10/03/2007
Aquecimento global - CO2
The Great Global Warming Swindle
it's not true...it's not science...it's propaganda...we're just being told lies".
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Margaret Thatcher, dirigiu-se à Royal Society e disse:
- Há aqui dinheiro. Provem que o CO2 provoca aquecimento global.
E a prova apareceu. Pois claro.
Thatcher não confiava nos mineiros ingleses nem nos árabes como fornecedores de energia, tratou de implementar centrais nucleares, e para não ficar debaixo de fogo dos ambientalistas percebeu que o CO2 viria mesmo a calhar. As centrais nucleares não produzem CO2 e a partir do momento em que o CO2 de tornasse um problema ambiental as centrais nucleares seriam vistas com outros olhos.
Os ambientalistas morderam o isco, e agora, décadas depois, estamos a braços com uma das maiores operações de propaganda jamais vistas: o Global Warming - CO2.
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... o CO2 podia ser usado para legitimar todo um conjunto de mitos que já existiam: os mitos anti-carro, anti-crescimento, anti-desenvolvimento e, acima de tudo contra o grande satã, os Estados Unidos.
Com a queda do muro de Berlim, um enorme grupo de esquerdistas ficaram órfãos e resolveram alinhar com o lobi do extremismo ambientalista.
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Se se quisesse fazer pesquisa, digamos, sobre os esquilos do Sussex, bastava redigir-se a candidatura dizendo que se queria investigar o comportamento dos esquilos em relação aos efeitos do aquecimento global. Assim, conseguir-se-ia a verba. Se não se mencionasse o aquecimento global, podia não se receber o dinheiro.
Concluído o estudo (que na sua génese apenas pretenderia estudar os esquilos), se se mencionasse o aquecimento global, aí estaria mais uma prova, e mais um cientista apoiando a teoria.
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Leituta complementar.
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À medida que a "certeza" vai derrocando, os warmers vão dando mais e mais saltos no escuro, lançando o pânico.
Há agora uma bota a descalçar.
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Aquecimento global - CO2

Via Mitos Climáticos, aqui fica uma foto interessante:

Na Argentina, em pleno verão (Fevereiro de 2007), neva abundantemente.
A comunicação social continua a deixar passar em branco tudo aquilo que contradiz a "teoria" dominante.
Os CO2-aquecimentistas, esqueceram-se de vir dizer que o facto abona em favor deles.
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09/03/2007
Ainda bem que há alunos, Chiça!

