Como é evidente ... Toyota Prius versus Hummer.
Via Blasfémias.
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30/09/2007
Sai um embuste para a mesa do canto
Pois:
Imagine-se a metamorfose que os "manuais escolares" vão sofrer para se "adaptarem" a este novoembuste amanhã que canta ...
Depois digam que os putos e a realidade não se entendem e que a coisa se resolve com mais uns quantos computadores e quadros inter-activos.
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[...]
O segundo aspecto, o de definir, por inclusão e exclusão, a "cultura europeia", é mais complicado e mexe em muito mais do que a economia. Tornar "europeia" a cultura das nações da Europa é uma tarefa difícil de levar a cabo, não muito diferente da de fazer um manual de "história europeia" que sirva de norma educativa nas escolas da Europa, também desejado pelos eurocratas.
[...]
Imagine-se a metamorfose que os "manuais escolares" vão sofrer para se "adaptarem" a este novo
Depois digam que os putos e a realidade não se entendem e que a coisa se resolve com mais uns quantos computadores e quadros inter-activos.
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29/09/2007
Empreendorismo
Há alunos a comprar portáteis para vender. Em que condições, vou investigar. Mas que os portáteis mudam de mãos, mudam.
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Coisas do multilateralismo
O Brasil queria ter assento no Conselho de Segurança, na ONU.
Não teve, mas teve neste Conselho de Sábios. Sabidões.
Está aqui tudo explicadinho.
Via A Origem das Espécies.
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Não teve, mas teve neste Conselho de Sábios. Sabidões.
Está aqui tudo explicadinho.
Via A Origem das Espécies.
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Sem sublinhados
Este texto, (recolhido no blog Portugal e outras Touradas, via De Rerum Natura, via comentário da Abobrinha a um post de Ludwig Kripphal, no Que Treta! - [não atinei com os restantes links]) sabe-me a alface sem tempero.
De facto de há muitos anos que me habituei a morfar muita coisa com pouco ou nenhum tempero, mas a alface, como o café e o açúcar, continua a desafiar-me. Sem azeite e vinagre não a trago. Algum gene malvado me martela o miolo quando o tento fazer. Quanto ao sal, passo bem sem ele.
...
As duas seguintes frazes terão exactamente o mesmo significado, mas a segunda é proscrita pelos cientologistas da educação.
1 - O professor ensina o aluno.
2 - O aluno aprende o que o professor ensina.
Em boa verdade também a palavra 'ensinar' é proscrita pelos cientólogos. Preferem educar. Em boa verdade sem conseguirem ensinar nunca educarão, mas como cientologistas que são nunca perceberão a diferença. Coisas de tólogo.
Para os cientologistas o aluno é apenas uma mercadoria à volta da qual tudo gira. Como quem fabrica pneus, alcatifa ou corta-unhas de qualidade que permitam que melhor se retirem macacos do nariz. O 'produto' é a coisa à volta da qual tudo gira.
Na "educação" o aluno é a mercadoria à volta da qual tudo gira. Anos a fio "centraram" a educação "nos interesses do aluno" e/ou "no aluno". Nunca o fizeram em função do aluno como pessoa, apenas como mercadoria.
Os cientologistas invocam a "educação para a cidadania" como prova de que pensam no aluno como pessoa e cidadão, mas apenas pelo vector de cidadania pelo qual os cientologistas a entendem. Tudo o que vá por fora da invocada seta se torna "susceptível" do aríete da "mudança de mentalidade".
Vai daí que os problemas do ensino passem sempre pelos métodos, pelos "conteúdos dos manuais" (nunca pela matéria contida nos livros), pelos processos de avaliação, pelos critérios de avaliação, etc, etc, enfim, tudo feito na melhor intenção face a educação centrada na mercadoria: o aluno.
Em tudo isto está implícito que que os cientologistas encaram o aluno como uma mercadoria, algo sem vontade própria. Em todo este drama o aluno é a mercadoria cuja inaceitação pelo mercado só pode ser fruto do mau processo de produção.
Os cientologistas não sabem, mas no mundo real os alunos pensam e reagem em função do ambiente no qual andam, e a pintura do ambiente tem, por todo o lado, grafitis dizendo: o aluno é rei e senhor, é vitima de um sistema perverso que não prepara para a vida e, como vítima, o aluno tem toda a autoridade para se vitimizar e exigir aquilo a que tem direito: viver feliz independentemente de quem seja (se habitar uma zona "difícil" tanto melhor) e/ou do que saiba.
O solipsismo em que nadam os cientologistas da educação não lhes permite, sequer por excepção e em bom português, encostar os alunos à parede, ou, em português assim assim, entregá-los à sua própria responsabilidade.
No mundo real, aquele em que quem não trabalha não come, a única ferramenta capaz de convencer os renitentes a aprenderem são as leis do próprio mundo real.
No mundo real quem não faz o que se espera dele sofre as consequências. No mundo da "educação", quem sofre as consequências da forma como o aluno se conduz (para não dizer deambula) pela escola é o professor, a escola, os "conteúdos", a sociedade, mas nunca o aluno, mercadoria intocável.
