28/04/2005
Será que o Spirit encontrou um leito de rochas em Columbia Hills (colinas)?
Sumário – (26 de Abril de 2005) Desde a sua chegada às colinas de Columbia, Spirit, uma dos rovers exploradores de Marte, tem deparado com alguns misteriosos fenómenos.
A roda frontal direita do Spirit, cujos problemas de “arterite” têm importunado a sua jornada de 3 quilómetros através da planície, está agora a funcionar em perfeitas condições, e os painéis solares, outrora de tal forma cobertos de pó que não lhes permitia obter mais de 50% da sua capacidade em gerar electricidade, aparecem agora miraculosamente limpos.
O maior mistério nas colinas de Columbia está nos afloramentos rochosos angulosos que o Spirit encontrou nas proximidades de “Larry’s Lookout” na colina Husband.
Desenvolvimento (em inglês).
27/04/2005
Já se cá sabia – Saddam e Kim Il-Sung, herois da esquerda (?)
Escreve Votem nas Putas:
Pronto, agora é oficial: a CIA concluiu que não existem armas de destruição massiva no Iraque.Continua a transparecer que determinada esquerda (será?) acha que não é de remover do poder ditadores facínoras e cruéis.
Sabia-se que Saddam era um facínora, um ditador cruel e, provavelmente, bastariam estes atributos para justificar uma guerra.
É caso para dizer que não havia necessidade de inventar a desculpa do combate ao terrorismo e as armas de destruição massiva para consolidar posições geo-estratégicas.
Assim, passam a ter razão todos os que criticaram os fundamentos então invocados, por mais que hoje os protagonistas da guerra nos venham falar em restabelecimento da democracia no Iraque.
Esta só aconteceu como efeito colateral de uma guerra insensatamente iniciada.
Se é de instauração da democracia que se trata, para quando a invasão da Coreia do Norte?
Continua a transparecer que determinada esquerda (será?) acha que não deve haver consolidação de posições geo-estratégicas em zonas dominadas por ditadores facínoras e cruéis, por potências capazes de propiciar a instauração de democracias (incipientes que sejam) derrubando figuras que consideram o seu povo como não mais que gado.
Continua a transparecer que determinada esquerda (será?) continua sem coragem de defender, para si, o que defende para os outros – ditaduras facínoras e cruéis. Aposto de a mesma determinada esquerda (será?) festejou (como eu) o 25 de Abril – eu sei porque o relembro sempre, será que essa esquerda (será?) o sabe ao certo?
Quanto à Coreia do Norte, por mim, se for possível – se for exequível – derrube-se já o ditador. Que não haja potências dispostas a dar o passo pode ser censurável. O que é certamente censurável é não se ter a coragem de declarar que urge derrubar a ditadura norte-coreana. Se calhar não é uma questão de coragem. É pior ainda …
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26/04/2005
Acusação versus compreensão
O Barnabé salta em defesa do governo timorense. E salta bem, em quase tudo (e o quase é pouco relevante).
Gostaria no entanto de ter conseguindo encontrar, no mesmo blog, textos de semelhante conteúdo também em relação aos poderes muçulmanos por esse mundo fora. Tenho ideia de que, nestes, casos se tratarão simplesmente “de culturas diferentes que devemos tentar compreender” …
Se estiver errado, venham os links. O endereço, está no topo deste blog.
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Gostaria no entanto de ter conseguindo encontrar, no mesmo blog, textos de semelhante conteúdo também em relação aos poderes muçulmanos por esse mundo fora. Tenho ideia de que, nestes, casos se tratarão simplesmente “de culturas diferentes que devemos tentar compreender” …
Se estiver errado, venham os links. O endereço, está no topo deste blog.
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Timor e a separação de poderes
A notícia referia que estavam a decorrer manifestações em frente à cede do governo timorense por causa de uma decisão deste no sentido de tornar facultativas as aulas de religião e moral.
“Já?”, pensei de imediato. Sendo razoável que isso pudesse vir a acontecer, surpreendeu-me que a sociedade timorense estivesse já preparada para essa medida. Supus que a manifestação fosse uma coisa incipiente porque me pareceu que a Igreja Católica timorense não tivesse dificuldade em convencer o seu rebanho a assistir às aulas. Não percebi então, e continuo ma mesma, se a possibilidade em não assistir às aulas era facultativa por opção da família, tornando implícita a sua obrigatoriedade se ela assim decidisse – caso os encarregados de educação decidissem que os jovens fossem às aulas de religião e moral então a sua presença fosse implicitamente obrigatória, ou ser-lhes-ia marcada falta – ou se os alunos poderiam optar por sua livre iniciativa (o que me parece excessivo sendo crianças).
Não esperava a reacção da Igreja Católica timorense, na pessoa de Ximenes Belo. Estava notoriamente irritado com a medida, o que me fez perceber que a segurança deste na devoção do seu rebanho não seria tanta quanto eu supunha inicialmente. Se o nível de devoção fosse alto, talvez bastasse sugerir que as famílias devessem instruir os educandos a ir às aulas para que a medida ficasse vazia de conteúdo.
Salvo novos desenvolvimentos, tudo parece indicar que o governo timorense esteja a tentar separar as águas e que a Igreja Católica esteja a reagir tentando não perder a influência que parece deter directamente dentro do estado timorense.
O conflito parece estar a trepar – a igreja timorense pede o afastamento do primeiro ministro … o que me parece ilegítimo porque me pareceria também ilegítimo que o governo timorense exigisse, fosse qual fosse a razão, o afastamento do bispo Ximenes. São ambos poderes legítimos, mas de tipos distintos. Os respectivos campos não se devem entre-cruzar.
Esta última declaração parece ainda justificar a medida governamental, porque parecendo tornar claro um défice de homogeneidade no comportamento religioso dos timorenses, legitima duplamente a medida tomada.
…
Em relação aos reflexos internos, é curioso lembrar três coisas:
1 – a reacção da esquerda em defesa da relação de poderes entre religião e estado no Iraque, em que se percebe que àquela esquerda parece razoável que, no Iraque, não haja (nem venha a haver) separação de poderes,O segundo caso é contraditório em relação ao primeiro, o terceiro em relação ao segundo.
2 – a recente reacção da mesma esquerda a uma homilia de propaganda eleitoral reclamando que a separação de poderes existente (que a mesma esquerda vê, para consumo próprio, como um direito fundamental) torna essa uma atitude inadmissível
3 – a ausência de reacção da mesma esquerda aos acontecimentos em Timor.
Poder-se-ia dizer que, no segundo caso se tratava de um problema interno (de Portugal) e no terceiro um problema externo. Mas o primeiro também era externo.
Freitas do Amaral manifesta-se preocupado com o sucedido em Timor. A sua expressão faz transparecer essa inquietação, mas não a consubstancia. Sendo razoável que seja parco em comentário, pelo menos por enquanto, vejamos se assim continua caso as coisas se compliquem. Nessa altura veremos se terá presentes os disparates que verteu sobre a administração Bush ou as contradições da esquerda kitsch.
22/04/2005
Bernardino Soares e o éter
É doloroso ver Bernardino Soares, na Assembleia da República, acusando o governo, no que respeita à questão da venda de medicamentos fora das farmácias, de ter cedido ao loby das grandes superfícies.
É doloroso, não por se ter Bernardino esquecido de felicitar o governo por ter dado uma cacetada a um dos lobies mais bem organizados e entrincheirado cá do burgo (o das farmácias), mas por se estar perante a visão de um ser humano cuja única forma de dar a entender que supõe estar vivo é a de dizer qualquer coisa, simplesmente para ocupar o éter … que afinal nunca existiu.
Faleceu Edgar Correia
Durante longos anos militou no Partido Comunista Português, muitos deles em lugares de topo.
Que o Partido se tenha incompatibilizado com ele, ou vice versa, são coisas da vida. Mas a história não pode ser apagada e é ignóbil que o partido não se tenha feito representar no funeral de uma pessoa que à defesa das suas causas políticas dedicou a maior parte da vida.
Lá estava Manuel Carvalho da Silva - gente civilizada é outra coisa.
Voltando ao PCP, é difícil ser-se mais bronco. Bimbo mesmo.
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Choque tecnológico
Esta coisa de choque tecnológico é uma conversa com zero de sentido. Uma espécie de masturbação intelectual ... Que coisa mais estúpida. Só falta decretarem que o choque está feito e teve sucesso. Se decretassem que chovesse, teriam talvez mais sucesso.
Suponho que o Blasfémias tenha razão.
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Suponho que o Blasfémias tenha razão.
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21/04/2005
Kuwait: mulheres vão poder votar e ser eleitas
Mais um facto que não está de cordo com a predições da esquerda em relação às consequências da política de George Bush para o Médio Oriente.
