No Abrupto:
Embora todos os anos se diga que a Feira (de Lisboa) está pior, para um bibliófilo está mesmo cada vez pior. A culpa não é da Feira em si, que, melhor ou pior, continua a ser uma boa iniciativa urbana, a culpa primeira está nos mais vocais queixosos da Feira, os editores. São os editores que publicando quilómetros de lixo, que enchem as livrarias e os balcões da Feira, tornam o livro que se vende novo completamente desinteressante. Há excepções, claro, excelentes editoras, mas a regra é o livrinho de capa frívola e texto imbecil de qualquer autor secundário na moda este ano, desaparecido do mapa no seguinte. Cada vez mais reforço a minha moratória de só ler livros (de ficção) que resistam dez anos em qualquer memória viva.
No Insurgente:
Vejo nas várias televisões que as manifestações “pacíficas” contra a cimeira do G8 na Alemanha tornaram-se violentas em Rostock. Segundo a notícia que ouvi na RTP-N, os manifestantes querem “um mundo diferente”, “sem guerras” e “mais justo” e para isso, nada melhor do que transformar uma cidade numa zona de guerra..
Não estou a ver como o fazer uma manifestação violenta pode ajudar a atingir esses objectivos. Mas enfim, são apenas uns idiotas com a ilusão de que podem mudar o mundo. Mas estes, são sempre os idiotas piores e aqueles que levaram a maiores desgraças.