Para os cientologistas da educação o aluno não tem vontade e a que terá só poderá ser resultante dos paradigmas gerados pela máquina produtiva e que é suposto perceberem: os alunos são sempre vítimas, vítimas, vítimas. Os alunos são sempre vítimas, mas nunca são vítimas da cientologia em causa porque essa é inspirada no paradigma da 'melhor intenção do mundo'.
Com ou sem paradigmas, façam eles ou não sentido, enquanto não se chumbar (reter, dirão os ciento-palermoides) quem não aprende (parem de falar em educação), está-se condenado a rever os processos, os "conteúdos", etc, etc.
No mundo real quem não trabalha não come. Na escola real, quem não aprender não pode passar (transitar, chamam-lhe os idiotas). Sejam poucos ou muitos.
Ah, já me esquecia. A ser assim, que papel é reservado aos cientologistas da educação? O papel higiénico.
...
PS. Não falei no papel da família porque os cientologistas acham que a sua existência é um incómodo. Algo que atrapalha. Na melhor das hipóteses algo susceptível de uma mudança de mentalidades usando, como arma de arremesso, o produto educado.
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De facto de há muitos anos que me habituei a morfar muita coisa com pouco ou nenhum tempero, mas a alface, como o café e o açúcar, continua a desafiar-me. Sem azeite e vinagre não a trago. Algum gene malvado me martela o miolo quando o tento fazer. Quanto ao sal, passo bem sem ele.
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As duas seguintes frazes terão exactamente o mesmo significado, mas a segunda é proscrita pelos cientologistas da educação.
1 - O professor ensina o aluno.
2 - O aluno aprende o que o professor ensina.
Em boa verdade também a palavra 'ensinar' é proscrita pelos cientólogos. Preferem educar. Em boa verdade sem conseguirem ensinar nunca educarão, mas como cientologistas que são nunca perceberão a diferença. Coisas de tólogo.
Para os cientologistas o aluno é apenas uma mercadoria à volta da qual tudo gira. Como quem fabrica pneus, alcatifa ou corta-unhas de qualidade que permitam que melhor se retirem macacos do nariz. O 'produto' é a coisa à volta da qual tudo gira.
Na "educação" o aluno é a mercadoria à volta da qual tudo gira. Anos a fio "centraram" a educação "nos interesses do aluno" e/ou "no aluno". Nunca o fizeram em função do aluno como pessoa, apenas como mercadoria.
Os cientologistas invocam a "educação para a cidadania" como prova de que pensam no aluno como pessoa e cidadão, mas apenas pelo vector de cidadania pelo qual os cientologistas a entendem. Tudo o que vá por fora da invocada seta se torna "susceptível" do aríete da "mudança de mentalidade".
Vai daí que os problemas do ensino passem sempre pelos métodos, pelos "conteúdos dos manuais" (nunca pela matéria contida nos livros), pelos processos de avaliação, pelos critérios de avaliação, etc, etc, enfim, tudo feito na melhor intenção face a educação centrada na mercadoria: o aluno.
Em tudo isto está implícito que que os cientologistas encaram o aluno como uma mercadoria, algo sem vontade própria. Em todo este drama o aluno é a mercadoria cuja inaceitação pelo mercado só pode ser fruto do mau processo de produção.
Os cientologistas não sabem, mas no mundo real os alunos pensam e reagem em função do ambiente no qual andam, e a pintura do ambiente tem, por todo o lado, grafitis dizendo: o aluno é rei e senhor, é vitima de um sistema perverso que não prepara para a vida e, como vítima, o aluno tem toda a autoridade para se vitimizar e exigir aquilo a que tem direito: viver feliz independentemente de quem seja (se habitar uma zona "difícil" tanto melhor) e/ou do que saiba.
O solipsismo em que nadam os cientologistas da educação não lhes permite, sequer por excepção e em bom português, encostar os alunos à parede, ou, em português assim assim, entregá-los à sua própria responsabilidade.
No mundo real, aquele em que quem não trabalha não come, a única ferramenta capaz de convencer os renitentes a aprenderem são as leis do próprio mundo real.
No mundo real quem não faz o que se espera dele sofre as consequências. No mundo da "educação", quem sofre as consequências da forma como o aluno se conduz (para não dizer deambula) pela escola é o professor, a escola, os "conteúdos", a sociedade, mas nunca o aluno, mercadoria intocável.
Para os cientologistas da educação o aluno não tem vontade e a que terá só poderá ser resultante dos paradigmas gerados pela máquina produtiva e que é suposto perceberem: os alunos são sempre vítimas, vítimas, vítimas. Os alunos são sempre vítimas, mas nunca são vítimas da cientologia em causa porque essa é inspirada no paradigma da 'melhor intenção do mundo'.
Com ou sem paradigmas, façam eles ou não sentido, enquanto não se chumbar (reter, dirão os ciento-palermoides) quem não aprende (parem de falar em educação), está-se condenado a rever os processos, os "conteúdos", etc, etc.