No Público, pode ler-se:
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No Público, pode ler-se:
Kuwait: mulheres vão poder votar e ser eleitas (19.04.2005)Quem está na origem de mais esta, quem? Será que a esquerda também a vai considerar negativa? Ou negativa por ser insuficiente (não é perfeito - não serve)?
Os deputados do Parlamento do Kuweit chegaram a um acordo de princípio para a elaboração de um projecto de lei que dá às mulheres o direito de voto e que as torna elegíveis já a partir das próximas eleições.
A legislação, já aprovada em Outubro de 2003 pelo Governo, passou com os votos favoráveis de 26 deputados. Votaram contra 20 deputados e três abstiveram-se.
Todos os deputados tribais e islamistas, que são contra os direitos políticos das mulheres, votaram contra este projecto de lei.
O Parlamento é composto por 50 deputados eleitos mais 15 membros do Governo, que também têm direito de voto.
A última votação deverá decorrer dentro das duas próximas semanas.
A Constituição do Kuwait garante a igualdade entre os sexos, mas a lei eleitoral só dá direito de voto aos homens.
Em 1999, o emir árabe promulgou um decreto sobre o direito de voto e a elegibilidade das mulheres. O documento foi posteriormente aprovado pelo Governo mas rejeitado pelo Parlamento.
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O espírito do tempo
Em O Acidental, pode ler-se:
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"O “espírito do tempo” é, de resto, a coisa mais totalitária que conheço."Há que ler todo o artigo.
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O voto de George Bush ... - ADENDA
Há uma adenda a este artigo, aqui transcrita:
Adenda (inserida a 21 de Abril).
Suponho ainda que a administração norte americana se esteja razoavelmente nas tintas para o resultado do referendo francês e para a possibilidade da entrada em vigor, ou não, do Tratado Constitucional.
Se ele for aprovado ficará assistindo ao desenvolvimento das contradições internas da Comunidade Europeia em que cada um dos multilateralistas membros tentará levar de vencida o seu particular multilateralismo.
Se não for aprovado ficarão assistindo, calmamente, à resultante peixeirada. Neste caso ficarão um pouco mais atentos porque a Comunidade estará mais perto da realidade, portanto mais divorciada do planeta dos gambuzinos em que tende a viver, pelo menos no que respeita à política francesa / alemã / espanhola. Evidentemente que os norte americanos terão a vida tanto menos facilitada quanto menos a Europa viver um ambiente de ficção.
Voltando a Mário Soares e George Bush, o que mais interessa saber à administração americana é que figuras de referência da Europa tenham em conta a opinião de George Bush num óbvio assunto interno da Comunidade. George Bush não vota, evidentemente. Mas influencia o voto (muitos votos - vota indirectamente, múltiplas vezes) pela mão de figuras de referência europeias. Antes votasse – seria apenas mais um voto.
Há ainda outra forma de encarar a coisa: será que Mário Soares tenta usar o papão George Bush para influenciar o voto a favor do Tratado? Neste caso além da implícita fraqueza, seria uma reedição da história da deglutição de criancinhas, pelos comunistas, ao pequeno almoço (para os mais novos, há que procurar referências ao assunto na época pós 25 de Abril) – enfim, o problema do sapo (para os mais novos, novamente, trata-se de uma referência à campanha eleitoral presidencial entre Freitas do Amaral e Mário Soares. Já agora, nessa altura, Freitas do Amaral era acusado, por Mário Soares, de “ter acordado tarde para a política” e “ter uma postura pouco claramente anti-totalitária”. Na minha opinião isto era verdade e continua a ser: detecto em Freitas do Amaral uma mistura bizarra de egocentrismo com totalitarismo).
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Mário Soares
20/04/2005
Detector pronto para receber feixe de neutrinos
A escada, localizada à direita, dá uma boa noção das dimensões do equipamento.
Sumário – (5 de Março de 2005) Alguns cientistas começaram a disparar um feixe de neutrinos, através da terra, até um alvo localizado a 735Km de distância.
Esta experiência ajudará a equipe a compreender como são os neutrinos capazes de atravessar tremendas quantidades de matéria, raramente interagindo.
Considera-se actualmente que existem pelo menos 3 variedades (ou sabores) de neutrinos, respectivamente associados aos electrões, aos muões e às partículas tau.
Pensa-se que só serão gerados neutrinos da variedade associada ao muão, mas isso será confirmado por detectores colocados junto à origem no e(in)jector, situado no laboratório "Fermilab", perto de Chicago.
Se no alvo, situado no subsolo, na mina Soudan no Norte do estado de Minnesota, se detectar qualquer outra variedade de neutrino, poderá concluir-se então que a variedade original (muão) se terá transformado.
Com sorte, poderão mesmo vir a capturar-se partículas no exacto momento da sua transformação (de uma para outra variedade) podendo então os cientistas vir a compreender melhor o que se terá passado durante o trajecto entre Chicago e o Minnesota.
Desenvolvimento (em inglês).
Link recomendado (em inglês).
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O voto de George Bush no Tratado Constitucional Europeu
No Público de 19 de Abril pode ler-se:
Num debate com o deputado bloquista Fernando Rosas, Mário Soares disse que votar pelo "não" deixará Bush "muito contente".
O simples facto de Mário Soares referir o agrado ou desagrado do presidente dos norte americanos a uma decisão estritamente interna da Comunidade Europeia espelha não só insegurança na justeza das decisões internas dos europeus como uma assumida dependência de decisão em relação ao voto, nesta matéria, face à opinião de George Bush. Mário Soares não é um qualquer cidadão da Europa, ou, pelo menos, não parece querer assumir-se nem ser considerado como tal.
A opinião de Bush nunca deveria ser chamada à discussão nesta matéria. Quanto muito para referir que ela seria, simplesmente, irrelevante (ignorando-a implicitamente).
Chamar sistematicamente George Bush aos assuntos internos da Europa espelha o caminho de irrelevância política que ela tem trilhado, legitimando implicitamente a ingerência dos norte americanos nos assuntos políticos internos da Europa.
Os Estados Unidos da América vão-se afirmando não só como polícias do mundo, mas também como guardiões do mundo, e conseguem-no não só pelo esforço próprio mas também pela demissão de outros eventuais pólos - neste caso a Europa.
Suponho que os chineses não andem distraídos.
Adenda (inserida a 21 de Abril).
Suponho ainda que a administração norte americana se esteja razoavelmente nas tintas para o resultado do referendo francês e para a possibilidade da entrada em vigor, ou não, do Tratado Constitucional.
Se ele for aprovado ficará assistindo ao desenvolvimento das contradições internas da Comunidade Europeia em que cada um dos multilateralistas membros tentará levar de vencida o seu particular multilateralismo.
Se não for aprovado ficarão assistindo, calmamente, à resultante peixeirada. Neste caso ficarão um pouco mais atentos porque a Comunidade estará mais perto da realidade, portanto mais divorciada do planeta dos gambuzinos em que tende a viver, pelo menos no que respeita à política francesa / alemã / espanhola. Evidentemente que os norte americanos terão a vida tanto menos facilitada quanto menos a Europa viver um ambiente de ficção.
Voltando a Mário Soares e George Bush, o que mais interessa saber à administração americana é que figuras de referência da Europa tenham em conta a opinião de George Bush num óbvio assunto interno da Comunidade. George Bush não vota, evidentemente. Mas influencia o voto (muitos votos - vota indirectamente, múltiplas vezes) pela mão de figuras de referência europeias. Antes votasse – seria apenas mais um voto.
Há ainda outra forma de encarar a coisa: será que Mário Soares tenta usar o papão George Bush para influenciar o voto a favor do Tratado? Neste caso além da implícita fraqueza, seria uma reedição da história da deglutição de criancinhas, pelos comunistas, ao pequeno almoço (para os mais novos, há que procurar referências ao assunto na época pós 25 de Abril) – enfim, o problema do sapo (para os mais novos, novamente, trata-se de uma referência à campanha eleitoral presidencial entre Freitas do Amaral e Mário Soares. Já agora, nessa altura, Freitas do Amaral era acusado, por Mário Soares, de “ter acordado tarde para a política” e “ter uma postura pouco claramente anti-totalitária”. Na minha opinião isto era verdade e continua a ser: detecto em Freitas do Amaral uma mistura bizarra de egocentrismo com totalitarismo).
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Pregas no espaço-tempo podem ser a explicação para a energia escura
Sumário – (18 de Março de 2005) Uma equipe internacional de astrofísicos desenvolveu uma nova teoria para explicar a aceleração da expansão do universo, conhecida como “energia escura”.
A equipe supõe que, em vez ser a misteriosa energia a empurrar a matéria a uma taxa de aceleração, o fenómeno poderá ser resultante do aparecimento natural de pregas no espaço e no tempo, criadas durante os momentos iniciais de expansão após o Big Bang.
Estas pregas poderão alargar-se para lá do que se pode observar usando os telescópios actuais, não se podendo fazer mais do que calcular a sua existência.
Desenvolvimento (em inglês).
