Este texto, de Helena Matos publicado no jornal Público, transcrito por Contra a Corrente, não podia fazer mais sentido.
De facto, quem são Os Verdes e que estão a fazer na Assembleia da República e no Parlamento Europeu?
Este é mais um exemplo da duplicidade de critérios de uma parte da esquerda contemporânea.
Porque está esta esquerda tão preocupada com os eventuais desequilíbrios de representatividade no Iraque, se dentro de portas (Nacionais e Europeias) há um partido cuja única razão de ser deriva da possibilidade, deixada pela lei em aberto, de um determinado partido, neste caso p PCP, ocupar o dobro dos recursos do que seria normal, e, paralelamente, conduzir-se tendo como único fito a potenciação da sua estratégia?
Onde estão os fantoches? No Iraque, onde os partidos obtiveram votos directos dos seus votantes, ou nos Verdes que nunca se sujeitaram como partido que dizem ser, ao escrutínio do povo?
Para a dita esquerda (na qual se inclui Os Verdes) e para o PCP em particular, os eleitos no Iraque são lacaios do imperialismo. Que são Os Verdes?
É esta a noção de democracia desta esquerda? Percebe-se porque Bernardino disse: "Tenho dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia" …
Por Bernardino Sores, já sabemos o que nos esperaria se chegasse ao poder. E lá continua … no PCP. Se chegasse ao poder só seríamos libertados se os norte americanos se mexessem.
PS.
Quando refiro uma parte da esquerda refiro-me basicamente, a todo o PCP e suas ramificações, todo o Bloco de Esquerda e parte do PS.
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