18/12/2005

Os arruaceiros não reconhecem querubins

Quem diria que isto podia acontecer em França, país profundamente “multilateralista” e cumpridor da “legalidade internacional”.

Sugiro também a leitura deste meu anterior artigo.

Ou isto “é coisa da CIA”, ou os “pacifistas” europeus estão, pouco a pouco, a ter que engolir o que disseram.

Artigo da TSF:

Descoberto esconderijo alegadamente da Al-Qaeda

As autoridades francesas descobriram hoje um esconderijo de armas nos arredores de Paris, no quadro de uma investigação sobre assaltos e branqueamento de capitais destinados a financiar o terrorismo islâmico internacional.

As armas - cinco espingardas e revólveres - foram descobertas esta madrugada numa garagem da cidade de Clichy-sous-Bois, no âmbito da operação antiterrorista encetada segunda-feira e que conduziu à detenção de 27 indivíduos, entre os quais argelinos, tunisinos e franceses.

No esconderijo encontravam-se ainda um quilograma de TNT, 19 paus de dinamite e detonadores, apreendidos pelos investigadores da Direcção de Vigilância do Território (DST, contra-espionagem) e pelo Gabinete Central da Repressão do Banditismo (OCRB).

As autoridades recuperaram também uma farda completa de polícia e vários fatos negros utilizados pelas forças do corpo de intervenção.

Segundo o Ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, alguns islâmicos detidos desde
segunda-feira têm «ligações indirectas com (Abu Mussab) Al-Zarqawi», o líder da
Al-Qaeda no Iraque.

O Ministro sublinhou que «a permeabilidade entre o terrorismo e o grande banditismo é profundamente evidente».

Mas os investigadores suspeitam igualmente de ligações entre este grupo (de Zarqawi) e o islamismo argelino.

Segundo as autoridades francesas, algumas detenções foram efectuadas «em países que têm a atenção dos serviços secretos ocidentais», nomeadamente no Afeganistão, no momento da ofensiva norte-americana lançada contra este país em 2001.

De acordo com uma fonte próxima da investigação, algumas das pessoas detidas «assumem o compromisso» islâmico e a «vontade de financiar a causa».

Entre os indivíduos que se encontram em prisão preventiva, alguns «já tinham aparecido em investigações anteriores por associação de malfeitores em relação com uma empresa terrorista». Outros são «delinquentes de direito comum», precisou a Direcção Geral da Polícia.
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