21/06/2005

Greves e ping-pong.

Tem havido regularmente, em períodos de greves, disputas sobre a legitimidade sobre o decretar de requisições civis ou serviços mínimos.

É triste que em 30 anos de democracia este tipo de coisas acabe sempre em tribunal.

É triste que quem faz greve não possa faze-la sabendo que está dentro da legalidade.

É triste que o governo (este e os anteriores) tenham visto frequentemente declarada em tribunal a ilegitimidade das medidas de requisição civil.

É triste, num palavra, que estas coisas tenham que ser resolvidas em tribunal. Das duas uma, ou as partes (ou, pelo menos, uma delas) estão sistemática e conscientemente (ou por incompetência) violando a lei, ou o sistema democrático não consegue legislar de forma suficientemente clara para que estas coisas não aconteçam. Nada disto é bom sinal – continua a apostar-se no medo.

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