15/06/2005

Pausas … à Oliveira Salazar


Em relação à realização do referendo sobre a Constituição Europeia, o Governo, pela boca de Freitas do Amaral (que acusa a administração norte americana de estar cheia de trastes de pendor nazi), admite fazer uma “pausa para reflexão”.

Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, admite que, perante a “propagação*” das votações a favor do não (França e Holanda), se suspendam, até melhores dias, os restantes referendos.

Fica-se a saber que na Europa só se fazem referendos quando os resultados sejam favoráveis às visões das classes dirigentes. Vão-se fazendo sondagens, e quando previrem a vitória aos pontos de vista dos iluminados, … vota-se.

Porque não se simplificam as coisas imprimindo nos votos referendários exclusivamente os “sins” ou os nãos” que as luminárias achem ser as escolhas correctas?

Oliveira Salazar era mestre em criar as condições necessárias a que as votações resultassem no que muito bem entendesse …

Nota: Suponho que ele tenha dito “contaminação” (ouvi na rádio enquanto conduzia), mas só encontro referências a “propagação” – talvez a memória me esteja a trair. Esta correcção foi feita posteriormente à publicação deste artigo.

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