Igualdade de direitos - igualdade de oportunidades
Tem-se direito a votar. Na verdade, tem-se direito à oportunidade de votar, porque se alguns não votam, renunciam a um direito, que passa a facultativo.
Tem-se o direito à saúde. Na verdade tem-se direito às oportunidade que o sistema de saúde for capaz de propiciar. E também só se tem esse direito se se quiser usar os respectivos serviços.
Tem-se direito à educação. Na verdade, tem-se direito à oportunidade de aprender. Se não se quiser aprender, não se aprende.
Em qualquer caso, o direito pode não ser exercido. Existe a oportunidade, mas pode ser deitada fora.
Se alguém não votar, não pode reclamar que quer votar depois, argumentando que tem esse direito. Na verdade teria, já não terá.
Se alguém estiver doente e não for ao hospital em devido tempo, não pode reclamar posteriormente obter os mesmos resultados que obteria se lá fosse atempadamente.
Se for à escola e não aprender, a pessoa não pode posteriormente reclamar saber o que não sabe, ou reclamar que quer uma segunda oportunidade. Ela já exerceu anteriormente o direito a que reclama.
Se a pessoa não tiver já andado na escola, poderá reclamar o direito ao acesso à escola de forma a ficar em pé de igualdade. O que não pode é reclamar que os resultados escolares sejam os mesmos. Os anos passam e o cérebro só se desenvolve eficiente e eficazmente até determinada idade, salvo erro pelos 10 anos.
Há direitos que, necessariamente, expiram, parcial ou totalmente.
No caso de uma criança, esses direitos não podem ser dependentes da vontade do rebento.
Não é suposto uma criança poder optar por não ir à escola. Não é suposto ter a possibilidade de optar por não aprender. Não é suposto ter a possibilidade de optar por aprender só o que lhe apeteça. Não é suposto ter possibilidade de optar pelo comportamento que lhe der na real gana, como aliás não é suposto decidir comer o que lhe apeteça, atravessar a estrada como lhe apeteça, brincar com o que lhe apeteça, ir onde lhe apeteça.
O problema é que há uma imensa colecção de pacóvios que supõe ser natural uma criança ou até um adolescente, do alto da sua substancial ignorância, ter autonomia suficiente para decidir, por si próprio, que “caminhos alternativos” seguir.
Chamar pacóvios a semelhantes criaturas, é de uma bondade extrema. Tendo em atenção a quantidade de vítimas que geram, idiotas que alinham neste tipo de coisas deveriam ser chamados de genocidas de intelecto.
Se alguém der voluntariamente uma cacetada noutra pessoa e daí recorra que essa pessoa fique impossibilitada de usar o cérebro de acordo com as suas potenciais capacidades, a primeira vai (deve ir) parar à choldra.
Porque pairam os trogloditas, que arrastaram o ensino para o lamaçal imbecilizante que é hoje a nossa escola, sobre o mundo do comum mortal?
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