Há uns tempos um amigo meu, na altura autarca, disse-me: meu caro, esta coisa do poder corrompe.
Percebi que não estava a falar de corrupção nos moldes em que falamos dela normalmente, mas de corrupção a que eu talvez chamasse corrosão.
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Estive uns dias na zona de Braga e pude observar a forma de actuar de uma brigada de trânsito da GNR.
A coisa passava-se, inevitavelmente, à volta de uma operação de detecção de velocidade entre Cerdeirinhas e Braga. Havia um carro estacionado algures e um outro mais à frente que interceptava os condutores que o primeiro detectava em falta.
Talvez por não terem documentos, talvez por demonstrarem excesso de álcool, a verdade é que, de vez em quando, um carro identificado GNR-BT se deslocava do local de intercepção até Braga (aparentemente). E é aqui é que bate o ponto.
Do local onde me encontrava podia ver uma parte sinuosa do percurso, cheia de traços contínuos e onde a proibição de se circular a mais de 50 era bem patente. Mas tudo isso a GNR ignorava.
Fosse curva aberta ou fechada, tivesse ou não traços contínuos (duplos), houvesse ou não trânsito em sentido contrário, o carro a GNR ultrapassava sem sequer ligar as lamparinas azuis.
Sempre que lhe era impossível ultrapassar porque zonas do percurso tinham pirolitos verticais instalados sobre o duplo traço contínuo, a GNR encostava o carro ao carro que lhe seguisse à frente mantendo-se, sistematicamente, a bem menos de 2 metros de distância e mostrando-se, ao condutor que lhe seguia à frente, quer pelo retrovisor da esquerda quer pelo da direita. Frequentemente parecia ter intenção de ultrapassar pela berma ou dar a ‘pista’ ao condutor que o precedia para o fazer. Reafirmo, sem nunca assinalar a marcha com pirilampos azuis ou sirene.
Logo que conseguia ultrapassar, triturando molhadas de normas de gente civilizada, pulverizava todas as normas de limitação de velocidade: prego a fundo.
Eu não sei que exemplo pretende dar a GNR-BT, mas de gente civilizada não seria.
Foi assim uma tarde inteira (pelo menos). A verdade é que, não fosse tratar-se de um carro identificado, eu diria: ali vai um belo punhado de assassinos.
Para o ano, se lá voltar, levarei comigo uma câmara de vídeo.
Aliás, não seria má ideia que os carros da GNR fossem obrigados a ter instalado um circuito de gravação vídeo onde se pudesse perceber a forma como os militares conduzem.
Câmaras de vídeo não são coisa de gente civilizada... mas é justamente o caso.
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31/12/2007
E se o funcionário fosse para o ...
Pode parecer que ando mal humorado, mas não é o caso. Vai apenas havendo cada vez mais perus com piolho.
[Insurgente]
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[Insurgente]
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30/12/2007
O sucessor
Anuncia-se agora que Benazir Buttho tem "sucessor"! E há mais: é um sucessor a prazo. Enquanto o dito não sair do aviário, outro peru o substituirá.
Mas não reclamava ela por democracia e que era general o mau da fita?
Não defendia ela que o "verdadeiro muçulmano" nunca atentaria contra uma mulher? Quereria ela definir um muçulmano, exactamente à medida que lhe daria jeito?
... à medida do que lhe daria jeito ... pois: os aviários servem para isso.
Continuo sem perceber da qualidade da aderência do ocidente à "democracia" reclamada pelos Buttho.
Entretanto, não se esqueçam ser o general o mau da fita.
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Mas não reclamava ela por democracia e que era general o mau da fita?
Não defendia ela que o "verdadeiro muçulmano" nunca atentaria contra uma mulher? Quereria ela definir um muçulmano, exactamente à medida que lhe daria jeito?
... à medida do que lhe daria jeito ... pois: os aviários servem para isso.
Continuo sem perceber da qualidade da aderência do ocidente à "democracia" reclamada pelos Buttho.
Entretanto, não se esqueçam ser o general o mau da fita.
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Algém me explica ...
... a razão de ser da orgia delambida pelos órgãos de comunicação social à volta da nomeação de um caramelo qualquer para capitanear um banco qualquer?
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A estupidez segue o seu caminho ...
... ou a família como balde de merda em que crianças dormem (?):
[Clicar para ver melhor]
Via Abrupto.
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[Clicar para ver melhor]
Via Abrupto.
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24/12/2007
23/12/2007
Arauto
Os recibos verde e o faz de conta que se faz prestação de serviços
... e porque fica o Estado sempre de fora?Via Mitos Climáticos, de Alberto Gonçalves, Crendices, ou ...
O FIM DO MUNDO TAL COMO AL GORE O CONHECESerá talvez este o maior logro da história recente, logo depois do logro em que a esquerda alinhou no tempo da cortina de ferro e ainda depois dele. Inclino-me, aliás, a dar razão a quem reclama que a história do aquecimento global não passará de uma espécie de terapêutica ideológica substitutiva que, para não variar, se assume em forma de logro.
E, discretamente, o aquecimento global, esse Medo do Ano, parou. Se o facto não chegou às manchetes nem por isso deixa de ser um facto: as temperaturas médias de 2007 foram idênticas às de 2006. E as de 2006 às de 2005. E as de 2005 às de 2004. E por aí fora até 2001. É isto, então: aparentemente, as temperaturas terrestres (por complexas que sejam de estabelecer) não aumentam há seis anos. David Whitehouse, astrofísico e ex-editor científico da BBC (não, não é o "céptico" comum), comenta o assunto em artigo na revista "New Statesman" e procura, em vão, uma explicação. A explicação "clássica" liga o aumento das temperaturas ao aumento das emissões de dióxido de carbono. Mas, no período em causa, as emissões de CO2 continuaram a subir (nos dois sentidos) e as temperaturas, repito, não. Na perspectiva científica, é legítimo suspeitar que, afinal, uma coisa não está relacionada com a outra, e que talvez a acção do homem não influencie o clima do modo que se pensava e se obrigava toda a gente a pensar.
O problema é que o conhecimento científico nunca foi exactamente o objectivo desta história. A coisa passou mais por apavorar as massas com visões folclóricas da catástrofe, espatifar fortunas em "investigação" com tese previamente definida, realizar o "Live Earth", dar o Nobel ao sr. Gore, reunir os grandes da Terra (aflitíssimos) nas praias de Bali e aliviar fúrias acerca dos EUA e de Quioto. Feito, feito, feito, feito. Se calhar, é suficiente. Podemos voltar à gripe das aves? Ou, se quiserem um perigo comprovado e realmente assustador, à crendice dos homens.|
Sábado, 22 de Dezembro
O prémio Nobel não terá passado de cereja em bolo-bosta.
Um dia destes ouvi, na RDP, uma entrevista a uma investigadora da Universidade de Aveiro. Logo na primeira pergunta o jornalista abordou a questão em forma de polarização - a desgraça dos ursos afogados. A cientista, sem refutar a paranóia, chamou a atenção de que os pólos estavam a aquecer (o que parece não ser verdade) mas outras zonas estavam a arrefecer. Enfim, respondeu sem tentar desmanchar o logro. Ainda algum tempo há de passar antes de se poder chamar os bois pelos nomes sem se correr o risco de se ser chamado de negacionista.
Não sou católico, mas queira Deus que a temperatura não comece a baixar de imediato. Se ainda por cá andar, terei interesse em ver como se irá defender que a produção maciça de CO2 não possa vir a ser uma ferramenta para evitar o arrefecimento global.
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22/12/2007
Música
Thick as a Brick
Daqui a pouco vou fazer umas pequenas reparações no meu carro: trocar uma lâmpada e substituir a ficha do isqueiro (não fumo mas preciso dela).
Entretanto, façam o favor de ouvir Thick as a Brick. Aqui fica o link para o artigo Wikipedia, onde destaco:
The epic is notable for its numerous time signature and tempo changes (not uncommon to the newly emerging progressive rock subgenre of rock), as well as a large number of themes throughout the piece, resembling a typical classical symphony in this regard, rather than a typical rock song.Duração: 43:28
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21/12/2007
O fascínio da estupidez galopante
Parece que o estado dá uns cacaus a cada grávida. Bastará que a futura parturiente (estou a falar bem?) prove que está grávida de 13 semanas e cairá o pilim. Desconheço os pormenores miudinhos por manifesto desinteresse: duvido poder vir algum dia a cair na referida categoria.
13. Pois. Hummmmm ...
Os médicos aconselham que seja feita uma ecografia às 11 semanas e, nessa altura, passam um papel qualquer a afiançar das intenções do sistema reprodutivo da cidadã.
A mulher espera 2 semanas e entrega o papel.
Atente-se como o cidadão comum é capaz de pensar que, duas semanas volvidas desde a ecografia, o feto terá 13 semanas.
Mas o 13 não dá descanso. Entregue a papelada ao serviço estatal competente, logo este a devolve dizendo que "não, o papel diz 11 e é suposto dizer 13 semanas".
Não vale a pena argumentar que dirá 11 mas que será referente a um data passada à duas semanas, e que 11+2=13.
Não. Não vale a pena. E em boa verdade, só quem tiver um espírito mesquinho será capaz de tamanha exigência. Fazer tal soma é coisa de comum mortal, os iluminados do tal serviço estatal estão fora desse mundo mesquinho e, tá bem de ver, percebem (olho de lince) que pode estar-se perante um esquema maquiavélico em que se pretende não mais que avacalhar o calendário ...
... e um dos respectivos iluminados encontra uma solução: terá que ser o médico a afiançar que, duas semanas depois, terão decorrido 13 semanas. É por isso que a malta da matemática diz que há falta de trabalho.
...
Atente-se agora este outro fascínio ...
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E porque carga de água estará o Lince em extinção? Terá alguém trocado as mãos?
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13. Pois. Hummmmm ...
Os médicos aconselham que seja feita uma ecografia às 11 semanas e, nessa altura, passam um papel qualquer a afiançar das intenções do sistema reprodutivo da cidadã.
A mulher espera 2 semanas e entrega o papel.
Atente-se como o cidadão comum é capaz de pensar que, duas semanas volvidas desde a ecografia, o feto terá 13 semanas.
Mas o 13 não dá descanso. Entregue a papelada ao serviço estatal competente, logo este a devolve dizendo que "não, o papel diz 11 e é suposto dizer 13 semanas".
Não vale a pena argumentar que dirá 11 mas que será referente a um data passada à duas semanas, e que 11+2=13.
Não. Não vale a pena. E em boa verdade, só quem tiver um espírito mesquinho será capaz de tamanha exigência. Fazer tal soma é coisa de comum mortal, os iluminados do tal serviço estatal estão fora desse mundo mesquinho e, tá bem de ver, percebem (olho de lince) que pode estar-se perante um esquema maquiavélico em que se pretende não mais que avacalhar o calendário ...
... e um dos respectivos iluminados encontra uma solução: terá que ser o médico a afiançar que, duas semanas depois, terão decorrido 13 semanas. É por isso que a malta da matemática diz que há falta de trabalho.
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Atente-se agora este outro fascínio ...
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E porque carga de água estará o Lince em extinção? Terá alguém trocado as mãos?
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18/12/2007
A linha da REN e a palermice autárquica
Eu compreendo que seja pouco inestético morar junto à passagem de uma linha de alta tensão. Eu compreendo que sempre que se olhe para ela se possa pensar que, mais tarde ou mais cedo ela poderá cair na mona de alguém.
Em relação à estética apenas resta reclamar que é inestético e, eventualmente pretender ser-se compensado por isso. Em relação à queda da linha também se poderá argumentar que se corre um risco (pequeno que seja) do qual se tirará pouco proveito.
Quando se fala dos efeitos à saúde humana incluindo o risco de cancro, entra-se pelo esplendoroso campo da ignorância, cretinice, burrice e oportunismo.
A REN alimentava a zona por duas linhas. No momento em que a soma dos picos de carga de ambas as linhas se aproximaram da capacidade da linha mais fraca houve que providenciar a instalação de uma outra linha, caso contrário uma avaria numa delas provocaria o disparo das protecções da outra. Assim foi feito.
Vem agora o tribunal sentenciar que a terceira linha seja desligada. A REN diz que vai cumprir e que o risco de centenas de milhares de pessoas ficarem sem luz é concreto:
A não ser que a estupidez seja das poucas coisas sem limite depreende-se que a autarca tenha, com a Santa da Ladeira, um acordo de fornecimento de energia eléctrica.
No fim deste artigo (o bold é meu) pode consultar-se o monumento à estupidez humana. Foi retirado de um cache do Google e é referente a um artigo do site da Junta de Freguesia de Monte Abraão.
Por mim diria ainda que deveria ser obrigatório que os autarcas fizessem uma prova de matemática, ao nível de contas de merceeiro, antes de se poderem candidatar.
Caso as linhas vão mesmo às urtigas, como qualificar, em termos de competência, a autarca e os tribunais em causa? Caso haja corte de energia (muito provavelmente prolongado) e em consequência morram pessoas, de que estirpe de homicídio acusar os tribunais que debitaram as sentenças e a autarca especialista em energia?
