25/05/2007

Da novilíngua e do carro do burguês

Na Venezuela, mais um amanhã cantante segue o seu caminho. Num comentário do log O Triunfo dos Porcos, pode ler-se:

Lidador.

Cá pelas bandas do Brasil os neo-conservadores são considerados efetivamente ultra-direita, sem nenhuma chance, devido a um trabalho eficiente realizado pelos gestores da novilíngua nas universidades do país. A coisa está tão preta (desculpe-me os neo-racistas do "movimento negro") que o giro mental considerado de bom alvitre entre nós é o de esquerda. Se você não for de esquerda deve ser mais à esquerda ainda, senão você não existe. Liberais, conservadores, democratas-cristãos e toda essa gente está automaticamente excluída do debate público. Pode crer, o Brasil e a América Latina caminham a passos seguros direto à cubanização. Querem ver? Fiquei a saber através de um amigo um caso chocante que se deu em Venezuela. Certa pessoa teve seu carro roubado na cidade Caracas, então, imediatamente, esta acorreu a uma delegacia de polícia mais próxima para dar queixa do ocorrido. Por incrível que possa parecer, o policial responsável pela ocorrência disse-lhe que não tivesse tantas esperanças em rever seu patrimônio, pelo fato de que seu automóvel era um automóvel de "burguês" e que os "burgueses" deveriam mesmo ser expropriados de seus bens. Este infeliz era simplesmente um mero professor privado que usava seu carro para dar aulas em colégios equidistantes, meio de transporte portanto imprescindível. Esse é um panorama que conhecemos e que pode vir a se repetir, desta vez como farsa em todo nosso continente.

Antônio Carlos de Oliveira
Rio de Janeiro - Brasil

No Brasil, a coisa vai também bem lançada. Sei, de viva voz, por um amigo, que o que Antônio Oliveira escreve faz sentido. Cláudio Tellez descreve também o mesmo padrão.

Um outro amigo refere o facto de haver múltiplas políticas no Brasil, consoante as regiões. Ele refere que Lula joga para onde os bois puxam. A ver vamos.

As fumarolas cheiram a podre.

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