Parece que o Chico Inteligente na Educação Cor-de-Rosa desconhece a relatividade da lei da gravidade: o habitual.
Parece que se preocupa com a falta de capacidade que o professor possa ter em reconhecer a mestria com que o aluno, potencial fonte de inspiração ideológica, será capaz de o formar (ao professor, tá bom de ver).
Exercitando: Ó stôr, Camões? no Big Brother tipo assim também falam uns com os outros. Isso é tudo relativo. Antes de haver Camões as pessoas já comiam, dormiam e f..... (*)
A função da escola não é abalar as "crenças". Pois não. Aliás, quanto mais imbecis as "crenças" forem mais demonstram a capacidade criativa do aluno rumo ao absurdo. Yes!!
Ainda bem que há alunos, chiça!
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Outras crenças a apoiar (aceitam-se sugestões):
1 - Hitler não era assim como o stôr o pinta
2 - Estaline matou a mãe e mais uns quantos milhões, mas ela embirrava com ele e com aquela idade ela já devia tar quieta.
3 - A Terra é redonda? Desde quando?
4 - A água líquida não tem nada a ver com o gelo. Olha olha!
5 - Não se diz prontos? Porquê? Isso é que era bom. O stôr diz que a língua evolui, a gente tamos assim tipo a fazer com que ela evolua.
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... Nada de abalar estas crenças. Não se esqueçam, não é essa a função do professor.
... E diz, o Inteligente, que acabaram as canções.
(*) Preocupação ideológica transcendental.
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Actualização (2)
Baldassare contrapôs:
O problema aqui é que a teoria da relatividade de tudo é sustentável e sustentada por muitas pessoas.Eu nunca neguei que tudo seja relativo. Portanto o "problema" que refere é mais uma "relatividade" à sua maneira.
Não se trata de uma teoria absurda. Trata-se sim de uma teoria que, simplesmente, não é a sua, o que não lhe dá o direito, como professor, de não a respeitar.
No máximo, o que poderia fazer, era tentar explicar ao aluno a sua teoria.
O mais engraçado é que depois vai para o Blasfémias gabar-se da sua mestria em abalar convicções "imbecis" dos alunos.
Em democracia os alunos - até os alunos!- têm direito de opinião e de a sua opinião ser respeitada.
Não diga que disse o que eu nunca disse. Aliás, comecei a minha resposta ao seu artigo declarando que o Baldassare não conhece a relatividade da lei da gravidade. Se procurar saber porque não tem Marte atmosfera logo descobre a sua pólvora.
Que a 'coisa ser relativa' está por tudo o lado é o mesmo que dizer que de vez em quando chove. Desde Heisenberg que a ciência embutiu, nas suas ferramentas, a incerteza. O que o Baldassare não percebe (ainda, mas haja esperança que, se abandonar a sua postura de referencial absoluto em termos de crenças, venha a perceber) é que tudo é relativo mas há gradações de probabilidade.
Entrar pelas referidas gradações é como entrar num campo de minas, mas a vida é tão somente isso (metaforicamente falando, não vá dar-se o caso de o Baldassare não perceber).
De facto, aprender é, entre outras coisas (como, simplesmente, decorar dados) dominar tanto quanto possível, directa ou indirectamente, o contexto e a probabilidade de se ter como certo aquilo que se diz.
Em boa verdade, quem defende frequentemente que tudo é relativo, a única coisa que demonstra é que encontrou uma forma de nada querer saber, defender, ou discutir. Tudo é possível, portanto, qualquer argumento vale apenas como forma de gastar tinta (se calhar nem isso).
A teoria de que tudo é relativo não é minha nem de ninguém. Essa suposta teoria é trazida a lume simplesmente para acentuar que parece que todas as teorias têm excepções, até a da gravidade. Às vezes não são excepções, mas parecem, pelo menos, sê-lo.
Mais absurdo que pretender que exista a teoria de que tudo é relativo, é pretender que haja uma outra que afirma que a primeira teoria é falsa (que o Baldassare afirma que defendo).
O Baldassare diz que defendo que a relatividade é absoluta quando eu disse o contrário ("a possibilidade de um vaso com flores subir em vez de cair de uma varanda existia. Muito improvável, mas existia (e existe)"), e afirma que tudo é absoluto dizendo que "o argumento estupidificante de que, se o relativismo se aplica às culturas e aos valores, também se aplica à lei da gravidade". Ou seja, o Baldassare declara que defende o que diz que eu defendo (não defendo) e que eu estou errado. Quer maior absurdo?
Sim, determinadas convicções dos alunos são erradas, por muito que lhe custe que assim seja. Os alunos são alunos, têm pouco voto na matéria. Não sabem. Por isso são alunos. Vão para a escola com as convicções típicas de uma criança, a maioria delas erradas (o que é natural). O que não é natural é que, anos mais tarde, não só essas convicções erradas se mantenham como aumentem. Nessa altura tornam-se convicções imbecis.
A mania, (como outras) que se instalou no sistema, de deixar passar em branco que apesar de tudo ser relativo, algumas coisas são-no menos que outras (algumas são, no respectivo contexto, absolutas) radica na demissão galopante do sistema de ensino em cumprir a sua missão: ensinar. A partir de determinada altura, tem-se vindo a tornar mais e mais aceitável que tudo se possa afirmar, em último caso que as galinhas têm dentes. Mas uma coisa é que que vai na cabeça de cada um, outra é a realidade.
Em democracia, os alunos - até os alunos - têm direito de opinião e de ser respeitado o facto de a terem, não a opinião propriamente dita (a não ser quando ela faça sentido). Não é respeitável que um aluno defenda que as galinhas têm dentes.
Quando um aluno defende o disparate é obrigação do professor (contra a vontade do respectivo ministério) deixar claro que a "crença" não tem pés nem cabeça e que é imbecil insistir nela.
O Baldassare não gosta que eu usa a palavra imbecil. Problema seu. Para seu(?) conforto, não a uso na aula. Mas não estou na aula e, neste contexto, prefiro chamar os bois pelos nomes. Na sala de aula, a vida é mais complexa - está-se num campo minado. E quem lá tem colocado as minas? O Ministério da "Educação". Os alunos regozija-se com elas, nas "crença" de que, com elas, se "safarão". Os alunos sentem-se imbecilmente felizes, o ministério obtém a sua masturbação mental.
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"A teoria de que tudo é relativo não é minha nem de ninguém."Tá bem, mas continuamos na mesma. Quem é o autor da afirmação de que “tudo é relativo”? Não me diga que acha que é o Daniel Oliveira.
Pois a sua já vi que não é... agora que "não é a de ninguém"??? então, é impressão minha ou o seu comment no Blasfémias era precisamente num post que abordava a polémica do relativismo. Se bem se lembra, o nome do post no blasfémias era "O relativismo favorece o erro intelectual". Esse post atacava a posição de daniel oliveira e da suposta "extrema esquerda" nessa matéria.
Foi nesse contexto que surgiu o seu comentário e foi nesse contexto que eu o critiquei. Não estava na sala de aulas (esse campo minado...) quando você disse isso ao seu aluno.Isso o quê? Que o vaso lhe cairia da mona? E, continuamos na mesma, critica porquê? Continua a defender que não devo abalar a crença do aluno?
E que estivesse na sala. Fiz a minha obrigação dizendo aos alunos que as galinhas não tinham dentes, por muito orgulho que eles tivessem nessa teoria, e por muito orgulho que tivessem por ela ser ouvida.
Pareceu-me incorreto a maneira de abordar a crença "imbecil" do aluno .Um problema seu. Eu não chamei nem imbecil ao aluno nem imbecil à ideia. Mas na internet era o que faltava se ainda estivesse preso pelas grilhetas do politicamente correcto. A ideia em causa (na sala de aula) era imbecil e o aluno estava a fazer figura de tal.
É que, meu caro, quando se defendem coisas estúpidas, passa-se por estúpido, etc, etc.
"A partir de determinada altura, tem-se vindo a tornar mais e mais aceitável que tudo se possa afirmar"Ah bom. Já é uma cedência sua. Afinal pode refutar. E a tal crença, não vai sair melindrada?
É claro que tudo se pode afirmar! Estamos, meu caro, em Democracia, em Liberdade de expressão. TUDO SE PODE AFIRMAR. E um professor pode refutar uma afirmação do aluno, mas tem de, de alguma maneira respeitar o aluno, e nisto penso que estamos de acordo.
Qualquer um é livre de fazer figura de parvo. O que não é razoável é que tenha orgulho nisso. Parece hoje suficiente dizer-se algo para que se sinta o égo afagado, independentemente de se fazer sentido ou não.
Já agora, olhe que nem tudo se pode afirmar. Experimente dizer que vai matar um colega.
Já sei, já sei. Não era nesse contexto que dizia que tudo se pode afirmar. Mas está a ver onde se pode chegar se a coisa não for tida em conta no contexto? Lá está, tudo é relativo, mas há gradações e, aqui é que a porta torce o rabo.
Quanto à questão de fundo, nem tudo é relativo e nem tudo é absoluto, mas se alguém defender que tudo é absoluto ou que tudo é relativo, tem esse direito.Claro que tem esse direito. E as restantes pessoas têm o direito de pensar que essa pessoa é parva. Se lho disserem, estão a fazer-lhe um serviço. E se não lho disserem que pensará você dessas pessoas? Parece-lhe razoável que se fechem em copas?
Neste caso, quem teve uma "postura de referencial absoluto em termos de crenças" foi você!"
Nunca ouvia A dizer para B “estás a ser parvo”?
Você é que disse ao seu aluno que a sua crença, e só a sua crença, era plausível, ou melhor, não era imbecil."Você volta a pôr palavras na minha boca.
Eu não disse que só a minha crença era plausível. Ele é que, como você (hipoteticamente), perante a percepção que a história inicial era um disparate pegado (já não me lembro qual era) percebeu que tinha feito figura de parvo. E eu ralado. Aliás, de cada vez que um aluno percebe que está a fazer figura de parvo eu acho que estou a conseguir cumprir a minha missão.
Evidentemente que há milhões de assuntos bem mais viscosos e que não cabem nesta discussão.
Agora, digo e repito, que me parece ser a minha missão (my job, diriam os americanos) fazer perceber ao aluno que está errado. Mas também afirmo que o professor, regra geral (e eu também, por frequentemente), se coíbe de chamar a atenção ao aluno de que defende coisas absolutamente disparatadas.
E ainda há pior. E quando o professor tem que dar matéria que sabe ser absolutamente disparatada? Como faz? Com essa, até se me viram as tripas.
Há professores que, em privado, não dizem que dão aulas. Dizem que as vendem. Porque será?
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Actualização 3
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A Escola centrada no aluno? "Disparate! Tretas!", diz você.Nunca disse tal coisa, como acima demonstrei.
Mas repare: uma educação com foco no aluno, seria uma Educação em que se adapta o que se ensina e como se ensina ao ponto mais individual possível. Seria uma educação que iniciava desde cedo a educação para a cidadania e para a democracia, dando mais liberdade ao aluno. E claro, se se dá mais liberdade, os alunos têm de ser responsabilizados pelos seus actos. Uma escola baseada no aluno seria uma escola onde, naturalmente, os professores tinham mais autoridade (e menos "poder" absoluto).Mais palavreado politicamente correcto. O que você propõe é uma colecção de absurdos. No limite, você corre o risco de acabar propondo que os alunos só aprendam o que lhes apetecer.
Você continua engasgado com a questão do poder. É um problema que você terá que resolver com a sua cabeça.
Só se nos focarmos no receptor da mensagem é que podemos fazer com que o conhecimento lá chegue melhor.Você, mais acima, escreveu: “... ignorando os interesses, deveres e direitos de alunos e professores, desde que a mensagem seja bem dada.”
Não lhe parece estar a dar uma no cravo e outra na ferradura? E você continua a esquecer-se dos deveres de todos. A responsabilidade de cada um.
E qual é o papel do aluno? Mero microfone desligado? Experimente escrever a coisa de outra forma: “Só quando o aluno se focar na mensagem que lhe é transmitida poderá chegar ao conhecimento”.
Está a ver? Você continua na senda da desresponsabilização do aluno.
Você, em boa verdade, é que centra a coisa no papel do professor. Então e o aluno não é gente? Não assume as suas responsabilidades (tento em atenção as respectivas idades, já se vê)? Nunca mais assume a sua responsabilidade? Nunca mais se percebe que se tem, paulatina e sistematicamente, vindo a desresponsabilizar o aluno de todo o processo? E como quer você, por essa via, que ele chegue à lenga-lenga da cidadania?
Volto à história dos 3 pilares: Professor, matéria, aluno. O que você defende é um ensino (?) centrado num aluno voluntariamente amorfo. Depois claro: as cabeças de abóbora são cada vez mais.
Os professores são, a meu ver, um elemento importante no Ensino, mas não são "O Elemento" mais importante do Ensino. A qualidade da mensagem não deveria nunca depender do professor ser bom ou não... nem sequer o professor deve ser um exemplo a seguir pelo aluno(porque nesse caso, há professores que sinceramente...)Isso que você descreve é um computador, não é um professor.
O professor deve ser um elemento de ligação entre o programa e o aluno e mais nada.
A desierarquização da Escola seria fundamental para que se estabelecesse uma nova relação professor/aluno, mais mutualista e mais propiciadora a um ambiente de trabalho, não de guerrilha.Não há nova relação a estabelecer, como não há nova roda a inventar. E o ambiente de guerrilha não é gerado por aqueles que você próprio defende deverem ser corridos da sala de aula?
Mas eu percebo a sua teoria. Também é válida.Depois do que você escreveu, essa frase é um mistério.
Aliás é a que predomina na opinião pública e no ministério, sobretudo com esta conversa velho-do-restelista da desautorização dos professores e do fim dos "bons costumes"...É bom costume ir-se à escola. Quer abdicar? Se tudo o que se deve aprender é coisa do velho do Restelo, porque aprendeu você a falar e a escrever? E a comer? E a andar?
Contudo, e como já disse, acho que a Escola do século XXI devia ser uma escola mais democrática e mais aberta, ou se quiser, mais politicamente correcta.O politicamente correcto é puro lixo.
A escola deve ser mais aberta a quem estiver disposto a assumir as suas responsabilidades. E quem não estiver, só tem dois caminhos: ou aprende “seringado” ou terá que saltar fora da carroça.
Você acha que alguém trabalharia se não tivesse que ser? Se não houvesse algum tipo de ameaça/consequência implícita? Em que nuvem vive você?
O que você descreve em relação aos direitos, direitos, direitos, é o parasita.
Quem foi que lhe meteu na cabeça que aprender era assim como quem apanha banhos de sol?
Você vê o aluno como o “coisa” que veio ao mundo, obrigado (não veio de livre vontade), e a quem depois, ainda por cima, querem obrigar a aprender.
O que você procura é um computador, a que você se ligue, e que lhe transfira as matérias para o cérebro.
Meu caro. Se você ainda não percebeu que aprender dá trabalho, é difícil, requer insistência, dedicação de muito tempo (pouca borga), etc, você foi entregue ao planeta errado, na galáxia errada, no universo errado. Mas isso, mais uma vez, é um problema que você terá que resolver consigo próprio: não espete com o seu problema aos costados dos outros. Assuma-o porque, vir ao mundo (a este), implica isso.
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The Great Global Warming Swindle
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No Insurgente:
Já se encontram disponíveis três excertos do supracitado documentário..
The Great Climate Swindle Part 1 (2:12)
The Great Climate Swindle Part 2 (3:14)
The Great Climate Swindle Part 3 (3:13)
08/03/2007
A Reuters e a "informação"
Photo Fraud Changes War Perceptions - Watch a funny movie here
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07/03/2007
Da má-fé
Caro Range-o-Dente, o conceito de Sartre aplica-se a alguém que acredita ser aquilo que não é..
Há uma crença, a pessoa é genuína.
Tem fé.
O conceito que o Range o Dente refere, não radica na crença.
Pode ser hipocrisia, cinismo ou então, já no campo da psicologia, mera dissonância cognitiva, isto é, a pessoa recusa tomar conhecimento de algo que contraria as suas íntimas convicções, ou pulsões.
A hipocrisia e o cinismo são racionais, a pessoa sabe que o está a ser.
A má-fé e a ignorância cognitiva não são racionais.
Por exemplo, têm aparecido aqui comentadores que sendo objectivamente anti-semitas, uma vez que verbalizam o ódio, justificam-no, relativizam as posturas de Hitler, etc, não se assumem como tal, porque não acreditam que o são.
É má-fé. São facticamente aquilo que não acreditam ser, transcendentalmente.
E é evidente que este desfasamento entre o ser e o crer, introduz uma perturbação na racionalidade que é resolvida racionalizando o ódio.
O indivíduo já não odeia porque é racista, mas porque o objecto do ódio o obriga a odiar.
É como uma mulher que põe os palitos ao marido. De um modo geral não diz que o faz porque queria variar ou porque lhe apeteceu, mas sim porque ele, o marido, a "obrigou" a isso, pelo seu desinteresse ou atitude.
A culpa não é dela, é do marido. Ela, que facticamente se enrolou com outro gajo, é, transcendentalmente a vítima, e a vítima passa a culpado.
06/03/2007
Nem tudo está perdido!
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defendeu, esta segunda, mais autoridade para as escolas, professores e conselhos executivos para combater a violência escolar, bem como um quadro legal mais flexível e menos burocrático.Será que algumas daquelas alminhas perceberam finalmente que nos últimos 30 anos e em matéria de disciplina quase só se têm feito disparates?
«As escolas, os professores e os conselhos executivos têm que ser mais responsabilizados. Tem que lhes ser restituída autoridade para que possam fazer a gestão quotidiana de uma forma simples e sobretudo no quadro daquilo que é uma relação pedagógica de poder e de autoridade», afirmou a ministra.
Falando à margem da sessão inaugural da «Semana da Leitura 2007», que teve lugar na Escola Básica Integrada/Jardim-de-Infância Vasco da Gama, no Parque das Nações, Maria de Lurdes Rodrigues defendeu, ainda, a alteração do actual quadro legal de 2002 - «Temos um quadro legal que necessita de ser alterado, porque burocratiza e torna rígido aquilo que são elementos da relação pedagógica que têm de ser flexíveis».
Acrescentou, ainda, que no actual quadro legal, «um professor para fazer uma advertência a um aluno, não só essa advertência aparece com uma penalização codificada como há um conjunto de procedimentos que não se compadecem com o quotidiano da situação pedagógica».
O estatuto de aluno também está a ser revisto e será preparado um diploma que agilizará os procedimentos relacionados com a gestão da indisciplina. Para Maria de Lurdes Rodrigues, o papel dos encarregados de educação na responsabilização e acompanhamento dos alunos é um ponto fulcral a rever no estatuto do aluno e preponderante para que os casos de indisciplina diminuam no ensino.
«Os encarregados de educação devem cumprir os seus deveres de custódia e de enquadramento das crianças, zelando pela sua assiduidade e permanência na escola e pelos seus comportamentos disciplinares», justificou.
Nas questões de violência escolar, a ministra afirmou que é preciso haver um maior rigor na análise das situações, para que a reposta na intervenção seja mais eficiente.
«Eu insisto na necessidade de distinguir o que são actos de violência de incidência esporádica», disse a ministra, explicando que, normalmente são situações que emergem no exterior da escola. Nestes casos, a ministra considera que «a escola cumpre no geral bem a sua missão de proteger alunos e professores dessas agressões externas».
«Não podemos considerar que se vive nas escolas portuguesas um clima generalizado de violência. Pelo contrário, as escolas são, atendendo à dimensão da sua população, espaços seguros», afirmou.
Para a ministra da Educação não devem existir generalizações. «Não podemos confundir as questões de violência com as questões da indisciplina, são matérias muito diferentes», sublinhou.
Para os casos de violência, a ministra defende que não deve haver «nenhuma tolerância».
«Temos de ser eficientes também na penalização dos agressores de acordo com os quadros gerais, como acontece com outros grupos profissionais, como acontece na rua», acrescentou.
Para prevenir estas situações, a ministra adiantou que têm sido tomadas muitas medidas, tais como: a escola a tempo inteiro, a ocupação plena nos tempos escolares, o desenvolvimento do desporto escolar e projectos na área da educação para a cidadania.
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27/02/2007
Arauto