No mundo real quem não trabalha não come. Na escola real, quem não aprender não pode passar (transitar, chamam-lhe os idiotas). Sejam poucos ou muitos.
Ah, já me esquecia. A ser assim, que papel é reservado aos cientologistas da educação? O papel higiénico.
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PS. Não falei no papel da família porque os cientologistas acham que a sua existência é um incómodo. Algo que atrapalha. Na melhor das hipóteses algo susceptível de uma mudança de mentalidades usando, como arma de arremesso, o produto educado.
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28/09/2007
As mentalidades e as minhocas
Escreve Helena Matos no Blasfémias:
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Dirão que são detalhes mas estes são os detalhes que infernizam a vida das pessoas cujos filhos frequentam as escolas públicas. Esta escola quotidianamente autista vê-se pouco. O dia-a-dia não faz notícias mas devia fazer pois é nessa rotina que acontecem os maiores problemas. Por exemplo, alguém sabe o que foi feito da TLEBS? Oficialmente a última vez que se falou sobre esta terminologia linguística foi numa portaria datada de 18 de Abril em que se anunciava que a TLEBS entrava em revisão científica. Até quando? E até quando a ministra vai continuar em silêncio sobre este assunto que afectou milhares de estudantes e professores?
Mas podemos continuar na lista das dúvidas. Por exemplo, podemos tentar entender esse concurso de charadas que é o programa de História e Geografia dos 5º e 6 anos ou interrogarmo-nos sobre o conteúdo de disciplinas como Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica. A carga horária destas disciplinas é cada vez maior. A primeira delas, Área de Projecto, é uma fraude. A segunda, Estudo Acompanhado, pelo menos permite que, às vezes, os TPC’s sejam feitos na escola. Para o fim deixo a Formação Cívica. Esta disciplina proporcionou um dos momentos mais insólitos do presente ano lectivo e político. Esse momento aconteceu quando o ministro da Administração Interna, Rui Pereira (e repito que foi o ministro da Administração Interna e não da Educação) explicou que a disciplina de Formação Cívica era muito importante para a "a mudança de mentalidades e a construção de um Portugal melhor". Cabe perguntar quem disse ao ministro da Administração Interna que as famílias devem mudar as suas mentalidades em função do proselitismo do MAI?
Domesticamente a minha experiência da dita Formação Cívica começa pelo preenchimento de fichas e mais fichas sobre o agregado familiar. Escreve-se o mesmo que no acto da matrícula mas é um clássico. Cumprido este ritual entra-se na maravilhosa idade de ouro da unificação europeia ou esmiuça-se o comportamento da turma com vista à almejada “mudança de mentalidades”. Com tudo isto as mentalidades vão andando. A escola é que vai de mal a pior.
27/09/2007
Pedro Santana Lopes fez algo bem feito
Pedro Santana Lopes fez, não necessariamente a primeira coisa de jeito na vida, mas a primeira dos últimos tempos.
Tendo sido interrompida a entrevista que estava a dar um canal local para que a estação pudesse transmitir a chegada de um pacóvio futebolista, deu a coisa por terminada e deu de frosques, deixando o canal e a jornalista de olhos esbogalhados (de boga).
Muito bem.
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Tendo sido interrompida a entrevista que estava a dar um canal local para que a estação pudesse transmitir a chegada de um pacóvio futebolista, deu a coisa por terminada e deu de frosques, deixando o canal e a jornalista de olhos esbogalhados (de boga).
Muito bem.
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Fenómeno: Santana Lopes,
Jornalismo(?)
26/09/2007
Sai uma palermice para o cliente ao fundo do balcão
Todo e qualquer jornalista devia fazer um estágio na mercearia mais próxima para aprender a fazer contas.
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22/09/2007
CO2, pum pum pum, CO2, pum pum pum.
Abreviando pormenores, estando por acaso numa organização que produzia muito lixo em papel, perguntei a um funcionário da Câmara de Lisboa se seria possível dispor-se de diferentes recipientes de forma a que se pudesse separar o lixo em tipos (que a câmara recolheria já separados, evidentemente).
O fulano respondeu que não, que isso estava a acabar porque tinha havido um nível muito grande de contaminação nas separações que as pessoas faziam.
Perguntei-lhe pormenores e ele explicou que apesar das pessoas separarem lixo, havia ainda muitas misturas, o que tornava inútil toda a operação.
A coisa soou-me mal mas não pensei muito mais no assunto.
Meses depois fico a saber que a generalidade do lixo citadino é queimado na Valorsul (nem imagino a qualtidade de CO2 assim produzido), numa operação quem em termos de novilingua se chama "valorização energética". Mas fico a saber mais. Fico a saber que a Valorsul tem tido cada vez mais dificuldade em queimar o lixo porque a combustão tende a não se conseguir manter a ela própra por falta, na mistura, ... de papel e cartão!