Se o frio apertar e as linhas se forem abaixo das canetas em consequência do óbvio aumento de cargas (as pessoas ligam caloríferos), quantas pessoas podem, previsivelmente, morrer de frio? E a Protecção Civil está a dormir? E o nosso engenheiro terá feito, também por fax, as cadeiras relacionadas com a energia?
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PS.
Que tal reclamar que se retirem as instalações eléctricas das habitações? Já alguém mediu a intensidade do campo electromagnético provocado pela instalação eléctrica da própria habitação?
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Em relação à estética apenas resta reclamar que é inestético e, eventualmente pretender ser-se compensado por isso. Em relação à queda da linha também se poderá argumentar que se corre um risco (pequeno que seja) do qual se tirará pouco proveito.
Quando se fala dos efeitos à saúde humana incluindo o risco de cancro, entra-se pelo esplendoroso campo da ignorância, cretinice, burrice e oportunismo.
A REN alimentava a zona por duas linhas. No momento em que a soma dos picos de carga de ambas as linhas se aproximaram da capacidade da linha mais fraca houve que providenciar a instalação de uma outra linha, caso contrário uma avaria numa delas provocaria o disparo das protecções da outra. Assim foi feito.
Vem agora o tribunal sentenciar que a terceira linha seja desligada. A REN diz que vai cumprir e que o risco de centenas de milhares de pessoas ficarem sem luz é concreto:
“No caso da sub-estação de Trajouce se apagar, de a última linha que ficar a alimentá-la não tiver capacidade de suportar a carga, 700 mil pessoas vão ficar às escuras”.A presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão vem depois dizer que não, que se tal acontecer se deverá apenas a má vontade da REN.
A não ser que a estupidez seja das poucas coisas sem limite depreende-se que a autarca tenha, com a Santa da Ladeira, um acordo de fornecimento de energia eléctrica.
No fim deste artigo (o bold é meu) pode consultar-se o monumento à estupidez humana. Foi retirado de um cache do Google e é referente a um artigo do site da Junta de Freguesia de Monte Abraão.
Por mim diria ainda que deveria ser obrigatório que os autarcas fizessem uma prova de matemática, ao nível de contas de merceeiro, antes de se poderem candidatar.
Caso as linhas vão mesmo às urtigas, como qualificar, em termos de competência, a autarca e os tribunais em causa? Caso haja corte de energia (muito provavelmente prolongado) e em consequência morram pessoas, de que estirpe de homicídio acusar os tribunais que debitaram as sentenças e a autarca especialista em energia?
Se o frio apertar e as linhas se forem abaixo das canetas em consequência do óbvio aumento de cargas (as pessoas ligam caloríferos), quantas pessoas podem, previsivelmente, morrer de frio? E a Protecção Civil está a dormir? E o nosso engenheiro terá feito, também por fax, as cadeiras relacionadas com a energia?
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PS.
Que tal reclamar que se retirem as instalações eléctricas das habitações? Já alguém mediu a intensidade do campo electromagnético provocado pela instalação eléctrica da própria habitação?
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1- Ponderação, sentidos de bem e interesse público e análise não impressionável pela força dos contendores nas decisões dos Tribunais, nas suas várias instâncias..
2- Total irresponsabilidade e postura "terrorista" da Rede Eléctrica Nacional (REN), que tem o seu expoente máximo no não cumprimento da (s) deliberação (ões) judicial (ais).
3- Confrangedor naufrágio do Presidente da Câmara Municipal de Sintra em todo o processo: ultrapassado pelos acontecimentos e acossado pela sua própria inércia e desinteresse no tratamento desta questão, o Presidente da Câmara enreda-se em justificações pífias, explicações contraditórias e propostas patéticas.
Desde Julho – e da então decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul de ordenar a suspensão da corrente eléctrica da linha de muito alta tensão – que o processo foi objecto de mais duas decisões de Tribunal competente, em resposta aos recursos apresentados pela REN.
E as duas decisões – ambas em sede de Supremo Tribunal Administrativo, uma do Juiz –Relator, outra do colectivo de Juízes (Pleno) – foram no mesmo sentido, favoráveis às posições defendidas pela Junta de Freguesia de Monte Abraão e pela esmagadora maioria das pessoas (munícipes e não munícipes de Sintra): mandar desligar "a corrente" da linha de muito alta tensão, confirmando o seu potencial carácter nocivo.
Deste modo, são três as decisões que dão razão ao nosso ponto de vista. Todas de instâncias sucessivamente superiores, que contrariam e evidenciam a frágil argumentação do indeferimento (por parte do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra) das três providências cautelares por nós interpostas e que desencadearam todo este processo. As duas últimas deliberações (do Supremo Tribunal Administrativo) respondiam já a recursos da REN, que mais pareceram manobras dilatórias para adiar o desligar da linha (isto porque cada recurso implicava efeitos suspensivos sobre a decisão).
A polémica tomou, entretanto, proporções nacionais – felizmente, uma vez que alertou consciências e veio dar força a esta causa e a outras, semelhantes, que pareciam esmagadas pela percepção da desigualdade entre as partes.
Em termos de balanço, no presente, e de concreto, temos uma decisão judicial que não é mais passível de recurso ou, pelo menos, dos instrumentais efeitos suspensivos que este sempre implica; uma opinião pública conhecedora dos argumentos das duas partes e claramente a favor da suspensão da linha aérea de muito alta tensão e, pasme-se, essa mesma linha a continuar a funcionar, como se nada tivesse acontecido.
Este último ponto é gravíssimo. Gravíssimo porque constitui um crime por parte da REN. Um crime - Crime de Desobediência Qualificada, punível com pena de prisão até 2 anos e multa até 240 dias (artigo 348º, nº 2 do Código Penal) - que atenta contra um dos pilares da sociedade democrática (o poder judicial) e contra a vontade da esmagadora maioria das pessoas. E ainda mais grave porque é cometido por uma empresa de capitais públicos (de resto, os recursos foram interpostos em conjunto pela REN e pelo Ministério da Economia), por isso uma empresa com uma responsabilidade social acrescida. A REN comete o crime de desobediência qualificada, por incumprimento da decisão judicial, desde o primeiro dia subsequente à referida decisão, ou seja, desde o dia 2 de Outubro.
Porque é uma empresa que tem tutela do Estado, leia-se Governo;
Porque o Governo de Portugal é liderado pelo secretário-geral do meu partido (PS) e a REN tem na sua composição e matriz programática uma estreita ligação ao PS;
Usarei dos instrumentos legítimos – como cidadã, militante do PS e autarca – ao meu alcance para romper a impunidade, prepotência e desrespeito da REN e fazer cumprir as regras básicas de funcionamento de um Estado de Direito. Saberei questionar quem de direito sobre a tutela e respectiva responsabilidade política deste caso.
A postura terrorista da REN – usando todos os expedientes para suspender qualquer decisão até ao fim do julgamento da primeira acção por nós interposta – terá na Junta de Freguesia de Monte Abraão (e nas instituições/associações/entidades verdadeiramente empenhadas), em todos os munícipes dos concelhos afectados pela linha e nos cidadãos que connosco estão nesta causa a devida resposta, ou seja, a persistência e esclarecimento que esta matéria exige.
Maria de Fátima Campos
Presidente JF Monte Abraão
PS - Na passada sexta-feira, na primeira audiência do julgamento, a REN brindou-nos com mais uma jogada que não poderei apelidar com outro qualificativo que não seja "golpada". Com a linha de muito alta tensão a funcionar a apenas 25 por cento (1/4) da sua potência máxima, resolveu medir os respectivos valores e usá-los como argumento de que a linha não é nociva pois "apresenta emissões electromagnéticas abaixo do valor estipulado por Lei".
Enfim… alguém acredita que um equipamento/linha é construído com uma determinada potência para depois apenas ser utilizado menos de metade da sua capacidade total?
Eu acredito que a REN está de muito má fé neste processo e não "olha a meios" para manter a linha de muito alta tensão ligada.
17/12/2007
Vómitos
As nossas televisões fazem lembrar a PIDE: antes de ser já o é.
Salta a lebre e logo as televisões exibem a a respectiva cara nos ecrãs.
Prenderam uma data de gajos provavelmente relacionados com os assassinatos do mundo da noite, escondendo-se as caras dos polícias envolvidos mas deixando a descoberto a cara dos detidos.
O código penal prevê sanções para todos os gostos, mas desconheço qualquer castigo relacionado com a exibição pública, em meio de comunicação social, da cara do condenado. Abstraindo a irrelevância informativa, nem há sequer condenado.
E triste é também o conluio das polícias nesta encenação. Nesta, nas encenações da ASAE, etc.
Parece que vivo no mundo das touradas, no mundo do circo romano moderno. Só falta a populaça carregar um botão do tele-comando para que o 'malandro' seja, de imediato, executado e que as televisões gravem em slow motion e que repitam, em muti-câmara, até ao vómito.
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11/12/2007
Prostituiram-se
Picado por este post (As Minhas Leituras), fui desenterrar este texto enviado ao Abrupto em 8 de Agosto de 2006:
A Ministra foi populista e fez eco da crítica comum de que os professores são os responsáveis pela calamidade educativa portuguesa. Não apresenta evidências de que assim seja. Mas por que razão a Ministra da Educação e outros agentes das esferas do poder se dão ao luxo de falar assim desta classe profissional? Na realidade, os professores são responsáveis, não propriamente pelo facto de ensinarem mal ou de serem intrinsecamente maus professores. A responsabilidade é mais funda. É que desde há algumas décadas os professores abdicaram da sua vocação intelectual, ou mantiveram-na só para aquilo que interessa em cada conjuntura ou momento, aceitando em troca incluir-se na bolsa de sustentação do poder político e económico..
O poder, é sabido, precisa destas bolsas de sustentação, e um grupo como os professores é fundamental que seja "capturado" para o pleno exercício do poder actual. Fala-se em "democratização" do ensino, mas isso é um eufemismo. Com certeza algo corresponderá a isso, mas na essência o que se deu foi um fenómeno de "massificação do ensino", o que não é exactamente a mesma coisa. Nesse processo, foi preciso apresentar taxas de sucesso, níveis de ensino em grande escala, impedir o abandono escolar, etc. Ou seja, o aparelho educativo esteve ao serviço de objectivos sociais, económicos e políticos que pouco têm a ver com o verdadeiro ensino. E em troca de favores profissionais e de um certo teor de vida, entre outras vantagens, a "classe profissional" dos profs. alimentou estes objectivos extra-educativos. Numa palavra, vendeu-se ao poder.
Evidentemente, o nível de formação e de conhecimentos dos alunos tem-se ressentido drasticamente. Mas os professores têm estado sempre cegos, surdos e mudos. Sempre muito mais preocupados com os seus interesses profissionais e com a sua carreira, enfim, com a sua vidinha. Não se importaram, portanto, durante estes anos, de se submeterem a um processo de proletarização que lhes retirou muita da credibilidade que possuiam, sendo natural que agora o poder os trate como párias e não nutra por eles o mínimo respeito. E os restantes actores também não, designadamente, os pais dos alunos, que não vêm com bons olhos os resultados obtidos. Que pretendem agora os professores? Já nada podem fazer. Podem fazer greves e manifestações. Mas não têm mais crédito que qualquer outro grupo social. E perderam o apoio da sociedade, e agora falam sozinhos no deserto. Isto é uma análise generalíssima. Não se pretende pôr em causa os muitos professores que ensinam bem e que fazem das tripas coração para que os alunos passem e se formem, etc. Mas isso não pôe em causa a minha tese central: os professores, enquanto classe, prostituiram-se ao poder e agora são tratados como rameiras do sistema. E se querem ter emprego e fruir ainda de algumas migalhas do poder têm que aceitar a "grelha" que lhes é imposta e conformar-se.
O servilismo e a apatia de anos vão sendo agora cada vez mais evidenciados, e pelo próprio poder, o que não é surpreendente. Ainda me recordo quando aqui há uns anos se negociou o Estatuto da Carreira Docente (penso que em 1997), e estava em causa a saída do ensino de centenas de professores provisórios que durante anos foram os colegas de segunda, mas muitos deles com provas de dadas de qualidade e dedicação, que ficavam sempre com as piores turmas e até ganhavam menos. Estava em causa na mesma altura, através da uma reforma do ensino secundário, o desparecimento de disciplinas como Introdução à Antropologia ou Jornalismo. A "classe" dos professores e os sindicatos nada fizeram caso disso, e negociaram o Estatuto e a reforma sem o mínimo de solidariedade por esses colegas, muitos com família, que ficaram sem trabalho, e muitos continuam no desemprego porque estiveram 10, 15, 20 anos nessa situação provisória e agora não têm onde se agarrar... E quando estes fizeram manifs. à porta do Ministério estavam sozinhos, porque a "nobre" classe dos profs. esteve a marimbar-se para estes colegas... E quanto ao desaparecimento das disciplinas? Alguém se interrogou sobre a validade destas matérias, qual o seu papel na formação integral dos jovens? Alguém ainda se lembra de Educação Visual?...