Ou lançamento do satélite iraniano terá sido um flop, ou, nem sequer tentativa de lançamento teve lugar.
[Transcrevo um par de artigos porque não consegui determinar que link apontará para eles. Corrigi algumas gralhas].
Artigos do Boletim em Órbita.
A fraude iraniana: um lançamento que nunca aconteceu?.
Por Rui C. Barbosa. Postado em 27 de Fevereiro de 2007.
As questões relativas ao suposto lançamento espacial iraniano mantêm-se.
Segundo a agência noticiosa France Presse, o lançamento iraniano não foi detectado pela rede mundial do North American Aerospace Defense Command. Comentando um oficial de defesa americano, "Não temos indicação que tal seja verdade" referindo-se ao lançamento espacial do Irão no passado dia 25 de Fevereiro.
É altamente improvável que o lançamento espacial tivesse passado despercebido ao North American Aerospace Defense Command que monitoriza os lançamentos de mísseis a nível mundial.
O artigo seguinte levanta também a possibilidade de ter ocorrido uma falha no lançamento.
Lançamento espacial iraniano: um lançamento falhado?
Por Rui C. Barbosa. Postado em 26 de Fevereiro de 2007.
No passado dia 25 de Fevereiro o mundo Ocidental acordava com a notícia de que o Irão havia levado a cabo um lançamento espacial. Mais precisamente as notícias indicavam que um míssil espacial havia... chegado ao espaço. Esta afirmação seria no mínimo enigmática, pois dizer que um míssil atingiu o espaço não esclarece muito sobre qual o objectivo dessa missão e na sua maior parte quase todos os mísseis balísticos de longo alcance atinge o espaço exterior (cujo limite inferior é definido nos 100 km de altitude) no seu voo.
Porém, e mais recentemente, os responsáveis iranianos indicavam a vontade do Irão em desenvolver um lançador espacial doméstico, o que por outro lado seria um sinal de que possuíam a tecnologia para desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de transportar uma carga nuclear ou convencional até qualquer ponto do globo terrestre. Juntamente com o desenvolvimento do seu programa nuclear, isto seria um sério aviso aos Estados Unidos.
No dia 25 de Fevereiro as informações que se seguiram apontavam para a colocação em órbita de um satélite iraniano. Este seria o segundo satélite iraniano após o lançamento do satélite Sinah-1 por um foguetão russo 11K65M Kosmos-3M. Outras reacções por parte do Irão levaram muitos meios de comunicação internacionais a anunciar o lançamento com sucesso do primeiro satélite iraniano por meios próprios.
À medida que as horas foram passando nesse dia, cada vez se tornava mais complicado detectar o satélite em órbita. Por outro lado, nunca houve um anúncio formal por parte do governo norte-americano sobre um possível perigo relacionado com o desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais. Da mesma forma o Space Track não registava nenhum novo objecto em órbita relacionado com este recente lançamento.
No final do dia Teerão vem anunciar que afinal o seu lançamento espacial havia sido o lançamento de um foguetão-sonda para testar o estágio inferior do seu lançador orbital, tendo transportado uma carga que após atingir os 150 km de altitude teria sido recuperada de pára-quedas.
Esta situação preconiza uma história da 'montanha que pariu um rato'. Ou realmente o lançamento tinha como objectivo somente levar uma carga a 150 km de altitude ou então algo correu mal: 1º 'anúncio' - o Irão tenta colocar em órbita um satélite e após os primeiros minutos de voo tudo parece correr bem, autorizando-se a imprensa controlada pelo estado a divulgar a notícia; 2º 'algo corre mal' - o último estágio do lançador não tem o desempenho esperado, o satélite não atinge a órbita terrestre e reentra na atmosfera destruindo-se; 3º 'novo anúncio' - a imprensa iraniana apressa-se a dizer que afinal o lançamento teria só sido um voo sub-orbital.
A hipótese de uma história para encobrir as declarações originais não pode por agora ser posta de parte. Se por um lado a colocação em órbita de um satélite por parte do Irão e utilizando meios próprios seria uma demonstração de força e um aviso ao Ocidente, por outro o falhanço no lançamento seria uma prova da fraqueza da sua tecnologia ao nível dos mísseis balístico intercontinentais e isso é algo que não se deseja que o inimigo saiba.
26/02/2007
Arauto

Na sequência disto, Israel e o ataque ao Irão [Kontratempos]. Mais uma vitória do multilateralismo.
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23/02/2007
Masturbação mental


A propósito deste post de Aspirina B, vale a pena ler este outro.

Glaciar de Rhone - pintura e fotografia. Ao tipo 1750, em baixo, 1950.
Outro exemplo, que parece demonstrar que o aquecimento global (certamente provocado pelo CO2, que outra coisa poderia ser?) já tinha começado no Sec. XVIII.
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Não há espiga!