E fico ainda a saber mais. Fico a saber que para resolver o problema a Valorsul, empresa estatal (mesmo que pelas intrincadas teias de aranha da legislação), pondera resolver o problema adicionando combustíveis fosseis à mistura a incinerar, mesmo que, para o efeito, o contribuinte tenha que vir a pagar uma taxa(*) ...
Moral?
Chateia-se toda a gente para separar papel sendo evidente que, para evitar libertação de CO2, o papel deveria ser enterrado o mais fundo possível. O lixo deixa de arder por falta de papel e queima-se combustível fóssil para resolver o problema.
Confuso? Não perca as cenas dos próximos episódios.
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(*) Imposto
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O fulano respondeu que não, que isso estava a acabar porque tinha havido um nível muito grande de contaminação nas separações que as pessoas faziam.
Perguntei-lhe pormenores e ele explicou que apesar das pessoas separarem lixo, havia ainda muitas misturas, o que tornava inútil toda a operação.
A coisa soou-me mal mas não pensei muito mais no assunto.
Meses depois fico a saber que a generalidade do lixo citadino é queimado na Valorsul (nem imagino a qualtidade de CO2 assim produzido), numa operação quem em termos de novilingua se chama "valorização energética". Mas fico a saber mais. Fico a saber que a Valorsul tem tido cada vez mais dificuldade em queimar o lixo porque a combustão tende a não se conseguir manter a ela própra por falta, na mistura, ... de papel e cartão!
E fico ainda a saber mais. Fico a saber que para resolver o problema a Valorsul, empresa estatal (mesmo que pelas intrincadas teias de aranha da legislação), pondera resolver o problema adicionando combustíveis fosseis à mistura a incinerar, mesmo que, para o efeito, o contribuinte tenha que vir a pagar uma taxa(*) ...
Moral?
Chateia-se toda a gente para separar papel sendo evidente que, para evitar libertação de CO2, o papel deveria ser enterrado o mais fundo possível. O lixo deixa de arder por falta de papel e queima-se combustível fóssil para resolver o problema.
Confuso? Não perca as cenas dos próximos episódios.
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(*) Imposto
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A ciência na fé e a fé na ciência.
Ler Feynman torna isto muito claro.
Dizia ele que a diferença entre a ciência da pré história e a de hoje varia apenas na distância a que o seu horizonte se encontra.
Claro que a máxima na mão dos "cientistas da educação"(*) faz com que até as galinha tenham dentes e os animais, se não comerem, só sobrevivam empalhados.
Via Portugal e outras Touradas.
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Talvez faça até sentido chamar-lhes cientologistas da educação.
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Dizia ele que a diferença entre a ciência da pré história e a de hoje varia apenas na distância a que o seu horizonte se encontra.
Claro que a máxima na mão dos "cientistas da educação"(*) faz com que até as galinha tenham dentes e os animais, se não comerem, só sobrevivam empalhados.
Via Portugal e outras Touradas.
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Talvez faça até sentido chamar-lhes cientologistas da educação.
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21/09/2007
Estupidificação colectiva
Um dos meus filhos foi chamado à atenção pela professora da filha por que a catraia dele saberia demais. "É um problema porque dificulta a gestão da turma", dizia.
Ele mostrou-se surpreso por ser entendido, pela professora, como um "problema", que uma aluna sua soubesse "demais", e aproveitou para tentar saber se ela chamava também habitualmente a atenção dos pais dos putos mais broncos de que a aselhice dos seus pimpolhos travava o desenvolvimento dos restantes.
A gaguez a rubrez dela pareceram explicar o resto.
A gaguez foi responsabilidade da professora e do ministério. Da professora porque nunca lhe teria passado pela cabeça que tudo quilo era uma palermice, do ministério porque a imbecilização faz parte da sua política "educativa". O rubro, espero eu, teria sido resultante da percepção, pela professora, de que estava ali a fazer papel de grande dinamizadora de um processo de estupidificação colectiva. Mas não estou muito certo disso. Se calhar por ter sido a primeira vez que aprendeu, de facto, alguma coisa.
Pelo exposto percebe-se que a professora preenche todos os requisitos para ser eleita delegada sindical. Bem tijoladinha a coisa, poderá mesmo vir a ser assessora de educação num gabinete ministerial.
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Ele mostrou-se surpreso por ser entendido, pela professora, como um "problema", que uma aluna sua soubesse "demais", e aproveitou para tentar saber se ela chamava também habitualmente a atenção dos pais dos putos mais broncos de que a aselhice dos seus pimpolhos travava o desenvolvimento dos restantes.
A gaguez a rubrez dela pareceram explicar o resto.
A gaguez foi responsabilidade da professora e do ministério. Da professora porque nunca lhe teria passado pela cabeça que tudo quilo era uma palermice, do ministério porque a imbecilização faz parte da sua política "educativa". O rubro, espero eu, teria sido resultante da percepção, pela professora, de que estava ali a fazer papel de grande dinamizadora de um processo de estupidificação colectiva. Mas não estou muito certo disso. Se calhar por ter sido a primeira vez que aprendeu, de facto, alguma coisa.