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19/04/2005
Procura de Energia Negra estudará 300 milhões de galáxias
Sumário – (23 de Março de 2005) Está em preparação um novo levantamento astronómico para ajudar a descobrir a fonte da misteriosa energia escura [negra?] que acelera a expansão do universo.
Planeada para começar em 2009, a Busca de Energia Escura [negra?] recolherá dados em aproximadamente 300 milhões de galáxias, abrangendo os últimos 2/3 da história do universo.
Uma câmara de 520 milhões de pixeis será instalada no telescópio Blanco, de 4 metros, do Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo no Chile, esperando os astrónomos pesquisar o céu 10 vezes mais rapidamente que anteriormente.
Desenvolvimento (em inglês).
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Detritos como balas
Sumário – (22 de Março de 2005) Quando se está for a da atmosfera terrestre, perde-se a sua protecção contra detritos espaciais. Pequenas partículas, mais pequenas que alguns centímetros, movimentam-se a tais velocidades que podem causar tremendos estragos se colidirem com um satélite ou astronauta.
Em 1993, enquanto reparavam o Telescópio Espacial Hubble, os astronautas descobriram, numa antena, um buraco, numerosas pequenas covas e fendas.
Que estratégias podem adoptar os planeadores de missões para proteger, no espaço, pessoas e equipamento?
Desenvolvimento (em inglês).
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Os carvões
Imagine-se que a chaminé do fumo papal apareceria entupida.
Imagine-se que o fumo negro produzido não poderia sair, invadiria as salas cardinalícias e os ditos seriam obrigados a debandar, espavoridos, de cara enfarruscada.
Imagine-se a orgia “informativa” que isso iria gerar. Até os satélites de telecomunicações sairiam de órbita. Alguns chocariam mesmo com o Hubble e com o Chandra.
A esquerda (Kitsch e Cro-magnon), atenta ao atentado ao multi-lateralismo demonstrado recentemente pela Santa Sé, apresar-se-ia a declarar – “só podem ter sido os Bushistas … “
Imagine-se que o fumo negro produzido não poderia sair, invadiria as salas cardinalícias e os ditos seriam obrigados a debandar, espavoridos, de cara enfarruscada.
Imagine-se a orgia “informativa” que isso iria gerar. Até os satélites de telecomunicações sairiam de órbita. Alguns chocariam mesmo com o Hubble e com o Chandra.
A esquerda (Kitsch e Cro-magnon), atenta ao atentado ao multi-lateralismo demonstrado recentemente pela Santa Sé, apresar-se-ia a declarar – “só podem ter sido os Bushistas … “
18/04/2005
O cano roto
Parece-me que há uma manobra de diversão neste artigo.
Segundo percebi, veio a averiguar-se que alguém, dentro da ONU, pactuava com “fugas” de petróleo iraquiano, à revelia das resoluções da ONU, lucrando com elas.
Ana Gomes chama a atenção que ingleses e norte americanos sabiam da coisa.
Não nego que assim fosse. Mas, segundo leio no mesmo artigo, Ana Gomes, e outros diplomatas portugueses, sabia do mesmo … O que os põe então ao abrigo das mesmíssimas críticas que parecem fazer a ingleses e americanos?
Provavelmente toda a gente sabia. De facto até eu já tinha ouvido, na comunicação social, nomeadamente a Pacheco Pereira, referências ao assunto.
O que não percebo é porque chama Ana Gomes a atenção para ingleses e norte americanos sem apontar a responsabilidade do ocorrido - sem falar na corrupção propriamente dita, perpetrada, segundo julgo perceber, directamente por funcionários da ONU.
Uma coisa é saber-se que as sanções estão a ser furadas. Outra coisa é saber-se que estão a ser furadas com lucro de funcionários da ONU. Neste caso a dúvida imediata é saber se as furadelas são catalisadas directamente de dentro da ONU para obter proventos directos.
Ana Gomes não refere que ingleses ou norte americanos soubessem da corrupção dentro da ONU (coisa que suspeito saberem porque, naturalmente, no timming apropriado seria – e foi – uma boa arma de arremesso).
Será que Ana Gomes está simplesmente chocada pela mistura de Jack Straw com as virgens?
Ou dar-se-há o caso de ter havido mais gente a saber da corruptiva marosca?
Já agora, toda a gente sabia menos o Kofi? Até a Ana Gomes sabia ... Se calhar é o Kofi a virgem enganada …
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Segundo percebi, veio a averiguar-se que alguém, dentro da ONU, pactuava com “fugas” de petróleo iraquiano, à revelia das resoluções da ONU, lucrando com elas.
Ana Gomes chama a atenção que ingleses e norte americanos sabiam da coisa.
Não nego que assim fosse. Mas, segundo leio no mesmo artigo, Ana Gomes, e outros diplomatas portugueses, sabia do mesmo … O que os põe então ao abrigo das mesmíssimas críticas que parecem fazer a ingleses e americanos?
Provavelmente toda a gente sabia. De facto até eu já tinha ouvido, na comunicação social, nomeadamente a Pacheco Pereira, referências ao assunto.
O que não percebo é porque chama Ana Gomes a atenção para ingleses e norte americanos sem apontar a responsabilidade do ocorrido - sem falar na corrupção propriamente dita, perpetrada, segundo julgo perceber, directamente por funcionários da ONU.
Uma coisa é saber-se que as sanções estão a ser furadas. Outra coisa é saber-se que estão a ser furadas com lucro de funcionários da ONU. Neste caso a dúvida imediata é saber se as furadelas são catalisadas directamente de dentro da ONU para obter proventos directos.
Ana Gomes não refere que ingleses ou norte americanos soubessem da corrupção dentro da ONU (coisa que suspeito saberem porque, naturalmente, no timming apropriado seria – e foi – uma boa arma de arremesso).
Será que Ana Gomes está simplesmente chocada pela mistura de Jack Straw com as virgens?
Ou dar-se-há o caso de ter havido mais gente a saber da corruptiva marosca?
Já agora, toda a gente sabia menos o Kofi? Até a Ana Gomes sabia ... Se calhar é o Kofi a virgem enganada …
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Assim não brinco
Vou descrever um meu dia típico de trabalho no que respeita a pormenores organizativos.
Eu trabalho em função de pedidos – vulgo pedidos remunerados a recibo verde.
Mantenho uma agenda com os trabalhos marcados para não faltar àqueles com que me comprometo.
Comecei hoje a trabalhar às 8 da manhã.
Às 10, telefonam-me de uma empresa para saberem se eu posso ir imediatamente para lá executar um trabalho cuja existência que se tinham esquecido de me comunicar.
Expliquei que nada era possível porque estava, exactamente, executando outro.
Entretanto vão-me telefonando outros colegas tentando saber se eu conhecia alguém que estivesse imediatamente disponível para o mesmo tipo de tarefa. Inquirindo concluo que estão todos de volta do mesmo problema.
Sem que houvesse solução, a empresa combina com o cliente final outras hora, 7 da tarde, e telefona-me para me dizer para estar lá então a essa hora.
Justamente a essa hora tenho outro trabalho, mas sabendo não ter um timmimg crítico, telefono a esse meu cliente para adiar o trabalho para o dia seguinte, coisa que fica assente.
Apresento-me na empresa que me tinha telefonado às 5 horas da tarde, a tempo dos preparativos necessários.
Com tudo preparado, dirijo-me à pessoa responsável para recolher matéria prima que me permita começar a executar o trabalho mal chegue o cliente final.
É-me, nessa altura, dito, que afinal o cliente final já não vinha, e que se tinham esquecido de me dizer …
Isto repete-se vezes sem conta …
… há “por aí” problemas de eficiência no trabalho ???
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Eu trabalho em função de pedidos – vulgo pedidos remunerados a recibo verde.
Mantenho uma agenda com os trabalhos marcados para não faltar àqueles com que me comprometo.
Comecei hoje a trabalhar às 8 da manhã.
Às 10, telefonam-me de uma empresa para saberem se eu posso ir imediatamente para lá executar um trabalho cuja existência que se tinham esquecido de me comunicar.
Expliquei que nada era possível porque estava, exactamente, executando outro.
Entretanto vão-me telefonando outros colegas tentando saber se eu conhecia alguém que estivesse imediatamente disponível para o mesmo tipo de tarefa. Inquirindo concluo que estão todos de volta do mesmo problema.
Sem que houvesse solução, a empresa combina com o cliente final outras hora, 7 da tarde, e telefona-me para me dizer para estar lá então a essa hora.
Justamente a essa hora tenho outro trabalho, mas sabendo não ter um timmimg crítico, telefono a esse meu cliente para adiar o trabalho para o dia seguinte, coisa que fica assente.
Apresento-me na empresa que me tinha telefonado às 5 horas da tarde, a tempo dos preparativos necessários.
Com tudo preparado, dirijo-me à pessoa responsável para recolher matéria prima que me permita começar a executar o trabalho mal chegue o cliente final.