Não há espiga: estes são dos nossos. Se fossem americanos a vender, isso sim: seria o lobi armamentista a preparar-se para provocar guerras para poder manter as fábricas de armamento em funcionamento.
[Via Da Rússia]
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Duas bostas


Dois belos pedaços de lixo:
1 . Fahrenheit 9/11O último é hoje distribuído (vendido) pelo Diário de Notícias.
2 - Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth)
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22/02/2007
Breeze-M explode em órbita

Imagem: Gordon Garradd
Artigo de Rui C. Barbosa, Postado em 22 de Fevereiro de 2007, no Em Órbita com a devida vénia e chapelada [links meus].
Chamo também a atenção para que a totalidade das publicações Em Órbita, se encontram disponíveis aqui.
Breeze-M explode em órbita criando mais de 1000 detritos.
Por Rui C. Barbosa. Postado em 22 de Fevereiro de 2007.
Um estágio superior Breeze-M explodiu em órbita terrestre criando mais de 1000 detritos espaciais.
A 28 de Fevereiro de 2006 o foguetão 8K82KM Proton-M/Breeze-M (53511/88515) era lançado desde o Complexo LC200 PU-39 do Cosmódromo GIK-5 Baikonur, Cazaquistão, transportando o satélite Badr-1 (Arabsat-4A) a bordo. Os três estágios do foguetão lançador desempenharam a sua função sem qualquer problema, mas a queima do estágio superior Breeze-M (88515) não correu como previsto deixando o satélite numa órbita inútil. Após considerações iniciais acerca de planos para salvar o satélite de comunicações utilizando a gravidade lunar, foi decidido abandonar o Badr-1 e este acabou por reentrar na atmosfera. Entretanto o estágio Breeze-M (88515) permaneceu em órbita com os tanques quase cheiros de propelentes hipergólicos.
Os propelentes hipergólicos são altamente tóxicos e corrosivos, entrando em ignição quando em contacto, não necessitando de um oxidante como o oxigénio líquido. As membranas de isolamento que se encontram nas condutas dos propelentes acabaram por sofrer os efeitos da corrosão devido à exposição prolongada aos mesmos em órbita, levando a que entrassem em contacto e à posterior explosão do veículo.
No dia 19 de Fevereiro, astrónomos amadores na Austrália detectaram uma brilhante explosão em órbita que se assemelhava à combustão de um veículo no espaço. Inicialmente era desconhecida a causa deste fenómeno, mas análises posteriores levaram à determinação de que se tratava da mesma órbita onde se encontrava o estágio Breeze-M (88515). Outras hipóteses sugeriram que o veículo teria sido atingido por um micrometeoro, mas a explicação mais lógica parece sugerir uma falha no mesmo relacionada com os seu propelente (situação já anteriormente verificada em órbita com outros estágios superiores).
O Comando Espacial norte-americano já detectou 1111 detritos em órbita. Tendo em conta que somente os detritos superiores a 10 cm são detectados, então pode-se concluir que o resultado da explosão será muito maior. O número de detritos detectados será superior aos que resultaram da destruição do satélite meteorológico chinês Feng Yun-1C durante um teste anti-míssil no passado mês de Janeiro.
A órbita dos detritos irá eventualmente fazer com que estes acabem por reentrar na atmosfera, mas devido à sua altitude ainda deverão permanecer em torno da Terra durante algum tempo.
Imagem: Gordon Garradd
21/02/2007
"Os Estados Unidos têm planos para ..."
O título da "notícia" rezava que, os Estados Unidos já teriam planos para atacar o Irão.
Logo de seguida, davam a notícia como sendo uma meta-notícia: era a BBC que dizia que os Estados Unidos já teriam planos para atacar o Irão.
Um pouco mais tarde, em rodapé, aparecia escrito que a BBC "alegava". Bom, dir-se ia que a notícia afinal abordava as alegações da BBC. Mas não.
A asneirada continuava:
- Segundo informa a BBC Estados Unidos já terão planos para atacar o Irão.
Qualquer potencia militar que se preze mantém em permanência planos actualizados para atacar tudo e todos, até as Berlengas. O uso da palavra "já" é fulcral porque pretende dar a entender que eles teriam acabado os planos no dia anterior, sabe-se lá, talvez da parte da tarde.
- Os Estados Unidos atacarão infra-estruturas e bases militares.
Que quereriam que, nessa eventualidade, eles atacassem? O deserto como tal?
...
Rematavam finalmente com uma declaração de George Bush referindo que não têm planos para atacar o Irão. Percebe-se então que se trata apenas de uma manobra para chamar mentiroso ao presidente americano. Evidentemente que as duas coisas podem ser verdade, cada qual no respectivo contexto.
Enfim, baboseiras de jornalismo de causas.
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20/02/2007
Pokemon

Autoridades islâmicas (?) lançaram uma Fatwa contra o boneco Pokemon [BBC].
As "razões" parecem ser duas: estar relacionado com os sionistas e também com a teoria da evolução (Darwin), que o Islão também rejeita.
Segundo ouvi hoje num programa sobre ciência, na RDP, parece que a coisa está agora a aquecer em França.
Aguardemos desenvolvimentos.
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Atmosfera
Na tabela são listadas os gases constituintes bem como a percentagem volumétrica em que estão presentes.

Nota: Nitrogénio é o mesmo que Azoto.
O gráfico seguinte, correspondente à tabela acima.

No círculo de cima, temos, a roxo, o Azoto (Nitrogénio), seguido, a azul, pelo Oxigénio.
A amarelo aparece-nos o Argon, um gás inerte[1] usado, por exemplo, em lâmpadas incandescentes e em soldadura. Entre as fatias amarela e roxa, há uma fatia, praticamente invisível, que corresponde aos restantes componentes da atmosfera.
Esses restantes componentes, responsáveis por não mais que 0,038% da composição volumétrica da atmosfera, estão representados no círculo inferior, e nele, o CO2 (dióxido de carbono) aparece em 1º lugar com apenas 0,035% do composição total da atmosfera.
É à volta destes 0,035% que se tem montado toda a propaganda "aquecimento global" que temos visto desfilar por todo o lado.
[1]
Gás inerte: substância que dificilmente participa em reacções químicas.
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19/02/2007
18/02/2007
Gato Fedorento

Há muito que venho evitando por os olhos no programa de TV, Gato Fedorento.
Vi hoje uma meia hora e confirmei a minha anterior impressão. É um programa absolutamente imbecil e cabotino.
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17/02/2007
Impasses
Fernando Gil foi, com Paulo Tunhas e Danièle Cohn, autor do livro Impasses seguido de Coisas Vistas, Coisas Ouvidas.