Pelo exposto percebe-se que a professora preenche todos os requisitos para ser eleita delegada sindical. Bem tijoladinha a coisa, poderá mesmo vir a ser assessora de educação num gabinete ministerial.
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19/09/2007
O calor e o fim do mundo em cuecas
Aqui está mais uma colecção de belas imagens mostrando a mestria com que foram escolhidos locais de recolha de dados de temperatura. Os dados recolhidos nos locais referenciados têm sido usados na determinação da temperatura da atmosfera do planeta.
Não há dúvida: o aquecimento global está por todo o lado.
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Não há dúvida: o aquecimento global está por todo o lado.
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18/09/2007
15/09/2007
Estudar é obsoleto
A Ministra da "Educação", Maria de Lurdes Rodrigues, veio ontem "apelar" aos professores da primária para não chumbarem os pimpolhos (quando houver link ...).
Clarificou, mais uma vez, para os alunos que quiseram ouvir (e que se apressarão a espalhar a boa nova) que é desnecessário estudarem. Talvez seja até obsoleto.
Se não tiverem boas notas a culpa é dos professores que não se esforçaram suficientemente.
Com portáteis, quadros interactivos e outras palermices quejando, se nada aprenderem podem ter a certeza que a culpa é do equipamento.
... a minha mãe não pára de rir.
...
À guisa de nota de rodapé, esclarecem-se os leitores estrangeiros que nas escolas portuguesas, com nas do resto do mundo, é suposto que sejam os alunos a aprender e os professores a ensinar, pelo que, aqui como no resto do mundo, é ao aluno que é suposto caber a grande maioria de esforço.
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A palermice dos 150
Embora com atraso, não posso deixar de chamar a atenção para a palermice dos "computadores 150 euros".
A coisa é bem explicada nos blogs Educação Cor-de-rosa e Fliscorno.
Enfim, o governo como balcão de vendas das telecoms.
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13/09/2007
... "é mais para falar com os amigos"
Portáteis para os rebentos.
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"eu já tinha um computador fixo, mas um portátil é melhor. Dá para ir para a cama e ficar um bocado na net antes de adormecer. Para trabalhar é melhor o fixo, este é mais para falar com os amigos" (in Sapo)Via Incontinentes Verbais.
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Absurdos,
Embustes,
Ensino,
Propaganda
08/09/2007
Da avestruz III
Há uns tempos alguém me chamou a atenção que muitos problemas em física têm vindo a apontar para cenários mais e mais aparvalhados.
Foram-me referidas (de memória) casos em que:
- Um helicóptero voaria a 300 Km de altura
- Um fardo de palha pesaria 500 gramas.
Faz sentido levar-se um aluno a resolver um problema cujo desfecho desemboca nos cenários acima?
Isto poderá ser mais um sinal explicativo do aparente alheamento com que, mais e mais professores vivem a realidade.
Ainda há uns meses, num blog aqui ao lado deparei com esta. Como chegàmos aqui? Como é possível que se acredite em tudo, em particular sendo-se professor? Chiça!
Fé? Ensino básico capaz de levar a acreditar em gambozinos de tal forma que nem um professor se consegue divorciar do conceito? Ver-se-á demasiada televisão e acreditar-se-á que ela espelha a realidade?
Será que se aceita que tudo pode ser verdade desde que se acredite sem pestanejar?
... e que "educação" receberão os alunos caso os especimens em causa consigam uma turma?
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Da avestruz II
De Rerum Nostra explica, num par de parágrafos, de onde vem a crise de trabalho em que um batatal de professores se encontra.
Mas, então, acredita-se, anos a fio, numa galinha de ovos de ouro pensando que será eterna? E os directamente interessados não reparam que a coisa se parece com uma corrida ao ouro?
Se estivéssemos a falar de profissões pouco qualificadas ainda se percebia que magotes de gente podia ter sido enganada. Mas, os professores?
Imagine-se que um engenheiro projecta um helicóptero que, construído, não sobe, e que, perante o fracasso, iria reclamar junto de uma qualquer academia de ciências, invocando que não teria qualquer responsabilidade no assunto porque alguém se teria esquecido de lhe chamar a atenção para a existência da força de gravidade ... e portanto exigiria o lugar a que teria direito ...
É impressão minha ou a reivindicação em causa é um atestado de estupidez aos próprios?
... ainda só não se reclamou que professor queima as pestanas.
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[...]O que ele escreve é verdade, mas continua a espantar-me e lembra-me a história da D. Branca.
E é aqui que as universidades clássicas cometem um gravíssimo erro histórico. Achando que a formação de professores não era assunto nobre, nem científico, (quando justamente a investigação educacional entrava em força e criava em todo o Mundo uma grande dinâmica) deixaram-na à mercê de quem a quisesse apanhar. Desde logo, centros de formação integrada, em algumas universidades recém fundadas, que, é claro, aproveitaram para se afirmar no quadro universitário nacional, depois, as escolas superiores de educação, que proliferaram por todo o País muito antes de terem recursos de qualidade em número suficiente, e pior ainda, muitas instituições particulares, centros de formação de toda a ordem, que correram atrás do negócio com o brio profissional que nos caracteriza. Ou seja, durante décadas, formaram-se, a correr, levas de professores, que iriam entupir o sistema e que o Ministério não foi capaz de planear e controlar.