É-me, nessa altura, dito, que afinal o cliente final já não vinha, e que se tinham esquecido de me dizer …
Isto repete-se vezes sem conta …
… há “por aí” problemas de eficiência no trabalho ???
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Manuel Carvalho da Silva
É imperdoável, mas tenho-me esquecido de debitar umas sílabas acerca da entrevista de Manuel Carvalho da Silva, Secretário Geral da CGTP, há umas 3(?) semanas, no programa Diga Lá Excelência.
Sempre me pareceu que o nível intelectual dos representantes das entidades patronais era superior ao dos representantes das centrais sindicais. Com Carvalho da Silva as coisas invertem-se.
Apesar de ser óbvio (e natural) que Carvalho da Silva defende a sua dama, não se pode deixar de perceber que o homem não fala à toa.
Na referida entrevista lembro-me (com algumas falhas de memória, suponho) de duas passagens:
1 – Graça Franco pergunta: “Porque raio não haverão os trabalhadores independentes de negociar independentemente os seus salários? Sendo independentes … “
Carvalho da Silva responde: “Desculpe, mas todos nós somos simultaneamente dependentes e independentes. Isso não faz qualquer sentido”.
2 – Porque não há-de haver uma maior flexibilização dos despedimentos?
Como assim? Porque se fazem então, com os gestores, contractos contendo cláusulas de gorda compensação para o caso de serem despedidos? Esse princípio é só para alguns?
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Descoberta a primeira galáxia em matéria negra
Sumário: - (23 de Fevereiro de 2005) Os astrónomos acreditam que uma parte significativa (mais de 80%) do universo é misteriosamente feita de matéria negra [ou escura]; é invisível a todos os instrumentos, mas pode ser detectada porque os seus efeitos gravíticos afectam a matéria visível. A matéria negra é habitualmente encontrada à volta de galáxias com um enorme auréola, mas astrónomos britânicos pensam ter encontrado uma galáxia completa exactamente constituída por matéria negra. A equipa usando um radiotelescópio para observar o movimento de uma nuvem de átomos hidrogénio, poude perceber que a nuvem estava a rodar muito mais rapidamente do que se fosse unicamente constituída por matéria “normal”. Rodando à velocidade observada, só se poderia manter unida, se fosse maioritariamente constituída por matéria negra.
Desenvolvimento (em inglês).
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Telescópios realmente grandes
Sumário – (8 de Abril de 2005) Se pensa que os telescópios actuais são poderosos, espere para ver. Está a ser preparada uma nova classe de observatórios capazes de suportar espelhos de 100 metros de diâmetro e tendo 40 vezes a potência de observação do Telescópio Espacial Hubble. Um novo estudo, desenvolvido por uma comissão de astrónomos europeus, propõe que instrumentos desta dimensão possam ser construídos por mil milhões de Euros, aproximadamente, e levar 10 a 15 anos a construir.
Desenvolvimento (em inglès).
Os fantoches de verde
Este texto, de Helena Matos publicado no jornal Público, transcrito por Contra a Corrente, não podia fazer mais sentido.
De facto, quem são Os Verdes e que estão a fazer na Assembleia da República e no Parlamento Europeu?
Este é mais um exemplo da duplicidade de critérios de uma parte da esquerda contemporânea.
Porque está esta esquerda tão preocupada com os eventuais desequilíbrios de representatividade no Iraque, se dentro de portas (Nacionais e Europeias) há um partido cuja única razão de ser deriva da possibilidade, deixada pela lei em aberto, de um determinado partido, neste caso p PCP, ocupar o dobro dos recursos do que seria normal, e, paralelamente, conduzir-se tendo como único fito a potenciação da sua estratégia?
Onde estão os fantoches? No Iraque, onde os partidos obtiveram votos directos dos seus votantes, ou nos Verdes que nunca se sujeitaram como partido que dizem ser, ao escrutínio do povo?
Para a dita esquerda (na qual se inclui Os Verdes) e para o PCP em particular, os eleitos no Iraque são lacaios do imperialismo. Que são Os Verdes?
É esta a noção de democracia desta esquerda? Percebe-se porque Bernardino disse: "Tenho dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia" …
Por Bernardino Sores, já sabemos o que nos esperaria se chegasse ao poder. E lá continua … no PCP. Se chegasse ao poder só seríamos libertados se os norte americanos se mexessem.
PS.
Quando refiro uma parte da esquerda refiro-me basicamente, a todo o PCP e suas ramificações, todo o Bloco de Esquerda e parte do PS.
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De facto, quem são Os Verdes e que estão a fazer na Assembleia da República e no Parlamento Europeu?
Este é mais um exemplo da duplicidade de critérios de uma parte da esquerda contemporânea.
Porque está esta esquerda tão preocupada com os eventuais desequilíbrios de representatividade no Iraque, se dentro de portas (Nacionais e Europeias) há um partido cuja única razão de ser deriva da possibilidade, deixada pela lei em aberto, de um determinado partido, neste caso p PCP, ocupar o dobro dos recursos do que seria normal, e, paralelamente, conduzir-se tendo como único fito a potenciação da sua estratégia?
Onde estão os fantoches? No Iraque, onde os partidos obtiveram votos directos dos seus votantes, ou nos Verdes que nunca se sujeitaram como partido que dizem ser, ao escrutínio do povo?
Para a dita esquerda (na qual se inclui Os Verdes) e para o PCP em particular, os eleitos no Iraque são lacaios do imperialismo. Que são Os Verdes?
É esta a noção de democracia desta esquerda? Percebe-se porque Bernardino disse: "Tenho dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia" …
Por Bernardino Sores, já sabemos o que nos esperaria se chegasse ao poder. E lá continua … no PCP. Se chegasse ao poder só seríamos libertados se os norte americanos se mexessem.
PS.
Quando refiro uma parte da esquerda refiro-me basicamente, a todo o PCP e suas ramificações, todo o Bloco de Esquerda e parte do PS.
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Cultura: O choque teatral
Fernando Mora Ramos, actor e encenador to Teatro da Rainha, Caldas da Rainha, escreve um artigo no Le Monde Diplomatique, edição portuguesa.
O artigo é de muito interesse, pena é que esteja imerso numa floresta de gambuzinos.
Actualização
O artigo pode ler-se aqui.
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O artigo é de muito interesse, pena é que esteja imerso numa floresta de gambuzinos.
Actualização
O artigo pode ler-se aqui.
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17/04/2005
O sapo libanês (lembra-se Dr. Soares?)
O antigo primeiro ministro libanês, Rafic Hariri, foi assassinado a 14 de Março de 2005. Na sequência deste acontecimento a generalidade da população libanesa levantou-se contra a ocupação síria exigindo a retirada das tropas deste país e criando mais um sapo que, se alguma esquerda europeia não consegue engolir, muito menos digere.
A última teoria dessa esquerda, argumentando que essa decisão, a ter sido tomada pelos sírios, teria sido uma decisão suicidaria - impossível de ter acontecido - pretende que tenha sido Washington a catalisar a operação.
Para não perdermos mais tempo, vamos supor que sim, que os algozes teriam sido, novamente, os americanos.
O que a referida esquerda não consegue engolir é que o povo libanês tenha reagido em sentido contrário ao que a dita esquerda supunha.
O que a esquerda não consegue engolir é que o povo libanês tenha imediatamente apontado o dedo à vizinha Síria e não ao satã americano.
O que a esquerda não consegue engolir é que, mesmo que o povo libanês tivesse suspeitado que tivesse sido George Bush e seus capangas uni-lateralistas e falcões neo-conservadores (blá-blá) a perpetrar o atentado, tivesse, pelo contrário, aproveitado a oportunidade para se livrar de Damasco, em vez de ter ali procurado apoio ao combate aos cruzados de Washington.
O que a esquerda não consegue engolir, é que os libaneses queiram aquilo de que a esquerda europeia desfruta: a liberdade.
O que a esquerda europeia não consegue engolir, é que o as populações muçulmanas do médio oriente não tenha reagido tumultuosamente à intervenção no Iraque (conforme a esquerda garantia - certeza mais que absoluta - vir a acontecer) e, ao contrário, tenha aproveitado para ensaiar, mesmo que timidamente - o que, tendo em atenção a coragem necessária, é uma atitude notável - aproveitando para pôr em causa os regimes instalados reclamando não um afastamento ao modo de vida ocidental mas uma aproximação.
O que a esquerda não consegue engolir é que a realidade não se adapte àquilo que ela reclama ser a realidade. Não se adapta, mas terá que se adaptar, nem que se tenha que implicitamente declarar que os libaneses são todos estúpidos, que confundiram a CIA com a polícia política síria, e por essa razão se tenham, por lapso, rebelado contra a potência errada. Que, por acasos do destino evidentemente torcidos pela CIA de George Bush, os libaneses, devidamente “amestrados” pela comunicação social local ‘a la’ Michael Moore, se tenham distraído e atirado aos gasganetes da Síria, respectivos serviços secretos e polícia política, a quem, aliás, por tamanha consideração, confundiam habitual e recorrentemente com o equivalente muçulmano à Madre Teresa de Calcutá (vejam lá do que os malandros da CIA são capazes).