.Logo na primeira linha do livro diz-se que Impasses teria sido escrito “sem prazer”. Porquê?
É por certo um livro triste, que traduz uma decepção. Não provoca alegria intelectual analisar uma colecção de diferendos sem solução visível. Em geral escreve-se para mostrar que há escolhas e aberturas, cada livro de ideias é suposto trazer alguma coisa nova. Aqui tudo parece fechado. Dizemos também nesse prefácio que ficaríamos aliviados se as nossas conjecturas estivessem erradas.
Pois, se o não estão, a situação que descrevemos é então pelo menos problemática. Tentamos mostrar – com muitos outros – que o Ocidente, conceito que tem um sentido que definimos explicitamente, é alvo de uma “jihad” global actuando em muitas frentes, da finança internacional ao terrorismo. Os seus agentes são inúmeros e diversificados – Al-Qaeda é só o mais importante – e dispõe de uma reserva potencial de milhões de pessoas.Ora, o Ocidente está dividido face a ele, e não parece saber o que quer: em primeiro lugar porque muitos governantes e intelectuais não admitem sequer a existência de um ataque, preferindo crer que uma política de bons ofícios conseguirá conter meros “riscos” sem realidade duradoura.
Quer-se acreditar que só os Estados Unidos e os seus aliados correm verdadeiro perigo e que no fundo a prioridade consiste em deles nos dissociarmos. A comparação com a atitude da Europa em relação a Hitler impõe-se por si mesma. O ressurgir, que se acelera, do anti-semitismo lembra também a Europa dos anos 30.O Ocidente está também dividido dentro de si próprio: não é ainda motivo de alegria um leque de opiniões, da extrema-esquerda à direita fascista – Haider, Le Pen, etc. – com a sanha anti-americana por denominador comum. É um dos temas de Impasses, a propósito da guerra do Iraque.
Escolhemos tratá-lo num modo irónico. Mas a falsificação despudorada dos factos, o insulto e a desqualificação automática de quem pensa diferentemente, a precipitação dos juízos – sempre no mesmo sentido – as argumentações e as previsões delirantes, a vontade de crer no que conforta e de ignorar o que não convém – nada disto, de que damos dúzias de exemplos, dá vontade de rir. Porquê tal e tanta “má-fé”?
Não estamos certos de ter sabido responder. O conceito de má-fé e a sua “viscosidade”, que Sartre determinou admiravelmente, é o nosso principal instrumento crítico. Essa má-fé é sobretudo europeia e sul-americana – Não falando do mundo árabe e muçulmano.Comparem-se os nossos “media” com jornais como o New York Times ou o International Herald Tribune , ambos hostis à administração americana e exprimindo muitas objecções à condução da guerra do Iraque. Só excepcionalmente se encontrará neles deformação dos factos ou menosprezo pelas pessoas. É possível defender uma posição sem sobranceria, discordar sem amesquinhar, criticar sem troçar e pretender intimidar.
O modo como questionam os chamados pensamentos únicos, quanto ao anti-americanismo, o anti-sionismo, o islamismo é bastante vivo...
Tudo isso “faz sistema” – é o que mostramos, desculpe remetê-lo para o livro, que se lê depressa. Não seria capaz de o resumir aqui. Tentámos descobrir o que subjaz aos comportamentos, assinalar a cegueira voluntária e as posturas da boa consciência que não são outras do que as da má-fé.O livro não é de polémica mas toma partido pelo Ocidente e particularmente pelos Estados Unidos e por Israel. Mas isso não nos impede, claro está, de fazer as críticas que a política americana merece, quer se trate dos seus erros, no Iraque, quer, sobretudo, da sua política internacional em geral e do seu egoísmo comercial.
Precisamente: continua a considerar que a intervenção no Iraque era inevitável?
No que escrevemos sobre o Iraque, não nos pusemos na posição de estrategos que não somos, nem de previsionistas, que não queremos ser, nem sequer de observadores capazes de julgar acerca da política mundial, para o que nos falta competência. Quisemos simplesmente evidenciar, com a minúcia requerida, que perante o comportamento do Iraque tal como é historiado na resolução 1441 e no «Relatório Blix» – lidos por inteiro – havia todas as razões – digo bem, todas – para presumir que essas armas existiam, e que o ónus da prova da sua inexistência cabia ao Iraque.
O erro dos Estados Unidos, compreensível mas fatal, foi aceitar – indevidamente – a inversão do ónus e ter na prática feito como se lhes coubesse, a eles, provar que as armas existiam. O Iraque recusou-se a fornecer a prova que lhe era pedida – contudo fácil de produzir, parece, se as armas não existiam.
Isso bastava para motivar a guerra, tanto mais que o anúncio prévio de um veto pela França e pela Rússia acarretou uma autêntica suspensão do direito internacional da ONU. Acresce que os contactos entre a Al-Qaeda, desde o fim da I Guerra do Golfo, parecem hoje fora de dúvida. Sobre o pós-guerra, muito haveria a dizer e antes do mais que a “reconstrução” do Iraque é de facto uma construção. Leia, por exemplo, «The Economist» de 1 de Novembro, vale a pena.
Não saberá talvez que, entre vários – muitos – outros aspectos dessa construção – reparou que se deixou de falar da penúria, etc.? – Bassorá, dispõe hoje de um excedente de electricidade enquanto que antes da guerra não tinha mais que 2-4 horas diárias de luz. Quanto à situação militar, no momento em que conversamos ela é por certo péssima no centro do país – mas caberia analisar em pormenor porquê.
Convém, no entanto, lembrar que até ao momento em que falo, 16 de Novembro, a coligação perdeu 422 soldados. Entendo que é um sinal admirável que um número tão baixo seja já considerado insuportável: na guerra do Vietname morreram 60 mil americanos. Isso significa que – ao contrário da glória terrorista na morte – para a consciência ocidental dos nossos dias a vida humana não tem preço.
Não posso estender-me aqui a este respeito – deixe-me de novo remeter para o livro a propósito de Israel – nem ainda a respeito da falta de apoio internacional à coligação, que é um erro tragicamente míope, mesmo se se pensa que era preferível manter o regime de Saddam. Goste-se ou não de Bush, parece haver vantagem, é o menos que se pode dizer, em que todos contribuam sem reservas para o sucesso da democratização do Iraque.
Ou não?
Preferir-se-á o regresso de Saddam? Ou um regime islamista? Que pretendia a França quando, ainda há pouco, exigia a “transferência da soberania” em três meses?Estará em curso o tal “choque de civilizações”? Acha que o pensamento europeu está a ficar dominado por um novo niilismo?
O mais terrível aspecto desse niilismo é o Ocidente parecer fascinado pelo niilismo assassino do terrorismo. Não sei o que o “choque de civilizações” significa ao certo: o problema é antes que o Ocidente, ou uma sua parte, se vê cada vez menos a si próprio como uma civilização. (...)
Breve Biografia:
[Muecate/Moçambique, 1937 - Paris 2006]
Filósofo, ensaísta e professor universitário. Realizados os estudos liceais em Moçambique, e após permanência, durante um ano, na Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo cursando Sociologia, muda-se para Lisboa onde se licencia em Direito.Não chega, contudo, a concluir o estágio de advocacia, partindo para Paris em 1961. Aí licencia-se em Filosofia pela Universidade de Sorbonne (1961-64). No mesmo período e como aluno titular na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), prepara uma tese, que não conclui, sobre a obra de L. F. Céline, sob a direcção de Lucien Goldmann. Ainda nesse período, traduz para português obras de autores como Karl Jaspers, Romano Guardini, Cesare Pavese e M. Merleau-Ponty.
A partir de 1966, inicia na Universidade de Paris, e sob a orientação de Suzanne Bachelard, um doutoramento em Lógica, de que resulta a tese La Logique du Nom, publicada em França no ano de 1972. Entra nos corpos docentes da Faculdade de Letras de Lisboa em 1976, vindo em 1979 a integrar o Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, então fundada.
É desde 1988 professor catedrático nessa Universidade. Em 1989, foi eleito directeur d'études (grau equivalente a professor catedrático) na EHESS. Além da docência nestas duas instituições, leccionou, como professor visitante, em várias universidades europeias e sul-americanas, designadamente nas Universidades de Porto Alegre e S. Paulo, integrando desde 1985 a direcção da Sociedad de Filosofia Iberoamericana. Com a publicação de Mimesis e Negação (1984) recebe o Prémio Ensaio do Pen Club, distinção que lhe será atribuída uma segunda vez com a publicação de Viagens do Olhar (1998).
No espaço de tempo que medeia a publicação destas duas obras, outras três, Provas (1988), Tratado da Evidência (1993) e Modos da Evidência (1998), permitem reconstituir um itinerário de investigações a vários níveis notável. Longe de se permitir uma redução da Filosofia, enquanto trabalho de investigação, ao seu estudo histórico, e sem sequer se filiar numa das vias de pensamento já disponíveis, o opus de Fernando Gil recorre tanto àquele como a estas, exibindo em ambos os casos um impressionante domínio, para lançar e desenvolver um projecto de investigação pleno de ambição e actualidade.
Primeiramente sob a égide do problema da prova, problema crucial da epistemologia, questiona-se sobre as condições de um conhecimento objectivo, da sua validade e universalidade (no essencial, procurando responder à pergunta pela verdade do que se sabe). A partir do Tratado da Evidência, a investigação centra-se num momento particular das preocupações epistemológicas até então desenvolvidas; em concreto, em vez de tematizar a prova, toma em atenção precisamente aquilo que a dispensa, a evidência, sem que se possa afirmar o contrário. E fá-lo introduzindo o conceito de "alucinação originária", uma hipótese forte que visa explicar o que seja a evidência.
Tanto Modos da Evidência como Viagens do Olhar procuram experimentar esta hipótese, com a diferença de a segunda destas obras, em co-autoria com Hélder Macedo, o fazer no campo da literatura portuguesa renascentista (com Os Lusíadas, Menina e Moça de Bernadim Ribeiro e a poesia de Sá de Miranda). O interesse e investigação da cultura e literatura portuguesas conduziu-o ao cargo de director do Centre d'Études Portugaises entre 1990 e 1997 e do Seminário Francisco Sanches desde 1992.
Além das obras individuais que assinou, dirigiu um conjunto de importantes obras colectivas (entre as quais, O Balanço do Século, 1990; Scientific and Philosophical Controversies, 1990; Philosophy in Portugal, a Profile, 1999; A Ciência tal Qual se Faz, 1999) e publicou para cima de 150 estudos, escritos em diferentes línguas, quer como artigos de revistas, quer como comunicações e apresentações a colóquios.
Fundou e dirigiu a revista Análise e integra os comités de redacção de diversas outras revistas e publicações, designadamente as encicliopédias Universalis, Britannica e Einaudi (sendo o coordenador dos quarenta volumes da edição portuguesa desta última).
Em virtude do seu mérito científico, internacionalmente reconhecido, foi agraciado, em 1992, com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique, por proposta do presidente da República, Mário Soares, de quem foi aliás conselheiro especial. É também distinguido em 1993 com o Prémio Pessoa. O governo francês agraciou-o em 1995 com o título Chevalier da Ordem das Palmes Académiques. Finalmente, foi consagrado em 1998 doutor honoris causa pela Universidade de Aveiro.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999
16/02/2007
Arauto

Voos da CIA: os gambozinos continuam à solta - [via O Triunfo dos Porcos]
Aqui, são os OVNIS que as deixam maluquinhas.
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Aquecimento Global