Em suma, degradou-se a profissão docente, prejudicou-se a qualidade do ensino, meteu-se no sistema muito incompetente por inflação de classificações que são regra nas instituições menos qualificadas, e impede-se agora a profissionalização a muitos que poderiam dar bons professores, mas que estão impossibilitados pelo entupimento do sistema. Em suma, uma série de erros em cadeia onde falta de planeamento e de visão, oportunismo, presunção, razões de baixa política, pura ganância e amadorismo se misturaram para prejudicar o País num grau incalculável.
Mas, então, acredita-se, anos a fio, numa galinha de ovos de ouro pensando que será eterna? E os directamente interessados não reparam que a coisa se parece com uma corrida ao ouro?
Se estivéssemos a falar de profissões pouco qualificadas ainda se percebia que magotes de gente podia ter sido enganada. Mas, os professores?
Imagine-se que um engenheiro projecta um helicóptero que, construído, não sobe, e que, perante o fracasso, iria reclamar junto de uma qualquer academia de ciências, invocando que não teria qualquer responsabilidade no assunto porque alguém se teria esquecido de lhe chamar a atenção para a existência da força de gravidade ... e portanto exigiria o lugar a que teria direito ...
É impressão minha ou a reivindicação em causa é um atestado de estupidez aos próprios?
... ainda só não se reclamou que professor queima as pestanas.
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Da avestruz
No Jumento, Raimundo Amorim deixou um comentário ao meu artigo anterior, nestes termos:
Caro Jumento... a minha resposta:
Achei o seu post delicioso e com uma enorme capacidade crítica de "olhar" para o que verdadeiramente se passa na Educação. Temos de facto professores a mais e ministra a menos e a forma desprestigiante como esta tem tratado aqueles leva a que alguns (cada vez menos) ressabiados façam analises do tipo daquelas que fez range-o-dente.
Como já alguém disse se na actual confusão em que vive o nosso sistema de ensino os professores de Geografia ensinassem cartografia aos pombos-correio estes não conseguiriam chegar ao seu destino. E a culpa não seria dos professores. Nem sempre aquilo que parece é.
Raimundo Amorim.
"leva a que alguns (cada vez menos) ressabiados fa çam analises do tipo daquelas que fez range-o-dente."
Sabe, caro Raimundo, as pessoas podem ser convencidas, não necessariamente vencidas. Mas a realidade não pode ser convencida, apenas vencida.
Os professores têm sistematicamente tentado convencer a realidade. Debitam prosas convencidos que a realidade se verga a elas.
Depois, tendo desgostos, continuam ainda a insistir que são educadores.
Indo ainda mais directo ao assunto, pode dizer-se: se são incapazes de compreender o mundo que lhes diz respeito, porque carga de água hão de ser vistos como autoridade para ensinar a outros o que é o mundo?
Há professores a mais e inteligência a menos
Acicatado pelo António (chapelada), aqui fica mais uma autópsia.
Se o prestígio não se reivindica, conquista-se, muito menos se renega tomando posições desprestigiantes, e querendo, em simultâneo, manter o prestígio via reivindicação classista.
Parece até que os médicos tiveram sucesso à custa dos professores.
... tse, tse, tse.
O estado poderia ter previsto tudo e mais alguma coisa, os jovens ficaram em segundo lugar no acesso à inteligência obtida pelas ratazanas.
... e depois saíram ... “educadores”.
Pretende-se agora sacudir a água do capote e escamotear que os professores venderam a sua dignidade a proventos salariais relativos face a amanhãs-que-cantam que redundaram numa taxa de “sucesso escolar” miserável cuja qualidade nem vale a pena abordar: coisas do mundo do eduquês.
Não é por acaso que se lhe chama “sucesso escolar” e não sucesso educativo: mais uma sacudidela de capote.
Coisas que acontecem quando os iguais apoiam implicitamente a retirada de tapete, de que padecem os mais iguais.
... não tendo aprendido a bem, terão que aprender a mal. ... coisas que a “educação” deles bem podia ter evitado, não fosse dado o caso de ter sido, desde há 20 anos, capitaneada por “cientistas em educação”.
... engenhêros.
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Quando a ministra da Educação diz que a oferta de professores é maior do que a procura tem razão, mas a forma como aborda este problema é menos própria e revela uma falta de consideração pelos professores que é inaceitável num responsável pela educação. A ministra fala dos professores como se fosse o encarregado de uma obra pública a dizer aos serventes de pedreiro que procurem outra obra, porque para a semana já não há trabalho.Este parágrafo resume bem o filme O Triunfo dos Porcos. Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros. O ajudante de pedreiro pode ser despedido, ser enviado às urtigas, passar fome, que, não pertencendo à casta dos professores, nada poderá, por alí, ser apontado como inaceitável.
