19/12/2005

Iraque – a desinformação e propaganda continua

A generalidade dos meios de comunicação social portugueses, pautaram-se, durante os últimos anos, por uma autista campanha de propaganda contra os Estados Unidos (anti-americana).

Não foram só os meios de comunicação social. Pelo menos publicamente, a maioria dos meios políticos, embarcou numa cretina campanha pacifista motivada por uma imbecil tentativa de angariação de votos locais, à custa de um tácito apoio à manutenção da sociedade iraquiana debaixo do jugo de Saddam.

O futuro tem-se encarregado de demonstrar quão errados estavam.

O problema (para eles) é que provavelmente se passou já o ponto de viragem.

Tendo ruindo, um a um, os argumentos dos que se opunham à guerra, já só a instabilidade ainda permanecente no território iraquiano lhes dá algum fôlego para continuar a debitar disparates, muito embora muito mais tímidos. Há até quem vislumbre forças terroristas e insurrectas no território. Umas, as que desenfreadamente chacinam civis nas ruas, mercados, mesquitas, seriam simplesmente terroristas. Outras, “insurrectos”, pretenderão simplesmente libertar o território do jugo norte americano. As primeiras são, pelos abstrusos opositores à invasão, ilegítimas. As segundas são, segundo os mesmos “pacifistas”, legítimas ou “compreensíveis”.

O problema é que existe um factor que desarma os permanecentes argumentos. O povo Iraquiano não desiste, e trilha, com vontade férrea, os caminhos que lhes foram abertos pelas tropas libertadoras, maioritariamente norte americanas.

Em eleições legislativas, todos os iraquianos (desta vez até os sunitas) aderiram ao processo e foram às urnas.

Mesmo assim a parvoíce impera e os jornais são espelho do autismo que diante dos nossos olhos desfila.

No dia das eleições legislativas, o jornal “O Público” publica, na capa, um título falso sobre as declarações de George Bush acerca das eleições iraquianas.



No dia seguinte, o mesmo jornal publica em capa um título minúsculo sobre o sucesso das eleições em termos de corrida às urnas. Neste último caso, é tão óbvia a imbecil ponderação de importância dos factos do dia, que King Kong ocupa um espaço infinitamente superior ao espaço ocupado pelas linhas sobre o Iraque.



Tratando-se, claramente, de mais um exercício de desinformação e propaganda, sugiro a leitura deste e deste artigos que caracterizam bem o que está em cima da mesa.

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