Cá está mais uma variante das causas do tal de "aquecimento global".
E em que é que ficamos?
[Via O Insurgente]
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15/02/2007
"God bless America" afirmou este muçulmano
[A Negro – entrevistado, a azul – jornalista, a castanho – tradução]
[Tenho dificuldade nalguns termos. Alguns deles, em que as dúvidas são maiores, são acompanhados por (?) - por favor, corrijam-me]
Blessed be America for giving Saddam a good kick, sending him straight into the abyss of jail..
Abençoada seja a América por ter dado a Saddam um pontapé, enviando-o para o abismo da cadeia.
Blessed be America for giving Mula Omar a good slap, sending him straight into the garbage bin of history and into the dunghills of oblivion.
Abençoada seja a América por ter dado a Lmula Omar uma boa bofetada, enviando-o direitinho à pasta de lixo da história e às masmorras do esquecimento eterno.
These people were tiny idols, who humiliated their peoples, and turn Allah’s property into states and His servants into slaves.
Estas pessoas eram ídolos pequeninos , que humilharam os seus povos e tornaram a propriedade de Allah em estados e os seus servos em escravos.
It was the moral duty of America, as the greatest and strongest power in this world, to topple these rodents, who treated their people ferociously.
Era obrigação moral da América, como a maior e mais forte potência do mundo, derrubar estes ratos que tratavam ferozmente os seus povos.
We should be happy.
Devíamos estar felizes.
Instead of going to Britain to ask for asylum and to beg for food, we should welcome them, so they can ride us of these despicable dictators, who have plundered Iraq’s resources and turned the Iraqis into their slaves.
Em vez de irmos para Inglaterra pedir asilo e esmolar comida, deveríamos dar-lhes as boas-vindas , para que eles pudessem livrar-nos daqueles ditadores detestáveis, que se apoderaram dos recursos do Iraque e transformaram os iraquianos em seus escravos.
Now there is freedom in Iraq, there are elections.
Há agora liberdade no Iraque, há eleições.
People who never even dreamt of being ministers have become ministers though free elections.
Pessoas que nunca sequer sonharam ser ministros, tornaram-se ministros através de eleições livres.
We did not know what democracy was until America brought it against our will.
Não sabíamos o que era democracia até que a América no la trouxesse contra nossa vontade.
We did not want democracy of freedom …
Não sabíamos o que era a liberdade …
At the same time, one can claim that there is much violence in Iraq, and this might even lead to a civil war. Some officials have acknowledged this.
Ao mesmo tempo pode reclamar-se que há muita violência no Iraque e que isto pode até levar a uma guerra civil. Alguns oficiais admitiram-no.
Blood is spilled in Iraq every day.
É derramado sangue, diariamente, no Iraque.
Is this the price of democracy and freedom?
É este o custo da democracia e da liberdade?
Yes, because we do not know what freedom is or what to do with it.
Sim, porque nós não sabemos o que é a democracia ou o que fazer com ela.
We are like a tiny bird born in a cage. Its father and mother were born in the same cage, and so were its ancestors – for the past 1400 years.
Somos como um passarinho numa gaiola. Os pais e mães dele nasceram na mesma gaiola, assim como os seus antepassados – desde há 1400 anos.
Along came America and broke the cage open, but the bird does not know how to fly, because it has never used its wings.
Chega então América e rebenta a gaiola, mas o pássaro não sabe como voar, nunca usou as asas.
We do not know what to do with the values of freedom, because we here born slaves, the sons of slaves, the sons of slaves, for the past 1400 years, with this inferior culture.
Não sabemos o que fazer com os valores da liberdade porque nascemos escravos, filhos de escravos, netos de escravos, desde há 1400 anos, nesta cultura inferior.
I am not talking about the beautiful, tolerant, Islamic religion, which respects humanity. But there is an Arab Islamic culture, which, in many of its aspects …
Não falo da bela e tolerante cultura islâmica que respeita o humanismo. Mas há uma cultura Árabe islamita que em muitos dos seus aspectos ...
I don’t mean all its aspects, because there is a Sufi culture, which is wonderful.
Não me refiro a todos os seus aspectos porque há uma cultura mística(?) – sufista (?) que é maravilhosa.
But the official culture teaches you to become a slave to the ruler, and to obsolete values and traditions.
Mas a cultura oficial ensina-nos a tornar-nos escravos dos lideres e a esquecer valores e tradições.
This is why we do not know what to do with the modern values of freedom and democracy.
É por isso que não sabemos que fazer com os valores modernos de liberdade e da democracia.
Politicamente correcto
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13/02/2007
Sismo de 1969

[Imagem enfatizada, de uma parte de tecto, junto a uma parede]
Ainda a propósito de sismos, há , na casa onde vivo, ainda marcas do sismo de 1969, que recordo bem demais.
Nesta página de J. Alveirinho Dias pode ler-se [link meu]:
O último grande que provocou danos no território continental português foi o de 28 de Fevereiro de 1969, que teve epicentro na zona do Goringe (mais propriamente na planície abissal da Ferradura) e magnitude estimada (de acordo com os diferentes autores) entre 6,5 e 7,5.Já agora, quantos mais sismos pequenos ocorrerem, menos probabilidades haverá de ocorrer um grande.
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Casa do Brasil

Começo aqui um novo assunto: a Jihad ao virar a esquina.

Em Lisboa, na Casa do Brasil (R. S. Pedro de Alcântara, 63 – 1º Dt.)
[Via Observatório da Jihad]
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"Aquecimento Global" - o mito vai rachando
Excerto(?) de uma entrevista ao Presidente Checo sobre aquecimento global, retirado daqui.
[Gostaria de ter tempo para traduzir - via O Insurgente].
[Questions and answers about European politics are omitted].
...
Q: On Wednesday, the European Commission has approved carbon dioxide caps for new cars. One week earlier, the U.N. IPCC climate panel released a report that has described, once again, the global warming as one of the major threats for the whole civilization. The Stern report about similar threats was published before that. And you suddenly say that the global warming is a myth. Try to explain, how did you get this idea, Mr President?
A: It's not my idea. Global warming is a myth and I think that every serious person and scientist says so. It is not fair to refer to the U.N. panel. IPCC is not a scientific institution: it's a political body, a sort of non-government organization of green flavor. It's neither a forum of neutral scientists nor a balanced group of scientists. These people are politicized scientists who arrive there with a one-sided opinion and a one-sided assignment. Also, it's an undignified slapstick that people don't wait for the full report in May 2007 but instead respond, in such a serious way, to the summary for policymakers where all the "but's" and "if's" are scratched, removed, and replaced by oversimplified theses.
This is clearly such an incredible failure of so many people, from journalists to politicians... If the European Commission is instantly going to buy such a trick, we have another very good reason to think that the countries themselves, not the Commission, should be deciding about similar issues.
Q: How do you explain that there is no other comparably senior statesman in Europe who would advocate this viewpoint? No one else has such strong opinions...
A: My opinions about this issue simply are strong. Other top-level politicians do not express their global warming doubts because a whip of political correctness strangles their voice.
Q: But you're not a climate scientist. Do you have a sufficient knowledge and enough information?
A: Environmentalism as a metaphysical ideology and as a worldview has absolutely nothing to do with natural sciences or with the climate. Sadly, it has nothing to do with social sciences either. Still, it is becoming fashionable and this fact scares me. The second part of the sentence should be: we also have lots of reports, studies, and books of climatologists whose conclusions are diametrally opposite.
Indeed, I never measure the thickness of ice in Antarctica. I really don't know how to do it, I don't plan to learn it, and I don't pretend to be an expert in such measurements. However, as a scientifically oriented person, I know how to read science reports about these questions, for example about ice in Antarctica. I don't have to be a climate scientist myself to read them. And inside the papers I have read, the conclusions we may see in the media simply don't appear. But let me promise you something: this topic troubles me which is why I started to write an article about it last Christmas. The article grew in size and it became a book. In a couple of months, it will be published. One chapter out of seven will organize my opinions about the climate change.
Environmentalism and green ideology is something very different from climate science. Various findings and screams of scientists are abused by this ideology.
Q: How do you explain that conservative media are skeptical while the left-wing media view the global warming as a done deal?
A: It is not quite exactly divided to the left-wingers and right-wingers. Nevertheless it's obvious that environmentalism is a new incarnation of modern leftism.
Q: If you look at all these things, even if you were right ...
A: ...I am right...
Q: ...Isn't there enough empirical evidence and facts we can see with our eyes that imply that Man is demolishing the planet and himself?
A: It's such a nonsense that I have probably not heard a bigger nonsense yet.
Q: Don't you believe that we're ruining our planet?
A: I will pretend that I haven't heard you. Perhaps only Mr Al Gore may be saying something along these lines: a sane person hardly. I don't see any ruining of the planet, I have never seen it, and I don't think that a reasonable and serious person could say that he has. Look: you represent the economic media so I expect a certain economical erudition from you. My book will answer these questions. For example, we know that there exists a huge correlation between the care we give to the environment on one side and the wealth and technological prowess on the other side. It's clear that the poorer the society is, the more brutally it behaves with respect to Nature, and vice versa.
It's also true that there exist social systems that are damaging Nature - by eliminating private ownership and similar things - much more than the freer societies. These tendencies become important in the long run. They unambiguously imply that today, on February 8th, 2007, Nature is protected uncomparably more than on February 8th ten years ago or fifty years ago or one hundred years ago.
That's why I ask: how can you pronounce the sentence you said? Perhaps if you're unconscious? Or did you mean it as a provocation only? And maybe I am just too naive and I allowed you to provoke me to give you all these answers, am I not? It is more likely that you simply present your honest opinion.
...
[Questions and answers about Czech politics omitted]
12/02/2007
Sismo