O que a esquerda não consegue engolir é que, ao contrário do que tinha previsto mas exactamente como George Bush tinha anunciado, a intervenção no Iraque tivesse acabado por retirar força à cáfila fascista, corta-cabeças e pseudo-muçulmana que no Médio Oriente (com o beneplácito da Europa) detinha um poder (informal mas extremamente forte e actuante), vindo a permitir o aparecimento de fenómenos que apontam para uma procura de um modo de vida que, embora ainda muito distante, se aproxima mais do modo de vida ocidental.
Com tanta dificuldade de deglutição, como pode dar-se uma digestão?
A esquerda aziada contra argumenta que “não é bem assim”, que “ainda há muito apoio à Síria”, e que “a verdadeira democracia só poderá implantar-se com o apoio dos xiitas, principal comunidade, maciçamente aliada a Damasco”.
Mais uma demonstração da eterna esperança que esta esquerda mantém na continuação da repressão sobre outros povos só para evitar ter que encarar o seu próprio logro e verificar o sucesso das tesas do presidente Bush.
Não ponho as mãos no fogo por George Bush, pela política americana, ou pela CIA. Mas pela forma como esta esquerda vê o mundo, não coloco, quando as corto, nem as rejeitadas lascas das minhas unhas.
Com tanto autismo, ou incompetência democrática, não é de espantar que os Norte Americanos se vão sedimentando como potência mundial.
Quem sabe … talvez seja Michael Moore um agente da CIA a quem foi dado o ‘job’ de colocar toda a esquerda no logro que permita aos bushistas manobrarem à vontade. Será Freitas do Amaral o correligionário local do realizador americano?
Lá está (tss tss)… a esquerda é uma vítima …
… malandros …
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15/04/2005
Estoiro-brócolo
Estoiro-brócolo: “Porque são semelhantes árvores banzai, brócolos e proeminências solares?” Foi o que John Stetson quis saber depois de tirar esta fotografia ao sol, a 9 de Abril:
Proeminências, são filamentos magnetizados de gás quente salientes de um braço de sol. Aparecem em todas as formas e dimensões. Esta explodiu um dia depois de Stetson a ter localizado. Boas notícias: quase todos os dias aparece uma nova e única. “Que mundo maravilhoso – e para lá dele”, diz Stetson.
Proeminências, são filamentos magnetizados de gás quente salientes de um braço de sol. Aparecem em todas as formas e dimensões. Esta explodiu um dia depois de Stetson a ter localizado. Boas notícias: quase todos os dias aparece uma nova e única. “Que mundo maravilhoso – e para lá dele”, diz Stetson.
Detecção portuguesa de Tsunamis
Já nos anos 90 houve portugueses a trabalhar em detecção de Tsunamis.
Ficou tudo no esquecimento, claro. De tal forma que já nem os autores se lembram bem do que fizeram.
E não se ficou pela teoria. Desenvolveu-se um exemplar funcional.
Em Lasers in the Jungle está tudo explicado.
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Ficou tudo no esquecimento, claro. De tal forma que já nem os autores se lembram bem do que fizeram.
E não se ficou pela teoria. Desenvolveu-se um exemplar funcional.
Em Lasers in the Jungle está tudo explicado.
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14/04/2005
O Hilariante planeta dos gambuzinos de Ana Gomes
Depois de ler este artigo de Pacheco Pereira, melhor se percebe porque é este outro, de Ana Gomes, tão hilariante.
Só faço uma nota a Ana Gomes: quanto mais multilateral for a política internacional como Ana Gomes a encara, mais podemos ter a certeza que aumenta a probabilidade de haver membros dessa multilateralidade a tentar usá-la em proveito próprio.
Nota: Hei de explicar de onde vem o termo "planeta dos gambozinos", mas não sei onde anda o livro.
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Só faço uma nota a Ana Gomes: quanto mais multilateral for a política internacional como Ana Gomes a encara, mais podemos ter a certeza que aumenta a probabilidade de haver membros dessa multilateralidade a tentar usá-la em proveito próprio.
Nota: Hei de explicar de onde vem o termo "planeta dos gambozinos", mas não sei onde anda o livro.
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Miguel Sousa Tavares - inventor
No Público de hoje (14 de Abril de 2005), encontra-se um exemplo típico (não absoluto, mas quase) do que acontece quando um jornalista se põe a fazer contas. Note-se que não se trata de um jornalista qualquer. É uma figura "de topo"(?) - Miguel Sousa Tavares.
Imagine-se a base a partir da qual se fazem notícias e, como é o caso, o que acontece quando um jornalista, devidamente metamorfoseado em comentador, opina com a mesma base de sustentação.
A verdade é que, em vez de fazer contas, fabrica-as.
Muito bem, José Paulo Viana.
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Imagine-se a base a partir da qual se fazem notícias e, como é o caso, o que acontece quando um jornalista, devidamente metamorfoseado em comentador, opina com a mesma base de sustentação.
A verdade é que, em vez de fazer contas, fabrica-as.
Muito bem, José Paulo Viana.
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Abril
Abril é chão que veste um tom garrido
Nos prados que se vestem de bem estar...
Passa o seu passar mais colorido
E canta a pura paz neste versar...
O cante é uma papoila a baloiçar
Num cio animalesco em cada peito...
Abril dá mais razão ao verbo amar
E ama com um ar de um ser perfeito...
Sua face enamorada é como um leito
De fracos corações entre os bichinhos...
Altera o seu pulsar nesse seu jeito
Brotando as crias novas nos seus ninhos...
É o mês onde os afectos são carinhos
No campo em puro traje primaveril...
E diz p´rós namorados de mansinho:
-Como é bom este viver no mês de Abril!...
António Prates
Revolta na Lua
Li estes livros há 35 anos ...
Foram comprados numa livraria da Rua Poço dos Negros, em Lisboa.
Sabe bem lá passar e ver que a livraria ainda existe.
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O irresistível inimigo de estimação
Ter visto parte do programa Clube de Jornalistas de 12 de Abril, deu-me vontade de voltar a cascar na postura, nesta matéria, da generalidade dos jornalistas.
Pela forma como abordam o assunto, percebe-se, mais ou menos facilmente, que têm uma polarização prévia sistemática contra os Estados Unidos da América.
No caso da guerra do Iraque isso tornou-se particularmente patente.
Havia informação disponível de várias formas:
Evidentemente que a informação assim obtida é parcial, e disso eles não se arrogam a chamar a atenção, como se alguma informação fosse absolutamente isenta e como se a primeira parcialidade (de análise) não partisse dos próprios jornalistas.
Não lhes importa que estejam perante uma força militar globalmente respeitadora das regras da guerra, provavelmente a mais respeitadora do mundo (em ambiente de guerra, volto a frisar). Já se sabe que vozes se levantarão acerca da escandaleira nas prisões iraquianas (inaceitável), mas essas vozes esquecem-se as escandaleiras que continuam a assolar as nossas próprias esquadras onde fora de um ambiente de guerra, nos deparamos com inqualificáveis atropelos aos direitos humanos. Nas prisões os suicídios sucedem-se, a droga campeia, e nenhuma daquelas reclamantes almas parece perceber que, tendo em atenção as circunstâncias, o caso é muito mais grave entre nós do que no Iraque. Também não adianta lembrar que há dois anos atrás essas mesmas almas se recatavam de dizer o mesmo e no mesmo tom das atrocidades cometidas por Sadam e seus capangas.
Já agora, e para se ter uma noção das proporções de que falo, chamo a atenção para o facto de morrerem, todos os anos, nas nossas estradas, pertencentes a um país com 10 milhões de habitantes, mais pessoas por ano do que militares americanos no Iraque desde o início da guerra (há mais de 1 ano). No entanto isso não é suficiente para que os jornalistas percebam que não faz qualquer sentido polarizar o verbo de forma a dar a entender que a cada soldado morto corresponde um passo final para a derrota americana e da sua política.
No terreno, livremente, podem também os jornalistas obter informação. Evidentemente que correm riscos mas, caso a coisa corra mal, não se coíbem de culpar os americanos pela protecção que não lhe facultam, nunca se lembrando de reclamar o mesmo da outra parte que, essa sim, considera um jornalista não mais que um saco de dólares (ironias) com pernas.
Junto à população recolhem depoimentos que exibem como sendo verdadeiros, fazendo crer que não sabem que, dizendo o que dizem (o que fica gravado), escondem a verdade por amor à pele. Querem fazer crer que não sabem que cada palavra dita por um iraquiano aos microfones e perante as câmaras pode significar a sua sentença de morte, não à mão dos americanos mas à mão daqueles que os jornalistas tentam subrepticiamente elevar à posição de heróicos resistentes ao porco imperialista.