Orlando de Carvalho (...não sou professor)
10/12/2007
Outra coisa qualquer ...
No Abrupto:
Não sei o que se conseguiu e não se conseguiu. Não sei o que se ganhou ou perdeu. Nem a UE nem África. Mas sei uma coisa: a mim, como português, como europeu crente que um conjunto de países que, apesar das diferenças, compartilha ideiais de pluralismo democrático e respeito pelos direitos humanos, repugna-me ver o primeiro-ministro do meu país alardear os benefícios de um acordo (acordo? declaração de intenções? memorando de entendimento? outra coisa qualquer?...) com a Líbia, essa nação democrática, com um soba que está há décadas no poder, que compra páginas inteiras de anúncios contra o tribunal penal internacional nos principais jornais em circulação, que é suspeito de múltiplos atentados dentro e fora de portas, que se passeia com total descaramento por onde quer que vá, com óculos escuros e ar sinistro dentro dos recintos onde decorrem os "trabalhos", devidamente acompanhado por umas igualmente sinistras mulheres que são quem lhe serve de protecção pessoal. Esse mesmo chefe de estado cujos assessores queriam desgravar uma parte do filme de um repórter da RTP só porque ele perguntou se ele já tinha ou não sido confrontado com algumas questões menos simpáticas. Os mesmos assessores e seguranças que perguntavam ao conjunto de jornalistas que ali estavam, num inglês mal falado e ameaçador «do you have any problem?». Estes chefes de estado, verdadeiros líderes que se impuseram à força em países sem condições para os expulsar definitivamente, vieram cá porque Portugal exerce actualmente a presidência da UE. Nada a apontar. Mas alguns desses vieram cá e passearam a sua arrogância e prepotência, montando tendas em fortes e sendo ofertados com banquetes presidenciais. Para além do mais, ainda são agraciados com declarações únicas do primeiro-ministro, porque existem interesses económicos que, como é óbvio e qualquer um compreende, se sobrepõem claramente a quaisquer questões de princípio. Isto é hoje o meu país. Um país que cada vez tenho mais dificuldade em aceitar..
(Rui Esperança)
08/12/2007
Mais um periférico
Acabei de ver o programa de António Barreto (sobre TV), que estava gravado na barriga do meu gravador de DVD (com disco).
Uma frase me despertou a atenção: "a mulher, que de fada recatada passou a objecto sexual".
É o progresso.
A televisão conquistou um periférico: o espectador. Nessa qualidade, a mulher, como objecto sexual, tem o seu lugar como opção de periférico de televisor.
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Uma frase me despertou a atenção: "a mulher, que de fada recatada passou a objecto sexual".
É o progresso.
A televisão conquistou um periférico: o espectador. Nessa qualidade, a mulher, como objecto sexual, tem o seu lugar como opção de periférico de televisor.
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A cimeira da palermice
Na palermice pegada que é a cimeira africana, José Sócrates "exige" ao governo do Sudão a implementação dos acordos de forma que "uma força de paz, robusta" seja colocada no local.
Pacíficas forças guerreiras ou robustas forças de paz só saem das cimeiras pejadas de assassinos que tem lugar na Europa, especialista em multilateralismo.
... o mundo (real, para os distraídos) vai seguindo o seu caminho.
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Pacíficas forças guerreiras ou robustas forças de paz só saem das cimeiras pejadas de assassinos que tem lugar na Europa, especialista em multilateralismo.
... o mundo (real, para os distraídos) vai seguindo o seu caminho.
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07/12/2007
Contadores
A EDP quer trocar os contadores por outros mais práfrentex. Parece que os novos dispensariam leitura.
Entretanto, a operação custaria um barbaridade de massa e os consumidores teriam que a pagar.
Eu sei que se fosse a EDP a pagar o resultado seria o mesmo: o consumidor acabaria por pagar.
Entretanto o governo resolvei fazer abortar a coisa. Mas ...
O que não percebo é a razão pela qual se implementa uma tecnologia que implica mais custo. Se nada se poupa, porque raio não se mantém o que é mais vantajoso? Por masturbação mental da EDP?
Ou dar-se-ia o caso de os novos contadores impossibilitarem a venda de energia à EDP (micro geração)? Seria o caso?
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Entretanto, a operação custaria um barbaridade de massa e os consumidores teriam que a pagar.
Eu sei que se fosse a EDP a pagar o resultado seria o mesmo: o consumidor acabaria por pagar.
Entretanto o governo resolvei fazer abortar a coisa. Mas ...
O que não percebo é a razão pela qual se implementa uma tecnologia que implica mais custo. Se nada se poupa, porque raio não se mantém o que é mais vantajoso? Por masturbação mental da EDP?
Ou dar-se-ia o caso de os novos contadores impossibilitarem a venda de energia à EDP (micro geração)? Seria o caso?
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06/12/2007
Hannah Arendt
Espicaçado por um comentário de José Luís Sarmento (a este artigo), aqui fica um par de links:
Hannah Arendt.
Hannah Arendt - citações.
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05/12/2007
Pergunta de algibeira ou uma escola apalermada
De há um tempo a esta parte tenho vindo a perguntar a várias turmas do 12º qual a temperatura de fusão da água.
Já perguntei a cerca de 100 alunos e nenhum sabia.
Quanto muito, alguns perguntaram: - mas "ó stôr", a água tem temperatura de fusão?
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Já perguntei a cerca de 100 alunos e nenhum sabia.
Quanto muito, alguns perguntaram: - mas "ó stôr", a água tem temperatura de fusão?
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04/12/2007
Marines
A carnificina que tem tido lugar no Iraque é resultante de uma guerra de vontades e da publicitação dessas vontades.
Os Estados Unidos estão lá para fazer ver ao mundo muçulmano (em particular ao paranóico) que vão onde muito bem entenderem e para mostrar a todos que não devem esticar demasiado a corda ou sujeitam-se a que eles se apresentem na ponta dela. Os paranóicos pretendem mostrar a todos os interessados que, se se atreverem a não rejeitar liminarmente os americanos e se, ainda para cúmulo, tiverem a lata de pôr os pés numa mesa de voto, lhes infernizarão a vida.
Cada macaco no seu galho e, também em Portugal, há uma guerra (pelo menos) de vontades.
Mataram um 'empresário' da noite à bomba. Esse empresário era testemunha num processo qualquer relacionado com a mesma noite e, segundo parece claro, mataram-no porque poderia ser excessivamente "incómodo".
Qual a vontade que ganhou? Não foi a da justiça certamente. A justiça foi incapaz de garantir a sobrevivência de quem com ela aparentemente colaborava.
Há que reclamar a retirada da justiça?
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Os Estados Unidos estão lá para fazer ver ao mundo muçulmano (em particular ao paranóico) que vão onde muito bem entenderem e para mostrar a todos que não devem esticar demasiado a corda ou sujeitam-se a que eles se apresentem na ponta dela. Os paranóicos pretendem mostrar a todos os interessados que, se se atreverem a não rejeitar liminarmente os americanos e se, ainda para cúmulo, tiverem a lata de pôr os pés numa mesa de voto, lhes infernizarão a vida.
Cada macaco no seu galho e, também em Portugal, há uma guerra (pelo menos) de vontades.
Mataram um 'empresário' da noite à bomba. Esse empresário era testemunha num processo qualquer relacionado com a mesma noite e, segundo parece claro, mataram-no porque poderia ser excessivamente "incómodo".
Qual a vontade que ganhou? Não foi a da justiça certamente. A justiça foi incapaz de garantir a sobrevivência de quem com ela aparentemente colaborava.
Há que reclamar a retirada da justiça?
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29/11/2007
Como me chamo?
Que dizer de (e a) um aluno que chega meia hora atrasado a uma aula em que há teste, se senta, escreve o nome no cabeçalho do exame e pergunta "qual é o nome desta disciplina?"
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28/11/2007
27/11/2007
26/11/2007
Partir pedra
Continuo com extrema falta de tempo.
Apesar disso, vou continuando, por aqui, a partir pedra.
Chamo ainda a atenção para este post. Deixei nele este comentário:
"É preciso que o Ministério diga aos alunos que a aprendizagem exige esforço, que aprender custa, que aprender "dói"! "Esperemos que o Totalitarismo em Curso não catrafile o seu autor.
Aqui, também o Presidente da República falhou. Num discurso recente pediu o esforço de todos os agentes educativos*, mas esqueceu-se dos alunos.
Também já o PR vê os alunos como mercadoria.
Voltando a Cavaco Silva, laia-se (aqui) o seu discurso. Nele, o parágrafo seguinte acentua e resume a faceta 'aluno como produto'.
Por isso, acredito na vontade e no empenho dos poderes públicos, das autarquias, das famílias, dos professores e da sociedade civil. Com o esforço de todos, será possível realizar a ambição de uma escola melhor, em nome de uma melhor República.----
* Eduquês em cientologias da educação
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19/11/2007
A bandalheira
No Público:
Especialista diz que professores são dos profissionais com maiores índices de stress e exposição ao risco.
11.11.2007 - 11h11 Lusa
Os professores são dos profissionais com maiores índices de stress e de exposição ao risco, muito devido à indisciplina dos alunos, que tem aumentado bastante nos últimos anos, disse João Amado, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e autor de várias obras sobre indisciplina.
"A indisciplina agravou-se progressivamente. Passou-se de uma infracção simples das regras para um comportamento mais violento e conflituoso", explicou.
Francisco Meireles, professor de Educação Visual e Tecnológica, não tem dúvidas disso. Depois de 14 anos afastado do ensino a trabalhar nos serviços centrais do Ministério da Educação, o docente regressou à escola no passado ano lectivo e garante que "a surpresa não está a ser nada, nada agradável".
"A degradação instalou-se a passos largos. Os insultos generalizaram-se, há agressões e conflitos quase todas as semanas", contou o professor, de 53 anos, que lecciona na escola básica do 2º e 3º ciclos António da Costa, em Almada.
João Amado, investigador do fenómeno da indisciplina desde o início da década de 1980, garante estar disseminada a desmotivação entre os professores, afectados por uma "grande indefinição na comunidade educativa e pela generalização da própria ideia de crise".
O autor de obras como "Indisciplina e Violência na Escola - Compreender para Prevenir" aponta ainda como motivo do aumento do fenómeno "o facilitismo por parte de muitos pais, que se demitiram totalmente da sua função educativa".
"As famílias desresponsabilizaram-se muito e o facto de não existirem regras em casa é altamente perturbador e potenciador de um comportamento de incivilidade por parte de muitas crianças e jovens", explicou.
Confap aponta o dedo aos docentes
Esta ideia não é aceite por Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que garante que "a globalidade das famílias assume as suas responsabilidades ao nível da educação dos filhos".
Ao invés, o responsável da Confap aponta o dedo aos docentes, alegando que muitos se demitem de exercer a sua autoridade junto dos alunos e que agem com grande condescendência relativamente a situações de indisciplina.
Só isso explica, na sua opinião, que uma mesma turma possa ter um comportamento impecável com um professor e ser altamente indisciplinada com outro, o que diz acontecer com frequência.
Governo não tem dados concretos sobre a indisciplina
O Ministério da Educação não dispõe de dados concretos sobre indisciplina, mas apenas sobre violência no espaço escolar, devendo o relatório referente ao passado ano lectivo ser apresentado no final deste mês.
João Sebastião, presidente do Observatório da Segurança Escolar, explicou que não é possível contabilizar os incidentes de indisciplina, não apenas porque o conceito é abrangente e difícil de definir, mas também devido à própria dimensão do problema.
"Há um milhão e 600 mil alunos nas escolas portuguesas. Se um por cento dos alunos fossem indisciplinados, seriam cerca de 16 mil ocorrências por dia. É uma dimensão gigantesca e incontável", explicou o responsável.
Certo é que há uma percepção generalizada na opinião pública sobre o aumento da indisciplina e da violência na escola, fenómenos que, muitas vezes, andam de braços dados. O próprio Procurador-Geral da República considerou recentemente, em entrevista ao semanário “Sol”, que "a situação de impunidade tem de acabar".
Pinto Monteiro vai mesmo emitir uma directiva ao Ministério Público para fazer uma recolha de dados sobre a situação, "começando pela participação de todos os ilícitos que ocorram nas escolas".
Desde o início do ano lectivo, em apenas dois meses, a linha telefónica SOSprofessor recebeu 37 participações de docentes, das quais nove de agressão física por parte de alunos e encarregados de educação e as restantes relativas a situações de indisciplina grave.
"O fenómeno da indisciplina tem tendido, efectivamente, a aumentar. O quadro de valores na relação com o professor, enquanto pessoa mais velha e figura de autoridade, tem vindo a degradar-se progressivamente", disse à Lusa João Grancho, presidente da Associação Nacional dos Professores (ANP), que lançou e gere aquela linha telefónica de apoio.
Para este responsável, o afastamento dos pais relativamente ao acompanhamento escolar dos filhos, a quebra na imagem pública da escola e o agravamento das desigualdades e tensões sociais nos últimos anos são as principais razões na origem do problema.
