18/04/2005

Manuel Carvalho da Silva



É imperdoável, mas tenho-me esquecido de debitar umas sílabas acerca da entrevista de Manuel Carvalho da Silva, Secretário Geral da CGTP, há umas 3(?) semanas, no programa Diga Lá Excelência.

Sempre me pareceu que o nível intelectual dos representantes das entidades patronais era superior ao dos representantes das centrais sindicais. Com Carvalho da Silva as coisas invertem-se.

Apesar de ser óbvio (e natural) que Carvalho da Silva defende a sua dama, não se pode deixar de perceber que o homem não fala à toa.

Na referida entrevista lembro-me (com algumas falhas de memória, suponho) de duas passagens:

1 – Graça Franco pergunta: “Porque raio não haverão os trabalhadores independentes de negociar independentemente os seus salários? Sendo independentes … “

Carvalho da Silva responde: “Desculpe, mas todos nós somos simultaneamente dependentes e independentes. Isso não faz qualquer sentido”.

2 – Porque não há-de haver uma maior flexibilização dos despedimentos?

Como assim? Porque se fazem então, com os gestores, contractos contendo cláusulas de gorda compensação para o caso de serem despedidos? Esse princípio é só para alguns?

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