É evidente que o número de alunos e mesmo de escolas diminui, que as funções não educativas das escolas, como é o caso da sua gestão, tenderá a não ser desempenhadas por professores. É também evidente que a melhoria do ensino pode colidir com hábitos e mesmo direitos concedidos no passado.“Direitos concedidos no passado” ... resvalando, implicitamente para direitos inalienáveis. “Pode colidir” ... mas a força que “põe em causa” não deve prevalecer ...
Mas isso não implica que se crie na sociedade a ideia de que os professores são uns malandros, sem professores prestigiados e socialmente considerados nenhuma reforma do ensino será bem sucedida.Pois não implica, a não ser que o prestígio seja abalado por posições de defesa de casta, claramente o caso presente.
Só que não se entende que o primeiro-ministro ande com o porta-bagagens do carro cheio de portáteis para distribuir pelos bem sucedidos das Novas Oportunidades e que a ministra da Educação revele tanto desprezo por milhares de professores que são vítimas da redução do número de vagas no ensino. Que se saiba foi o Estado que criou os cursos, que estimulou a formação de professores, ninguém chegou a professor com um curso de fachada pago com dinheiros do Fundo Social Europeu.... o Estado criou e os tais de “professores”, pertensamente gente com algo entre as orelhas, que se comporta como as ratazanas: morde o isco. Fica-se a saber que o “professor”, cujo percurso formativo foi isento de processos de fachada, chegou ao fim da ladeira sem perceber que estava a ser “vítima” de um isco, como se nunca o tivesse alimentado a coisa conscientemente. Perdão, antes de ferrar o dente, a ratazana é mais cautelosa.
O mínimo que se esperava era que a ministra e o próprio primeiro-ministro abordassem este problema com alguma preocupação, com a mesma preocupação que por vezes se assiste quando fecha uma fábrica. Não basta dizer-lhes para irem ao centro de emprego mais próximo onde ainda por cima estão a ser maltratados. Ao terem optado por ser professores alguns destes profissionais dedicaram os melhores anos da sua vida à preparação, optaram por aquela que consideraram ser a sua vocação, desprezaram outras oportunidades profissionais.... e não se percebe que a merda que tem saído das organizações sindicais dos professores resultou no facto de já ninguém ter pachorra para aturar reivindicações de casta? Reclamam-se agora os poucos direitos de quem, sempre tendo aguentado sem estrebuchar, se encontra numa encruzilhada difícil. Serão os “professores” os únicos legítimos detentores do direito a estrebuchar?
Se o prestígio não se reivindica, conquista-se, muito menos se renega tomando posições desprestigiantes, e querendo, em simultâneo, manter o prestígio via reivindicação classista.
O que teria sucedido ao sistema de ensino se há dez ou quinze anos os jovens não tivessem optado pela carreira de professor prevendo que estes seriam excedentários? Agora estaríamos a contratar professores brasileiros ou mesmo galegos, foi isso que sucedeu com os profissionais da saúde onde o numerus clausus criou uma situação simétrica à do ensino, onde a oferta de profissionais é menor do que a procura. O Estado poderia e deveria ter previsto esta situação mas por incompetência, cinismo ou mesmo oportunismo das universidades nada fez, milhares de jovens deram o melhor nos seus estudos para agora estarem num beco sem saída.Depreende-se que à data “em que os jovens” optaram pela carreira de professor, não houvesse organizações sindicais compostas por adultos. Coitados. Todos jovens, embarcaram numa trapaça de governantes. Aborrecem-se agora perante o sucesso de outra casta, a dos médicos que, em devido tempo, trataram de “garantir” o seu futuro fazendo exactamente o contrário daquilo que fizeram os professores.
Parece até que os médicos tiveram sucesso à custa dos professores.
... tse, tse, tse.
O estado poderia ter previsto tudo e mais alguma coisa, os jovens ficaram em segundo lugar no acesso à inteligência obtida pelas ratazanas.
... e depois saíram ... “educadores”.
A ministra da Educação deveria compreender que há uma grande diferença entre uma responsável pela educação e um qualquer encarregado responsável por contratar serventes para uma obra pública. Deveria compreender mas pelos vistos não compreende ou a sua má formação leva-a a pensar que quanto pior tratar os professores mais fará passar a ideia de que é a grande reformadora do ensino. Reduzir o problema da redução dos alunos a uma consequência da natalidade é oportunismo, a ministra sabe (ou será que sabe mesmo?) que um dos problemas do ensino em Portugal é a reduzida escolaridade dos portugueses.Serventes e professores não são, de facto, a mesma coisa. Se os professores se comportassem como serventes já seria um passo em frente. Um dos problemas do ensino em Portugal reside na reduzida inteligência demonstrada pelo comportamento dos professores. O normal seria usarem da inteligência que, descobrem agora, os ajudantes de pedreiro também têm.