Para já, o Governo apostou numa alteração do Estatuto do Aluno, em vigor desde 2002, reforçando a autoridade dos docentes para combater o problema da violência e indisciplina na escola, cuja dimensão tendeu a desvalorizar.
O diploma, aprovado esta semana no Parlamento, prevê a distinção entre sanções correctivas e sancionatórias, agiliza os processos disciplinares e reforça a responsabilização dos pais.
18/11/2007
17/11/2007
Arauto
Não podemos fazer nada (em O Triunfo dos Porcos).
O artigo acima lembra-me este outro: Deixa lá.
---- Actualização ----
De Olavo de Carvalho (via O Triunfo dos Porcos e respectivo leitor Luís Cardoso):
A Mentalidade Revolucionária.
Ainda a Mentalidade Revolucionária
A Inversão Revolucionária
Arrumações
Devido à falta de tempo, decidi agrupar os links a blogs em duas categorias: Lidos Diariamente e Lidos não Diariamente.
Entretanto foi criada a secção Blogs Noutras Línguas (atenção que não falo Neerlandês).
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Entretanto foi criada a secção Blogs Noutras Línguas (atenção que não falo Neerlandês).
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16/11/2007
... leva1, leva2, leva 3 ...
Já se percebeu há muito tempo que não houve cão nem gato que não tenha andado a vender o que não só não existia como nem sequer devia ter sido apontado como provável: o aeroporto da OTA.
Perante a hipotética perspectiva da construção do aeroporto naquele local, todos quanto teriam alguma forma de arrecadar algum tipo de benesse trataram de "avançar". Não deve ter havido cão nem gato político que não tenha "vendido" alguma espécie de "jeitinho" na zona da OTA. A habitual iniciativa pacóvia fez o resto: foi tornando o aeroporto numa certeza.
... com a coisa posta em causa, temem a "reclamação" do "comprador" e tratam de tentar avacalhar todas as perspectivas de alternativa.
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Perante a hipotética perspectiva da construção do aeroporto naquele local, todos quanto teriam alguma forma de arrecadar algum tipo de benesse trataram de "avançar". Não deve ter havido cão nem gato político que não tenha "vendido" alguma espécie de "jeitinho" na zona da OTA. A habitual iniciativa pacóvia fez o resto: foi tornando o aeroporto numa certeza.
... com a coisa posta em causa, temem a "reclamação" do "comprador" e tratam de tentar avacalhar todas as perspectivas de alternativa.
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11/11/2007
10/11/2007
Do verniz
Eh eh. Na cimeira Ibero-americana saltou o verniz entre Zapatero e Chavez.
Parece que Zapatero se apercebeu, finalmente, que Chavez não é boa companhia.
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Modelo Nórdico
[Via O Triunfo dos Porcos]
... aposto que foi culpa dos americanos.
Na Escola Sá da Bandeira, onde a coisa se deu, há umQuadro de Honra Quadro de Excelência.
... enfim, vão reaparecendo.
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Santarém: Aluno fez explodir bomba para batida às raposas no interior de escola secundária
08.11.2007 - 12h28 Lusa
O rebentamento de uma bomba de arremesso própria para batida às raposas na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, deixou ontem uma funcionária em estado de choque e provocou alarme em todo o estabelecimento, disse a PSP.
Em comunicado, a PSP afirma que uma jovem de 14 anos arremessou a bomba das escadas do primeiro andar para o corredor do piso térreo cerca das 12h50 de ontem, numa altura em que decorriam aulas.
A PSP verificou que três outras bombas do mesmo género explodiram na via pública, nas imediações da escola, durante a manhã de quarta-feira, situação que se verificara igualmente na véspera, sem que ninguém comunicasse a ocorrência.
A polícia identificou três menores, de 14 e 15 anos, referindo que há um quarto menor que "terá adquirido cerca de 100 destas bombas, pelo valor de 7,50 euros, em estabelecimento e data que se desconhecem".
O comunicado acrescenta que a PSP está a realizar diligências com vista à identificação do jovem e do estabelecimento onde terá adquirido os explosivos e a providenciar a sua apreensão.
"A aquisição, posse e uso deste tipo de artefactos pirotécnicos, para fins diferentes dos legalmente consagrados, constitui contra-ordenação punível com coima", frisa o comunicado, acrescentando que a única entidade que pode autorizar a compra e uso destes explosivos é a PSP.
... aposto que foi culpa dos americanos.
Na Escola Sá da Bandeira, onde a coisa se deu, há um
... enfim, vão reaparecendo.
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09/11/2007
Cientologia matemática
Directamente da pena de Nuno Crato, via Fliscorno.
Leiam inda este: Auto-avaliação (para professores).
2007.11.11 - Actualização - Artigo completo de Nuno Crato. (Via A Perola da Net e Sorumbático)
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Leiam inda este: Auto-avaliação (para professores).
2007.11.11 - Actualização - Artigo completo de Nuno Crato. (Via A Perola da Net e Sorumbático)
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08/11/2007
A irrelevância das relevâncias
Para comemorar mensagem nº 800, aqui vai mais uma cabazada à Ministra da "Educação", cientóloga de serviço.
Escreve José António Ferreira no Abrupto:
Escreve José António Ferreira no Abrupto:
A senhora Ministra da Educação quando em 2005 justificou a necessidade de aulas de substituição, fê-lo alegando e cito de cor,que:"a Escola deve ocupar sempre os alunos do básico e do secundário para que não vão para o café,para o tabaco e pior".Ora acontece que agora em 2007, ao pretender justificar um novo Estatuto do Aluno em que se acaba com a distinção entre faltas justificadas e injustificadas , afirmou em entrevista televisiva e volto a citar de cor:"o que é relevante não são as faltas,mas sim se o aluno sabe ou não sabe"..
Desta feita parece ter deixado de se preocupar se o aluno que falta vai "para o café, para o tabaco ou pior". Então em que ficamos?!
(António José Ferreira)
05/11/2007
Militantemente burros
... em geito de rapidinha ...
Porque será?
Sem, evidentemente, retirar uma vírgul ao afirmado, um responsável suíço veio depois pedir desculpa por "terem ofendido os portugueses". Suponho que o gesto atenuou o caso. Pois claro. Os alunos vão poder continuar a ostentar orgulho em ignorância.
A esquerda Anaclética e Cro-Magnon diz que a culpa é do país de acolhimento. Balbucia uma lenga-lenga qualquer relacionada com "integração". A tal "integração" que é suposto co-existir com "diversidade".
Faz lembrar a máxima que diz que de tarde as mulheres defendem exactamente o contrário do que defendiam de manhã, com a mesma vivacidade e pelas mesmas razões.
... apenas uma variante da máxima "orgulhosamente sós".
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Porque será?
O apelo surge após o conselheiro ter tomado conhecimento de um relatório do organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP), que revela que os alunos portugueses naquele país obtêm os resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras e recorrem "excessivamente" a classes especializadas. (Aqui).Alguns dirão que tem a ver com a origem social. Eu digo que sim: a esse respeito os portugueses (regra geral) não dão, pura e simplesmente, qualquer valor à escola. O que surpreende é que achem injusto ganharem menos que os suíços.
Sem, evidentemente, retirar uma vírgul ao afirmado, um responsável suíço veio depois pedir desculpa por "terem ofendido os portugueses". Suponho que o gesto atenuou o caso. Pois claro. Os alunos vão poder continuar a ostentar orgulho em ignorância.
A esquerda Anaclética e Cro-Magnon diz que a culpa é do país de acolhimento. Balbucia uma lenga-lenga qualquer relacionada com "integração". A tal "integração" que é suposto co-existir com "diversidade".
Faz lembrar a máxima que diz que de tarde as mulheres defendem exactamente o contrário do que defendiam de manhã, com a mesma vivacidade e pelas mesmas razões.
Manuel Melo [conselheiro das comunidades portuguesas na Suíça] salienta que o relatório demonstra "um desconhecimento profundo" da comunidade portuguesa na Suíça, onde se destacam professores universitários, médicos, políticos, sindicalistas, bancários, quadros superiores e empresários.O problema está do destaque. Destacam-se demais: tanto quanto o cato no deserto. Para não variar, Manuel Melo (neste caso), não percebe nem o que ouve nem o que diz. Mas fala. Ou melhor, quer fazer crer que fala para suíços estando apenas a falar para o deserto: continuemos burros, mas orgulhosos.
... apenas uma variante da máxima "orgulhosamente sós".
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Ensino
Racismo politicamente correcto
Durante o último par de semanas houve burburinho à volta de alguns assuntos que eu, à medida que for conseguindo nesgas de tempo, tentarei trinchar:
1 - A história das "raças" mais inteligentes
2 - A história dos guetos explicativos do insucesso escolar
3 - A história da recusa (mais ou menos clara) de algumas escolas em aceitar alunos africanos (ou filhos de).
Indo ao primeiro caso ...
Eu não vou muito à bola em falar em assuntos relacionados com raças porque não se consegue encontrar uma definição consistente para raças humanas. Em boa verdade, cada caso é um caso - não é possível generalizar.
Mas muito embora não seja possível generalizar, há mecanismos em estatística que permitem traçar linhas gerais.
Essas linhas gerais não se referem, tanto quanto percebo, a raças no sentido estrito. Referem-se-lhes em sentido comum: aquilo a que o cidadão comum chama (quanto a mim erradamente, repito) de raças.
Não posso deixar em claro que não é difícil perceber que quem mais brande o fantasma "raça" é a esquerda e os africanos. Trata-se de uma espécie de simbiose política: a esquerda espera arregimentar "oprimidos" e os africanos porque percebem que há por ali um mecanismo por onde conseguem obter rendimento.
Vou usar o termo "pretos", exactamente para dar uma boleia à esquerda que gosta muito de se lhes referir, quando muito, como negros porque, dizem eles, preto acarreta um sentido pejorativo. Enfim, pancadas. Quanto a "brancos" a esquerda parece não se arrepiar.
Pretos são, genericamente falando, habitantes ou descendentes de africanos (habitantes do continente a que se chama África).
Segundo Darwin, que os cientologistas gostam de por em cusa, explica que as espécies se adaptam ao meio. A teoria da evolução das espécies explica a evolução de grandes quantidades de indivíduos ao longo do tempo. Outros autores pormenorizam que a evolução é conseguida graças a pequenas variações aleatórias que ocorrem de pai para filho (seja em que espécie for ou, melhor dizendo, pelo menos naquelas em que os filhos não são apenas um duplicado do pai).
As duas teorias não são contraditórias.
Não é difícil admitir que as características dos seres humanos possam variar de região para região de acordo com as necessidades ambientais que, por via de um crivo em que os menos adaptados, terão uma via mais curta.
Daí que estudos estatísticos possam determinar as características determinantes dos seres humanos que habitem cada zona.
Os estudos em causa demonstram determinada coisa do ponto de vista estatístico.
A estatística estuda tendências em enormes quantidades de dados. Aliás, se assim não fosse a estatística seria uma ferramenta inútil. Por exemplo, não é preciso usar a estatística para perceber que a maioria dos seres humanos têm pulmões e que a maioria dos peixes têm guelras.
O que espanta é a enorme quantidade de pessoas que são incapazes de abordar o assunto mantendo a conversa no domínio da estatística, reclamando de imediato que "não pode ser, porque há casos em que" ...
Já agora, e recorrendo à estatística caseira, digo que me parece que é exactamente entre a população preta que há mais racistas.
Nas escolas, o racismo em favor de uma "superioridade" preta é regularmente brandido de forma ostensivas sem que pareça daí advir qualquer mal ao mundo. Se for um branco a afirmar o inverso ... cairá o Carmo e a Trindade. ... ah, já me esquecia: se for um branco a dizer que os pretos são seres "superiores", também não há problema porque parece ser, pelo menos, politicamente correcto.
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1 - A história das "raças" mais inteligentes
2 - A história dos guetos explicativos do insucesso escolar
3 - A história da recusa (mais ou menos clara) de algumas escolas em aceitar alunos africanos (ou filhos de).
Indo ao primeiro caso ...
Eu não vou muito à bola em falar em assuntos relacionados com raças porque não se consegue encontrar uma definição consistente para raças humanas. Em boa verdade, cada caso é um caso - não é possível generalizar.
Mas muito embora não seja possível generalizar, há mecanismos em estatística que permitem traçar linhas gerais.
Essas linhas gerais não se referem, tanto quanto percebo, a raças no sentido estrito. Referem-se-lhes em sentido comum: aquilo a que o cidadão comum chama (quanto a mim erradamente, repito) de raças.
Não posso deixar em claro que não é difícil perceber que quem mais brande o fantasma "raça" é a esquerda e os africanos. Trata-se de uma espécie de simbiose política: a esquerda espera arregimentar "oprimidos" e os africanos porque percebem que há por ali um mecanismo por onde conseguem obter rendimento.
Vou usar o termo "pretos", exactamente para dar uma boleia à esquerda que gosta muito de se lhes referir, quando muito, como negros porque, dizem eles, preto acarreta um sentido pejorativo. Enfim, pancadas. Quanto a "brancos" a esquerda parece não se arrepiar.