Actualização:
Contas revistas e o Instituto de Meteorologia baixou o nível do sismo para 5.6.
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Hoje, de manhã, 6.1.
O site do Instituto de Meteorologia ficou, está bom de ver, entupido.
Este outro é melhor.
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"Criacionismo"

A TSF anuncia, para esta tarde, um programa sobre "Criacionismo".
Resolvi enviar-lhes este mail:
Ainda antes do programa que anunciaram, para esta tarde, sobre "criacionismo" talvez faça sentido lerem o link abaixo, não vá a coisa descambar para o chorrilho de asneiras anti-americano da praxe.Ocorreu-me, de imediato, um extraordinário exercício de propaganda em que tive ocasião de tropeçar e que está aqui dissecado.
http://range-o-dente.blogspot.com/2005/11/informao-da-rtp-e-propaganda.html
RoD
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11/02/2007
Aborto: referendado

Agora que passou uma fase de discussão sobre o sexo dos anjos, vai começar uma nova fase, em que o discurso à volta dos anjos do sexo estará em primeiro plano.
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Chicago

Tenho estado a ouvir estes mâfios.
São bastante melhores do que supunha, o que significa que, na respectiva época algo me terá escapado. Shame on me.
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Aquecimento Global

Mais uma caso "irrefutável" do "Aquecimento Global". Esperemos (sentados) pelas menções, na comunicação social, de que este caso arrepia a teoria reinante.
EUA: Nevão paralisa Nova Iorque.
O estado de Nova Iorque, nos EUA, está a assistir a um dos maiores nevões da última década. Em algumas zonas, a neve atingiu os dois metros de altura, paralisando a cidade «que nunca dorme».
Quem não tem limpa-neves fica praticamente impedido de sair de casa e a meteorologia tem limitado toda a circulação naquele território norte-americano.
Os EUA têm sido afectados pelo frio intenso na última semana, havendo já o registo de pelo menos 20 mortes no norte do país. Cinco pessoas morreram em Ohio, quatro em Illinois, quatro em Indiana, duas No Kentucky, duas em Michigan e uma no Wisconsin, Nova Iorque e Maryland.
11-02-2007 16:39:10
História das Palavras

Atenção: Só agora descobri que o blog História das Palavras está em novo endereço.
Parece que foi atacado por um bug do Blogger e ficou bloqueado.
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10/02/2007
The Celebration Of The Lizard
Jim Morrison
The Celebration Of The Lizard
Lions in the street and roaming
Dogs in heat, rabid, foaming
A beast caged in the heart of a city
The body of his mother
Rotting in the summer ground
He fled the town
He went down South and crossed the border
Left the chaos and disorder
Back there over his shoulder
One morning he awoke in a green hotel
With a strange creature groaning beside him
Sweat oozed from its shiny skin
Is everybody in?
The ceremony is about to begin
Wake up!
You can't remember where it was
Had this dream stopped?
The snake was pale gold
Glazed and shrunken
We were afraid to touch it
The sheets were hot dead prisons
Now, run to the mirror in the bathroom
Look!
I can't live thru each slow century of her moving
I let my cheek slide down
The cool smooth tile
Feel the good cold stinging blood
The smooth hissing snakes of rain . . .
Once I had, a little game
I liked to crawl back into my brain
I think you know the game I mean
I mean the game called 'go insane'
Now you should try this little game
Just close your eyes forget your name
Forget the world forget the people
And we'll erect a different steeple
This little game is fun to do
Just close your eyes no way to lose
And I'm right there I'm going too
Release control we're breaking thru
Way back deep into the brain
Back where there's never any pain
And the rain falls gently on the town
And in the labyrinth of streams
Beneath, the quiet unearthly presence of
Nervous hill dwellers in the gentle hills around
Reptiles abounding
Fossils, caves, cool air heights
Each house repeats a mold
Windows rolled
Beast car locked in against morning
All now sleeping
Rugs silent, mirrors vacant
Dust blind under the beds of lawful couples
Wound in sheets
And daughters, smug
With semen eyes in their nipples
Wait
There's been a slaughter here
(Don't stop to speak or look around
Your gloves and fan are on the ground
We're getting out of town
We're going on the run
And you're the one I want to come
Not to touch the earth
Not to see the sun
Nothing left to do, but
Run, run, run
Let's run
House upon the hill
Moon is lying still
Shadows of the trees
Witnessing the wild breeze
C'mon baby run with me
Let's run
Run with me
Run with me
Run with me
Let's run
The mansion is warm, at the top of the hill
Rich are the rooms and the comforts there
Red are the arms of luxuriant chairs
And you won't know a thing till you get inside
Dead president's corpse in the driver's car
The engine runs on glue and tar
C'mon along, we're not going very far
To the East to meet the Czar
Some outlaws lived by the side of the lake
The minister's daughter's in love with the snake
Who lives in a well by the side of the road
Wake up, girl! We're almost home
Sun, sun, sun
Burn, burn, burn
Soon, soon, soon
Moon, moon, moon
I will get you
Soon!, Soon!, Soon!
Let the carnival bells ring
Let the serpent sing
Let everything
We came down
The rivers and highways
We came down from
Forests and falls
We came down from
Carson and Springfield
We came down from
Phoenix enthralled
And I can tell you
The names of the Kingdom
I can tell you
The things that you know
Listening for a fistful of silence
Climbing valleys into the shade
I am the Lizard King
I can do anything
I can make the earth stop in its tracks
I made the blue cars go away
For seven years I dwelt
In the loose palace of exile
Playing strange games
With the girls of the island
Now I have come again
To the land of the fair, and the strong, and the wise
Brothers and sisters of the pale forest
O Children of Night
Who among you will run with the hunt?
Now Night arrives with her purple legion
Retire now to your tents and to your dreams
Tomorrow we enter the town of my birth
I want to be ready'
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The Doors were unusual among rock groups because they did not use a bass guitar whilst playing live. Instead, Manzarek played the bass lines with his left hand on the newly invented Fender Rhodes bass keyboard, an offshoot of the well-known Fender Rhodes electric piano, and other keyboards with his right hand. However, the group occasionally used bass players such as Jerry Scheff, Doug Lubahn, Harvey Brooks, Kerry Magness, Lonnie Mack, Leroy Vinegar, and Ray Neapolitan on their albums.
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Rua do Quelhas
Morre-se devagar neste país
António Lobo Antunes
onde é depressa a mágoa e a saudade
oh meu amor de longe quem me diz
Como é a tua sombra na cidade
Morre-se devagar em frente ao Tejo
repetindo o teu nome lentamente
cintura com cintura, beijo a beijo
e gritá-lo, abraçado, a toda a gente
Morre-se devagar e de morrer
fica a cinza de um corpo no olhar
oh meu amor a noite se vier
é seara de nós ao pé do mar
[conheci bastante bem um dos edifícios da Rua do Quelhas]
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Aquilino Ribeiro