Se é verdade que a tendência é para que haja menos alunos, daí podendo resultar um excedente de professores, também é verdade que a ministra deveria questionar-se porque há professores a menos, não fazendo passar a ideia de que tudo resulta do défice de libido dos portugueses. A verdade é que ao mesmo tempo que a ministra explica que há menos crianças os dados do Eurostat a percentagem de jovens que saíram precocemente da escola e cujo nível de estudos não ultrapassa o 9º ano de escolaridade subiu de 38,6%, em 2005, para 39,2%. Isto é, uma parte dos professores que ficou no desemprego foi vítima da incapacidade de a ministra para adoptar políticas que reduzam o abandono escolar. Esta taxa vergonhosa é mais do dobro da média europeia.A ministra nunca poderá questionar-se porque haverá professores a menos no exacto momento em que há professores a mais. A matemática invocada fundamente o primeiro lugar obtido pelas ratazanas. Fica-se a “saber” que os portugueses fornicam QB mas que os rebentos abandonam a escola. Tá bem.
Pretende-se agora sacudir a água do capote e escamotear que os professores venderam a sua dignidade a proventos salariais relativos face a amanhãs-que-cantam que redundaram numa taxa de “sucesso escolar” miserável cuja qualidade nem vale a pena abordar: coisas do mundo do eduquês.
Não é por acaso que se lhe chama “sucesso escolar” e não sucesso educativo: mais uma sacudidela de capote.
Em vez de dissertar sobre as curvas da oferta e da procura do mercado de trabalho dos professores a ministra deveria explicar porque motivo o Governo foi incapaz de cumprir comas metas que estabeleceu para o abandono escolar (30% até 2008 e para 25% até 2010) e para a percentagem de jovens com o ensino secundário (65% até 2010). A verdade é que muitos dos que pensaram poder continuar a ser professores acreditando nas metas do governo estão agora no desemprego a ouvir a ministra dizer-lhes que a culpa foi do aumento do consumo de preservativos há dez anos atrás.... o professor como espantalho. Nada tem a ver como ele, a não ser no caso de nem conseguir ser, de facto, professor.
Todavia, é um facto que a inversão das tendências da natalidade e a contínua formação de professores resulta-se num desajustamento entre a oferta e a procura de docentes e que mesmo que se adoptem algumas medidas paliativas e se combata o abandono escolar o problema persista. É necessário abordar o problema com uma sensibilidade que a ministra, mais empenhada em resolver o défice público do que os problemas do ensino, não evidenciou.... como se não se tivesse mantido a engrenagem bem oleada e bem alimentada na expectativa de continuar a aumentar o número de “professores” pela via da redução do número de alunos por turma. Como se a generalidade dos professores não tivesse alinhado na aceitação de matéria aberrante, de “paradigmas” aparvalhados e não tivesse alinhado na transformação do aluno indisciplinado em aluno “hiper-activo”.
Se a ministra quer fazer uma abordagem primária do mercado de trabalho dos professores afirmando que há um excesso da procura, então também terá que concluir que há um défice na procura pela qual ela própria é responsável. Temos, portanto, professores a mais e ministra a menos.Palermices como esta, “gira”, apenas afundam ainda mais o residual prestígio dos professores face ao mundo real, no qual os professores “se vêm”, agora, forçados a viver!
Coisas que acontecem quando os iguais apoiam implicitamente a retirada de tapete, de que padecem os mais iguais.
... não tendo aprendido a bem, terão que aprender a mal. ... coisas que a “educação” deles bem podia ter evitado, não fosse dado o caso de ter sido, desde há 20 anos, capitaneada por “cientistas em educação”.
... engenhêros.
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07/09/2007
Jobs for the boys
Relacionadas com a posta anterior, eis um caso apalermado, secundado aqui e devidamente dissecado aqui.
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06/09/2007
Abandalhemos rumo ao lucro
Um dia destes ouvi um dirigente sindical de um sindicato de professores verberar contra a não colocação de um batatal de docentes (precisarei logo que a memória mo permita).
O homem referiu que a indisciplina raiava e que turmas mais pequenas ajudaria a resolver dois problemas: o da indisciplina dos alunos e da não colocação dos professores.
A mim a coisa soou-me a um apelo a mais um reforço do desleixo à manutenção da disciplina por forma a tornar inevitável a medida proposta.
... jobs for the boys.
... se calhar e coisa que já vem de longe. Uns, mais palermas, dirão que sim. Outros menos palermas, dirão também que sim. Os não alinhados serão chamados de Velhos do Restelo ou "negacionistas" face ao que "toda a gente sabe".
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O homem referiu que a indisciplina raiava e que turmas mais pequenas ajudaria a resolver dois problemas: o da indisciplina dos alunos e da não colocação dos professores.
A mim a coisa soou-me a um apelo a mais um reforço do desleixo à manutenção da disciplina por forma a tornar inevitável a medida proposta.
... jobs for the boys.
... se calhar e coisa que já vem de longe. Uns, mais palermas, dirão que sim. Outros menos palermas, dirão também que sim. Os não alinhados serão chamados de Velhos do Restelo ou "negacionistas" face ao que "toda a gente sabe".
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