Pretos são, genericamente falando, habitantes ou descendentes de africanos (habitantes do continente a que se chama África).
Segundo Darwin, que os cientologistas gostam de por em cusa, explica que as espécies se adaptam ao meio. A teoria da evolução das espécies explica a evolução de grandes quantidades de indivíduos ao longo do tempo. Outros autores pormenorizam que a evolução é conseguida graças a pequenas variações aleatórias que ocorrem de pai para filho (seja em que espécie for ou, melhor dizendo, pelo menos naquelas em que os filhos não são apenas um duplicado do pai).
As duas teorias não são contraditórias.
Não é difícil admitir que as características dos seres humanos possam variar de região para região de acordo com as necessidades ambientais que, por via de um crivo em que os menos adaptados, terão uma via mais curta.
Daí que estudos estatísticos possam determinar as características determinantes dos seres humanos que habitem cada zona.
Os estudos em causa demonstram determinada coisa do ponto de vista estatístico.
A estatística estuda tendências em enormes quantidades de dados. Aliás, se assim não fosse a estatística seria uma ferramenta inútil. Por exemplo, não é preciso usar a estatística para perceber que a maioria dos seres humanos têm pulmões e que a maioria dos peixes têm guelras.
O que espanta é a enorme quantidade de pessoas que são incapazes de abordar o assunto mantendo a conversa no domínio da estatística, reclamando de imediato que "não pode ser, porque há casos em que" ...
Já agora, e recorrendo à estatística caseira, digo que me parece que é exactamente entre a população preta que há mais racistas.
Nas escolas, o racismo em favor de uma "superioridade" preta é regularmente brandido de forma ostensivas sem que pareça daí advir qualquer mal ao mundo. Se for um branco a afirmar o inverso ... cairá o Carmo e a Trindade. ... ah, já me esquecia: se for um branco a dizer que os pretos são seres "superiores", também não há problema porque parece ser, pelo menos, politicamente correcto.
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31/10/2007
As "carraça" do telefone do PGR
O Procurador Geral da República (PGR) declarou ontem (citando de memória).
Ligar um televisão para produzir barulho serve para dificultar a escuta do que for dito se essa escuta estiver a ser feita por via de um microfone localizado algures na sala.
Não é por se ligar uma televisão que se evita que haja uma escuta a uma linha telefónica não encriptada. De outra forma também o interlocutor do PGR nada perceberia.
Fica-se a saber que o PGR fala do que desconhece, dando como boa a informação que recebe de quem lhe monta um telefone.
... entretanto, suponho que a coisa foi dita perante um grupo de deputados. Nenhum terá pestanejado.
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(*) Dir-se-á criptada? Cifrada? Hei de investigar.
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"Quando me foram instalar o telefone disseram-me que, pelo facto de o telefone não permitir ligações encriptadas, que se quisesse ter uma conversa sigilosa ligasse a televisão e me aproximasse dela."Uma ligação encriptada(*) serve par dificultar extraordinariamente uma escuta que possa ter lugar por via de uma "carraça" (mecânica ou electrónica) num qualquer ponto da interligação.
Ligar um televisão para produzir barulho serve para dificultar a escuta do que for dito se essa escuta estiver a ser feita por via de um microfone localizado algures na sala.
Não é por se ligar uma televisão que se evita que haja uma escuta a uma linha telefónica não encriptada. De outra forma também o interlocutor do PGR nada perceberia.
Fica-se a saber que o PGR fala do que desconhece, dando como boa a informação que recebe de quem lhe monta um telefone.
... entretanto, suponho que a coisa foi dita perante um grupo de deputados. Nenhum terá pestanejado.
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(*) Dir-se-á criptada? Cifrada? Hei de investigar.
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29/10/2007
Rankings
Anda tudo à batatada por causa dos rankings das escolas. Anda tudo à batatada porque não se está de acordo em relação ao que é "a melhor escola".
Para mim a melhor escola é a que consegue ensinar mais, tendo em atenção o nível de resistência, seja ela de que tipo for, à aprendizagem.
O problema é que isto de pouco adianta, porque, de facto, só quem atinge as metas interessa. Para o que conta verdadeiramente, a melhor escola é aquela que consegue que mais alunos atinjam as metas.
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2007.10.30 - Leitura complementar (Helena Matos).
... e uma boa achega de Gabriel Mithá Ribeiro.
... e, do mesmo, mais esta. Porque não? Só se perdem as que caem ao lado.
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Para mim a melhor escola é a que consegue ensinar mais, tendo em atenção o nível de resistência, seja ela de que tipo for, à aprendizagem.
O problema é que isto de pouco adianta, porque, de facto, só quem atinge as metas interessa. Para o que conta verdadeiramente, a melhor escola é aquela que consegue que mais alunos atinjam as metas.
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2007.10.30 - Leitura complementar (Helena Matos).
... e uma boa achega de Gabriel Mithá Ribeiro.
... e, do mesmo, mais esta. Porque não? Só se perdem as que caem ao lado.
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Coisas do mundo real
Vital Moreira parece não saber que a Terra não é plana. Não sabe que o caminho mais curto entre o Irão e os Estados Unidos se faz pelos arredores do Polo Norte.
Enfim, coisas do mundo real.
(Via Blasfémias.)
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Enfim, coisas do mundo real.
(Via Blasfémias.)
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28/10/2007
21/10/2007
Oooouuu lálá.
Isto está a aquecer.
Maçonaria, Opus Dei ... chamem os Marines.
Entretanto, Condes, Barões e afins.
Parece que na escola há impunidade. Os professores e funcionários já não se metem no assunto e as imagens das câmaras entretanto instaladas nas escolas vão passar a aterrar na PGR.
Isto faz-me lembrar aqueles que acham estranho que os suíços em geral sejam os seus próprios polícias. Em Portugal todos assobiamos para o lado e tentamos encontrar quem faça aquilo que todos deveríamos fazer.
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Maçonaria, Opus Dei ... chamem os Marines.
Entretanto, Condes, Barões e afins.
Parece que na escola há impunidade. Os professores e funcionários já não se metem no assunto e as imagens das câmaras entretanto instaladas nas escolas vão passar a aterrar na PGR.
Isto faz-me lembrar aqueles que acham estranho que os suíços em geral sejam os seus próprios polícias. Em Portugal todos assobiamos para o lado e tentamos encontrar quem faça aquilo que todos deveríamos fazer.
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A verdade oficial ...
... a verdade dos tribunais ou a verdade? (Via Blasfémeas - transcrevi para evitar que o link se viesse a partir).
O filme de Al Gore sobre o aquecimento global (Verdade Inconveniente) transformou-o no mais importante paladino dos valores ambientais. O Governo inglês pretendia exibir o filme de Al Gore em todas as escolas públicas de Inglaterra. Stewart Dimmock, membro de um conselho escolar de Dover, considerou o filme político e o caso acabou em tribunal. Um tribunal inglês analisou o carácter político e o rigor científico do filme. O juiz concluiu que o filme tem uma orientação política e contém informações pouco rigorosas que podem induzir o espectador em erro. Para chegar a esta conclusão, o juiz comparou as ideias transmitidas pelo filme (explícitas e implícitas) com o consenso expresso nos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas). Este procedimento judicial é um reconhecimento de que o consenso é uma fonte de verdade e que o IPCC é o detentor da "verdade" oficial sobre aquecimento global. O juiz acabou por permitir a exibição do filme nas escolas, desde que fosse garantido o contraditório. Poucos dias depois desta sentença, um comité de representantes dos principais partidos noruegueses, também conhecido por Comité Nobel Norueguês, atribuiu o Prémio Nobel da Paz a Al Gore e ao IPCC..
Esta história contém algumas situações notáveis. Um governo a querer introduzir um filme de propaganda nas escolas públicas. Um documentário que pretendia levar a ciência às massas contém afinal algumas liberdades artísticas para melhor vender uma mensagem política. Um tribunal que se vê obrigado a avaliar o rigor científico de um filme de propaganda. A ciência a ser avaliada por um comité que estabelece a "verdade" oficial (o IPCC). O comité que estabelece a "verdade" oficial a receber um prémio político (Nobel da Paz), concedido por um comité político e partilhado com um político (Al Gore).
Os procedimentos seguidos pelos diferentes actores desta história para chegarem à verdade sobre o aquecimento global são incompatíveis com a tradição científica. A tradição científica valoriza a liberdade de aprender e de ensinar, a liberdade de promover teorias impopulares, a avaliação descentralizada pelos pares e a competição entre teorias contraditórias. A tradição científica rejeita a autoridade dos consensos e as "verdades" oficiais. E percebe-se porquê. O propósito da ciência é descobrir a verdade. A verdade reside na realidade externa, não reside nos comités nem nos tribunais. A descoberta da verdade tem frequentemente que passar pela refutação dos consensos do momento e constitui um desafio permanente aos poderes estabelecidos. A descoberta da verdade requer a total liberdade de ensino e de investigação. Dispensa governos que fazem propaganda nas escolas e comités que estabelecem "verdades" oficiais.
João Miranda
Investigador em biotecnologia
17/10/2007
IP maldito
... coisas do "aqueciemento global". Deve ser para evitar a fusão das calotes polares e preservar as melgas de morrerem afogadas.
As I mentioned yesterday, Malcolm Hughes and/or the University of Arizona Laboratory for Tree-Ring Research had gone to the trouble of blocking my IP address from accessing their website..
Hoje é dia de Acção
No Caldeirada de Neutrões, em 20 doces fascículos*, há ambientalismo girino giro, para todos os gostos.
É escolher, rapaziada.
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* Açúcar natural e papel reciclado (incluindo o higiénico - aditivado também com "produto" natural).
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É escolher, rapaziada.
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* Açúcar natural e papel reciclado (incluindo o higiénico - aditivado também com "produto" natural).
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16/10/2007
Fala do homem nascido
Adriano Correia de Oliveira
Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
minha barca aparelhada
solta rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar
António Gedeão
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Transgredir as fronteiras: para uma hermenêutica transformativa da gravitação quântica
... de escangalhar a rir ...
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Nada do que ali escrevi, faz qualquer sentido, é um mero amontoado de palavras e frases que parodiam a retórica do Ezequiel e do Ondevaisrio.O 5 Dias é o máximo. Segundo parece, não gostaram que lhes tivessem tirado a cuequinha e apagaram a coisa.
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12/10/2007
07/10/2007
Só suor
Já percebi. Sem alunos estes gajos não teriam trabalho.
[via A Blasfémia, texto original no Sorumbático]
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[via A Blasfémia, texto original no Sorumbático]
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Carlos Pimenta e a passagem
Os paranóicos do CO2 andam para aí aos gritos porque abriu a passagem de Noroeste.
Abriu?
Não deixa de ser caricato ver Calos Pimenta na TV, num daqueles programas de propaganda eco-terrorista, a defender a necessidade das eólicas ... por causa do CO2.
Carlos Pimenta está metido até ao pescoço no negócio das eólicas.
... se fossem petrolíferas, já tinha caído o Carmo e a Trindade.
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Abriu?
Não deixa de ser caricato ver Calos Pimenta na TV, num daqueles programas de propaganda eco-terrorista, a defender a necessidade das eólicas ... por causa do CO2.
Carlos Pimenta está metido até ao pescoço no negócio das eólicas.
... se fossem petrolíferas, já tinha caído o Carmo e a Trindade.
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Kid raised by dogs
Não conhecia este caso, mas conheço outro. Não consegui encontar imagens do outro (com um rapaz).
Encontrei entretanto um link com muitos outros casos.
Aqui fica o vídeo que encontrei sobre uma moça da Sibéria.
Encontrei entretanto um link com muitos outros casos.
Aqui fica o vídeo que encontrei sobre uma moça da Sibéria.
06/10/2007
As moscas
Estimulado por este artigo no Rato de Biblioteca e respectiva troca de comentários, aqui vai.
...
Pensava eu que era claro a quem está ligado ao assunto que o desenvolvimento da criança está directamente relacionado com a estimulação a que ela é sujeita.
O raciocínio só pode ser desenvolvido de se raciocinar. O cálculo mental só pode ser estimulado de se tentar calcular mentalmente, etc.
Um dia destes vi um documentário onde isto era bem claro.
Determinada criança tinha, desde tenra idade, uma catarata numa das vistas. Nada havia de errado com o sistema nervoso relacionado com aquele lado da visão. O que o olho captava era difuso e a imagem enviada ao cérebro não o estimulava por ser incompreensível. O cérebro, paulatinamente, começou a desviar todos os recursos para a outra vista desligando as ligações neuronais (ou tornando-as inactivas).
Os médicos explicaram que era extremamente importante recuperar a visão da vista afectada e, para o efeito, removeram a catarata, explicando ainda que seria naquela altura ou nunca mais. Mesmo assim, adiantaram, nunca o sistema nervoso relacionado com a visão da criança seria igual ao de uma criança normal.
Segundo explicaram, nestes casos, mesmo que posteriormente a catarata viesse a ser removida essa vista seria, pelo cérebro, usada de forma irrelevante.
