Rui Moura refere, no Mitos Climáticos, que é curiosa a utilização do tempo verbal relativo à palavra “poderão”.
De facto ele tem razão. Suponho que seja o tempo verbal (e o verbo) mais usado para espalhar a confusão. Lançar “notícias” sobre coisas que não aconteceram mas que poderão, na “opinião” no jornalista vir a acontecer. Pura especulação.
De cada vez que um jornalista se quer fazer notado, “antecipa” a “notícia” alavancando-a no termo “poderão”.
Se não se tratasse de pura especulação, não raras vezes pura propaganda, poderiam, ao menos, dizer: “poderão ou não”, ou, “poderá ou não”. Mas isto seria demasiado honesto para a generalidade eles.
Mas há casos piores. Relembro o caso em que, após um período em que o referido tempo verbal foi profusamente usado, José Rodrigues dos Santos anunciou a chagada, a Portugal, da febre de Marburg.
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