08/06/2007

A "vitória" dos pacóvios



Fazer papel de burro é prerrogativa do político europeu.

Se de esquerda, a burrice vem temperada com a mais viva estupidez. Se de direita, estúpida QB.

Angela Merkel vem congratular-se à TVs da retumbante vitória sobre os “americanos” reclamando Gerorge Bush como troféu.

Reclama a cavalheira, que George Bush se "comprometeu finalmente" (graças a ela, claro) a reduzir as (fantasmagóricas) emissões de CO2 em 50% durante os próximos ... 50 anos.

Será que a baronesa se convenceu que ninguém percebeu que a Europa acaba de enterrar Kyoto (equivalente imbecilidade).

A Europa andou uma série de anos a bramir que Kyoto seria a salvação do mundo. A bramir contra os “americanos” que era deles a culpa de todos (entre outros) os males climatéricos do mundo. Depois de tanta peixeirada, a Europa compromete-se com a solução final e perfeita: reduzir em 50% em 50 anos.

São 50 como poderiam ser 500. Significa, simplesmente, que nem uma palha será mexida nos próximos 30 anos.

A Europa trucidou todas as metas em que se comprometeu em Kyoto (nem outra coisa seria de esperar), fazendo, todo o tempo, exactamente o mesmo que os Estados Unidos fizeram: continuar a aumentar as emissões.

Face à óbvia candidatura da China como concorrente face a toda e qualquer economia, ela é ainda recordista em emissão de CO2 (ultrapassará os Estados Unidos em 2 anos). Os europeus reclamam ainda (pasme-se) a vitória de ter convencido George Bush a delegar na ONU as negociações (salvadoras do mundo, tá bom de ver) assentes nas cinzas de Kyoto.

Espera-se para ver o grau de receptividade com que os chineses, para não falar nos indianos, colaborarão com a parvoíce da senhora Merkel.

George Bush bebia cerveja e sorria. Terá pensado: estes pacóvios europeus pensam que o resto do mundo é tanso.

----

No Abrupto, Pacheco Pereira escreve:

COISAS DA SÁBADO: OS MÍSSEIS RUSSOS E A EUROPA

Tenho muita curiosidade em ver que tipo de resposta vai dar a União Europeia à ameaça de Putin de tornar de novo apontar os seus mísseis para alvos europeus, isto na presunção de que alguma vez estes tivessem sido apagados da lista russa. Não me refiro à resposta retórica, aos protestos diplomáticos e verbais, mas sim às medidas concretas, às medidas de carácter militar. Não custa descobrir para onde estão apontados esses mísseis: deve haver vários para a Alemanha, Polónia, República Checa, Itália, muitos para o Reino Unido, um ou dois para França, talvez para Portugal haja um para os Açores e outro para o comando da OTAN de Cascais. O que haverá certamente é um lote especial para Bruxelas, onde está situado o Quartel-General da OTAN, localização que veio do tempo em que a Bélgica era um aliado com que se podia contar na “guerra fria”. Agora ter lá o Quartel-General é um anacronismo histórico, que já Rumsfield, com a amabilidade do trato que o caraterizava, tinha ameaçado mudar para a Polónia.

Claro que se pode sempre dizer que quem dá essa resposta militar é a OTAN, cujos mísseis devem aliás também ter ficado com os alvos soviéticos clássicos guardados na memória. Ou seja, traduzido em português corrente e não em “europês”, isso significa que mais uma vez a tronitruância anti-americana da Europa esconde que esta é protegida pela sombra termonuclear dos EUA, que, como se sabe, é um país criminoso presidido por um imbecil, que todo o europeu politicamente correcto despreza no íntimo do seu ser.
.