Executaram a cirurgia mas não ficaram por aí. Taparam o olho que se estava a desenvolver bem de forma a obrigar o cérebro a desenvolver também as ligações neuronais do olho então operado. A criança teria que andar com o olho saudável tapado cerca de 1 ano.
...
Dito isto, espanta-me que haja dúvidas em relação ao uso de calculadoras por crianças.
Quando uma criança usa uma calculadora não está a fazer mais que a pedir ao aparelho que calcule por meio de dispositivos electrónicos binários aquilo que a criança supostamente deveria ser capaz de fazer mentalmente.
Em boa verdade, as crianças, no 1º ciclo, poderiam também usar software para leitura de voz (voz -> escrita - já existe que permite que se dite um texto) ou software de leitura por voz (escrita -> voz). Porque não?
E plotters com caneta? Já existem há dezenas de anos. Caíram em desuso, aliás. Porque não evitar que a criança passe por esta “tortura”, ligando a plotter de canetas ao software de leitura de voz (voz -> escrita). O sucesso escolar estaria garantido.
Tudo isto pode ser feito em prole da “felicidade” da criança.
O que já há muitos anos é sabido, é que criança criada como um cão se porta irreversivelmente como canino. Criança criada como um computador, vai portar-se como quê?
O passo seguinte consistirá em fazer tudo isto sem crianças.
Enfim, a felicidade suprema acessível no livro de Stanislaw Lem “A Nave Invencível” (título português).
****
[Actualização]
Transcrevo, de seguida, a totalidade de um comentário de Joaquim Simões a um outro comentário de Alf (blog Portugal e Outras Touradas).
A aprendizagem das palavras não é da mesma natureza da dos números. A capacidade de operar com os números exige uma abstracão (básica) dupla..
Há uns quantos que o conseguem fazer desde muito cedo, da mesma forma que houve Pascal, Mozart ou Carlos Seixas. Uma coisa que é da experiência comum dos professores de filosofia é que, dos alunos que entram no 10º ano com 14 anos, raros são os que conseguem encontrar interesse na matéria e desistem, criando resistências e arrastando-a pelo ano seguinte.
Não se trata de dificuldade de compreensão, mas do próprio questionamento, que não lhes passa sequer pela cabeça, quanto mais interessar-lhes! Numa palavra: esses alunos são ainda incapazes, aos 14 anos, de encontrarem qualquer sentido de questionamento (repare que eu não disse no, mas de questionamento). Os alunos de 15 anos (dando razão a Rousseau e a Piaget quanto às fases de desenvolvimento cognitivo) já o conseguem fazer com mais ou menos dificuldade. Mas nem sequer os companheiros conseguem despertar os mais novos, que acham aquilo tudo (repito: o questionamento) incompreensível ou disparatado. Aos 15, são incapazes de perceber os temas do 11º. Não se trata unicamente de educação, mas de fases que não se pode saltar e, numa enorme medida, das características individuais. Tenho em minha casa, onde os níveis de questionamento foram mantidos, embora com uma tipologia diversificada (o chamado "ensino individualizado"), um bom exemplo disso e que me fez rever uma boa quantidade de coisas na minha forma de ver o problema. E aprendi muito, embora nem sempre de uma forma muito agradável.
A pluralidade dos seres é muito engraçada. Mas porque é que tem que haver (a pergunta não é: "porque é que há?") pluralidade? Essa é que é a pargunta, do mesmo modo que o fundamental não é apenas o "como se formam as ideias e de onde vêm elas", mas, sobretudo, "o que é conhecer?".
Bom, mas isso fica para a próxima.
Pobes lágrimas, as do crocodilo
Declaração de João Cravinho:
«Foi dos maiores choques da minha vida ver que aquela matéria (as medidas anti-corrupção) causava um profundo mal-estar, era como um corpo estranho no corpo ético do PS. Apesar de algumas dificuldades que antevia, não contava com uma atitude de absoluta incompreensão para a Natureza real do fenómeno da corrupção».Lágrimas de crocodilo?
De Morais Silva a 8 de Janeiro de 2007 às 15:03.
Eu nunca esqueci.
O general é Garcia dos Santos um homem impoluto a quem Cravinho-ministro tirou o tapete quando o general chegou aos "finalmente" no arejamento da JAE, ao tempo, povoada por rapazes preocupados em aforrar para uma velhice descansada. Foi esta a razão e mais nenhuma...
Subitamente os media "descobriram em JC" o campeão do combate à corrupção como se esta não campeie à desfilada há dezenas de anos!
Ficamos a "dever-lhe" esta tardia "carolinice". É a vida como já dizia o "sacristão".
Dos holocaustos
Sempre que se fada de nazismo fala-se do holocausto e de câmaras de gás.
Quase sempre que se fala de câmaras de gás saltita uma ladainha que pretende clarificar o nível de horror a que se chegou nas câmaras da morte. A ladainha refere mais ou menos que nunca como com o nazismo se chegou ao requinte da industrialização da morte. Nalguns casos a ladainha segue o seu percurso referindo que o caso estaria relacionado com a “mania da perfeição dos alemães”, projectando assim sobre eles uma espécie de gene perpetuador de uma espécie de canibalismo civilizacional dos tempos modernos.
Quanto a mim e ao nazismo e ao holocausto, vade retrum satanás.
O que não se espera é que a conversa da industrialização da morte constitua uma cortina de fumo para tentar esconder outros holocaustos capazes de fazer parecer o holocausto perpetrado pelos nazis numa brincadeira de crianças. Refiro-me aos holocaustos perpetrados por russos, chineses, etc.
Quando os nazis começaram a assassinar pessoas, maioritariamente judeus, não começaram de imediato pela via industrial. Começaram pela via do simples fuzilamento directamente para valas comuns: obrigavam as vítimas a abrir valas e depois fuzilavam-nas directamente dentro delas.
Rapidamente se tornou óbvio às chefias militares que esta forma de ‘fazer a coisa’ deixava marcas cujos efeitos nas tropas encarregadas das execuções seriam a prazo difíceis de controlar: os militares não gostavam de fuzilar, em particular, mulheres e crianças.
Foi face ao problema exposto que foi decidido ‘impessoalizar’ a coisa construindo câmaras de execução maciça por gases letais.
Porque só aconteceu isto na Alemanha? Porque noutros locais se estiveram sempre nas tintas para os efeitos secundários (dando de barato que pudessem ter vindo à tona).
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Aromas
Importante ler este artigo (de O Jumento) e os comentários subsequentes, em especial do Alf e do Joaquim Simões.
aqui fica um aroma:
aqui fica um aroma:
Alf:.
[..]ou fazemos uma evolução lenta e vamos mantendo o desemprego controlado, ou damos o salto e o desemprego dispara. Os Espanhóis escolheram a segunda opção e estão agora a recolher a recompensa. Não há milagres....
05/10/2007
O “ensino da democracia”
O “ensino da democracia” tem sido um dos cavalos de batalha de um conjunto de mamíferos ligados à “educação”, seres que continuam em dificuldade para perceberem porque continua a generalidade dos alunos do básico e secundário a ignorar, mais ou menos paulatinamente, os “paradigmas” relacionados com a “cidadania”.
Qualquer alma que se preze percebe que o que está em causa é o ensino dos diversos tipos de regime político que já passaram pela superfície do terceiro planeta do sistema solar (a contar do sol para os que não saibam qual a temperatura de fusão da água).
Essa educação deveria supostamente ser dada pelas famílias e pela escola. As famílias estão mais preocupadas com as cretinices televisivas, a escola com as ideias que brotam dos cientologistas da educação que por lá pululam.
Face ao descalabro aparecem, de vez em quando, artistas imbuídos de uma crença meta-estável segundo a qual o mundo deveria ser como pensam propondo que a democracia deva ser “ensinada” aos alunos pelo método seringa-turbo.
O método seringa-turbo não é mais que uma variante de publicidade em doses de multinacional pretendendo impingir um qualquer novo tipo de cueca.
Porque não ensina a escola, como matéria a saber e sem a qual se chumba, as linhas pela qual se cosem a generalidade dos regimes?
Não cabe à escola defender causas. Cabe à escola ensinar do conteúdo das causas históricas e deixar que os alunos, anos mais tarde e já equipados com o discernimento que é de esperar, escolham o que muito bem entendam e à sua inteira responsabilidade.
Mas as tais luminárias não vão muito à bola em deixar que os alunos vão pensando pelas suas cabeças, tentando impingir a seringa-turbo em alternativa à seringa televisiva.
O problema com os regimes, como dizia, anda à volta do problema dos ideologicamente desempregados. Ensina-se o salazarismo (caso caseiro) com uma dose acrescida e conveniente de veneno e sem explicar a hecatombe que o precedeu, o nazismo pela mesma bitola, a democracia como a redenção dos nossos tempos, e aborda-se também o comunismo. Mas, neste último caso, foge-se sempre a explanar a dimensão do monstro deixando por um lado a ideia de que o mais cataclísmico foi o regime nazi, por outro escondendo-se que o comunismo foi, de longe, o regime responsável por um maior número de vítimas em execuções em massa de todos os tipos, tamanhos e feitios.
O que se pretende é apenas deixar ao socialismo uma porta aberta, evidenciando entretanto, as debilidades da democracia, entre as quais campeia a “impossibilidade de ser instituída pelo uso da força” (coisa que aconteceu em Portugal em 1974).
Entre outras debilidades apontadas figuram o florescimento de multinacionais, do capital descontrolado, do capitalismo “gerador de diferenças” mesmo que este tenha tirado e continue a tirar da fome dezenas de milhão de seres humanos.
A ‘mensagem’ é tentada fazer passar de várias formas: textos para análise não necessariamente sobre o seu sentido em disciplinas de línguas, ataques às linhas mestras da democracia e capitalismo em variadas disciplinas e de diversas formas, promoção de eventos ‘alternativos’ cujo conteúdo pinga um misto de anti-americanismo disfarçado em anti-imperialismo, propaganda “contra as guerras”, contra os “interesses das grandes corporações” sempre com um molho a condizer empestado em aquecimento global, protecção da natureza, “substancias naturais”, invariavelmente tentando rachar as petrolíferas mas esquecendo invariavelmente que elas produzem combustíveis não exactamente para uso próprio, etc, sem deixar passar em branco que a “Europa”, como os cientologistas da educação em coito com os eurocratas, será a solução para todos os males do mundo.
Enquadram-se neste cenário pejado de “ideais”, “utopias”, “amanhãs que cantam”, coisas como esta.
Seringa por seringa e com tanta cretinice à solta, continua a ser mais provável que a televisão seja a melhor.
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Qualquer alma que se preze percebe que o que está em causa é o ensino dos diversos tipos de regime político que já passaram pela superfície do terceiro planeta do sistema solar (a contar do sol para os que não saibam qual a temperatura de fusão da água).
Essa educação deveria supostamente ser dada pelas famílias e pela escola. As famílias estão mais preocupadas com as cretinices televisivas, a escola com as ideias que brotam dos cientologistas da educação que por lá pululam.
Face ao descalabro aparecem, de vez em quando, artistas imbuídos de uma crença meta-estável segundo a qual o mundo deveria ser como pensam propondo que a democracia deva ser “ensinada” aos alunos pelo método seringa-turbo.
O método seringa-turbo não é mais que uma variante de publicidade em doses de multinacional pretendendo impingir um qualquer novo tipo de cueca.
Porque não ensina a escola, como matéria a saber e sem a qual se chumba, as linhas pela qual se cosem a generalidade dos regimes?
Não cabe à escola defender causas. Cabe à escola ensinar do conteúdo das causas históricas e deixar que os alunos, anos mais tarde e já equipados com o discernimento que é de esperar, escolham o que muito bem entendam e à sua inteira responsabilidade.
Mas as tais luminárias não vão muito à bola em deixar que os alunos vão pensando pelas suas cabeças, tentando impingir a seringa-turbo em alternativa à seringa televisiva.
O problema com os regimes, como dizia, anda à volta do problema dos ideologicamente desempregados. Ensina-se o salazarismo (caso caseiro) com uma dose acrescida e conveniente de veneno e sem explicar a hecatombe que o precedeu, o nazismo pela mesma bitola, a democracia como a redenção dos nossos tempos, e aborda-se também o comunismo. Mas, neste último caso, foge-se sempre a explanar a dimensão do monstro deixando por um lado a ideia de que o mais cataclísmico foi o regime nazi, por outro escondendo-se que o comunismo foi, de longe, o regime responsável por um maior número de vítimas em execuções em massa de todos os tipos, tamanhos e feitios.
O que se pretende é apenas deixar ao socialismo uma porta aberta, evidenciando entretanto, as debilidades da democracia, entre as quais campeia a “impossibilidade de ser instituída pelo uso da força” (coisa que aconteceu em Portugal em 1974).
Entre outras debilidades apontadas figuram o florescimento de multinacionais, do capital descontrolado, do capitalismo “gerador de diferenças” mesmo que este tenha tirado e continue a tirar da fome dezenas de milhão de seres humanos.
