16/11/2005

Jornalismo e propaganda

Sobre o acordo entre israelitas e palestinianos conseguido por Condoleezza Rice, vejamos mais um exemplo de pura propaganda anti israelita exercitada por uma jornalista da RTP-2 no Jornal das 22h.

Dizia a jornalista a determinada altura:

“Até agora os israelitas alegaram que o potencial perigo de entrada de armas e explosivos em Gaza, resultaria em ataques contra o seu território. Os palestinianos respondem dizendo que Israel tentou sempre asfixiar a economia palestiniana.”

A propaganda consiste em denegrir um dos contendores em favor de outro e apoia-se em duas palavras: “alegam” e “respondem”.

Os israelitas alegam, os palestinianos respondem.

A jornalista podia dizer que ambos alegavam. Ou que israelitas diziam e palestinianos respondiam. Mas não. Alegar soa a: “alegar mas ...”. Soa a: “eles alegam mas sabe-se que não é bem assim”. Alegar, lança uma suspeita implicando um juízo de valor sobre o que se alega. Os palestinianos “respondem”. Coisa simples, sem encrencas.

E assim vai, no serviço público, a informação isenta.

.