Lembrando-me de um grande amigo que já não vejo há um tempo, apeteceu-me publicar esta foto do grande Aquilino.
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08/02/2007
07/02/2007
Sai um impasse para a mesa do canto!
O NÃO:
- Diz não à despenalização.
- Propõe um "pacto" para que, venha quem vier a ganhar, o aborto seja despenalizado.
O SIM:
- Diz sim à despenalização, negando que se trate de uma liberalização.
- Diz não à despenalização que o NÃO propõe.
Nenhum dos movimentos diz que quer liberalizar (um deles quer mas não assume), nenhum deles quer as mulheres na cadeia. Ambos querem as mulheres fora da cadeia, mas o que defende o não, opõe-se à despenalização tal como o referendo a coloca, o que implica deixar que as mulheres vão, potencialmente, parar à cadeia.
Absurdo? Não: somos portugueses.
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06/02/2007
05/02/2007
As tonterias à volta do referendo ao Aborto
Primeiro foi a vez da malta (alguma) do NÃO vir dizer que concordava com a substituição da pena de prisão por outra qualquer, mais leve. Podiam ter acordado mais cedo.
Depois vem José Sócrates dizer que isso não, que não fria sentido manter uma lei sem que tal implicasse a aplicação de uma pena.
A primeira defende uma liberalização com um pagamento de um imposto qualquer (trabalho comunitário, etc) - o raio que os parta.
A segunda rejeita a liberalização a que têm insistido chamar de despenalização (com que os gajos do NÃO agora alinham) - o raio que os parta. Entretanto informa o mesmo José Sócrates que se o NÃO ganhar a lei se manterá tal qual está - mulheres para a prisão.
A primeira pretende, afastar a malta das urnas. A segunda parece o contrário, mas alinha (implicitamente) caso a participação seja baixa.
Enfim: tudo o que a nossa política tem de pior.
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01/02/2007
Maria Barroso
Talvez convenha que as polícias se ponham em campo. Ou será que o paradeiro da senhora é também uma incógnita?
E não se recordaram, os jornalistas (?), de abordarem a senhora, no sentido de lhe perguntar se não lhe parecia bizarro vir declarar uma coisa daquelas?
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Boas maneiras
Até parece que aquela rapaziada não é capaz disto, e muito mais,
[Se tiver tempo, coisa pouco provável traduzo].
[Via No Pasaran!]
By David Ljunggren.
OTTAWA (Reuters) - Immigrants wishing to live in the small Canadian town of Herouxville, Quebec, must not stone women to death in public, burn them alive or throw acid on them, according to an extraordinary set of rules released by the local council.
The declaration, published on the town's Web site, has deepened tensions in the predominantly French-speaking province over how tolerant Quebecers should be toward the customs and traditions of immigrants.
"We wish to inform these new arrivals that the way of life which they abandoned when they left their countries of origin cannot be recreated here," said the declaration, which makes clear women are allowed to drive, vote, dance, write checks, dress how they want, work and own property.
"Therefore we consider it completely outside these norms to ... kill women by stoning them in public, burning them alive, burning them with acid, circumcising them etc."
No one on the town council was available for comment on Tuesday. Herouxville, which has 1,300 inhabitants, is about 160 km (100 miles) northeast of Montreal.
Andre Drouin, the councilor who devised the declaration, told the National Post newspaper that the town was not racist.
"We invite people from all nationalities, all languages, all sexual orientations, whatever, to come live with us, but we want them to know ahead of time how we live," he said.
The declaration is part of a wider debate over "reasonable accommodation," or how far Quebecers should be prepared to change their customs so as not to offend immigrants. Figures from the 2001 census show that around 10 percent of Quebec's 7.5 million population were born outside Canada.
Earlier this month the Journal de Montreal newspaper published a poll of Quebecers showing that 59 percent admitted to harboring some kind of racist feelings.
The Herouxville regulations say girls and boys can exercise together and people should only be allowed to cover their faces at Halloween. Children must not take weapons to school, it adds, although the Supreme Court of Canada has already ruled that Sikh boys have the right to carry ceremonial daggers.
Salam Elmenyawi, president of the Muslim Council of Montreal, said the declaration had "set the clock back for decades" as far as race relations were concerned.
"I was shocked and insulted to see these kinds of false stereotypes and ignorance about Islam and our religion ... in a public document written by people in authority who discriminate openly," he told Reuters.
Last year a Montreal gym agreed to install frosted windows after a nearby Hasidic synagogue said it was offended by the sight of adults exercising.
Newspapers say a Montreal community center banned men from prenatal classes to respect Hindu and Sikh traditions and an internal police magazine suggested women police officers allow their male colleagues to interview Hasidic Jews.
Montreal's police force is investigating one of its officers after he posted an anti-immigrant song called "That's Enough Already" on the Internet.
"We want to accept ethnics, but not at any price ... if you're not happy with your fate, there's a place called the airport," the officer sings.
An accompanying video shows clips of Muslims and Hasidic Jews and at one point shows shots of a partially nude woman to mock those who wear veils.
The Herouxville declaration is available, in English and French, at the "avis public" section of the town's Web site .
A TLEBS vista por Vasco Graça Moura

[Imagem vilmente abarbatada ao blog Fliscorno]
[Tinha-me escapado esta, fundamental - in Free Education for Every Human Being!].
"Num site do Ministério da Educação, pode encontrar-se a TLEBS [Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário] aplicada à análise de uma estrofe de Os Lusíadas (II, 12), destinada aos alunos do 9.º ano e qualificada como "corpo linguístico ambíguo". O facto de o ministério ter acolhido o trabalho feito numa escola básica na sua página da rede fala por si..
A estrofe é esta:
Aqui os dous companheiros conduzidos
Onde com este engano Baco estava,
Põem em terra os giolhos, e os sentidos
Naquele Deus que o mundo governava.
Os cheiros excelentes, produzidos
Na Pancaia odorífera, queimava
O Tioneu, e assim por derradeiro
O falso Deus adora o verdadeiro.
Depara-se-nos logo o fac-símile de duas páginas do Canto II da edição de 1572, com o terrível azar de não figurar aí a estrofe em questão... São reproduzidas as n.ºs 63 a 68, não se percebe porquê.
A análise tem coisas extraordinárias. Alguns exemplos:
1. Afirma-se que "o nome próprio Deus nos surge em três posições ambíguas. A primeira é naquele Deus que..., "pressupondo a existência de outros, o que o torna comum e lhe retira o carácter de entidade única".
Acontece que o nome Deus surge apenas em duas posições. E se, na terceira, está implícito, não está como nome. Em vez dele está o pronome "o" [verdadeiro].
A expressão "naquele Deus" não o dessingulariza. Não pressupõe, antes exclui a existência de outros. Basta ler. É um mero expediente enfático e métrico.
Não há qualquer ambiguidade. Deus não é contraposto a outros deuses em termos equívocos. Quando muito, ambíguo seria o verbo no imperfeito do indicativo ("governava", em vez de "governa"), por razões de rima, e isto é que devia ser explicado...
Diz-se também que a segunda e terceira posições da dita ambiguidade do nome próprio Deus estariam em "falso Deus" e "verdadeiro [Deus]".
Volta a não haver ambiguidade: um é falso e o outro é verdadeiro... Aliás, se ambiguidade houvesse, haveria que explicar, em termos empsonianos, que a incerteza ou sobreposição de sentidos funcionaria como recurso de intensificação do efeito poético e da ironia.
2. Pancaia é o nome de uma ilha utópica no Oceano Índico, imaginada por Evémero de Messina (séc. III a. C.). Havia nela árvores de incenso e outras essências vegetais próprias para rituais religiosos. Daí, "os cheiros excelentes, produzidos na Pancaia odorífera" e queimados por Baco. Mas lemos: "o nome próprio Pancaia assume também valor de nome comum devido à presença do determinante demonstrativo '...aquela', constituindo assim uma perífrase de 'Ilha'".
Isto continua a ser puro dislate. Mas o mais bizarro é que o tal determinante demonstrativo "aquela" com tão mágicas e sofisticadas propriedades, NÃO SE ENCONTRA na estrofe analisada!!! É forjado para fins da análise e isto é verdadeiramente grave... E mais grave ainda é o ministério avalizar esta enormidade!
3. Mas há outras coisas pungentes. Noções reaccionárias como sujeito, predicado, complemento directo, complementos circunstanciais, dão lugar a embrulhadas rebarbativas que, do ponto de vista da aprendizagem dos jovens, não adiantam absolutamente nada.
Basta ver como os complementos "...em terra" e "... os giolhos" são descritos. Para o primeiro, temos: "núcleo de um complemento preposicional em posição pós-verbal, constituindo uma unidade sintáctica que serve de locativo à forma verbal põem" e, para o segundo: "núcleo de um grupo nominal que constitui o complemento directo da expressão predicativa anterior". Por sua vez, "... e os sentidos naquele Deus que..." é explicado como "núcleo de um grupo nominal equivalente ao anterior, regido pela conjunção copulativa e que o transforma em complemento directo da expressão predicativa formada pela forma verbal põem".
4. "... produzidos na Pancaia odorífera..." é apresentado como "núcleo de um complemento preposicional seleccionado pela forma verbal 'produzidos' como argumento indispensável". O que é que um aluno vai compreender quanto ao argumento indispensável? De resto, pôr os joelhos em terra e produzir na Pancaia é assim tão diferente? Na Pancaia já não serve de locativo à forma verbal produzidos?
5. "... os cheiros excelentes" acarretam o odor evanescente de um "núcleo de um grupo nominal com função de complemento directo e um Modificador adjectival, em posição de atributo"...
6. "... com este engano Baco estava..." explica-se como "verbo copulativo aqui a assumir um valor absoluto ao dispensar o nome predicativo do sujeito - predicado de uma unidade de hierarquização também secundária". Como é que os alunos vão entender que, muito simplesmente, aquele "Baco estava" quer dizer "Baco encontrava-se ali"?
7. "... e assim por derradeiro, o falso Deus adora o verdadeiro" dá lugar a esta trapalhada: "Predicado da frase que constitui uma oração coordenada copulativa/conclusiva (ligada à anterior pela locução conjuncional e e o conector de valor conclusivo assim)". Parece que toda a frase é o "predicado da frase"…
E o que será pegar em todos os dicionários e onde, na entrada "assim", vem indicado advérbio, alterá-los para se incluir "conector de valor conclusivo"?
8. "Por derradeiro" implica a seguinte explicação deveras transparente: "complemento preposicional aparentemente modificador do sujeito 'falso Deus' no que constituiria uma oração subordinada causal. Na verdade, no contexto, a expressão indica 'Por fim; finalmente' e reforça o valor conclusivo dos elementos anteriores". Quer dizer: formula-se uma hipótese desnecessária, antes de se dar a informação correcta...
Disto se vê como até os professores se enredam nas suas próprias confusões. Escapa à minha obtusidade como é que miúdos de 14 ou 15 anos, ainda por cima mal preparados, vão perceber tudo isto e muito mais nos 45 minutos que são expressamente indicados para a análise em questão. Não lhes chegará todo um ano lectivo à roda desta oitava camoniana!
Com a TLEBS, descobriu-se a maneira de reduzir o estudo de Os Lusíadas no 9.º ano a uma só estrofe das 1102 do poema. Coitado do Tioneu!
O ódio à Literatura atinge o seu paroxismo nestes modelos de autópsia.
Acuso deste crime o Ministério de Educação."
(No DN)