuguesas: imbuir os rebentos em meia dúzia de palermices e botar os ditos, já como iluminados, a ensinar os palermas dos papás*.
É uma ideia luminosa, assim como 'fechar a gaveta à chave e meter a chave lá dentro' e é desta lógica imbecil que o nosso ensino está pejado.
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* Os tais que é suposto, nas escolas, classificarem os professores. Resumindo: o iluminado rebento ensina o pacóvio do papá que, por sua vez, classifica o atrasado mental do professor, que ensina o iluminado rebento que ensina o pacóvio do papá que classifica o atrasado mental do professor, que ensina o iluminado...
... não é giro?
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