Victor Davis Hanson escreve um artigo sobre a dualidade Europa / Estados Unidos. A tradução é minha (ajudem, por favor).
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O presidente Bush, fez supostamente charme aos europeus e, implicitamente, eles agora já não nos odeiam. Mas, apesar da recente viagem, é claro que os americanos ainda esperam, dos europeus e das suas lideranças, duas coisas: anti-americanismo profundamente sedimentado e embaraçosas contradições. Nesse contexto, examinemos todo o recente blá-blá europeu.
Não se atrevam a dividir-nos em novo e velho. Nós falamos a uma só voz, de Varsóvia a Lisboa. Nós aspiramos estar tão unidos quanto os vossos estados na América – MAS ajudem-nos a assegurar que a Europa tem assentos separados de Inglaterra e França nas Nações Unidas e, esperamos, que também da Alemanha.
Parem de usar a força para resolver problemas!. Escutem os nossos diplomatas. Promovam tribunais internacionais. O mundo já não funciona de acordo com as vossas leis absurdas de potência militar de desencorajamento – MAS não se atrevam a retirar, da Alemanha, mais tropas americanas.
Fiquem na NATO. Vocês estão empenhados na defesa colectiva da Europa – MAS vão-se habituando ao facto de que em breve teremos uma nova força, rival e independente dos Estados Unidos.
Tenham atenção ao mundo muçulmano!. Ouçam-nos, que temos mais experiência no Médio Oriente. Tentem incorporar em vez de isolar o "outro". – MAS parem de nos dizer que temos que deixar entrar a Turquia na União Europeia.
Parem de militarizar o globo!. Alternativamente, vejam o mundo como uma família de sociedades liberais interligadas que estão a tentar resolver as suas diferenças pela razão – MAS parem de tentar evitar que vendamos armas de alta tecnologia à grande China comunista para que ela possa ameaçar a pequena e democrática Taiwan (Formosa).
Aprendam com a nossa cultura mais humana. Vejam como a nossa semana de trabalho curta, os nossos direitos vitalícios e bem estar pela promoção do pacifismo – MAS como é que vocês, rica e poderosa América, conseguem fazer tudo o que fazem?
Lembrem-se que nós somos os vossos parceiros críticos na guerra contra o terrorismo! Apreciem o nosso trabalho não proclamado que prossegue por entre as vossas bombas sonantes de americanos desordeiros – MAS o Hezbollah não é uma organização terrorista e como tal não pode ser classificada (e a Hamas também não, e precisa do nossos apoio financeiro).
Assinem Kyoto!. Comecem a comportar-se como bons cidadãos do globo! – MAS parem de sugerir que tínhamos uma mão na bagunça do Ruanda, na bagunça dos Balcãs, na bagunça do programa petróleo por alimentos, na bagunça do reactor de Sadam, na bagunça do Hezbollah/Hamas, na bagunça de Arafat …
Desistam de proceder uni-lateralmente! Atribuam às Nações Unidas casos que afectem o mundo. Não actuem simplesmente por vós próprios como se os vossos actos não afectassem os outros – MAS esqueçam as Falkland, a Costa do Marfim, a unificação da Alemanha ou os acordos petrolíferos com Sadam.
Não interfiram no Médio Oriente! Vocês, cow boys, compreendem a loucura que estão a soltar? Mas se tiverem sucesso nós somos capazes de parar de vos caricaturar – Só SE a democracia tiver lugar e nós pudermos dela tirar crédito e lucro.