A ‘mensagem’ é tentada fazer passar de várias formas: textos para análise não necessariamente sobre o seu sentido em disciplinas de línguas, ataques às linhas mestras da democracia e capitalismo em variadas disciplinas e de diversas formas, promoção de eventos ‘alternativos’ cujo conteúdo pinga um misto de anti-americanismo disfarçado em anti-imperialismo, propaganda “contra as guerras”, contra os “interesses das grandes corporações” sempre com um molho a condizer empestado em aquecimento global, protecção da natureza, “substancias naturais”, invariavelmente tentando rachar as petrolíferas mas esquecendo invariavelmente que elas produzem combustíveis não exactamente para uso próprio, etc, sem deixar passar em branco que a “Europa”, como os cientologistas da educação em coito com os eurocratas, será a solução para todos os males do mundo.
Enquadram-se neste cenário pejado de “ideais”, “utopias”, “amanhãs que cantam”, coisas como esta.
Seringa por seringa e com tanta cretinice à solta, continua a ser mais provável que a televisão seja a melhor.
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O direito a aprender apenas metade
Não tive tempo para cascar na devida altura. No site de Nuno Crato voltei entretanto a encontrar esta entrevista de Rita Bastos, Presidente da Associação de Professores de Matemática a Maria João Caetano do Diário de Notícias.
Em que ficamos? Havia ou não uma questão de opção pessoal?
Graus de exigência consoante os alunos: uns são filhos da mãe, outros são filhos da puta. Está mesmo a ver-se: alunos de zonas “difíceis” são filhos que têm o direito a aprender apenas metade.
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Ficou surpreendida com os resultados dos exames de Matemática do 9º ano?É espantoso que “sem nenhum motivo” para esperar que determinada coisa pudesse acontecer, se fique espantada apenas de “certa maneira”.
De certa maneira, sim. Nós estamos habituados a ter resultados negativos a Matemática, mas não tínhamos nenhum motivo para achar que este ano iriam ser piores que no ano passado.
Que explicações encontra para este resultado?Espantoso seria que houvesse uma só explicação e especialmente se ela estivesse directamente relacionada connosco.
É difícil encontrar uma só explicação.
Alguns alunos consideraram os testes difíceis. Também já ouvi queixas sobre os critérios de avaliação, que penalizavam muito as respostas erradas.Penalizariam muito, penalizariam pouco? Estará Rita Bastos habituada a valorizar o erro?
Há colegas que dizem que muitos alunos desistiram dos exames mesmo antes de os realizar, o que é típico desta idade: convenceram-se que vão ter má nota e não investem tanto quanto poderiam.Teria talvez feito mais sentido se tivesse dito “deveriam” e não “poderiam”. Mas essa coisa do dever é hoje tabu. Uma herança salazarista.
Isso acontece muitas com aqueles que geralmente têm boas notas noutras disciplinas. Encontram uma dificuldade na Matemática e preferem não a encarar porque têm medo do insucesso. É mais fácil dizer: não fiz melhor porque não quis, não me esforcei.Pondo Rita Bastos posteriormente em causa o real domínio dos alunos da matéria de outras disciplinas, não se percebe como se usa esse dúbio resultado como referência no resultado próprio.
Mas isto não é uma novidade em Portugal. Todos os anos há exames e todos os anos as notas são más.... há mais burros no mundo: suprema felicidade.
Não aconteceu só em Portugal.
É verdade que Portugal está mal classificado internacionalmente, mas é uma tendência geral e há países muito piores. E aconteceu com a Matemática porque é a disciplina em que há exames. Se calhar, se houvesse exames de Inglês ou de Física e Química no 9º ano, os resultados também seriam maus. A Matemática é uma disciplina sobrevalorizada socialmente, é a disciplina que serve para classificar os alunos.Como dizia, fica-se agora a saber que as disciplinas em que os alunos eram bons, (explicando a opção por outra coisa que não o estudo de Matemática) são disciplinas em que os alunos não serão afinal bons. Parecerão apenas bons.
Em que ficamos? Havia ou não uma questão de opção pessoal?
Como se toda a gente tivesse que gostar de ser um óptimo aluno.Cá está o tabu salazarista. Ninguém tem que gostar de ser bom aluno, mas todos devem ser bons alunos, gostem ou não.
E há que ter em conta que o que um aluno faz num exame nem sempre corresponde àquilo de que ele é capaz.Pois não. Pode corresponder a mais ou a menos. Será de admitir que os alunos seriam ainda piores do que se ficou a saber?
Mas os problemas não são só os exames, os maus resultados em Matemática são comuns. Porquê?Todas as disciplinas exigem conhecimento acumulado. Numas há forma de contornar o problema, noutras não.
Há vários motivos. Por um lado é uma disciplina que exige conhecimentos acumulados.
Uma pessoa que não saiba a tabuada tem mais dificuldade em fazer exercícios mais complexos.O que fica por explicar é a razão pela qual quem não sabe a tabuada acaba numa aula em que a deveria saber.
E os professores têm que tentar dar a volta a isso, motivar alunos com uma história de insucesso não é fácil.Pois não. Especialmente quando se diz : “Como se toda a gente tivesse que gostar de ser um óptimo aluno”.
Depois é uma ciência muito abstracta, [...]A Matemática é abstracta ou Rita Bastos gosta de dizer que é abstracta?
[...] que não lida directamente com os interesses dos alunos, [...]Cá estamos a dizer amen ao interesse dos alunos, a fazer rodar o mundo à volta do interesse dos alunos. O interesse dos alunos, naquela idade, vale tanto como um caracol esborrachado. Rita Bastos ainda não percebeu isso.
[...] o que talvez dificulte o ensino.Fica-se a saber que para Rita Bastos o que dificulta o ensino de Matemática é o facto de ela não constar na lista de “interesses dos alunos” e não o estúpido endeusamento desse interesse.
Mas, mais uma vez, não me parece que a Matemática seja muito diferente das outras disciplinas.Tão depressa é diferente como não é. Varia, conforme o parágrafo.
O facto de ser uma disciplina constantemente sujeita a exames e ao escrutínio social causa uma pressão enorme nos professores e dificulta o ensino.Rita Bastos perdeu uma excelente oportunidade para reivindicar o alargamento da pressão e do escrutínio social às outras disciplinas. Prefere camuflar o mau resultado em Matemática na combustão das restantes disciplinas.
Está a dizer que ensinar Matemática é mais difícil porque há exames?Pois é. Há que fazer o que é suposto fazer-se: que chatice.
Claro. O professore tem que fazer um esforço para cumprir as normas, para dar o programa, para preparar os alunos para uma prova específica.
Um professor de História, por exemplo, pode testar estratégias de ensino diferentes e pode, até, ter graus de exigência diferentes para os alunos. Não estou a falar e ser pior professor mas de personalizar o ensino. É impossível fazer isso quando se tem 28 alunos numa turma e todos eles têm de fazer o mesmo exame. Aliás, é impossível ter um ensino inovador com turmas de 28 alunos.É espantoso que haja professores que pensam isto em relação a alunos do 9º ano.
Graus de exigência consoante os alunos: uns são filhos da mãe, outros são filhos da puta. Está mesmo a ver-se: alunos de zonas “difíceis” são filhos que têm o direito a aprender apenas metade.
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Fon
Esta-se aqui a passar algo de interessante.
Comprei em tempos um router para este efeito, mas acabai por converte-lo para um router normal por manifesta falta de utilidade em relação à sua inicial razão de existir.
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02/10/2007
Dos 50%
Não tenho muita pachorra para coisas dos interstícios partidários, mas não posso deixar de zurzir em Luís Filipe Menezes.
O iluminado revelou hoje que poderá perfeitamente coadunar a sua actividade de presidente de câmara com a de boss da oposição.
Sendo difícil de acreditar que ser leader do PSD tome menos que 4 horas por dia, percebe-se que ser presidente de câmara não justifica mais que uma ocupação de outras 4 horas por dia.
Sendo assim há que reclamar de Menezes a devolução de 50% de todos os salários que auferiu enquanto presidente de câmara.
Que esteve ele a fazer na câmara todo este tempo? A jogar matraquilhos?
A não ser assim, tudo indica que estaremos perante um novo fenómeno.
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O iluminado revelou hoje que poderá perfeitamente coadunar a sua actividade de presidente de câmara com a de boss da oposição.
Sendo difícil de acreditar que ser leader do PSD tome menos que 4 horas por dia, percebe-se que ser presidente de câmara não justifica mais que uma ocupação de outras 4 horas por dia.
Sendo assim há que reclamar de Menezes a devolução de 50% de todos os salários que auferiu enquanto presidente de câmara.
Que esteve ele a fazer na câmara todo este tempo? A jogar matraquilhos?
A não ser assim, tudo indica que estaremos perante um novo fenómeno.
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PSD, a vitória de Cavaco Silva
No Jumento, via Portugal e Outras Touradas.
... e ainda PSD: o óbvio próximo repasto de Paulo Portas (digo eu).
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... e ainda PSD: o óbvio próximo repasto de Paulo Portas (digo eu).
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De totalitarismo em totalitarismo
Vale a pena ler ainda (entre outros) estes dois artigos de Pacheco Pereira:
ORNITHORHYNCHUS PARADOXUS 8: UM CLIMA DE INTOLERÂNCIA.
ORNITHORHYNCHUS PARADOXUS 10: UM VELHO PROBLEMA (ESCRITO EM 1998)
Dos "corações"
Escreve Pacheco Pereira:
Se a senhora que raptou uma "menina" num hospital e que foi descoberta um ano depois, tivesse mais dois ou três anos de convívio com a criança, passaria a ser "mãe do coração"? E que diriam os pedopsiquiatras, esta nova categoria jurídico-mediática?.
30/09/2007
Sai um embuste para a mesa do canto
Pois:
Imagine-se a metamorfose que os "manuais escolares" vão sofrer para se "adaptarem" a este novoembuste amanhã que canta ...
Depois digam que os putos e a realidade não se entendem e que a coisa se resolve com mais uns quantos computadores e quadros inter-activos.
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[...]
O segundo aspecto, o de definir, por inclusão e exclusão, a "cultura europeia", é mais complicado e mexe em muito mais do que a economia. Tornar "europeia" a cultura das nações da Europa é uma tarefa difícil de levar a cabo, não muito diferente da de fazer um manual de "história europeia" que sirva de norma educativa nas escolas da Europa, também desejado pelos eurocratas.
[...]
Imagine-se a metamorfose que os "manuais escolares" vão sofrer para se "adaptarem" a este novo
Depois digam que os putos e a realidade não se entendem e que a coisa se resolve com mais uns quantos computadores e quadros inter-activos.
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29/09/2007
Empreendorismo
Há alunos a comprar portáteis para vender. Em que condições, vou investigar. Mas que os portáteis mudam de mãos, mudam.
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Coisas do multilateralismo
O Brasil queria ter assento no Conselho de Segurança, na ONU.
Não teve, mas teve neste Conselho de Sábios. Sabidões.
Está aqui tudo explicadinho.
Via A Origem das Espécies.
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Não teve, mas teve neste Conselho de Sábios. Sabidões.
Está aqui tudo explicadinho.
Via A Origem das Espécies.
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Sem sublinhados
Este texto, (recolhido no blog Portugal e outras Touradas, via De Rerum Natura, via comentário da Abobrinha a um post de Ludwig Kripphal, no Que Treta! - [não atinei com os restantes links]) sabe-me a alface sem tempero.
De facto de há muitos anos que me habituei a morfar muita coisa com pouco ou nenhum tempero, mas a alface, como o café e o açúcar, continua a desafiar-me. Sem azeite e vinagre não a trago. Algum gene malvado me martela o miolo quando o tento fazer. Quanto ao sal, passo bem sem ele.
...
As duas seguintes frazes terão exactamente o mesmo significado, mas a segunda é proscrita pelos cientologistas da educação.
1 - O professor ensina o aluno.
2 - O aluno aprende o que o professor ensina.
Em boa verdade também a palavra 'ensinar' é proscrita pelos cientólogos. Preferem educar. Em boa verdade sem conseguirem ensinar nunca educarão, mas como cientologistas que são nunca perceberão a diferença. Coisas de tólogo.
Para os cientologistas o aluno é apenas uma mercadoria à volta da qual tudo gira. Como quem fabrica pneus, alcatifa ou corta-unhas de qualidade que permitam que melhor se retirem macacos do nariz. O 'produto' é a coisa à volta da qual tudo gira.
Na "educação" o aluno é a mercadoria à volta da qual tudo gira. Anos a fio "centraram" a educação "nos interesses do aluno" e/ou "no aluno". Nunca o fizeram em função do aluno como pessoa, apenas como mercadoria.
Os cientologistas invocam a "educação para a cidadania" como prova de que pensam no aluno como pessoa e cidadão, mas apenas pelo vector de cidadania pelo qual os cientologistas a entendem. Tudo o que vá por fora da invocada seta se torna "susceptível" do aríete da "mudança de mentalidade".
Vai daí que os problemas do ensino passem sempre pelos métodos, pelos "conteúdos dos manuais" (nunca pela matéria contida nos livros), pelos processos de avaliação, pelos critérios de avaliação, etc, etc, enfim, tudo feito na melhor intenção face a educação centrada na mercadoria: o aluno.
