27/06/2005

Memória e Matemática

Sobre Matemática: uma nota que deixei no blog Blasfémias.

Minha nota inicial:
Para se poder ser bom aluno a matemática há que ter memória persistente, e capacidade de trabalho persistente.

Tudo hoje à nossa volta vai ao arrepio dessa forma de estar.

Os professores de matemática estão condenados, os alunos também, estamos todos lixados.

Os putos vivem no mundo virtual da TV, dos jogos de computador, dos chats. Aqui, não é preciso que se tenha memória com duração superior a 1 minuto.

A culpa é nossa, individualmente e como sociedade.

Nota de CA:

"Para se poder ser bom aluno a matemática há que ter memória persistente, e capacidade de trabalho persistente."

Trabalho sim. Quanto à memória é útil mas está muito longe de ser fulcral em matemática.

"COntas básicas; tabuada decorada;operações de cálculo mental; problemas de aritmética; fracções( o busílis de muitas questões). Se este prgrama fosse cumprido e tivesse êxito em 60 por cento, estaríamos bem melhor de que estamos hoje."

A matemática, mesmo no 1.º ciclo, é muito mais do que isto. Falta a geometria e a capacidade de resolver problemas, mais ou menos complexos.
Minha resposta:
Isto está animado.

"Trabalho sim. Quanto à memória é útil mas está muito longe de ser fulcral em matemática."

Reafirmo que a memória persistente é fulcral. O busílis é que tendemos a ligar memória a dados, mais ou menos "crus".

Em matemática é fulcral ter memória persistente em conceitos, formas de encarar a coisa, ideias. Até memória visual.

De outras forma não se explica porque tanta gente tem dificuldade em perceber porque é que um desconto de 20% sobre um desconto de 30% não é o mesmo que um desconto de 50%.

Não é aqui qualquer alta matemática - é um problema comezinho.
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Já agora, suponho que a também memória pode ser treinada ( ~ aprendida?).

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