Cada iraquiano sabe, melhor que ninguém, que uma declaração imprevidente chegada ao conhecimento dos capangas cortadores de cabeças, lhes pode dar, e a toda a família, a suprema graça de uma execução sumária em nome de Alá. Mais. Os jornalistas fazem o favor de se esquecer que para que os iraquianos alcancem os céus por essa via, não basta uma declaração neutral, basta que não seja a favor dos zeladores oficiais do status quo que elevou o Iraque à classificação de estado-pária, estado-personalidade – um estado fora do contexto de convivência internacional, mais parecido com uma coutada privada do seu dirigente máximo e respectiva família do que com um país real.
Em contactos directos com os “heróis” muçulmanos, os jornalistas percebem que estariam em terreno muitíssimo perigoso. Recorrem então a prestadores de serviços de jornalismo, “locais”, que lhes facultam o material que, naturalmente, lhes parece (porque a pele aos próprios pertence) demasiado arriscado obter.
Não lhes interessa que esses “jornalistas” locais sejam um braço armado da respectiva máquina de propaganda. Essa qualidade é convenientemente esquecida, tanto mais que o material é anti-americano. Põem em causa a validade da informação recolhida pelas equipas embedded, mas não têm escrúpulos em aceitar a informação oposta só porque terá sido recolhida por “jornalistas”.
Depois admiram-se que, com o passar do tempo, a realidade se imponha, e se perceba finalmente, que todo este disparate pseudo-jornalístico não passava de uma colecção de cruzadas pessoais anti-americanas. As eleições no Iraque deixaram essa maralha em estado de choque. Não lhes vai servir de emenda - percamos a esperança.
Há ainda a faceta das vítimas da comunicação social.
Em primeiro lugar essas vítimas acontecem por haver, apesar de tudo alguma confiança nas tropas americanas. A generalidade dos jornalistas ocidentais acompanham, de uma forma ou outra, as movimentações das tropas americanas, a quem, volto a lembrar, reclamam responsabilidades quando algo corre mal. Mas nem se atrevem a tentar acompanhar a outra parte. Nesse caso ficam no hotel. Evidentemente que quando a generalidade deles acompanha o lado americano, a haver molho, é do lado americano que morrem.
Qualquer operador de câmara está farto de saber que, à distância, uma objectiva sobressaindo de uma esquina se parece com uma bazuca, e que um cinto de baterias parece um cinto de granadas. No calor da batalha, volta e meia, são atingidos, por uma ou outra parte.
Todos sabem, quando estão em directo, que, estando a revelar posições ou movimentações de tropas, no mínimo se expõem directamente à fúria dos soldados visados, que nesse mesmo momento têm o pescoço no cepo. Admiram-se que os soldados percam a cabeça e lhes dêem canhonadas.
Resumindo, acham a guerra pérfida (como se lhes estivesse reservada a capacidade de percepção de que uma guerra é sempre isso mesmo - pérfida), mas querem trabalhar como se estivessem a recolher material num centro comercial em Paris.
PS.
José Manuel Fernandes tem razão: o Tribunal Internacional para o Iraque não foi mais do que uma variação dos tribunais plenários do regime Salazarista.
José Manuel Fernandes opina normalmente “fora do penico”. Por um lado, como jornalista, devia abster-se do comentário. Por outro, e ainda em relação ao Iraque, coleccionou uma tal quantidade de predições erradas que lhe deviam aconselhar a ausência de voto (idóneo) na matéria. De qualquer forma, no ponto inicial, e em minha opinião, ele tem razão. Juntar, a dedo, numa sala, um molho de pessoas cujas posições prévias são conhecidas e maioritariamente convergentes (no sentido que os proponentes pretendem – só aqui não há parvoíce), e chamar a este grupo um tribunal, não cabe na cabeça de um tinhoso.
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* O termo embedded significa embutido – jornalista que acompanha os combates integrado na força militar em causa.
Pela forma como abordam o assunto, percebe-se, mais ou menos facilmente, que têm uma polarização prévia sistemática contra os Estados Unidos da América.
No caso da guerra do Iraque isso tornou-se particularmente patente.
Havia informação disponível de várias formas:
- Directamente das forças americanas (embedded* ou em conferências de imprensa)Junto às forças americanas os jornalistas estão perante o inimigo de estimação a partir de quem, de uma forma ou outra, são obrigados a noticiar (nem que seja com reserva mental) aquilo que lhes é transmitido ou directamente observado caso estejam embedded.
- Livremente no terreno
- Junto às forças opositoras aos americanos, difusamente enquadradas numa aparente miríade de organizações.
Evidentemente que a informação assim obtida é parcial, e disso eles não se arrogam a chamar a atenção, como se alguma informação fosse absolutamente isenta e como se a primeira parcialidade (de análise) não partisse dos próprios jornalistas.
Não lhes importa que estejam perante uma força militar globalmente respeitadora das regras da guerra, provavelmente a mais respeitadora do mundo (em ambiente de guerra, volto a frisar). Já se sabe que vozes se levantarão acerca da escandaleira nas prisões iraquianas (inaceitável), mas essas vozes esquecem-se as escandaleiras que continuam a assolar as nossas próprias esquadras onde fora de um ambiente de guerra, nos deparamos com inqualificáveis atropelos aos direitos humanos. Nas prisões os suicídios sucedem-se, a droga campeia, e nenhuma daquelas reclamantes almas parece perceber que, tendo em atenção as circunstâncias, o caso é muito mais grave entre nós do que no Iraque. Também não adianta lembrar que há dois anos atrás essas mesmas almas se recatavam de dizer o mesmo e no mesmo tom das atrocidades cometidas por Sadam e seus capangas.
Já agora, e para se ter uma noção das proporções de que falo, chamo a atenção para o facto de morrerem, todos os anos, nas nossas estradas, pertencentes a um país com 10 milhões de habitantes, mais pessoas por ano do que militares americanos no Iraque desde o início da guerra (há mais de 1 ano). No entanto isso não é suficiente para que os jornalistas percebam que não faz qualquer sentido polarizar o verbo de forma a dar a entender que a cada soldado morto corresponde um passo final para a derrota americana e da sua política.
No terreno, livremente, podem também os jornalistas obter informação. Evidentemente que correm riscos mas, caso a coisa corra mal, não se coíbem de culpar os americanos pela protecção que não lhe facultam, nunca se lembrando de reclamar o mesmo da outra parte que, essa sim, considera um jornalista não mais que um saco de dólares (ironias) com pernas.
Junto à população recolhem depoimentos que exibem como sendo verdadeiros, fazendo crer que não sabem que, dizendo o que dizem (o que fica gravado), escondem a verdade por amor à pele. Querem fazer crer que não sabem que cada palavra dita por um iraquiano aos microfones e perante as câmaras pode significar a sua sentença de morte, não à mão dos americanos mas à mão daqueles que os jornalistas tentam subrepticiamente elevar à posição de heróicos resistentes ao porco imperialista.
Cada iraquiano sabe, melhor que ninguém, que uma declaração imprevidente chegada ao conhecimento dos capangas cortadores de cabeças, lhes pode dar, e a toda a família, a suprema graça de uma execução sumária em nome de Alá. Mais. Os jornalistas fazem o favor de se esquecer que para que os iraquianos alcancem os céus por essa via, não basta uma declaração neutral, basta que não seja a favor dos zeladores oficiais do status quo que elevou o Iraque à classificação de estado-pária, estado-personalidade – um estado fora do contexto de convivência internacional, mais parecido com uma coutada privada do seu dirigente máximo e respectiva família do que com um país real.
Em contactos directos com os “heróis” muçulmanos, os jornalistas percebem que estariam em terreno muitíssimo perigoso. Recorrem então a prestadores de serviços de jornalismo, “locais”, que lhes facultam o material que, naturalmente, lhes parece (porque a pele aos próprios pertence) demasiado arriscado obter.
Não lhes interessa que esses “jornalistas” locais sejam um braço armado da respectiva máquina de propaganda. Essa qualidade é convenientemente esquecida, tanto mais que o material é anti-americano. Põem em causa a validade da informação recolhida pelas equipas embedded, mas não têm escrúpulos em aceitar a informação oposta só porque terá sido recolhida por “jornalistas”.
Depois admiram-se que, com o passar do tempo, a realidade se imponha, e se perceba finalmente, que todo este disparate pseudo-jornalístico não passava de uma colecção de cruzadas pessoais anti-americanas. As eleições no Iraque deixaram essa maralha em estado de choque. Não lhes vai servir de emenda - percamos a esperança.
Há ainda a faceta das vítimas da comunicação social.