Em tudo isto está implícito que que os cientologistas encaram o aluno como uma mercadoria, algo sem vontade própria. Em todo este drama o aluno é a mercadoria cuja inaceitação pelo mercado só pode ser fruto do mau processo de produção.
Os cientologistas não sabem, mas no mundo real os alunos pensam e reagem em função do ambiente no qual andam, e a pintura do ambiente tem, por todo o lado, grafitis dizendo: o aluno é rei e senhor, é vitima de um sistema perverso que não prepara para a vida e, como vítima, o aluno tem toda a autoridade para se vitimizar e exigir aquilo a que tem direito: viver feliz independentemente de quem seja (se habitar uma zona "difícil" tanto melhor) e/ou do que saiba.
O solipsismo em que nadam os cientologistas da educação não lhes permite, sequer por excepção e em bom português, encostar os alunos à parede, ou, em português assim assim, entregá-los à sua própria responsabilidade.
No mundo real, aquele em que quem não trabalha não come, a única ferramenta capaz de convencer os renitentes a aprenderem são as leis do próprio mundo real.
No mundo real quem não faz o que se espera dele sofre as consequências. No mundo da "educação", quem sofre as consequências da forma como o aluno se conduz (para não dizer deambula) pela escola é o professor, a escola, os "conteúdos", a sociedade, mas nunca o aluno, mercadoria intocável.
Para os cientologistas da educação o aluno não tem vontade e a que terá só poderá ser resultante dos paradigmas gerados pela máquina produtiva e que é suposto perceberem: os alunos são sempre vítimas, vítimas, vítimas. Os alunos são sempre vítimas, mas nunca são vítimas da cientologia em causa porque essa é inspirada no paradigma da 'melhor intenção do mundo'.
Com ou sem paradigmas, façam eles ou não sentido, enquanto não se chumbar (reter, dirão os ciento-palermoides) quem não aprende (parem de falar em educação), está-se condenado a rever os processos, os "conteúdos", etc, etc.
No mundo real quem não trabalha não come. Na escola real, quem não aprender não pode passar (transitar, chamam-lhe os idiotas). Sejam poucos ou muitos.
Ah, já me esquecia. A ser assim, que papel é reservado aos cientologistas da educação? O papel higiénico.
...
PS. Não falei no papel da família porque os cientologistas acham que a sua existência é um incómodo. Algo que atrapalha. Na melhor das hipóteses algo susceptível de uma mudança de mentalidades usando, como arma de arremesso, o produto educado.
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De facto de há muitos anos que me habituei a morfar muita coisa com pouco ou nenhum tempero, mas a alface, como o café e o açúcar, continua a desafiar-me. Sem azeite e vinagre não a trago. Algum gene malvado me martela o miolo quando o tento fazer. Quanto ao sal, passo bem sem ele.
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As duas seguintes frazes terão exactamente o mesmo significado, mas a segunda é proscrita pelos cientologistas da educação.
1 - O professor ensina o aluno.
2 - O aluno aprende o que o professor ensina.
Em boa verdade também a palavra 'ensinar' é proscrita pelos cientólogos. Preferem educar. Em boa verdade sem conseguirem ensinar nunca educarão, mas como cientologistas que são nunca perceberão a diferença. Coisas de tólogo.
Para os cientologistas o aluno é apenas uma mercadoria à volta da qual tudo gira. Como quem fabrica pneus, alcatifa ou corta-unhas de qualidade que permitam que melhor se retirem macacos do nariz. O 'produto' é a coisa à volta da qual tudo gira.
Na "educação" o aluno é a mercadoria à volta da qual tudo gira. Anos a fio "centraram" a educação "nos interesses do aluno" e/ou "no aluno". Nunca o fizeram em função do aluno como pessoa, apenas como mercadoria.
Os cientologistas invocam a "educação para a cidadania" como prova de que pensam no aluno como pessoa e cidadão, mas apenas pelo vector de cidadania pelo qual os cientologistas a entendem. Tudo o que vá por fora da invocada seta se torna "susceptível" do aríete da "mudança de mentalidade".
Vai daí que os problemas do ensino passem sempre pelos métodos, pelos "conteúdos dos manuais" (nunca pela matéria contida nos livros), pelos processos de avaliação, pelos critérios de avaliação, etc, etc, enfim, tudo feito na melhor intenção face a educação centrada na mercadoria: o aluno.
Em tudo isto está implícito que que os cientologistas encaram o aluno como uma mercadoria, algo sem vontade própria. Em todo este drama o aluno é a mercadoria cuja inaceitação pelo mercado só pode ser fruto do mau processo de produção.
Os cientologistas não sabem, mas no mundo real os alunos pensam e reagem em função do ambiente no qual andam, e a pintura do ambiente tem, por todo o lado, grafitis dizendo: o aluno é rei e senhor, é vitima de um sistema perverso que não prepara para a vida e, como vítima, o aluno tem toda a autoridade para se vitimizar e exigir aquilo a que tem direito: viver feliz independentemente de quem seja (se habitar uma zona "difícil" tanto melhor) e/ou do que saiba.
O solipsismo em que nadam os cientologistas da educação não lhes permite, sequer por excepção e em bom português, encostar os alunos à parede, ou, em português assim assim, entregá-los à sua própria responsabilidade.
No mundo real, aquele em que quem não trabalha não come, a única ferramenta capaz de convencer os renitentes a aprenderem são as leis do próprio mundo real.
No mundo real quem não faz o que se espera dele sofre as consequências. No mundo da "educação", quem sofre as consequências da forma como o aluno se conduz (para não dizer deambula) pela escola é o professor, a escola, os "conteúdos", a sociedade, mas nunca o aluno, mercadoria intocável.
Para os cientologistas da educação o aluno não tem vontade e a que terá só poderá ser resultante dos paradigmas gerados pela máquina produtiva e que é suposto perceberem: os alunos são sempre vítimas, vítimas, vítimas. Os alunos são sempre vítimas, mas nunca são vítimas da cientologia em causa porque essa é inspirada no paradigma da 'melhor intenção do mundo'.
Com ou sem paradigmas, façam eles ou não sentido, enquanto não se chumbar (reter, dirão os ciento-palermoides) quem não aprende (parem de falar em educação), está-se condenado a rever os processos, os "conteúdos", etc, etc.
No mundo real quem não trabalha não come. Na escola real, quem não aprender não pode passar (transitar, chamam-lhe os idiotas). Sejam poucos ou muitos.
Ah, já me esquecia. A ser assim, que papel é reservado aos cientologistas da educação? O papel higiénico.
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PS. Não falei no papel da família porque os cientologistas acham que a sua existência é um incómodo. Algo que atrapalha. Na melhor das hipóteses algo susceptível de uma mudança de mentalidades usando, como arma de arremesso, o produto educado.
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28/09/2007
As mentalidades e as minhocas
Escreve Helena Matos no Blasfémias:
[...].
Dirão que são detalhes mas estes são os detalhes que infernizam a vida das pessoas cujos filhos frequentam as escolas públicas. Esta escola quotidianamente autista vê-se pouco. O dia-a-dia não faz notícias mas devia fazer pois é nessa rotina que acontecem os maiores problemas. Por exemplo, alguém sabe o que foi feito da TLEBS? Oficialmente a última vez que se falou sobre esta terminologia linguística foi numa portaria datada de 18 de Abril em que se anunciava que a TLEBS entrava em revisão científica. Até quando? E até quando a ministra vai continuar em silêncio sobre este assunto que afectou milhares de estudantes e professores?
Mas podemos continuar na lista das dúvidas. Por exemplo, podemos tentar entender esse concurso de charadas que é o programa de História e Geografia dos 5º e 6 anos ou interrogarmo-nos sobre o conteúdo de disciplinas como Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica. A carga horária destas disciplinas é cada vez maior. A primeira delas, Área de Projecto, é uma fraude. A segunda, Estudo Acompanhado, pelo menos permite que, às vezes, os TPC’s sejam feitos na escola. Para o fim deixo a Formação Cívica. Esta disciplina proporcionou um dos momentos mais insólitos do presente ano lectivo e político. Esse momento aconteceu quando o ministro da Administração Interna, Rui Pereira (e repito que foi o ministro da Administração Interna e não da Educação) explicou que a disciplina de Formação Cívica era muito importante para a "a mudança de mentalidades e a construção de um Portugal melhor". Cabe perguntar quem disse ao ministro da Administração Interna que as famílias devem mudar as suas mentalidades em função do proselitismo do MAI?
Domesticamente a minha experiência da dita Formação Cívica começa pelo preenchimento de fichas e mais fichas sobre o agregado familiar. Escreve-se o mesmo que no acto da matrícula mas é um clássico. Cumprido este ritual entra-se na maravilhosa idade de ouro da unificação europeia ou esmiuça-se o comportamento da turma com vista à almejada “mudança de mentalidades”. Com tudo isto as mentalidades vão andando. A escola é que vai de mal a pior.
27/09/2007
Pedro Santana Lopes fez algo bem feito
Pedro Santana Lopes fez, não necessariamente a primeira coisa de jeito na vida, mas a primeira dos últimos tempos.
Tendo sido interrompida a entrevista que estava a dar um canal local para que a estação pudesse transmitir a chegada de um pacóvio futebolista, deu a coisa por terminada e deu de frosques, deixando o canal e a jornalista de olhos esbogalhados (de boga).
Muito bem.
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Tendo sido interrompida a entrevista que estava a dar um canal local para que a estação pudesse transmitir a chegada de um pacóvio futebolista, deu a coisa por terminada e deu de frosques, deixando o canal e a jornalista de olhos esbogalhados (de boga).
Muito bem.
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Fenómeno: Santana Lopes,
Jornalismo(?)
26/09/2007
Sai uma palermice para o cliente ao fundo do balcão
Todo e qualquer jornalista devia fazer um estágio na mercearia mais próxima para aprender a fazer contas.
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22/09/2007
CO2, pum pum pum, CO2, pum pum pum.
Abreviando pormenores, estando por acaso numa organização que produzia muito lixo em papel, perguntei a um funcionário da Câmara de Lisboa se seria possível dispor-se de diferentes recipientes de forma a que se pudesse separar o lixo em tipos (que a câmara recolheria já separados, evidentemente).
O fulano respondeu que não, que isso estava a acabar porque tinha havido um nível muito grande de contaminação nas separações que as pessoas faziam.
Perguntei-lhe pormenores e ele explicou que apesar das pessoas separarem lixo, havia ainda muitas misturas, o que tornava inútil toda a operação.
A coisa soou-me mal mas não pensei muito mais no assunto.
Meses depois fico a saber que a generalidade do lixo citadino é queimado na Valorsul (nem imagino a qualtidade de CO2 assim produzido), numa operação quem em termos de novilingua se chama "valorização energética". Mas fico a saber mais. Fico a saber que a Valorsul tem tido cada vez mais dificuldade em queimar o lixo porque a combustão tende a não se conseguir manter a ela própra por falta, na mistura, ... de papel e cartão!
E fico ainda a saber mais. Fico a saber que para resolver o problema a Valorsul, empresa estatal (mesmo que pelas intrincadas teias de aranha da legislação), pondera resolver o problema adicionando combustíveis fosseis à mistura a incinerar, mesmo que, para o efeito, o contribuinte tenha que vir a pagar uma taxa(*) ...
Moral?
Chateia-se toda a gente para separar papel sendo evidente que, para evitar libertação de CO2, o papel deveria ser enterrado o mais fundo possível. O lixo deixa de arder por falta de papel e queima-se combustível fóssil para resolver o problema.
Confuso? Não perca as cenas dos próximos episódios.
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(*) Imposto
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O fulano respondeu que não, que isso estava a acabar porque tinha havido um nível muito grande de contaminação nas separações que as pessoas faziam.
Perguntei-lhe pormenores e ele explicou que apesar das pessoas separarem lixo, havia ainda muitas misturas, o que tornava inútil toda a operação.
A coisa soou-me mal mas não pensei muito mais no assunto.
Meses depois fico a saber que a generalidade do lixo citadino é queimado na Valorsul (nem imagino a qualtidade de CO2 assim produzido), numa operação quem em termos de novilingua se chama "valorização energética". Mas fico a saber mais. Fico a saber que a Valorsul tem tido cada vez mais dificuldade em queimar o lixo porque a combustão tende a não se conseguir manter a ela própra por falta, na mistura, ... de papel e cartão!
E fico ainda a saber mais. Fico a saber que para resolver o problema a Valorsul, empresa estatal (mesmo que pelas intrincadas teias de aranha da legislação), pondera resolver o problema adicionando combustíveis fosseis à mistura a incinerar, mesmo que, para o efeito, o contribuinte tenha que vir a pagar uma taxa(*) ...
Moral?
Chateia-se toda a gente para separar papel sendo evidente que, para evitar libertação de CO2, o papel deveria ser enterrado o mais fundo possível. O lixo deixa de arder por falta de papel e queima-se combustível fóssil para resolver o problema.
Confuso? Não perca as cenas dos próximos episódios.
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(*) Imposto
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