Mário Soares reclama que Manuel Alegre se deve demitir do PS por não ser apoiado pelo partido, dando de barato que a ligação dele próprio ao PS não é de mero apoio a um candidato independente. Em boa verdade a fazer sentido esse pedido de demissão, deveria haver, paralelamente, lugar a uma desistência do candidato Soares. Se a ligação mantida por Manuel Alegre ao PS enquanto candidato à Presidência é perniciosa para o partido não se percebe como não é pernicioso o apoio do PS a Mário Soares em relação à Presidência.
Mário Soares reclama que só há dois candidatos, puxando a brasa, evidentemente, à sua sardinha. Por mim diria que só há um candidato.
Mário Soares, entretanto, não se coíbe de qualificar de “atrasado mental” um popular que o insulou. Lembra a história de Sarcozi.
--- Actualização ----
De facto, nas imagens da RTP, percebe-se que alguém está, inicialmente, via megafone, a dizer coisas bizarras sobre Mário Soares. De acordo com a posição de Soares e da câmara e pelo tipo de som, percebe-se que Soares está, inicialmente, longe do interpelador.
A verdade é que me parece que Paulo Pinto Mascarenhas, n’O Acidental, tem razão. Parece fazer sentido que a caravana tenha, propositadamente, aproximado Mário Soares do interpelante. A ser assim, é muito grave. Há, na equipa de Soares, uma paranóia de vitimização?
--- Reactualizado a 16 de Dezembro de 2005 ---
Em relação aos incidentes em Barcelos, com Mário Soares, fiz o download completo do Telejornal da RTP, mas não consegui concluir grande coisa.As imagens e som da respectiva peça, (editadas, naturalmente), dão a entender que toda a refrega se terá desenvolvido já com Soares a curta distância do ‘agitador’.
Pode ter acontecido que a comitiva tenha sido propositadamente levada para junto da área onde era de prever que iria haver confusão. Mas pelas imagens do Telejornal, diria que se pode fazer essa, como outra especulação qualquer.
.