Em primeiro lugar essas vítimas acontecem por haver, apesar de tudo alguma confiança nas tropas americanas. A generalidade dos jornalistas ocidentais acompanham, de uma forma ou outra, as movimentações das tropas americanas, a quem, volto a lembrar, reclamam responsabilidades quando algo corre mal. Mas nem se atrevem a tentar acompanhar a outra parte. Nesse caso ficam no hotel. Evidentemente que quando a generalidade deles acompanha o lado americano, a haver molho, é do lado americano que morrem.
Qualquer operador de câmara está farto de saber que, à distância, uma objectiva sobressaindo de uma esquina se parece com uma bazuca, e que um cinto de baterias parece um cinto de granadas. No calor da batalha, volta e meia, são atingidos, por uma ou outra parte.
Todos sabem, quando estão em directo, que, estando a revelar posições ou movimentações de tropas, no mínimo se expõem directamente à fúria dos soldados visados, que nesse mesmo momento têm o pescoço no cepo. Admiram-se que os soldados percam a cabeça e lhes dêem canhonadas.
Resumindo, acham a guerra pérfida (como se lhes estivesse reservada a capacidade de percepção de que uma guerra é sempre isso mesmo - pérfida), mas querem trabalhar como se estivessem a recolher material num centro comercial em Paris.
PS.
José Manuel Fernandes tem razão: o Tribunal Internacional para o Iraque não foi mais do que uma variação dos tribunais plenários do regime Salazarista.
José Manuel Fernandes opina normalmente “fora do penico”. Por um lado, como jornalista, devia abster-se do comentário. Por outro, e ainda em relação ao Iraque, coleccionou uma tal quantidade de predições erradas que lhe deviam aconselhar a ausência de voto (idóneo) na matéria. De qualquer forma, no ponto inicial, e em minha opinião, ele tem razão. Juntar, a dedo, numa sala, um molho de pessoas cujas posições prévias são conhecidas e maioritariamente convergentes (no sentido que os proponentes pretendem – só aqui não há parvoíce), e chamar a este grupo um tribunal, não cabe na cabeça de um tinhoso.
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* O termo embedded significa embutido – jornalista que acompanha os combates integrado na força militar em causa.
13/04/2005
Fome e vontade de comer
Kumba Ialá - Nino Vieira
Junta-se a fome à vontade de comer.
Viva o auto-colonialismo.
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12/04/2005
Carlos Fino - Auto-afastado
No programa Clube de Jornalistas (RTP2) de 11 de Abril, Carlos Fino, auto-afastado, aparentemente, da profissão de jornalista, declarou:
Há que reconhecer a Carlos Fino o exercício da actividade jornalística equilibrado e em dificílimas condições, recordando-se: União Soviética, durante muitos anos (onde levou, da KGB, um enxerto de porrada que o ia matando) e, recentemente, em Bagdad.
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Este post foi revisto a 13 de Abril. Declarações precisas de Carlos fino retiradas do portal do Clube de Jornalistas
“Em Portugal não há carreira de jornalista. O jornalista não tem saída. Cada vez mais o jornalismo é para ser exercido entre os 20 e os 40 anos. A partir dos 20, porque nessa altura ainda é ingénuo suficiente, ambicioso o suficiente para correr sem perguntar para onde nem como. No final, é simplesmente rejeitado borda fora, porque não há lugar para nós, a não ser a cooptação para serviços de controle e de administração. Carreira propriamente jornalística não há. Digam-me quem são os seniores jornalistas que estão hoje no activo em Portugal a exercer efectivamente a profissão...Eu gostaria de continuar. Mas como? A fazer o quê? Não há esse estatuto de jornalista. Isso não é reconhecido. Não há essa carreira. E sem isso, o topo da "carreira" de jornalista hoje em dia, no nosso país pelo menos, é ser conselheiro de imprensa numa embaixada“.Volto a recordar o artigo de fundo de O Bigode na Sopa sobre este tema. Está lá tudo.
Há que reconhecer a Carlos Fino o exercício da actividade jornalística equilibrado e em dificílimas condições, recordando-se: União Soviética, durante muitos anos (onde levou, da KGB, um enxerto de porrada que o ia matando) e, recentemente, em Bagdad.
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Este post foi revisto a 13 de Abril. Declarações precisas de Carlos fino retiradas do portal do Clube de Jornalistas
Do perfeccionismo legal
Dizia Angelo Correia, dia 12 de Abril, no Prós e Contras (RTP):
A direita diz: revoluções são ilegais, a lei tem que ser cumprida. A esquerda abandona o pôr em causa do desafio à lei por razões ponderosas, e cria o dogma: então as leis têm que ser perfeitas.
E a legislação acaba matando a lei.
Começaram a descobrir-se arsenais. Vai legislar-se no sentido de uma restrição legal a toda a prova, à aquisição de armamento. Torna-se muito mais remota a possibilidade de aquisição de armas por meios legais. Aumentará, automaticamente, a procura de armas em circuitos paralelos que, rapidamente, se posicionarão no terreno.
A procura faz a oferta, um anti-dogma da esquerda que continua a achar que unicamente a oferta faz a procura.
Ou me engano muito, ou José Sócrates vai limpar a consciência metendo a pata na poça.
Legislar, para a esquerda. é uma espécie de exercício alternativo à confissão na Igreja. Redime-a dos pecados, perdão, disparates.
“O perfeccionismo legal leva à impossibilidade de se praticar justiça”.Este perfeccionismo legal é, exactamente, um dos dogmas da esquerda construído sobre um dogma da direita (o da legalidade absoluta).
A direita diz: revoluções são ilegais, a lei tem que ser cumprida. A esquerda abandona o pôr em causa do desafio à lei por razões ponderosas, e cria o dogma: então as leis têm que ser perfeitas.
E a legislação acaba matando a lei.
Começaram a descobrir-se arsenais. Vai legislar-se no sentido de uma restrição legal a toda a prova, à aquisição de armamento. Torna-se muito mais remota a possibilidade de aquisição de armas por meios legais. Aumentará, automaticamente, a procura de armas em circuitos paralelos que, rapidamente, se posicionarão no terreno.
A procura faz a oferta, um anti-dogma da esquerda que continua a achar que unicamente a oferta faz a procura.
Ou me engano muito, ou José Sócrates vai limpar a consciência metendo a pata na poça.
Legislar, para a esquerda. é uma espécie de exercício alternativo à confissão na Igreja. Redime-a dos pecados, perdão, disparates.
O crédito ao descrédito
Vi, parcialmente, o programa Clube de Jornalistas de 11 de Abril.
A determinado momento, alguém chamou a atenção de que, durante as guerra no Iraque, os meios de comunicação social ocidentais divulgaram informação de fontes diversas, mas maioritariamente ocidentais. Que não mais (salvo erro) de 17% das fontes eram árabes e de que, entre as árabes, a Al Jazeera ocupava a parte de leão. O general Loureiro dos Santos chamou então a atenção de que, nos países árabes, esse desequilíbrio era total, porque a informação veiculada pelos meios de comunicação social ocidentais não passava, de todo, nas cadeias de informação locais.
O que podia ter sido salientado pelos jornalistas presentes, supostamente pouco dados a pactuar com propaganda desmascarando-a (parece-me que Loureiro dos Santos o quiz fazer sub-entender), foi que, pelo facto das cadeias árabes ignorarem a informação ocidental se descredibilizavam automaticamente dando razões ao pouco espaço reservado nas cadeias ocidentais à informação por aquelas veiculada.
É difícil não considerar como propaganda a informação proveniente de uma cadeia de informação que ignora por completo, nos territórios onde actua, a informação das cadeias das restantes áreas do globo.
A não ser que se diga que a informação da Al Jazeera era 100% verdadeira. Também a votação iraquiana em Sadam Hussein era de 100% e pelas nossas paragens, aqueles que se incomodaram com os valores de votação no Iraque parecem ter ficado agora mais agastados do que no tempo dos 100%.
Tem uma suprema graça reclamar-se da pouca inclusão nos canais ocidentais de “informação alternativa” proveniente de locais onde não há alternativa à informação aí gerada.
É fundamental que essa “informação alternativa” seja difundida no ocidente, mas há que não esquecer que ela vale o que vale: pouco. Há ainda que não esquecer que a informação, no ocidente, globalmente falando, não vale muito mais, mas, apesar de tudo, vale mais.
A determinado momento, alguém chamou a atenção de que, durante as guerra no Iraque, os meios de comunicação social ocidentais divulgaram informação de fontes diversas, mas maioritariamente ocidentais. Que não mais (salvo erro) de 17% das fontes eram árabes e de que, entre as árabes, a Al Jazeera ocupava a parte de leão. O general Loureiro dos Santos chamou então a atenção de que, nos países árabes, esse desequilíbrio era total, porque a informação veiculada pelos meios de comunicação social ocidentais não passava, de todo, nas cadeias de informação locais.
O que podia ter sido salientado pelos jornalistas presentes, supostamente pouco dados a pactuar com propaganda desmascarando-a (parece-me que Loureiro dos Santos o quiz fazer sub-entender), foi que, pelo facto das cadeias árabes ignorarem a informação ocidental se descredibilizavam automaticamente dando razões ao pouco espaço reservado nas cadeias ocidentais à informação por aquelas veiculada.
É difícil não considerar como propaganda a informação proveniente de uma cadeia de informação que ignora por completo, nos territórios onde actua, a informação das cadeias das restantes áreas do globo.
A não ser que se diga que a informação da Al Jazeera era 100% verdadeira. Também a votação iraquiana em Sadam Hussein era de 100% e pelas nossas paragens, aqueles que se incomodaram com os valores de votação no Iraque parecem ter ficado agora mais agastados do que no tempo dos 100%.
Tem uma suprema graça reclamar-se da pouca inclusão nos canais ocidentais de “informação alternativa” proveniente de locais onde não há alternativa à informação aí gerada.
É fundamental que essa “informação alternativa” seja difundida no ocidente, mas há que não esquecer que ela vale o que vale: pouco. Há ainda que não esquecer que a informação, no ocidente, globalmente falando, não vale muito mais, mas, apesar de tudo, vale mais.
11/04/2005
Genesis: Selling England by the Pound
Genesis: Selling England by the Pound: outro, igualmente importante.
Trilogy
Emerson, Lake & Palmer - Trilogy
Talvez o disco mais interessante que ouvi enquanto jovem, e anda oiço. 08/04/2005
O Bigode na Sopa
O Bigode na Sopa - Blog de interesse, com um único e solitário post, mas de interesse.
Um guia de operações sobre a forma de operar da comunicação social portuguesa contemporânea, que culminou no caso Marcelo Rebelo de Sousa.
Até deita fumo.
A orgia de morte que rodeia a paranóia à volta da morte de João Paulo II está de acordo com os cânones do guia de operações.
Aqui fica a lista de capítulos:
Aconselhado a estudantes de comunicação social. Basta seguirem o guia e nem precisam do ensino básico - terão sucesso (apesar de tudo convém que saibam ler - escrever não é preciso - se tiverem, nos computadores, software que ponha o computador a falar, já nem é preciso saberem ler).
Um guia de operações sobre a forma de operar da comunicação social portuguesa contemporânea, que culminou no caso Marcelo Rebelo de Sousa.
Até deita fumo.
A orgia de morte que rodeia a paranóia à volta da morte de João Paulo II está de acordo com os cânones do guia de operações.
Aqui fica a lista de capítulos:
Pontos nos is: o antes e o depois
A censura e o PREC
E chega o 25 de Novembro
... E o pós-25 de Novembro
A era das rádios locais
... A seguir, o das "redes" de rádios locais
A "nova onda" jornalística
O novo interesse do povo: o apelativo
Da censura e do lixo
O bolo e os morangos
As televisões privadas
O oficiante jornalista comentador, opinion-maker, vedeta, juiz e o mais
O sussurro das melgas
A "revolta dos morcegos"
O comércio
A dupla metamorfose: de morcego novamente a morango
Aconselhado a estudantes de comunicação social. Basta seguirem o guia e nem precisam do ensino básico - terão sucesso (apesar de tudo convém que saibam ler - escrever não é preciso - se tiverem, nos computadores, software que ponha o computador a falar, já nem é preciso saberem ler).
07/04/2005
Tralha
Suponhamos que antes da queda do muro de Berlim esquerda e direita se digladiavam em defesa dos seus dogmas.
Tenho a impressão que, tendo caído o muro, a direita terá substituído alguns dos seus dogmas, mas mantendo-os ao mesmo nível. Novos dogmas sobre uma hipotética (de intensidades variáveis) realidade.
À esquerda essa substituição não se processou ao mesmo nível. A esquerda construiu novos dogmas sobre os anteriores, dissolvendo-os em parte ou simplesmente sobrepondo-os. Nalguns casos novos dogmas sobre dogmas da direita.
A esquerda, “libertando-se” da realidade ganhou margem de manobra discursiva. Não sendo uma mais valia, torna o diálogo com outras correntes de pensamento “o” quebra-cabeças, e permite-lhe continuar confabulando e admirando, impávida e serenamente, a paisagem do planeta dos gambuzinos – abaixo a ditadura da realidade.
Seria aquilo a que Durão Barroso chamava “tralha esquerdista”?
Nota:
Mantenho a esperança de ir podendo consubstanciar a “excitação”.
Tenho a impressão que, tendo caído o muro, a direita terá substituído alguns dos seus dogmas, mas mantendo-os ao mesmo nível. Novos dogmas sobre uma hipotética (de intensidades variáveis) realidade.
À esquerda essa substituição não se processou ao mesmo nível. A esquerda construiu novos dogmas sobre os anteriores, dissolvendo-os em parte ou simplesmente sobrepondo-os. Nalguns casos novos dogmas sobre dogmas da direita.
A esquerda, “libertando-se” da realidade ganhou margem de manobra discursiva. Não sendo uma mais valia, torna o diálogo com outras correntes de pensamento “o” quebra-cabeças, e permite-lhe continuar confabulando e admirando, impávida e serenamente, a paisagem do planeta dos gambuzinos – abaixo a ditadura da realidade.
Seria aquilo a que Durão Barroso chamava “tralha esquerdista”?
Nota:
Mantenho a esperança de ir podendo consubstanciar a “excitação”.
Vinícios
.
... senão ... é o mesmo que amar uma mulher só linda ...
... que choraste, na flauta, todas a minhas máguas de amor ...
... se todos os tristes quiserem ir juntos, a tristeza vai-se acabar ...
... os cientiastas russos acabaram de descobrir que a burrice não tem transplante ...
(Vinícios)
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... senão ... é o mesmo que amar uma mulher só linda ...
... que choraste, na flauta, todas a minhas máguas de amor ...
... se todos os tristes quiserem ir juntos, a tristeza vai-se acabar ...
... os cientiastas russos acabaram de descobrir que a burrice não tem transplante ...
(Vinícios)
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01/04/2005
O Bloco de Esquerda defende despenalização do assassinato
Ouvi, na RTP, o seguinte diálogo (mutatis mutandis) entre António Pires de Lima e Fernando Rosas:
- Você defende o aborto em qualquer altura!
- Não defendo não.
- Então você defende que haja julgamentos e prisões para mulheres que abortem à 20ª semana!
- Não, não defendo.
- Nem à 30ª?
- Não
- Nem à 40ª?
- Não.
- Então você defende que haja despenalização mesmo que pratique o aborto imediatamente antes do parto!
- Sim.
…
Qual a diferença em matar o feto imediatamente antes ou logo após o parto?
E porque não até 1 semana de vida?
Ou 1 mês … 6 meses … 1 ano …
Talvez até à idade escolar …
Talvez até à idade de ir à tropa …
Talvez até à idade em que alguém se pode candidatar à Presidência da República …
Porque tem andado, o Bloco de Esquerda, a achincalhar os Estados Unidos da América por só recentemente ter abolido a pena de morte para menores? O Bloco de Esquerda defende o mesmo … sem julgamento …
Isto é a total aberração! Lembram-se da outra primorosa tirada “você nunca gerou uma vida”?
Decidir, por livre arbítrio, quem deve viver ou não, numa altura em que ninguém (mesmo o Bloco de Esquerda) recusa que se esteja perante um ser (a partir das 12 semanas), é nazi.
Salvo erro, a constituição proíbe os partidos de pendor nazi.
Sobre o assunto, com esta já são duas. Há que ilegalizar o Bloco de Esquerda.
- Você defende o aborto em qualquer altura!
- Não defendo não.
- Então você defende que haja julgamentos e prisões para mulheres que abortem à 20ª semana!
- Não, não defendo.
- Nem à 30ª?
- Não
- Nem à 40ª?
- Não.
- Então você defende que haja despenalização mesmo que pratique o aborto imediatamente antes do parto!
- Sim.
…
Qual a diferença em matar o feto imediatamente antes ou logo após o parto?
E porque não até 1 semana de vida?
Ou 1 mês … 6 meses … 1 ano …
Talvez até à idade escolar …
Talvez até à idade de ir à tropa …
Talvez até à idade em que alguém se pode candidatar à Presidência da República …
Porque tem andado, o Bloco de Esquerda, a achincalhar os Estados Unidos da América por só recentemente ter abolido a pena de morte para menores? O Bloco de Esquerda defende o mesmo … sem julgamento …
Isto é a total aberração! Lembram-se da outra primorosa tirada “você nunca gerou uma vida”?
Decidir, por livre arbítrio, quem deve viver ou não, numa altura em que ninguém (mesmo o Bloco de Esquerda) recusa que se esteja perante um ser (a partir das 12 semanas), é nazi.
Salvo erro, a constituição proíbe os partidos de pendor nazi.
Sobre o assunto, com esta já são duas. Há que ilegalizar o Bloco de Esquerda.
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